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- Depois de muito tempo andando, finalmente encontro um vilarejo para eu me abrigar durante um tempo. O vilarejo parecia de recente formação, devido à abundância de água que avistava ao redor das cabanas. Parecia que tinha chovido, mas na realidade os nômades que lá estavam certamente tinham saqueado alguma base de ajuda e socorro próxima.
- Estranhamente, o vilarejo se localizava bem ao término da floresta que eu tinha atravessado. Mesmo parecendo que o vilarejo estava fechado, decidi me aproximar.
- Logo de cara, avistei um senhor montando uma tenda, ao lado de uma árvore. Intrigado, resolvi questionar o senhor sobre o que fazia:
- - Bom dia, senhor! O que está fazendo?
- O velho me fitou, certamente incomodado com meu bom humor forçado, mas respondeu educadamente:
- - Olá meu jovem, estou montando esta tenda para vender alguns mantimentos aos meus amigos daqui, mas, por que a pergunta?
- Naquele momento, percebi que eu conhecia aquele senhor. Ele não me era nem um pouco estranho. De cabelos longos e brancos, cabelos escuros e olhos verdes, possuía um rosto bem característico, e difícil de ser encontrado naquela região. Então, fiquei mais confiante em conversar com ele:
- - Desculpe, mas estou viajando há muito tempo, e gostaria de passar algum tempo aqui. Poderia entrar e montar minha barraca?
- O senhor me olhou torto, tentando mostrar que aquele vilarejo não era tão receptivo. Mesmo assim, mostrou bondade e aceitou:
- - Claro! Você pode alugar alguma das minhas cabanas e dormir aqui por alguns dias.
- De repente, o senhor olhou mais fixamente para mim, e no mesmo momento, gritou:
- - Jake! Você está vivo! Graças ao senhor, você sobreviveu a todos esses desafios!
- Ele finalmente me reconhecera. E eu também. Ele era meu avô, Aven. Ele tinha sumido depois do colapso, e ninguém mais da minha família o vira. Depois da morte do meu pai, ele me ligou, mas não tive coragem de atender.
- - Vovô! Quanto tempo! Como você está?
- Na realidade, nunca gostei de Aven e nunca concordei com as suas atitudes. Ele criou meu pai muito autoritariamente e isso, consequentemente, deixou meu pai traumatizado.
- Sabia que ele perguntaria da minha família, e eu não teria coragem de dizer que todos estão mortos. Simplesmente não conseguiria o responder. Dito e feito:
- - E então Jake, por que está viajando sozinho nesta floresta perigosa? A sua família se mudou de *Dashmar?
- E nisso, não consegui me conter. Desabei em lágrimas, lembrando-se do quanto falhei em deixar minha família morrer. Aven não sabia ainda, mas tudo que ocorreu, foi minha culpa, e isso continuará em segredo.
- Assustado, Aven correu até mim e perguntou o porquê do choro, então respondi em voz bem baixa:
- - A família, vovô. Estão todos...
- Nessa hora, não me controlei, e acabei caindo, não exatamente por causa do choro, mas sim de todo cansaço da minha viagem, e toda essa confusão envolvendo minha vida.
- Acordei de madrugada dentro de uma cabana fria e fedida. Levantei-me, olhei para os lados e vi Aven. Senti uma tontura que nunca tinha sentido ontem, e desmaiei de novo.
- E dessa vez, acordei uma semana depois, em um quarto de hospital.
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