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Bae Junghee

Mar 19th, 2017 (edited)
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  1. Nome: Bee.
  2. Idade: 21.
  3. Nível de compromisso com o RPG: Qual será seu nível de atividade? Eu estou sem internet em casa até o próximo mês então não posso garantir muita atividade até lá, já que só tenho acesso do trabalho. Mas depois, espero jogar bastante.
  4. Triggers: Nenhum.
  5. Você tem algum problema com deixar seu personagem morrer em determinado momento? Depende muito de como isso aconteceria.
  6. Caso esteja aplicando para um personagem Cannon, você deseja mudar alguma coisa? É OC.
  7. Tem alguma sugestão à fazer acerca de RPG? Não! Adorei a ideia e tá tudo muito organizadinho. Só queria deixar avisado que eu pedi pra outra pessoa reservar o fc (aka Lee Taemin) pra mim (@iksilv/@kxhler). ♥
  8.  
  9. Olhe quem vem por ali! Não é aquela bruxa? Seu nome é Bae Junghee se não me engano, e ouvi dizer que tem 19 anos. Ela parece bastante com Lee Taemin, e vem andando bem ocupada.
  10.  
  11. Informações Adicionais.
  12. Ocupação: estudante.
  13. Posicionamento: a favor.
  14. Afiliação: Minus.
  15. Nacionalidade: coreano.
  16. Player: Lia.
  17.  
  18. Informações Específicas.
  19. Poder específico (caso bruxa): telekinesis, divination, biokinesis.
  20. PS: Junghee é um bruxo non consanguinei por influência da mãe, que o criou desde bebê como menina para que ele pudesse se passar como uma bruxa consanguinei.
  21.  
  22. Densificação.
  23. Algum pequeno país da Europa, fim da idade média. Dois irmãos, dois jovens príncipes filhos de um dos reis mais adorados da pequena monarquia instalada no lugar. A diferença de idade não impediu que crescessem praticamente inseparáveis, sendo muito dependentes um do outro - principalmente o mais novo, Ælfric, um garotinho pequeno, de saúde frágil e alta sensibilidade ao sobrenatural. Desde muito novo, sempre teve pesadelos demais, visões demais, amigos imaginários demais. Tornou-se óbvio que ele tinha um potencial muito grande para lidar com espíritos; e, é claro, isso foi completamente suprimido por uma mãe preocupada com o que aquilo poderia fazer à mente de seu filho frágil e inocente demais. Por isso, sempre que algum episódio 'inexplicável' acontecia, tentavam ao máximo distrair o garoto e fazê-lo se esquecer daquilo. Com o tempo, passou a ter medo dos contatos com o sobrenatural; e, quanto a esse medo, a sua solução sempre era correr para o abraço protetor do irmão mais velho, Ælfweard.
  24. Fora do pequeno mundo particular das crianças, a paz do pequeno reino começou a ser ameaçada quando o rei caiu em uma misteriosa doença que rapidamente lhe tirava a vida. Mesmo com a ajuda de uma curandeira, nada parecia fazer recuar o mal súbito. Foi quando a rainha, por acaso, descobriu que o marido havia sido envenenado pelo seu cunhado, que planejava matar toda a família e assumir o trono, almejado por ele desde sempre. Antes, porém, de ter a oportunidade de expor todo o caso, ela foi encontrada morta em frente ao castelo. O choque só não foi maior pois, desde quando descobriu a doença, o patriarca já esperava que aquilo representaria perigo à sua família. Sem imaginar que este perigo vinha dos próprios familiares, ele pediu para o irmão mais novo - o mesmo que orquestrara seu envenenamento e o assassinato da esposa - que cuidasse de seus filhos, ambos jovens demais para que pudessem assumir o trono quando a doença finalmente o levasse, o que era questão de tempo, apenas. E, aos filhos, se desculpou; por não poder continuar cuidando deles e por deixá-los sozinhos. Por fim, antes de morrer, pediu para que Ælfweard jurasse proteger o irmão menor, sob quaisquer circunstâncias, e esta promessa foi selada pela mesma xamã que cuidara do rei por todo aquele tempo.
  25. Depois de obter êxito em seu plano, Cyneric assumiu o tão desejado trono do reino e, embora o plano inicial fosse matar também os filhos do irmão mais velho, ele não tinha real motivo para tal; por não ter filhos, lhe era muito mais vantajoso manter as crianças vivas. A ideia de ter um dos seus assumindo o trono depois de sua morte - que só aconteceria depois de um longo reinado, ele esperava - era muito melhor do que deixar o castelo vazio para o primeiro inimigo que quisesse tomá-lo. Assim, os irmãos cresceram sem sequer suspeitar do golpe que os deixara órfãos, e tudo estaria tranquilo se a história terminasse aqui; mas Cyneric se casou. E, em menos de um ano, sua esposa deu à luz ao seu primogênito, que jamais teria direito ao trono com Ælfweard e Ælfric vivos. A sentença de morte foi dada pelo rei antes mesmo que seu filho completasse uma semana de nascido, e os herdeiros legítimos teriam morrido na ignorância do que realmente acontecia dentro do castelo, não fosse um dos homens de confiança de Cyneric - o responsável pela educação dos dois - se apiedar da situação, contar a verdade e preparar a fuga de ambos. Não tinham condições de lutar de volta ou de fazerem valer seus direitos ao trono quando mal tinham chegado à adolescência e, sem opções, ambos concordaram.
  26. Não foi o suficiente. Os três foram descobertos enquanto escapavam do castelo, dando início à uma perseguição que durou dias; o sumiço dos príncipes gerou um caos no reino, levantando suspeitas de várias partes sobre o golpe que levara Cyneric ao poder, teoria que logo passou a ser apoiada pela maioria das pessoas que lá viviam. Mas, alheios ao apoio popular que teriam caso voltassem, os irmãos continuaram fugindo, até serem levados à uma emboscada que terminou com as mortes do homem que os guiava e de Ælfweard. Só o que manteve Ælfric à salvo foi um desmaio no momento certo - ou errado, em sua opinião. Teria sido mil vezes melhor morrer do que acordar e encarar os olhos sem vida de seu irmão, o corpo ainda debruçado sobre o seu em uma prova que até mesmo a morte iminente não o afastara de seu objetivo de protegê-lo, e o garoto sabia. Sabia que o excesso de sangue do mais velho cobrindo ambos fora o que impedira os assassinos de conferir se o mais novo estava mesmo ferido. Ælfweard o salvara à custa da própria vida e, ainda que este fosse o ato mais bonito que alguém poderia fazer, Ælfric nunca desejou tanto que tivesse sido em vão; nunca desejou viver em um mundo que não tivesse seu irmão junto consigo e, mesmo que seu corpo continuasse vivo, por dentro, sentia-se completamente vazio. Morto. Como se o tivessem levado junto do outro.
  27. Estava decidido a se deixar definhar e teria feito exatamente isso, caso a curandeira do pai não o tivesse encontrado em meio à floresta e praticamente obrigado-o a viver. Ele foi levado para a cabana onde a mulher morava, foi informado de que desde o anúncio da morte de ambos não havia um aldeão que não estivesse contra o atual rei do pequeno pais e que ele teria apoio caso quisesse lutar. Mas não queria - Ælfric não queria vingança, não queria o trono, não queria o apoio da população; ele queria seu irmão de volta e sabia que nada lhe daria isso. Ao menos foi em que acreditou até que toda sua sensibilidade para contatos com espíritos voltou, e uma chama de esperança se acendeu em seu cérebro. Mesmo que o medo infantil de tudo aquilo causado pelas preocupações da mãe ainda existisse, o desejo de tentar contatar a alma do irmão era maior que todo o resto e, com a ajuda da xamã com quem passou a viver, o garoto começou a usar de suas habilidades, ao invés de tentar suprimí-las. Pela primeira vez, encarou de frente os vultos que via e as vozes que ouvia, à espera que uma delas se tornasse a de Ælfweard; tentou de tudo para trabalhar em cima disso, para aprender a identificar e interpretar melhor os sinais e, quando finalmente aconteceu - o tão esperado 'reencontro' - ele chorou tanto que mal conseguia se comunicar direito com o irmão.
  28. É claro que, de início, nem precisou falar demais diante da infindável lição de moral que recebeu do mais velho por ter desistido da própria vida. Porém, jamais se importou menos com alguém desaprovando suas ações, não quando estava tão feliz por ouvir a voz do irmão de novo. Se voltou a sorrir, foi por Ælfweard lhe ter dito o quanto seu rosto parecia melhor quando o fazia; se voltou a se alimentar decentemente, foi por ele ter comentado o quão magro estava ficando; se voltou a viver, foi por simplesmente ter percebido que não podia deixar a morte do outro ser em vão. Pelo resto de sua vida, cada uma de suas decisões foi guiada pelos conselhos de Ælfweard. Ele decidiu aceitar ajuda daqueles que eram contra o atual reinado para reivindicar seus direitos e assumiu ao trono assim que atingiu a maior idade, enquanto ouvia o irmão dizer que estava orgulhoso de si e que os pais deles também estariam. Mas, à esse ponto, Ælfric não se importava com o que os pais pensariam - seu irmão aprovava, então ele estava feliz. Alguns anos se passaram, o rei se casou e teve filhos após o mais velho lhe dizer que ele precisava de herdeiros. E tudo estaria bem, caso a jovem rainha não ficasse aterrorizada a cada contato do marido com a alma do irmão morto há tanto tempo; boatos começaram a surgir por todo o reino sobre a saúde mental de seu governante, mas este era tão adorado por seu cuidado com os moradores e a simpatia que possuía, que nem isso diminuiu sua popularidade.
  29. Sem saber o que fazer, só o que restou para a mulher foi aprender a conviver com os barulhos estranhos, com as coisas se movendo, com as vezes que Ælfric começava a falar 'sozinho'. O medo foi inevitável, principalmente ao perceber que isso sempre acontecia quando se aproximava demais do próprio marido. Para a própria segurança, aos poucos foi se afastando do rei, levando os filhos consigo. Não eram mais casados, eram simplesmente pessoas que dividiam o mesmo teto, e sequer se surpreendeu com a realização de que Ælfric não se importava com essa distância. E era verdade - passou até a ser mais confortável não precisar fingir que tinha algum sentimento que o unia à família, pois não tinha e nunca teve; sua esposa e filhos eram apenas pelo pensamento prático de precisar de alguém para assumir o trono. Quem ele realmente precisava ao seu lado era Ælfweard, e não se importaria se o resto do mundo o achasse louco ou se mantesse longe por causa disso. Muito pelo contrário - isso apenas lhe dava mais tempo em paz com o irmão mais velho. E Ælfric continuou assim até o fim de sua vida, e viveu muito mais do que a expectativa de vida para um homem da época, ainda mais alguém com a saúde tão delicada como a sua; até o último de seus dias, sua companhia e tudo o que lhe importava era o irmão. Conforme a morte se aproximava, ao invés de medo, ele se sentia feliz. Pois logo poderia estar no mesmo plano que o mais velho, poderiam se ver e se tocar de novo. Infelizmente, não foi bem isso que aconteceu.
  30. - - -
  31. Não tem como se dizer ao certo quantas vezes a alma de Ælfric reencarnou nesse mundo, mas há alguns pontos que são bem claros: formou-se um padrão. Sem que ele tivesse consciência disso, é claro, uma vez que nunca se lembrava das vidas passadas; mas, em todas elas, tomava lugar de personalidades frágeis e que dependiam demais de ajuda externa. De alguma forma, sua alma sempre esperava pela de Ælfweard, e precisava desta junto de si; sua vida só estaria em equilíbrio uma vez que se reencontrassem novamente. E em todas as suas vidas que isso não aconteceu, as coisas em geral simplesmente não davam certo - não tinha ciência disso, mas desde que aquela promessa foi feita entre os irmãos, sua felicidade e seu bem estar estavam diretamente ligados com a presença de de sua alma gêmea junto de si. Pois foi isso que se tornaram; almas gêmeas.
  32. - - -
  33. Busan, dias atuais. Bae Saerin, a bruxa que todos viam com respeito por descender de uma linhagem já tradicional no coven das Minus, na verdade vivia um inferno dentro de casa por ter uma mãe muito rígida e, principalmente, abusiva. E misândrica. É claro que isso não era problema enquanto Saerin era mãe apenas de duas meninas que tinham futuros mais que brilhantes como bruxas, mas quando ela descobriu estar grávida novamente e se tratar de um menino, entrou em desespero; aquela criança não podia nascer em sua família e, ainda assim, ela não teria coragem de tirá-la. Com toda a personalidade submissa e amedrontada que quase ninguém conhecia, Saerin ainda era uma mãe muito apaixonada por suas crianças, superprotetora talvez à um nível perigoso; pois foi essa característica que a fez bagunçar completamente a vida de seu filho caçula.
  34. Junghee nasceu prematuro, quase não sobreviveu ao primeiro mês de vida e, se isso aconteceu, foi graças ao cuidado excessivo de Saerin com sua cria, que a fez usar tudo o que tinha em seu alcance - principalmente a magia - para assegurar a saúde do pequeno. Logo, porém, percebeu que aquele era um esforço que não teria fim: uma deficiência imunológica fazia com que o menino passasse praticamente metade de seus dias sem poder sair de casa, sob os olhares afiados de uma mãe preocupada. Ou, melhor dizendo, a menina - o medo da reação de sua família era tão grande que Saerin sempre disse que o caçula era uma menina; e toda a atenção que tinha que dispensar à criança por sua condição delicada de saúde lhe caiu muito conveniente para explicar a proteção que dispensava à Junghee, quase ao ponto de isolar a criança do convívio social. Tal característica, apesar de estranha à maioria, nunca chegou a ser diretamente questionada e nunca desconfiaram sobre a verdade sobre o garoto. Era a mentira perfeita. Exceto pelo pequeno detalhe que, sendo uma menina, Junghee deveria também ser uma bruxa. Como era, na verdade, um garoto, nem um pingo de magia corria em suas veias; o que não seria problema enquanto ainda era um bebê adoentado, mas seria conforme crescesse e todos começassem a questionar por qual motivo a menina não apresentava nenhum dom sobrenatural. Movida, mais uma vez, pelo medo, Saerin convenceu a criança a fazer um pacto com um demônio assim que tinha idade suficiente para tal; o ato conferiu à Junghee os poderes de telekinesis, divination e biokinesis. É claro que, em troca, deveria obedecer à quaisquer ordens que o demônio lhe desse; mas Saerin se certificou de fazer um acordo bem restrito e pagar uma boa quantia para que sua criança pudesse viver em paz. Não que ela confiasse muito em um demônio, porém...
  35. Além de frágil, Junghee cresceu em constante conflito com a própria identidade. Enquanto era pequeno demais para entender as diferenças entre os gêneros ou questionar as coisas que sua mãe lhe dizia, acreditava profundamente que era, de fato, uma menina. Mas, conforme crescia e aprendia e, principalmente, quando sua puberdade não chegou da mesma maneira que tinha chegado para as irmãs mais velhas, um grande questionamento se instalou em sua mente. Afinal, o que era? Quem era? Jamais se sentira exatamente confortável como menina, mas também nunca tinha desejado ser um menino; e quanto mais o tempo passava, mais Junghee se escondia dentro de si. Essa confusão só piorou quando percebeu que se atraía por meninos, o que seria natural caso fosse mesmo a garota que sua mãe lhe dizia ser; mas não era. A verdade é que, em todo seu medo e sua vontade de proteger o filho, Saerin acabou se tornando uma mãe ainda mais abusiva que a própria, porém de uma maneira tão menos explícita que nem sequer ela mesma percebia ter transformado a criança em um reflexo de seus próprios medos e receios, alguém que sentia tanta insegurança que não conseguia falar com as pessoas na rua ou na escola. Junghee se odiava; e se odiava por não se entender.
  36. Preso em seu próprio problema, June - o apelido carinhoso que sempre usaram consigo - também compreendeu que estava profundamente envolvido em uma situação complicada demais. Fora de seus próprios conflitos internos, o fato de ser um bruxo non consanguinei o tornava um clandestino dentro de seu próprio coven, seu lar; mesmo que um dia decidisse expôr a verdade, jamais poderia fazê-lo sem causar um desastre em sua família. E, apesar de tudo, amava sua mãe e não saberia viver longe dela, assim como sabia que era impossível tirar Saerin de perto do resto da família. Não teria outra escolha se não viver o resto de sua vida como uma garota, ainda que, futuramente, chegasse à conclusão de que não se identificava assim; como se 'só' isso não bastasse, ainda tinha que se preocupar com o possível retorno do demônio com quem tinha feito um pacto sem sequer compreender a dimensão daquilo e, bem... Todos os problemas relacionados à faculdade que começara a frequentar. Junghee não levava uma vida fácil.
  37. Apesar disso, sempre foi a pessoa mais doce que todos à sua volta poderiam conhecer. Claro que existia uma barreira que afastava qualquer um de um relacionamento mais íntimo com June mas, como uma amizade casual, era muito agradável de se ter por perto. Todo o medo, a insegurança e a falta de auto estima não impediam sua simpatia, boa vontade e benevolência; por vezes, até conseguia falar algumas coisas engraçadas e sorrir um pouquinho - viver perto de June e não achar aquela coisinha adorável ou não ter vontade de proteger do mundo sempre foi praticamente impossível. A timidez extrema não impede June de ser, de alguma forma, uma pessoa sociável - não vai ser quem sempre está no meio das rodinhas de amigos, falando alto e rindo, mas gosta de estar por perto, ouvindo e se distraindo. E são esses momentos, em que se esquece completamente dos próprios problemas, que lhe dão forças para não sucumbir ao inferno que se tornou sua vida privada. Ainda deseja encontrar uma solução para todas as dúvidas e mentiras que a rondam, mas o medo do que isso significa e das consequências fazem com que pense duas vezes sobre quanta pressa tem para fazê-lo; e quem pode culpar? As coisas não são tão simples quanto parecem - e, definitivamente, Junghee não precisava de mais uma paixão por alguém que nem sequer conhecia direito em sua longa lista de coisas para resolver. Definitivamente.
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