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what3ver

olha o caduzin

Apr 17th, 2019
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  1. OOC
  2.  
  3. oi, eu sou a bloom, tenho 30 anos, mas ninguém precisa saber. Meu tempo de disponibilidade é quando deus quer, brincadeira, eu costumo aparecer a noite quando todo mundo tá dormindo hasduasdhu mas quando rola evento a gente dá um jeitinho.
  4.  
  5. IC
  6.  
  7. (carlos eduardo martins coelho) foi visto andando pelas ruas de the orange province, como sempre lembrando muito (michael clifford). me pergunto se ele continua sendo (engraçado) e (lerdo), mas pelo que tudo indica, sim. com seus (vinte) anos, atualmente está (trabalhando de bartender no sin city, estudando filosofia e é membro da banda venom union).
  8.  
  9. headcanon:
  10.  
  11. Cadu, é o nome que seus pais adotivos tinham adotado para o pequeno bebê gorducho de grandes bochechas rosadas e olhos verdes, tão verdes que pareciam duas pequenas lagoas em meio ao rosto extremamente redondo. Pra começar, é necessário saber a razão de uma criança tão linda e tão pedida por todos os casais héteros do país, foi encontrada em um lar de adoção, tão pequena, tão frágil e sem saber nem mesmo o que acontecera para ser deixado ali.
  12. Bem, Carlos Eduardo foi fruto de um romance que jamais deveria ter acontecido, pra ser mais específico, ele foi fruto de um estupro. Sua mãe era uma criança quando o pai decidiu que ela também lhe pertencia, a jovem Júlia sempre observou em como sua mãe se contentava com uma vida tão sofrida, ainda era um bebê quando levou os primeiros sustos que vieram com os socos e chutes que a mulher levava por razões mínimas, ou tinha tempero demais na comida ou estava fria demais, nunca fazia o que era suficiente, nunca agradava, estava gorda, esquecida, velha, sempre sendo diminuída e apagada, nunca conseguiu encontrar um batom nas coisas da mãe, eram raros os momentos que via um brinco ou um colar, via na mulher a imagem de uma tela gasta e totalmente em branco. Júlia cresceu, fez amizades na rua e vivia rodeada de garotinhos que queriam fazer suas vontades, foi nessa que o homem que dizia ser seu pai, decidiu que tomaria posse dela.
  13. Júlia passou a receber visitas noturnas e dolorosas, não podia dizer nada ou ele machucaria ainda mais a sua mãe, sempre que retrucava, ela via ele lhe dar um soco forte na cabeça da mulher e rir, como se dissesse em silêncio que aquilo aconteceria se dissesse qualquer coisa. Ela tinha apenas 13 anos quando engravidou e passou a ficar trancafiada em casa, durante sua gestação, sua mãe adoeceu e aos poucos, a míngua, foi morrendo na sua frente, de tristeza, arrependimento, tudo o que poderia acabar com a vida de uma pessoa.
  14. Júlia conseguiu fugir de casa e nessa fuga conhecera um jovem, deveria ter uns vinte anos, ele conseguiu leva-la em segurança e esconde-la enquanto as contrações surgiam e sumiam entre intervalos constantes. "É um menino" Foi o que ouviu do desconhecido quando o seu filho fora colocado sobre seus braços, um ato que não durou nem mesmo dez minutos. Ela só tivera tempo de dizer que o amava e que sentia muito, cantou o trecho da música que sua mãe vivia lhe cantando e então, morreu. O corpo era frágil demais, pequeno demais, foi um esforço muito grande e em um parto improvisado, não tivera tempo nem mesmo de agradecer a pessoa que lhe ajudara.
  15. Sem saber o que fazer, o rapaz deixou a criança na casa de adoção, um espaço com freiras e padres, santificado, não tinha lugar melhor para isso e um bilhete, contendo nada além de uma canção de ninar.
  16. Cadu foi entregue a família que lhe adotou, brasileiros ricos que tinham acabado de se casar, já tinham tentado de tudo para ter um filho e descobriram que não podiam, a escolha da adoção foi a salvação pro casamento deles e Carlos Eduardo foi a pequena fagulha de esperança que podiam ter. Mal aproveitou sua cidade natal e se mudou para Orange Province, ali ele cresceu e foi educado, mas nunca deixou de falar a língua mãe com os pais, o que era estranho, pois sempre tivera a sensação de ter nascido lá. Quando teve idade o suficiente, os pais dele disseram sua real história ou parte dela, foram juntos até uma cidadezinha de Minas Gerais, pequena demais, onde todos sabiam a história de todo mundo. Ninguém teve coragem de dizer quem poderia ser sua mãe, alguns até diziam que era melhor não saber, foi então que ele encontrou o homem que salvou sua mãe, seu nome era João e ele dissera que tinha acabado de se mudar pra cidade quando a encontrou, não sabia seu nome e nem de quem estava fugindo, tentou ao máximo salva-la, mas não conseguiu. Tudo o que ele sabia era a música que ela cantou antes de simplesmente adormecer pra sempre, João nunca conseguiu descobrir o que acontecera com ela e desistiu quando percebeu que toda a cidade morreria em silêncio. "Desista, é melhor, saiba apenas que ela era a menina mais linda e a mais doce dessa cidade inteira" Foi o que conseguiu saber de sua mãe e se contentou com isso.
  17. Cadu voltou pra sua vida de sempre, praia, vida mansa e música, porque sempre gostou de música. E mesmo que fosse considerado um rapaz bonito, nunca foi tão confiante assim, talvez a sua falta de auto estima fizera com que ele fosse tranquilo, irritantemente tranquilo, seus pais sempre diziam que ele era mineiro demais pra viver entre eles, até concordava, mas sabia que sua lerdeza era um caso a parte. O uso da maconha nunca foi um problema entre seus pais, mas quando decidiu fazer um pequeno curso de bartender, aulas de guitarra e bateria, se juntar a banda de alguns amigos da escola, aí sim, seus pais viram um verdadeiro problema se formando em sua casa. Só piorou quando as cartas de aprovação da universidade chegaram e o curso de filosofia jamais foi um sonho de seus pais, nem mesmo sabiam o que uma pessoa formada nesse curso poderia fazer, mas como sempre, deixou que o menino tomasse as rédeas de sua vida, então jamais deixaram de apoia-lo, era impossível dizer não para aqueles olhinhos verdes tão preciosos.
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