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Apr 18th, 2019
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  1.  
  2. Agora, "O significado de justificar está imbuído no próprio texto, e o utilizei como demonstração do porquê de toda justificação não ser necessariamente justificação argumentativa. O ponto é que é possível que se justifique algo fora de um contexto intersubjetivo, portanto excluindo o caráter de necessidade da proposição de que toda justificação normativa é argumentativa", isso entra em erro, primeiro, no texto a qual lhe enviei já o mostrava incorreto, mas para efeito, derivaremos em parte uma conclusão sobre o caso, para Habermas, nesse sentido, 'a linguagem é o principal meio de integração social. Os agentes capazes de exercerem a linguagem e a ação somente são constituídos como indivíduos na medida em que crescem em um universo partilhado intersubjetivamente e enquanto são membros de uma determinada comunidade linguística. Ou seja, é o discursoa argumentativo que possibilita a fundamentação da universalidade, da responsabilidade e
  3. da solidariedade da conduta humana.', ou seja, a argumentação intersubjetiva é o modo pelo qual normas devem ser justificadas, 'Habermas vê o discurso prático como uma forma exigente da formação argumentativa da vontade que deve garantir a justiça de todo o consenso normativo'.
  4. 'a ética do discurso amplia o conceito deontológico ao incluir aspectos estruturais do bem viver que se destacam inteiramente do contexto concreto das formas de vida particulares, desde que visto a partir da socialização comunicativa. Assim, a razão comunicativa administra as normas da universalização do discurso que possibilitam concordar com o campo ético. Ou seja, nos procedimentos argumentativos, os participantes devem imaginar pragmaticamente que todos os interessados compartilhem, enquanto seres livres e iguais, de uma busca cooperativa da verdade, na qual só vale a força do melhor argumento. É com essa condição pragmático-formal que se inicia a ética do discurso. Dito de outra maneira, somente aqueles indivíduos que aderirem às normas do processo argumentativo é que podem participar da discussão prática.'
  5. Agora, antes de continuarmos ao 'insight' do Hoppe sobre Habermas e Apel, devo esclarecer o motivo da mesma não ser uma falácia naturalista, pois o argumento hoppeano não é dedutivo, é transcendental, ele não parte de um pressuposto para concluir o direito de autopropriedade, ele afirma que o mesmo é um pressuposto ultimo, o mesmo já está dado no pensamento oferecendo suporte a qualquer raciocínio, e não o deriva de um, a EA não prova dedutivamente que devemos respeitar propriedade, ela exclui toda e qualquer outra possibilidade como autorrefutavel, o unico modo de agir de modo que sua ação não seja injustificável racionalmente é seguindo o dever de respeitar a propriedade. Creio que isso você já esteja a par, então iremos ao próximo ponto, que é o último sobre a contradição, mas antes, retomarei ao 'insight' do Hoppe, que está diretamente ligado ao caso.
  6. ''A filosofia apelliana nega veementemente a possibilidade da argumentação solitária, eis que a argumentação pressupõe a busca da verdade. Reconhecemos o mundo então de forma pragmática. Ou algo possui valor verdade, ou algo é falso. Mas analisamos o falso justamente em contraponto ao verdadeiro. Então qualquer proposição pressuporá outra proposição também feita e que tomou a si os ares de verdadeira e que é externa ao indivíduo que está argumentando. Quando um indivíduo agora disser que Hoppe não considera a argumentação individual e, portanto, está errada, vocês saberão que esse ser definitivamente não conhece a pragmática apelliana. Vocês já estão aptos aqui a responderem praticamente metade do site NeoIluminismo. Mas aqui vamos além, vamos falar dos pressupostos do a priori argumentativo. A existência de algo como verdade, diferente da falsidade: A existência de proposições que podem ser tidas por verdadeiras; a existência de proposições a respeito das quais pode haver concordância intersubjetiva; a existência de uma comunidade de comunicação, na qual tal concordância pode ou não se dar; e, por fim, certas regras que funcionam como condição normativa da possibilidade de discussão: o reconhecimento do outro como um igual falante e a não violência no uso do argumento.
  7. "Esses pressupostos, enunciados por APEL como necessários a qualquer argumentação, estão postos a priori da própria argumentação. É porque eles sempre estão pressupostos que toda argumentação é possível. Eles estão desde sempre subjacentes a toda e qualquer argumentação. Mesmo argumentar contra esses princípios é algo que não se pode fazer sem os pressupor. Quem argumenta contra esses princípios, cai em “contradição performativa” ou “contradição pragmática”.
  8. Esses são os requisitos apellianos. Toda e qualquer análise do a priori argumentativo que não tenha como requisitos básicos esses elementos, obrigatoriamente é uma falha de percurso que desconsidera a própria filosofia transcendental pragmática. Continuando, pelo último trecho, temos a introdução da contradição performativa. Essa contradição performativa é a que vai acontecer depois ao argumentar-se contra a EA. O que Hoppe faz é acrescentar o elemento de autopropriedade que ele vai extrair do mundo da vida habermasiano para fazer funcionar. Mas o que aqui já precisa ficar claro (porque depois vamos falar de Habermas) é que o a priori argumentativo é o que força a contradição performativa, não a autopropriedade. Ele é o arcabouço real da contradição performativa.'' DDEA0, pg-3
  9. 'Começando com os dois principios do discurso ideal necessarios, o principio U, que diz que para um determinado método possuir validade, ele precisa obrigatoriamente possuir universalidade. O segundo deles, é o principio D, segundo o qual: "Mas, se as argumentações morais devem produzir um acordo desse gênero, não basta que um indivíduo reflita se poderia dar seu assentimento a uma norma. Não basta nem mesmo que todos os indivíduos, cada um por si, levem a cabo essa reflexão, para então registrar os seus votos. O que é preciso é, antes, uma argumentação "real", da qual participem cooperativamente os concernidos. Só um processo de entendimento mútuo intersubjetivo pode levar a um acordo que é de natureza reflexiva; só então os participantes podem saber que eles chegaram a uma convicção comum". Vemos daqui que ele coloca um princípio D universal. Onde todos os seres contidos no debate são partes obrigatórias, então, iremos a Hoppe e entender que o que ele queria fazendo o reconhecimento da autopropriedade é elevar a autopropriedade como elemento do discurso ideal', creio que os parametros necéssarios a fundamentação da ética já sejam de seu conhecimento, portanto passaremos a parte em que o discurso ideal se torna necessário a ética, e não válido por si só, mas um arcabouço pelo qual a mesma se sustentará:
  10. "Primeiro, a questão do que é justo ou injusto (ou do que é válido ou não) apenas surge na medida em que eu e os outros somos capazes de realizar trocas de proposições – de argumentar. A questão não surge para uma pedra ou um peixe, porque eles são incapazes de produzir proposições com reivindicação de validade. Mas se é assim – e não se pode negá-lo sem se contradizer, pois não se pode argumentar que não se pode argumentar -, então qualquer proposta ética, de fato qualquer proposição, deve ser assumida como reivindicando que pode ser validada por meios argumentativos e proposicionais. Ao produzir qualquer proposição, manifestamente ou como um pensamento interno, demonstra-se a própria preferência pela vontade de contar com meios argumentativos para convencer a si ou a outros de alguma coisa. Não existe, portanto, nenhuma maneira de justificar algo a não ser que seja uma justificação por meio de trocas proposicionais e argumentos. Deve-se considerar a derrota final de uma proposta ética se se puder demonstrar que seu conteúdo é logicamente incompatível com a reivindicação do proponente de que sua validade pode ser verificada por meios argumentativos. Demonstrar tal incompatibilidade equivaleria a uma prova de impossibilidade, e essa prova é letal no campo da investigação intelectual." DDEA0, pg-9, ou seja, ele utiliza do a priori argumentativo e o demonstra necessário para se criar uma ética que resolva conflitos sobre recursos escassos.
  11. Creio que isso seja o bastante para resolver o "problema" da contradição, embora eu tenha escrito as pressas, espero que seja de entendimento (se não der pra entender fala e eu reformulo dentro de alguns dias, estou com muita coisa pra fazer ultimamente e não tenho tido muito tempo).
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