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pregomal

Sanguinius acorda, com a marca efetiva permanentemente

Apr 12th, 2017
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  1. Sanguinius acordava, vestindo quase nada além da armadura. O manto de Diceópolis cobria o seu corpo, impedindo que ele morresse de frio naquela caverna gélida. Então, o garoto de quase dois metros se sentava no banco, observando os arredores.
  2.  
  3. Via apenas o Ookami deitado, ainda dormindo. Os outros dois deveriam ter saído por alguma razão. Com um suspiro, ele botava ambos os pés no chão, fazendo o máximo de força que conseguia para se levantar, e mesmo conseguindo ficar de pé, a dor em seu corpo era extremamente forte.
  4.  
  5. As suas feridas haviam sido seladas pelo metal que antes estava fundindo com sua pele, mas o metal ainda estava passando por dentro de seu corpo. Cada movimento gerava um arranhão, e cada passo exigia uma sequência de movimentos. Era algo dolorido, mas ele precisava chegar do lado de fora.
  6.  
  7. Ao chegar no meio do caminho, tentou se aproximar da sua arma, uma maça gigante que estava escorada na parede. Ao dobrar a coluna para tentar, sentiu o sangue escorrer pela sua lateral e descer até suas pernas.
  8.  
  9. Deixando um rastro de sangue no chão, ele dava um passo a cada 30 segundos, e depois de cerca de cinco minutos, ficava na porta, sentindo o vento frio comer seu rosto. Pela primeira vez, percebia o que havia acontecido com seu rosto.
  10.  
  11. Antes, havia uma marca de uma garra em seu rosto. Agora, a marca havia sido coberta pelo metal, deixando uma placa imensa de ferro em formato triangular cravada em seu rosto.
  12. (Sanguinius)
  13.  
  14. Dicaiópolis estava tendo um sonho sobre uma ruína. Ela era feita completamente de uma pedra avermelhada, tinha escrituras entalhadas nas paredes, havia diversas imagens colidadas de todos os tipos de deuses pelo teto. Ele andava pelos corredores, observando todas as marivilhas que lá estavam. No chão, um tapete azul com padrões dourados entrava em contraste com as paredes da ruína. O garoto nem pensava a razão de estar lá, apenas andava e contemplava, tudo parecia muito real. No fim do corredor, havia um altar com uma relíquia dentro. Esta era esférica e avermelhada. Como o ookami estava longe, não conseguia ver os detalhes.
  15. Depois, estranhamente, ouviu sons, sons de alguem se arrastando e tentando andar. Junto deles, também havia ruídos metálicos que machucavam seus ouvidos. Ele lentamente abriu os olhos e já não sabia mais o que era sonho e o que era realidade.
  16.  
  17. "Er... onde eu estou mesmo?" - sussurrou ele.
  18.  
  19. Aos poucos se lembrou de como chegou ali. Ele estava ajudando seu amigo a se recuperar. Mas, onde estava esse amigo? Dicaiópolis olhou para os lados e não viu nenhum sinal dele. Então, rodou a área toda a procura do cavaleiro. Por fim, checou a entrada, onde o encontrou.
  20.  
  21. "Por que você está saindo assim ferido sozinho? Entre e descanse!"
  22.  
  23. Ele perguntou preocupado com a condição de Sanguinius.
  24. (Dicaiópolis)
  25.  
  26. Nin achava que alguns dos seus amigos iam acordar, mas reparou que foi só um alarme falso e saiu em busca de mais gravetos e do mato azulado que acabou de descobrir, depois de algum tempo quando voltou para caverna percebeu que Sanguinius estava na porta do lugar, no mesmo instante entrou em desespero e gritava enquanto corria em direção a ele ao mesmo tempo em que largava todos os gravetos no chão.
  27. "Sanguinius? Oque? Você não está recuperado ainda!!"
  28.  
  29. (Nin'zoth)
  30.  
  31. Sanguinius observava o ambiente gélido à sua frente. Pequenos flocos de neve caíam em seu rosto, iluminando-o com pequenas gotas reluzentes. Os seus olhos, agora amarelados pela energia sagrada constante fluindo em seu corpo, tinham um aspecto levemente esbranquiçado, adotando uma cor platinada.
  32.  
  33. Ele observava a planície desértica, e então ouvia a pergunta de Dicaiópolis. Realmente, não sabia responder a razão pela qual estava saindo, mesmo estando ferido e sozinho. Ele simplesmente precisava sentir o frio em seu corpo, para lembrá-lo de que ainda estava vivo.
  34.  
  35. Enquanto comprimia o próprio corpo, se segurando em seus próprios braços e envolto pela capa do Ookami, pensava numa resposta. Mas a resposta não chegava à sua cabeça. Pensava na dor de se mover, e pensava na dor de ter a sua armadura, sua sacra égide, tudo que sempre o protegia, tudo fundido à sua pele.
  36. (Sanguinius)
  37.  
  38. Ele ia responder à pergunta de Dicaiópolis, mas Nin'zoth se aproximava, extremamente desesperado. É claro, a visão turva do templário não permitia que ele visse o boticário se aproximando. Era só uma pessoa qualquer, que de forma alguma era identificável. Uma silhueta na nevasca que assolava o local.
  39.  
  40. Quando o alquimista chegava, e fazia quase a mesma pergunta de Dicaiópolis, Sanguinius procurava em seu interior uma razão para falar. Porém, a parte incrível era que não tinha. Sua mente continuava a divagar em diversas questões, mas nenhuma delas era a resposta da razão pela qual estava ali. Ou, pelo menos, quando achava a razão, rapidamente ela se perdia em sua mente.
  41.  
  42. Talvez fosse o trauma de ter sido praticamente fervido dentro de sua própria armadura, ou talvez o fato de ter acordado há 5 minutos. Alguma coisa dentro de si ficava remoendo a cena da derrota contra o dragão.
  43. (Sanguinius)
  44.  
  45. As lembranças de seu sonho continuavam na cabeça. Ele era tão real, detalhado e magnífico! O garoto realmente sentia como se tivesse andado pelos corredores adornados de uma ruína antiga. Porém, o que mais o intrigava era o objeto no fim do corregor. Enfim, isso não relevante agora, pois Sanguinius estava jogado no chão e não respondia nada que perguntava.
  46.  
  47. "Oi, tá bem?"
  48.  
  49. Ele obviamente já sabia a resposta da pergunta. Afinal de contas, o cavaleiro parecia abalado tanto no corpo, quanto na psiquê. Dicaiópolis não sabia muito bem como reagir à situação, então tentou manter a calma, para que de alguma forma, ela pudesse ser transmitida para seu aliado. Depois, se virou a Nin'zoth, o qual estava ao seu lado e disse.
  50.  
  51. "A gente precisa fazer alguma coisa para melhorar o ânimo do Sanguinius. O maior obstáculo para sua melhora é o jeito como ele lida com a situação."
  52. (Dicaiópolis)
  53.  
  54. Nin ficava observando a situação do templário com muita tristeza, quando Dicaiopolis fez a pergunta ele continuou em silencio por um tempo até que se aproximou e começou a conversar com Sanguinius.
  55. "Eu não tenho certeza se consegue me ouvir, mas saiba que se você está vivo não é atoa, qualquer um teria morrido se tivesse passado pela mesma coisa, mas você por algum milagre conseguiu sobreviver e o melhor de tudo...está e se recuperando...Pode não ser no mesmo ritmo que você esperava mas tudo tem seu tempo"
  56.  
  57.  
  58. Com uma expressão séria ele observava o rosto de Sanguinius, agora adornado com uma placa de metal por conta de seu elmo, então se virava para Dicaiópolis.
  59. "Sanguinius tem o direito de morrer se assim preferir, mas ofereça comida para ele, deve ter algo em sua mochila, eu preciso pegar mais ervas para tratar os ferimentos dele então eu vou demorar. Depois que fizer esse favor você está livre para ir e vir. E obrigado por toda sua ajuda, você não tem a obrigação disso."
  60.  
  61.  
  62. Nin observava por alguns instantes a neve do lado de fora da caverna e então se retirava, não sabia oque se passava na cabeça de Sanguinius, mas mais uma vez ele se encontrava rezando para Krauz...
  63. (Nin'zoth)
  64.  
  65. Sanguinius ouvia o que Nin'zoth falava para ele. Sua mente estava em outro lugar, mas sua audição ainda funcionava perfeitamente. Ele pensava em responder, mas o escriba não estava errado. Se ele quisesse morrer, agradeceria esse direito. Mas não queria morrer. Só precisava pensar em como havia deixado de morrer.
  66.  
  67. Kraus havia salvado o templário mais uma vez. Era mais uma razão pra nunca perder a esperança, e mais uma razão para espalhar a glória do Arcanjo Perfeito. Porém, nesse estado, não conseguiria. Sem falar uma única palavra, ele tirava a capa de Dicaiópolis, e dava alguns passos até alcançar o garoto Ookami. Em sua frente, Sanguinius devolvia-o a capa, estendendo-a por cima do ombro do garoto.
  68.  
  69. Então, o cruzado, de cabeça baixa, se virava completamente e começava a andar para o lado de fora. Chegando lá fora, nas planícies brancas de Frostvale, Sanguinius sentava-se na neve e observava o céu.
  70.  
  71. "Aqui é um excelente lugar para observar tudo isso", pensava Sanguinius. Ele dava um valor significativo para as estrelas no céu, dádivas da organização do Criador. Eram os maiores representativos de como ele era poderoso: Toda magia nesse mundo passava por lá em algum instante. Era, querendo ou não, a maneira com a qual Kraus tocava todos os seres que andavam por aquele lugar, e a maneira como ele dominava todos.
  72.  
  73. O sol da tarde batia no lado esquerdo de seu corpo, fazendo os pedaços fundidos de armadura reluzirem em um tom alaranjado. Ao lado do templário, repousavam os outros restos de sua armadura, carbonizados pelo calor excessivo ou congelados pelo frio excessivo. Era um ambiente de extremos, e agora Sanguinius testaria sua fé mais uma vez: Se cercando da sua aura sagrada, ele começava a sentir-se conectado com a terra. Finalmente estava se conectando com a criação de Kraus, e essa conexão deveria salvá-lo. Fechando os olhos que reluziam em uma luz amarela, fortes como faróis visíveis além da neblina, ele se ocultava na neve, conectando-se com a terra e com sua fé.
  74. (Sanguinius)
  75.  
  76. Nin se virava quando já estava a certa distância da caverna, ele via o templário meditar enquanto emanava uma energia sagrada, por mais que o pesquisador acreditasse que era arriscado ele acreditava na fé de Sanguinius então apenas desejou sucesso em seu objetivo e que Kraus mais uma vez o guiasse em suas escolhas.
  77. Após alguns instantes observando a cena ele voltava ao seu rumo, buscar uma floresta próxima para coletar as ervas necessárias para um tratamento efetivo em Sanguinius e Ookami.
  78. (Nin'zoth)
  79.  
  80. Sanguinius estava faz cerca de seis horas sentado na neve agora. Quando havia entrado, o sol estava se pondo, e agora a lua estava no topo do céu. Teve de achar um milhão de passatempos para se distrair, mas não era o suficiente.
  81.  
  82. A sua pele já estava coberta por uma leve camada de gelo, resultado do frostbite que consumia seu corpo. É claro, estava só com o peitoral descoberto, e metade do seu corpo estava coberto pela armadura de aço que estava grudada ao seu corpo.
  83.  
  84. A marca em suas costas era a única fonte de calor. A chama tatuada em seu corpo emitia uma luz amarela, como se fosse uma lâmpada de filamento, mas não emitia calor o suficiente para fundir a placa de ferro que era pressionada contra ela. Ela era a geradora da aura divina que circulava o corpo do templário, coisa que também fazia-o reluzir mesmo sem quase nenhuma fonte de luz.
  85.  
  86. Ele tentava, uma vez por segundo, manter o frio longe de si. Não havia conseguido efetivamente, mas havia conseguido algo que nem ele mesmo havia percebido, fruto de seu subconsciente: Sua conexão com a terra havia feito que ambas as pernas dele fossem cobertas por lama, sem um único floco de neve pousar e permanecer em cima da terra. Era um novo poder florescendo, talvez por pura necessidade, uma graça divina, ou resultado de sua nova experiência.
  87.  
  88. Ele se sentia realizado, e não percebia nada ao redor, mesmo tendo sido cercado por uma nevasca potente durante horas. Não sentia nem ao menos a Ookami se aproximando, com o seu corpo coberto de terra da cintura para baixo, e sua parte superior frontal coberta com uma leve camada de gelo. A única parte que não estava coberta era a placa de ferro em suas costas, que emitia um calor aconchegante graças à marca flamejante por baixo.
  89. (Sanguinius)
  90.  
  91. Okami retornava de seu treino, seus ossos ainda doiam e sua cicatriz ainda estava quente.
  92. Já estava noite e mal podia ser vista em seu retorno, coberta por neve rumo a caverna, era como um fantasma sem rumo.
  93.  
  94. A raposa retornava para seus amigos apos uma sessão ardura com seu corpo, sua expressão onde um dia foi alegre e otimista, se foram, agora tudo que preenchia seu rosto eram as queimaduras e pelos chamuscados, uma cicatriz ainda por fechar completamente, olhos cançados e um rosto palido.
  95.  
  96. Aquela já não era a mesma garota de outrora, certamente seu ultimo combate a mudou, e ainda mais pela morte de seu amigo e antigo mestre, Sanguinius.
  97.  
  98. Naquele mesmo dia carregou a espada de aço cru , pela manhã quando deixara a caverna, levou-a até o pico da montanha proxima da li, cravando-a no chão proxima a estatua de um dragão.
  99.  
  100. Jurou para si mesma, e para Kraus, que não deixaria seu seguidor ter morrido em vão por tal fera. Jurou que um dia derrotaria o monstro.
  101.  
  102. E assim gastou todas as horas disponiveis naquele dia, até o escurecer.
  103. Cabisbaixo e sem direção, nunca se sentiu tão sozinha desde que acordou sem lembranças na floresta.
  104.  
  105. Ao chegar proxima da caverna, seus olhos estavam a pregar peças na garota.
  106. Via Sanguinius em frente dela quando a tempestade de neve sessou.
  107. Não podia crer em seus olhos, dizia para si mesmo que era apenas lembranças se repetindo em sua mente, e assim acreditou. Seguiu de cabeça baixa ignorando totalmente Sanguinius. Segurando as lagrimas, dizia para si mesma que não iria envergonhar seu antigo mestre.
  108.  
  109. Okami ignorou totalmente a repentina aparição de Sanguinius, para a jovem, foi duro demais perder seu amigo. Não podia se dar ao luxo de perder o antigo companheiro e ainda divagar sobre o mesmo.
  110.  
  111. O Orgulho em seu coração era demasiado grande junto com a dor que sentira.
  112. A raposa explodia sua mana em chamas enquanto caminhava para tentar suprir o pesadelo que estava vivendo, deixando um rastro de fogo para trás.
  113. (Okami)
  114.  
  115. "Ahhh..." Com um lamento doloroso Sola abriu lentamente os olhos, recobrando a consciência. Sua cabeça explodia de dor, não sabia se lembrava o que tinha acontecido.
  116.  
  117. Se levantando lentamente com uma mão na cabeça Sola sentiu frio, muito frio. Confuso ele olhou para o chão. Neve. Assustando-se ele tentou superar a dor mental para analizar seus arredores.
  118.  
  119. Foi nessa hora que ele olhou para sua frente, ao longe. Ele viu uma pessoa coberta por uma fina camada de gelo da cintura para cima e terra da cintura para baixo, era uma cena muito estranha.
  120.  
  121. "O-olá?" Perguntou com confusão enquanto se aproximava da pessoa, que rapidamente reconheceu como um homem pela expressão facial rígida.
  122. (Sola Calca)
  123.  
  124. O homem sentado na neve não respondia à pergunta do garoto. Ele continuava de olhos fechados, mesmo que a impressão fosse de que eles brilhavam por baixo das pálpebras. Sua expressão era de plena tranquilidade, se não fosse pela leve impressão do sofrimento que foi ter uma escama de feror implantada no rosto.
  125.  
  126. Ao se aproximar mais, o garoto percebe que a placa nas costas do colosso sentado não havia sido congelada. Ela emitia um calor aconchegante, como uma fogueira à distância média em uma sala fria. Era possível ver que nas placas havia um desenho similar ao delineamento de uma chama, com um brilho amarelado, e era isso que emitia o calor.
  127.  
  128. A terra ao redor das pernas do guerreiro se movia assim que Sola se aproximava, mas não desmoronava. As pernas continuavam cobertas, mas sob uma quantidade menor de terra.
  129. (Sanguinius)
  130.  
  131. Sentindo um calor quente e acolhedor ao se aproximar do homem, Sola viu sua salvação, por hora. Esse estranho homem podia ajudá-lo, se ele estiver vivo é claro...
  132.  
  133. Sola se aproximou ainda mais do estranho homem, ficando feliz por não ter que suportar o frio. Mas de repente Sola viu que a terra nas pernas do homem se moveram. Um pouco alerta Sola tomou um pouco mais de cuidado, parando de se aproximar quando tinha atingido uma distancia de 4 metros entre ele e o homem.
  134.  
  135. "Ei? Conhece esse lugar? Sabe aonde estamos?" Perguntou com esperança Sola, não queria continuar nesse lugar frio, preferia muito mais estar em um bar bebendo até cair, e estava com muito medo do desconhecido.
  136. (Sola Calca)
  137.  
  138. O homem não respondia nada. Ele simplesmente ficava calado, com os olhos fechados, enquanto estes emitiam uma estranha luz amarelada. Não tinha opção perante o homem, visto que estava aparentemente congelado e em um estado de profunda meditação, e com metade de sua armadura fundida ao corpo.
  139.  
  140. Porém, ao se aproximar de Sanguinius, Sola não sentia uma aura extremamente ameaçadora. Era verdade que a terra havia se movido assim que o garoto se aproximara, mas não parecia ser algo ameaçador. A aura emitida por Sanguinius era uma de paz, e de esperança.
  141.  
  142. Com um olhar mais detalhado, era possível ver que a cor amarelada da pele do homem não era natural. Era resultado de uma leve cobertura, causada por sua aura, como se um líquido constantemente varresse o seu corpo por dentro do congelamento, e ela era emitida da figura de chama em suas costas.
  143. (Sanguinius)
  144.  
  145. "Esse cara está inconsciente?" Sola perguntou em voz alta para si mesmo ao se aproximar do homem de novo. Olhando atentamente ele seus olhos emitiam uma luz amarelada, seu corpo aparentemente sendo 'lavado', debaixo da camada de gelo, por algum tipo de líquido.
  146.  
  147. Sentindo-se curioso Sola agora não se preocupou mais, ele se aproximou até ficar bem perto dele, o calor emitindo de corpo do homem o cobrindo, fazendo-o relaxar. Era um bom sentimento, uma boa sensação, além de tudo estava muito cansado fisicamente, mentalmente e também com fome, não tinha vontade de refletir sobre coisa alguma.
  148.  
  149. Sendo assim Sola não se importou mais e sentou no chão, suas pálpebras tremendo como ele tentou descansar um pouco.
  150. (Sola Calca)
  151.  
  152. Ao se aproximar do homem congelado, Sola sente-se aquecer. Mas independente da distância, o fogo não parecia aquecer seu exterior. Era só um pequeno calor, quase como se ficasse na frente do sol do fim da tarde. Não era o suficiente para mantê-lo aquecido; Não ali.
  153.  
  154. Mas, por alguma razão, a luz continuava a aquecê-lo. Provavelmente o ladrão não conhecia, mas era a dávida da Luz de Kraus tocando-o por dentro. Porém, ao chegar perto demais, era possível sentir a parte ameaçadora dessa luz: Ela não doía, mas causava um ardor no interior, fazendo-o se lembrar de todas as coisas ruins que havia feito, uma por uma, mas não em um intervalo pequeno. Era cerca de uma memória a cada vinte segundos, acompanhada de uma voz imponente falando: "Arrependa-se!". Por alguma razão, dava para sentir que era a voz daquele homem que estava congelado à sua frente.
  155. (Sanguinius)
  156.  
  157. Ao fechar os olhos Sola sentiu-se estranho. Não entendia o que estava acontecendo com ele. De repende Sola viu-se invadido por diversas memórias; eram todos os seus erros, pecados.
  158.  
  159. Com a cabeça tendo uma nova explosão de dor, Sola relembrou incessantemente das suas memórias, sua visão ficou embaçada, tudo ao seu redor parecia tremer, de alguma forma ele não desmaiou, ele viu tudo com extremos detalhes, parecia que alguém queria que ele continuasse vendo aquelas memórias. Alguém parecia rugir em cada memória de Sola, fazendo ele sentir um estranho remorso.
  160.  
  161. Esse estranho fenômeno continou por algum tempo, e Sola ouviu e viu algo que poderia faze-lo ir a loucura. Uma voz rugiu finalmente em sua cabeça quando ele viu o seu mais doloroso erro; abandonar sua própria mãe, as lágrimas começando a escorrer por seu rosto, a voz continuando a rugir imponentemente, "Arrependa-se!"
  162.  
  163. Com isso Sola não aguentou mais e desmaiou. Seu rosto triste e depressivo, as lágrimas ainda a escorrer quando ele caiu na neve.
  164. (Sola Calca)
  165.  
  166. Okami saia da caverna arrastando-se pelas paredes, usando-as como apoio para seu corpo pesado.
  167.  
  168. Sua mão direita portava sua lamina, e a direita cobria sua face, de certa forma segurando as lagrimas.
  169.  
  170. Cada passo da jovem era pesado por sua armadura de placas e sua exaustão fisica.
  171.  
  172. Eu...preciso...mata-lo...Sanguinius...
  173.  
  174. Ela caminhava lentamente em direção ao corpo do cavaleiro.
  175. A depravação claramente estava consumindo sua mente.
  176. (Okami)
  177.  
  178. O corte recente de Nin estava sendo coberto pela túnica para evitar que algum dos seus amigos tivessem preocupações desnecessário, ao chegar próximo da caverna ele via um rapaz desmaiado e Sanguinius ainda meditando no meio da neve, ele muito confuso com o rapaz e preocupado com o templário mas oque fez realmente ele tomar uma atitude foi reparar Okami andando ainda em estado critico.
  179. Ele corria em direção a ela e a abraçava para tentar ajuda-la enquanto dava mais uma bronca nela.
  180. "Okami! oque eu disse para você? Você precisa descansar, eu sei que você esta preocupada com Sanguinius mas ele vai melhorar...de qualquer forma a escolha de ficar aqui fora foi escolha dele...por favor, me escute pelo menos uma vez e vá descansar antes que você morra!"
  181. Nin dizia enquanto abraçava forte a garota, ele também estava preocupado com Sanguinius, mas tinha que ser forte, ele simplesmente não queria ver dois amigos morrerem por uma teimosia sem sentido, pelo menos para os olhos do Rapaz.
  182. (Nin'zoth)
  183.  
  184. Okami, cega pela tristeza não enchergava seu amigo Nin em sua frente, tudo que via era um vulto.
  185.  
  186. "Eu...já disse...Ninguem fica em meu caminho..."
  187.  
  188. Dizia enquanto erguia a espada em direção a Nin.
  189. (Okami)
  190.  
  191. Nin reparava que a garota estava completamente fora de si, com muita dor no peito ele dizia para ela;
  192. De certa forma ele iria fazer de tudo para evitar machucar mais a menina.
  193. "Se é assim que você deseja....tudo bem Okami, eu vou lhe deter para o seu proprio bem."
  194. Então uma aura dourada tomava conta de seu corpo, seria a fé Kraus?
  195. De certa forma Nin apenas se mantinha em uma posição defensiva, porque a última coisa que pretendia na batalha era ferir a garota.
  196. (Nin'zoth)
  197.  
  198. Quando Nin lançou um ultimo jato contra a garota ele percebia que ela tinha conseguido nocautear a garota, foi uma batalha difícil para o rapaz até porque Okami era habilidosa mesmo em estado critico um pouco machucado o rapaz ia até o corpo da garota e o carregava assim como ele observou Sanguinius fazendo, a pegando pela parte de traz do joelho e do pescoço, preocupado com os ferimentos que podia ter causado na garota ele a levava para dentro da caverna e a deixava em cima da cadeira com muito cuidado.
  199. Enquanto a carregava lentamente para dentro, pois não tinha força para levar ela correndo, ele sussurrava para ela, não sabia se a Ookami ouvia ou não, mas de certa forma acreditava que podia acalmar a menina da dor emocional que estava sentindo.
  200. "Ookami, são tempos difíceis, eu não sei a dor que você está sentindo e eu sinto muito por tudo isso, uma hora tudo irá se resolver, confie em min...Sanguinius vai ficar bem, ele já passou por coisas piores acredite em min. Você precisa descansar..."
  201. (Nin'zoth)
  202.  
  203. Mesmo não enchergando corretamente, a Ookami deu seu melhor, ela jurou para si mesma que não poderia se dar por vencida. Não agora. Ela precisva se livrar de seu pesadelo. Mas seus esforços foram inuteis.
  204. O combate foi pesado para Okami, pois durante ele, acabou abrindo seus ferimentos. A armadura pesada e a exaustão não cooperaram para o combate, acabou sendo derrotada por Nin, que conteu a depravação durante a luta.
  205.  
  206. A raposa ferida, retornou para o centro da caverna onde novamente descansava para se recuperar.
  207. (Okami)
  208.  
  209. Novamente Nin estava desesperado para ajudar os mil problemas que apareciam quando estava de volta a caverna, ao deixar sua parceira no banco ele corria de volta para fora para pegar o corpo do rapaz desmaiado na neve, não fazia a menor ideia de quem era mas não sentia que devia deixar o rapaz ser comido vivo pelo frio rígido de Frostvale, quando os dois estavam dentro Nin acendia outra fogueira com os gravetos que tinha guardado de sua ultima coleta.
  210. Depois de acender a fogueira ele sabia que devia tratar dos ferimentos de Okami, de novo, mas decidiu voltar para fora e ver como Sanguinius estava, então ele se sentava de frente do templário congelado e começava a conversar, mesmo não sabendo se ele ouvia suas palavras;
  211. "Tempos difíceis precisam de heróis...pelo bem da Ookami, pelo meu bem e pelo bem de todos...por favor não nos abandone...tenha fé... "
  212. O monologo do rapaz era interrompido quando ele ouvia passos na neve, então ele se levantava e observava quem estava se aproximando entre as árvores.
  213. (Nin'zoth)
  214.  
  215. Dicaiópolis surgiu do meio das árvores em direção à caverna onde seus amigos deveriam estar. Quando chegou, viu o cavaleiro ainda parado próximo à entrada. Nin'zoth estava próximo a ele. Novamente, o sonho deveria ficar para depois, já que seu ferimento estava insuportável, e ele precisava de ajuda médica urgente.
  216.  
  217. "Ei, Nin! Pode me ajudar?" - ele falou com calma - "Eu quebrei uma mão, e minhas feridas estão todas sangrando muito, especialmente a da mão."
  218.  
  219. Ele estava segurando seu cansaço e tentava não demonstrá-lo. Afinal, o garoto tinha corrido uma boa distância até lá. O tempo estava frio, e os seus pés afundando na neve só dificultaram o percurso.
  220.  
  221. "Me ajuda, por favor!" - ele falou novamente, porém deixou um pouco do seu mau estado escapar pelo tom da voz.
  222. (Dicaiópolis)
  223.  
  224. Assim que Nin'zoth se sentava à frente do colosso, era perceptível que sua pele ficava mais clara. A aura divina de seu corpo envolvia todas as partes, e fazia a parte com placas fundidas reluzir fortemente.
  225.  
  226. Apesar de não ser exatamente uma resposta, Nin'zoth tinha uma resposta vinda do corpo congelado de Sanguinius. Eram memórias, mas a maioria delas não era boa. Todos os erros na vida de Nin'zoth tocavam em sua cabeça, um após o outro, com um intervalo de cerca de trinta segundos. A cada memória, a voz imponente de Sanguinius falava uma vez: "Arrependa-se!".
  227.  
  228. Porém, a mais de meio metro do colosso agora congelado, era sentido uma aura de pureza e tranquilidade. Era mais intenso na parte de trás, como se a área iluminada por sua marca tivesse algum tipo de 'tranquilidade'. Essa mesma aura continuava no período entre cada uma das más memórias.
  229.  
  230. A aura acaba por envolver Dicaiópolis, por mais que ele estivesse desesperado ali ao lado, como se suplicasse para que ele se acalmasse, mas era inefetivo graças à distância.
  231. (Sanguinius)
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