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- GT - Próximo alvo
- >primeiro dia de aula
- >grande coisa
- >será apenas mais um ano de idiotas lambendo meus pés, vadias enchendo o meu saco
- >e com toda certeza trouxas para zuar
- >enfim, nem me apresentei
- >me chamo Arthur
- >estou no último ano do ensino médio
- >adquiri muito respeito nesse colégio ao longo dos anos
- >não somente por ser mais inteligente que qualquer babaca por aqui
- >mas também porque possuo gostos, digamos, peculiares
- >você não entenderia
- >enfim
- >antes mesmo de pisar meus pés no pátio avisto meus dois amigos
- >lucas e Nicolas
- >-fala strike!- disse Lucas enquanto se aproximavam
- >não curtia muito esse apelido, mas era tipo uma piada interna entre nós desde o dia que derrubei um mané na pista de boliche
- >fazer o quê?
- >-e aí- cumprimentei os dois analisando ao redor
- >-procurando por alguém mano? – Nicolas seguiu meu olhar e sorriu logo depois
- >-sim – observei um magrelo de óculos encostado na parede – o próximo alvo
- >não me levem a mal, mas costumo ter pena de novatos magrelos e nerds
- >caras como esses são suficientemente patéticos demais pra chamar atenção de qualquer garota
- >mas eles chamam minha atenção
- >-agora ou depois da aula? – Lucas perguntou estralando os dedos
- >agora sim a diversão vai começar!
- >-hora de mostrar quem manda aqui – respondi e ao mesmo tempo meus dois amigos seguiram em direção ao verme imprensando-o na parede e derrubando suas coisas
- >ele nem sequer teve forças pra revidar quando Lucas jogou ele no chão e Nicolas começou a chutar seu estomago
- >sua cara de assustado aumentou um pouco mais meu humor
- >quando um aglomerado de pessoas se juntou ao redor gritando “briga” decidi que era hora de vazar
- >sabe como é
- >não sujo minhas mãos com esse tipo de gente
- >prefiro articular o plano
- >sou como “o professor” em La casa de papel
- >só que sem nenhuma delegada gostosa na minha cola
- >ainda
- >entrei na sala um pouco antes do sinal tocar fazendo com que alguns olhares se voltassem pra mim
- >antes mesmo de sentar na cadeira, algumas garotas já estavam debruçadas em minha mesa
- >o dia não poderia estar melhor
- >-oi Arthur – disse Lara com um sorrisinho de lado, já havia pegado ela algumas vezes, era tão fácil
- >aquela bunda aliada à boca meio rosada eram as únicas coisas que valiam a pena visto que sua voz irritante me dava nós nervos
- >ela era muito boa trabalhando calada
- >-oi – respondi prestando mais atenção na morena que estava ao seu lado, nunca havia visto antes, talvez uma novata
- >-não sei de tá sabendo, mas tô organizando uma festa com a Bruna – a morena se inclinou tanto pra mim ao se apresentar que considerei pedir pra ela sentar em meu colo
- >-é tipo uma festa de boas vindas aos novatos e sua presença lá seria muito legal... – disse esperançosa
- >sorri comigo mesmo, era realmente fácil demais
- >-claro que eu vou meu anjo
- >ela deu uma risadinha e puxou a morena no mesmo instante que o professor entrou na sala
- >entretanto antes que ele começasse a mesma ladainha de todos os anos uma garota entrou apressada
- >aquilo sim me chamou atenção
- >e não, não é o que você está pensando
- >a garota era de longe a mais feia que já vi
- >com óculos enormes cobrindo o rosto e o cabelo preso pra trás
- >o moletom era quase um vestido cobrindo o corpo todo e a mochila parecia maior que ela
- >parecia uma espécie bizarra de animação
- >por alguns segundos ela olhou pra mim
- >mostrei pra ela o meu melhor sorriso porque de fato eu já queria gargalhar
- >ela pareceu confusa com minha ação e desviou o olhar completamente vermelha
- >quase tropeçou nos próprios pés ao sentar na cadeira
- >peguei meu caderno e comecei as anotações sem conseguir conter minha animação
- >la estava o meu próximo alvo!
- >Intervalo •
- >dediquei todo o meu intervalo passando as coordenas do meu plano para os caras
- >seria fácil zuar essa garota
- >isabela
- >descobri seu nome entre uma aula e outra
- >ela era calada e aparentemente tímida
- >sentada num canto vazio do refeitório lendo um livro retardado qualquer ela era o alvo perfeito
- >-sei não strike... – Lucas interrompeu meus pensamentos – A gente nunca fez esse tipo de coisa, você sabe, com mulheres
- >ele tinha razão, mas qual é, tudo tem uma primeira vez
- >-pois é Artur, eu não vou bater nela - Nicolas concordou
- >-e quem falou em bater aqui irmãos? - respondi bebendo um gole de coca
- >-ninguém vai encostar as mãos naquela coisinha feia, desconfio que ninguém nem queira
- >nicolas riu
- >-vamos só dar um sustinho nela, vocês não vão amarelar agora né?
- >-não - Lucas disse ainda meio indeciso, Nicolas topou
- >seria engraçado, ela não parecia ser o tipo de garota que desperta interesse em ninguém
- >alguns sorrisos, conversas e um pedido pra sair seria o suficiente
- >talvez eu até filme
- >o importante por agora é por o plano em ação o quanto antes
- >horas depois •
- >já era noite quando parei de jogar
- >decidi me arrumar pra festa da Lara, afinal hoje ela seria muito útil pra mim
- >me olhei no espelho me sentindo mais animado ainda
- >peguei minhas chaves e saí sem avisar
- >meus pais não dão a mínima mesmo
- >foda-se
- >lucas já estava parado em frente a minha casa com um carro diferente
- >-roubou aonde dessa vez?- perguntei abrindo a porta
- >-entra logo porra
- >entrei e bati na mão de Nicolas que estava no banco de trás com um notebook
- >-pronto pra hoje?- perguntou sem tirar os olhos do aparelho
- >-sempre, inclusive, Lucas você será a cobaia
- >-porque eu??
- >-porque você é o unico que tá de viadagem
- >-só acho que tem gente melhor pra zuar, qual é, a menina parece um et
- >-sempre vai ter alguém melhor Lucas, mas ela parece o melhor agora
- >-cê fala isso porque você nunca põe a mão na massa, só fica aí mandando
- >sorri quando ele virou a esquina onde já era possível ouvir o som estridente da festa
- >nunca obriguei ninguém a fazer nada - respondi, mas ele continou calado
- >-calem a boca gays, o negócio hoje é beber!- Nicolas fechou o notebook animado nos fazendo rir até o fim do percurso
- >o local já estava cheio quando chegamos
- >nicolas e Lucas sumiram no mesmo instante que entraram e eu me ocupei pegando uma bebida
- >e claro avaliando as opções
- >do nada Lara brotou em minha frente com a morena que esqueci o nome
- >lara usava um vestido que desenhava todo o seu corpo enquanto a morena usava um short curto demais para minha imaginação
- >-que bom que você veio! - disse me puxando pela mão - Vamos dançar!
- >parte 1 do plano em ação
- >lara se esfregava em mim durante toda musica dificultando um pouco minha linha de raciocíneo
- >-preciso de um favor seu - sussurei contra seu ouvindo e ela se virou animada
- >-o que??
- >puxei ela para mais perto
- >-preciso que se torne amiga da Isabela
- >-isabela?- ela pensou um pouco - aquela novata esquisita?
- >fiz que sim com a cabeça e beijei seu pescoço
- >-também quero que faça ela acreditar que o Lucas está interessado nela e que em breve irá chamar ela pra sair
- >lara se movia contra mim um tanto quanto atordoada
- >-hmm e pra quê isso hein?
- >-pessoas feias também merecem um pouco de diversão não é mesmo?- ela riu com a minha resposta e olhou fixamente pra mim
- >-e o que eu ganho com isso? - disse com uma voz ansiosa
- >ela já tinha entrado no meu jogo
- >-se fizer isso...- puxei ela pela cintura - você será minha
- >no mesmo instante os olhos de Lara cintilaram
- >-aceito!- respondeu sem pestanejar enquanto me puxava para um beijo
- >chegava a ser cômico como Lara nunca aprendia que ela só chegava a realmente ser minha por uma noite
- >até eu descartá-la denovo como em todas as outras vezes
- >semanas depois•
- >preciso de duplas para as avaliações seguintes, eu escolho! Se sentem! - dizia o professor de química
- >olhei para todos deixando meus olhos pusarem na estranha
- >ao longo dos dias o que era uma simples brincadeira havia se tornado algo pessoal
- >ninguém além de mim nunca havia ganhado notável atenção dos professores
- >até ela aparecer
- >claro que eu ainda era o melhor
- >mas o jeito que o professor de matemática a elogiava chagava a dar nojo
- >isso teria que acabar
- >a minha sorte era que o plano continuava firme
- >lara permanecia fingindo ser amiga dela. Estranhamente elas estavam conversando com mais frequência do que o habitual
- >eu não havia combinado isso, mas estava gostando
- >quanto mais ela achasse que tinha amigos, melhor a queda no final
- >e pelo que sei, agora ela está ciente sobre o possível interesse de Lucas em relação a ela
- >lucas ainda nao se acostumou com a ideia de sair com ela no sabado
- >acha que essa brincadeira não faz o menor sentido
- >mas só em imaginar a cara dela no final, ja sinto vontade de rir
- >-arthur e Isabela! - a voz estridente do professor me acordou
- >o quê??
- >a estranha olhou pra mim um tanto atordoada
- >eu faria dupla...com ela?
- >nem ferrando
- >-já vou avisando que não existem possibilidades de troca. Tirem essas caras é só uma atividade, não vai mata-los! Enfim, já está valendo, sem conversas!
- >nunca pensei que pudesse odiar um professor de química
- >olhei para a estranha e ela continuava me encarando
- >ela achava o quê? Que eu iria atrás dela?
- >nunca
- >abaixei minha cabeça na mesa imaginando em quem eu mandaria bater no fim da aula
- >até ouvir um baque ao meu lado
- >-oi Arthur não é?- levantei a cabeça e olhei para ela
- >parecia ainda mais feia de perto
- >- é, sou eu
- >ela se sentou ao meu lado e entregou a folha
- >-não quero forçar a barra nem nada, então vamos facilitar as coisas. Você coloca as respostas na sua folha e eu na minha e depois eu transcrevo, ninguém precisa se comunicar ok?
- >olhei pra ela com raiva
- >quem diabos é ela pra ditar as ordens?
- >peguei a maldita folha evitando encarar sua aparência esquisita e escrevi todas as respostas
- >assim que terminei me levantei e sai da sala
- >como ela ousa a me desafiar dessa maneira?
- >uma criatura feia como aquela deveria ser proibida de viver em sociedade
- >sai do colégio e avistei Murilo
- >um garoto aparentemente coreano
- >nunca vi tamanha viadagem em minha vida
- >cabelos azuis, cadernos cheios homens com maquiagem, musicas ridículas
- >era tudo que eu precisa
- >cheguei perto dele e empurrei suas coisas no chão
- >-ei! ficou maluco? - sua voz de meninha assustada me fez rir
- >-sim, eu tô completamente maluco pra quebrar essa sua carinha de mulher
- >levantei ele com apenas um braço e começei a desferir golpes por todo seu rosto
- >-para! para, por favor!!
- >ele berrava enquanto eu descontava minha fúria
- >você é um perdedor! - joguei ele no chão
- >seu rosto estava coberto de sangue
- >ele chorava compulsivamente
- >parei por um momento refletindo sobre
- >minhas mãos doiam e estavam encharcardas de sangue
- >-s-se contar a alguém - tropessei nas palavras - se contar vai pagar por isso...
- >ele apenas chorava sem se mover
- >olhando para os lados me afastei rapidamente
- >por sorte ninguém viu
- >eu precisava beber algo
- >precisava botar logo o plano em ação
- >aquela garota estava me fazendo sair da minha zona de conforto
- >eu precisava agir
- >precisava fazer com que o tudo saísse perfeito
- >custe o que custar
- >sábado •
- >já estava a ponto de perder a paciência com Lucas
- >era praticamente a décima vez que ele dizia que ia desistir
- >"onde você quer chegar com isso cara?!" ele mandava por mensagem
- >"só confia Lucas, vai dar certo"
- >"é a ultima vez que te faço um favor porra"
- >sorri com a mensagem
- >se tudo desse certo hoje, a estranha já estaria comendo na minha mão
- >pedi algumas informações pra Lara, mas ela parecia distânte
- >talvez esteja cansada de ser iludida
- >não posso fazer nada
- >além do mais
- >sua amiga que veio pra casa comigo um dia desses
- >foi muito melhor que ela
- >enfim
- >tudo daria certo
- >olhei pra minha mão ainda dolorida
- >nunca me excedi assim
- >sou um cara controlado
- >eu não faço
- >eu mando fazer
- >nunca me senti mal por tirar sarro das pessoas
- >é um prazer pessoal e ninguém pode tirar isso de mim
- >no fim das contas o coreano de merda teve a sua lição
- >parei de pensar nisso e voltei a jogar algo no pc
- >a empregada entrou e deixou a comida na cama
- >"seus pais viajaram denovo" foi o que ela disse
- >não respondi
- >e ela também não falou mais nada
- >Segunda-feira •
- >acordei mais animado do que o habitual
- >como estava de bom humor nem precisei mandar chutarem a bunda de alguém
- >encontrei Lucas sentado em um canto mexendo em seu celular
- >sentei perto dele dando um leve soco em seu ombro
- >ele pareceu um pouco desnortado com a minha presença
- >guardou rapidamento do celular e desviou o olhar
- >-qual foi cara? o encontro com a cinderela macabra foi tão ruim assim?
- >dei risada porém ele continuou sério
- >-ah cara, foi normal...
- >-ué, como assim normal? - estranhei
- >ele finalmente olhou pra mim
- >-cara qual é a finalidade disso? A garota nunca te fez nada e...
- >-nunca me fez nada?- levantei sentindo o sangue ferver - ela é irritante, agora é a queridinha dos professores!
- >ele ia falar algo mas o interrompi
- >-qual é?! Eu sempre fui o melhor daqui, sem contar que ela é extremamente feia e me enoja. E não precisa ter motivos pra acabar com alguem Lucas, fazemos isso a muito tempo, você é quem bem sabe
- >lucas me olhou por um longo período de tempo, seus punhos estavam fechados
- >-beleza cara, vou pra sala agora, quando se acalmar você fala comigo - e foi assim que e se levantou e saiu
- >qual era o problema dele?
- >não me diga que ele havia gostado de sair com a estranha?
- >ou é muito tempo na seca
- >ou ele é maluco
- >caminhando pelo pátio encontrei Lara
- >me dirigi até ela e a puxei levemente pelo braço mostrando meu melhor sorriso sedutor
- >mas ela se soltou e fechou a cara
- >-o que você quer?
- >mas o que diabos esta rolando com todo mundo hoje?
- >-calma meu anjo, quero só saber como andam as coisas com sua amiguinha - sorri e puxei ela pra perto
- >ela suspirou meio hesitante
- >-arthur, olha, eu realmente não sei se quero mais fazer parte disso. Quer dizer a Isa é uma garota muito legal e..
- >isa?
- >-vejo que já pegaram intimidade - falei sorrindo
- >-o quê? - ela me olhou confusa
- >-merece até um prêmio
- >então beijei ela no meio do pátio lotado
- >porém ao invés de retribuir
- >ela se afastou com força e deu um tapa na minha cara
- >a vagabunda bateu na minha cara
- >-o que você acabou de fazer sua vadia?! >estava prestes a perder o controle
- >-vai se tratar Arthur!
- >ela deu as costas pra mim
- >muitas pessoas já tinham parado para olhar
- >isso só contribuiu pra aumentar a minha fúria
- >caminhei até os fundos do colégio
- >me contentei ao ver alguns garotos idiotas compartilhando os fones de ouvido
- >-te pago 50 reais pra acabar com aqueles dois - falei pra George, o valentão do segundo ano
- >sem pensar duas vezes ele pegou e dinheiro e foi atrás dos dois otários
- >dei meia volta satisfeito ao ouvir os gritos
- >saí do colégio determinado a colocar a parte final do meu plano em ação
- >humilhar a esquista em público
- >seria o ápice de tudo
- >até que num passe de mágica avisto ela entrando no ônibus
- >ela me encara
- >sorrio pra ela deixando claro tudo o que a aguardava
- >mas ela permanceu séria
- >então, sem aviso, a empurraram do ônibus
- >vi diante dos meus olhos seu corpo caindo
- >ela gritou de dor quando bateu no asfalto quente
- >o onibus deu partida ignorando completamente o ocorrido. Estava lotado e provavelmente ninguém percebeu
- >entretanto olhei diretamente para os assentos e vi Nicolas
- >ele sorriu pra mim
- >esse era meu garoto
- >a esquisita grunia de dor no asfalto
- >ela olhou pra mim e logo depois para Lucas que vinha correndo em sua direção
- >fui aos poucos me afastando
- >lucas me encarou enquanto carregava a esquisita no colo
- >dei os ombros e atravessei a rua
- >as vezes nem tudo sai como planejado
- >as vezes é melhor!
- >um mês depois •
- >por um fio
- >era assim que eu me sentia
- >quase um mês depois de ter elaborado o plano da minha vida
- >sentia que Lucas não estava mais do meu lado
- >depois do episódio do ônibus ele simplesmente parou de falar comigo
- >largar uma amizade de infância por causa de uma garota estupidamente feia
- >jamais esperei isso dele
- >e bom eu não tinha mais Lara
- >porém tinha Bruna
- >ela fazia exatamente tudo o que eu mandava
- >era disso que eu estava falando
- >e Nicolas permancia firme e forte comigo
- >ele queria saber até onde isso iria dar
- >e eu também
- >com a ajuda de Bruna descobri que a estranha havia trocado de colégio e vindo pra esse justamente porque algumas pessoas legais tiravam sarro dela no outro
- >até batiam
- >esses são dos bons
- >e ela merecia
- >merecia muito mais
- >minhas médias haviam diminuido muito ao longo da unidade
- >e agora ela era a mais nova queridinha da classe
- >isso só aumentou meu ódio
- >atualmente pago para algumas pessoas empurrarem ela
- >e tratarem ela mal
- >dessa forma me sinto vingado por tudo que ela roubou de mim
- >meu amigo
- >minha garota
- >minha popularidade entre os professores
- >mas ela nunca iria roubar minhas ideias
- >nunca
- >-acorda maluco - Nicolas bateu em minha nuca
- >-e aí? Tudo certo pra hoje?- perguntei ansioso
- >com ajuda de algumas pessoas consegui hackear a estranha e entrar em seu computador pessoal
- >agora eu tenho acesso a tudo
- >a suas fotos
- >seus textos patéticos
- >e seu mundinho triste de merda
- >agora todos saberiam
- >eu mal podia esperar
- >-não acha melhor deixar pra outro dia? Cara a garota tá cheia de hematomas...
- >-não
- >foi tudo o que eu disse
- >ele não questionou
- >e então do nada uma explosão de pessoas falando inundou o pátio
- >-O que está aconte...caralho! - Nicolas disse olhando pra frente
- >quando segui seu olhar quanse vomitei
- >lara vinha em nossa direção ao lado da estranha
- >ela tinha feito algo na garota
- >mudado o cabelo e as roupas
- >tirado os oculos e o moletom estranho
- >tipo uma transformação
- >mas a unica coisa que reparei foi no hematoma roxo em sua perna
- >isso sim me deixou feliz
- >em baixo dos 3kg de maquiagem ela continuava a mesma estranha de sempre
- >-oi Nicolas e OI Arthur - Lara enfatizou meu nome numa tentativa de me impressionar
- >falhou
- >-oi Lara e oi Isabela...você está, quer dizer uau...- disse Nicolas
- >olhei pra ele com raiva
- >ela não podia se corromper também
- >eu não iria deixar
- >-oi..- respondeu a estranha abaixando a cabeça
- >-passamos aqui apenas pra avisar que a Isa foi eleita a líder do grêmio
- >não sei de foi exatamente o tom de Lara
- >ou foi o que ela disse
- >porém a fúria que existia dentro de mim atingiu a máximo
- >eu não iria mais ficar calado
- >-que bom Lara, aproveita e diz também que essa amizade é uma farsa!
- >lara ficou branca
- >começou a puxar a outra pra longe
- >-onde está indo Lara? diz pra ela que só topou essa amizade porque queria dar pra mim
- >a estranha parou
- >tinha lagrimas nos olhos
- >-isso é sério Lara? - a voz melosa dela me dava vontade de rir
- >-isa eu posso explicar... - Lara já estava chorando
- >o que está contecendo aqui? - Lucas apareceu me encarando
- >-olha só, o namoradinho de merda apareceu - falei rindo
- >lucas avançou em mim
- >-o que você disse seu animal?!
- >sorri
- >-relaxa Lucas! Eu ainda não contei que você só aceitou sair com ela por uma aposta
- >-eu tenho provas! - Nicolas gritou rindo
- >lucas me golpeou com força no rosto
- >várias vezes seguidas
- >mas eu estava feliz demais pra reagir
- >a estranha havia saído correndo enquando Lara se arrastava atrás dela
- >-você é doente! Não consigo entender como fazia todas aquelas loucuras que você pedia! - Lucas gritava como uma garotinha histérica quando o tiraram de cima de mim
- >-você gostava!- respondi quando o diretor apareceu
- >-é você que está mandando machuca-la seu filho da puta? - gritou Lucas - se tocar nela denovo eu te mato!
- > -já chega! - gritou o diretor - pra minha sala, agora!
- >sentindo uma dor latejante no rosto caminhei satisfeito em direção a sala do diretor
- >porém quando olhei pra trás eu a vi
- >me olhando fixamente
- >ela sorriu
- >um sorriso macabro
- >limpei o sangue do meu rosto e fui empurrado pra frente pro Nicolas
- >quando olhei pra trás novamente não havia ninguém lá
- >a estranha havia sumido
- >6 meses depois •
- >nunca mais
- >ela havia sumido da escola
- >excuído todas as contas na internet
- >desapareceu durante esses 6 mêses
- >não sabia o que pensar quanto a isso
- >mas estava extremamente feliz
- >depois da briga o Lucas pegamos suspensão de 2 semanas
- >ele não fala mais comigo
- >não tô nem aí
- >lara pediu pra trocar de turma
- >também não tô nem aí
- >minha reputação voltou ao normal
- >assim como minhas notas
- >eu tinha Nícolas
- >garotas em minha cola
- > e novas pessoas pra bater
- >tudo isso porque a estranha foi embora
- >sorri pra mim mesmo, mas parei abruptamente
- >o barulho da chuva era gritante
- >estavamos no auditório
- >a escola toda estava lá
- >e os professores continuavam falando sem parar até a porta fechar num estrondo
- >de repente tudo ficou silêncioso
- >e uma pessoa de capus preto apareceu
- >roubando a atenção
- >caminhou devagar até o centro do palco
- >e ninguém emitia nenhum som
- >-ei, quem é você?- disse o professor de história
- >a pessoa retirou o capuz
- >e era nada mais
- >nada menos
- >que a estranha
- >ela olhou pra mim
- >da mesma forma que olhou da última vez
- >nenhum som era ouvido no local
- >-isabela?! - o professou de química começou mas ela interrompeu
- >-me desculpe por aparecer assim do nada, mas hoje eu vim pra falar sobre algo mais interessante do que a semana de arte moderna - disse pegando o microfone
- >ela puxou todos os equipamentos dos professores e instalou um pen drive
- >no mesmo instante a palavra gigante surgiu na tela
- >bullying
- >-vamos falar sobre o Arthur Monteiro - disse apontando pra mim
- >na mesma hora todos os olhares voaram em minha direção
- >-mas o que é isso? - se levantou o diretor
- >-isso? Isso é a revolução - começou
- >-essa é a oportunidade de dar voz a todos aqueles que foram reprimidos, agredidos e humilhados a vida toda como eu fui!
- >ela tremia no microfone
- >e eu também
- >mas que porra é essa?!
- >-quantos foram hein Arthur? - apontou pra mim - quantos foram os que você machucou fisica e psicológicamente?
- >não tinha resposta para aquilo
- >-claro, você não sabe! Você nunca se importou. Você só liga para os seus caprichos doentis - ela passava o slide cheio de pessoas machucadas
- >pessoas que eu machuquei
- >-quantas vezes você chegou a falar comigo? três? talvez nem isso, mas só olhar pra mim foi o suficiente para ativar sua válvula de ódio gratuito sobre mim
- >-quem pratica bullying não precisa ver motivos para acabar com a vida da outra e você é quem bem sabe!
- >ela reproduziu quase a mesma fala que eu
- >todos na sala estavam chocados
- >todos os professores
- >ninguém se movia
- >e as imagens passavam intermináveis na tela
- >-não foi só você que me hackeou Arthur-apontou pra mim - eu sei de tudo o que você estava fazendo e planejando para acabar comigo
- >-antes eu tinha medo e agora? agora você despertou algo diferente em mim Arthur...você despertou o ódio!
- >no mesmo instante ela sacou uma arma de dentro do seu casaco
- >gritos explodiram dentro da sala
- >-essa é a voz de todos que foram oprimidos! - ela gritava enlouquecida -essa é a vingança!
- >-minha jovem abaixe iss...- antes do diretor teminar seu corpo voou no chão quando a bala atingiu sua cabeça
- >tudo depois disso aconteceu em câmera lenta
- >alunos corriam para todos os cantos enquanto Isabela atirava para todos os lados acertando quem estivesse em sua frente
- >atirou em todos os professores no palco e lentamente desceu atirando nos outros
- >um tiro certeiro na cebeça de Lara
- >outro no peito de Lucas
- >mais um nas costas de Nicolas
- >todos caiam mortos, berravam e tentavam sair da trancada sala do auditório
- >era inútil
- >ninguém jamais sairia vivo
- >então ela me olhou
- >sorriu novamente
- >um sorriso assustador
- >e começou a caminhar em minha direção
- >eu estava congelado
- >toda minha vida se passou durante segundos em minha cabeça
- >todos a quem eu agredi
- >todos a quem eu machuquei
- >e agora a garota que estava parada em minha frente
- >enquanto eu estava sentado no banco
- >prestes a morrer
- >-eu nunca fiz nada pra você Arthur - disse com lágrimas escorrendo nos olhos- eu não ligaria em ser apenas uma estranha em sua vida, mas você decidiu levar isso à outro nível e agora cá estamos nós
- >sem me controlar caí de joelhos
- >e chorando começei a implorar
- >-me perdoe Isabela! Me perdoe por favor eu fui um louco, um doente! Por favor...
- >mas ela limpou as lágrimas e voltou a sorrir
- >meu choro se intensificou
- >-agora é tarde demais Athur. Você poderia ter mudado antes, se desculpado antes, poderia ter sido uma pessoa melhor antes. E aí, talvez você pudesse ser uma parte superada em minha vida...
- >ela apontou a arma para minha cabeça e colocou o dedo no gatilho
- >-mas, tudo que vocé é agora...é o meu próximo alvo.
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