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- GT - The end at your side
- Quero deixar claro que não é aqueles gts onde o cara se apaixona por uma mina que nem sabe que ele existe, fica fodão e depois faz ela chorar por ele, passa longe disso... então lê essa porra aí que tu vai gostar, bom, é o que eu espero.
- >escute:https://www.youtube.com/watch?v=UDVtMYqUAyw
- >sec 2k22
- >eu nunca estive tão feliz como eu estou agora
- >20 anos na cara, bem perto de realizar meu sonho que era ser jogador de futebol
- >tinha amigos, só alguns, aqueles com os quais eu realmente pudia contar
- >e o mais importante de tudo, eu tinha a mulher da minha vida ao meu lado
- >ela se chama denise, e tem a mesma idade que eu
- >estou com ela nesse exato momento na mesa de uma lanchonete de esquina
- >eu tinha muito dinheiro e ela sabia disso
- >mas ela curtia o simples e era isso que me encantava
- >enquanto ela me contava sobre o seu dia, solta um sorriso bobo
- >e era ver seu sorriso que fazia o meu dia valer a pena
- >quando fui falar sobre o meu, sou interrompido
- >''oi, com licença, o lanche de vocês chega em 5 minutos...''
- >digo que estava tudo bem e que não eram para se preocupar com a demora
- >a garçonete se afasta
- >volto a olhar em seus olhos, louco para contar sobre meu dia
- >e na mesma hora sou interrompido novamente
- >mas não, não foi pela garçonete
- >dessa vez foi por uma gritaria vindo de trás de mim
- >''o que é aquilo?'' diz denise, preocupada
- >vejo alguns carros parados e digo que deve ser uma briga de trânsito
- >com o passar dos segundos, uma multidão vem em nossa direção
- >nos levantamos e peço para denise que ela fique atrás de mim
- >as pessoas passam correndo por nós
- >eu vi o desespero nos olhos deles
- >tento entender o que está acontecendo
- >até que em certo momento, vejo uma pessoa derrubando uma criança
- >ela mastigava seu peito enquanto a criança chorava de desespero e de dor
- >foi algo horrível de se ver, mas estava longe de acabar
- >quando aquela pessoa, se é que posso chamá-la disso, levantou o rosto
- >denise e eu nos assustamos com a aparência daquilo
- >estava deformado e sangrando muito
- >não fazia ideia de como ele podia estar vivo
- >''pelo amor de Deus, vamos sair daqui...''
- >mas eu continuo parado
- >e não demora muito até aparecer outros iguais aquele cara
- >denise me puxa dizendo que tinhamos que ir embora
- >subimos na minha moto, ligo e vou embora o mais rápido que posso
- >''que porra foi aquela?''
- >digo que eu já tinha visto aquilo, e se for o que eu realmente estava pensando, não era nem o começo
- >ela fica sem entender e pede para eu explicar melhor
- >mas como estou concentrado em chegar logo em casa, não digo nada
- >''amor... amor?''
- >continuo em silêncio
- >chegando em casa, abro a garagem com o controle
- >entramos e fecho a garagem em seguida
- >eu estava tremendo
- >quase não consegui desligar a moto
- >vou até o portão da garagem e vejo se há algo acontecendo na rua
- >por enquanto estava tudo normal
- >no mesmo segundo, denise pega no meu ombro e me vira
- >''agora me diz o que está acontecendo, por favor...''
- >pego em sua mão e levo-a até meu quarto
- >tranco a porta
- >''não sei como te explicar, mas... não podemos deixar aquelas coisas que nós vimos no restaurante nos pegarem''
- >ela fica me encarando ainda sem entender
- >''já assistiu the walking dead?''
- >ela diz que sim
- >''então, é parecido, só que aqui está acontecendo de verdade... é real.''
- >ela fica perguntando como isso é possível
- >digo que hoje em dia, nada é impossível
- >como estávamos no segundo andar, abro a janela do meu quarto
- >fico observando a rua enquanto sinto a brisa do vento no meu rosto
- >até que tudo piora de vez
- >acontece um apagão geral
- >as únicas luzes nas ruas eram as sirenes
- >sirenes da polícia, ambulância e corpo de bombeiros que não faziam ideia do que estava acontecendo
- >denise, ainda assustada, me pergunta o que iríamos fazer
- >falo que o melhor a se fazer é ficar no quarto por enquanto
- >ela discorda
- >diz que acha bem melhor sairmos da cidade enquanto a praga não se espalha
- >no fundo eu também achava isso
- >mas eu tinha medo de tudo dar errado
- >tinha medo de perdê-la
- >porque eu encontrei nela, o que eu perdi em mim
- >em um mundo tão frio e vazio
- >não, eu não podia perdê-la
- >mas é aí que vem o outro problema
- >e se ficarmos ali?
- >o que seria de nós quando toda a cidade já estiver infectada?
- >infelizmente pra mim ela tinha razão
- >ela põe a mão em meu rosto
- >diz que se for pra morremos juntos, que assim seja
- >ela me beija
- >e cara, que beijo...
- >fui nas nuvens e voltei
- >até porque, havia grandes chances de ser o nosso último
- >ela para devagar, me olha no fundo dos olhos
- >''eu te amo, temos que ir...''
- >faço um sinal de positivo com a cabeça
- >vamos até a garagem, pegamos a moto e saímos
- >apesar de estar tudo muito escuro, dava pra enxergar um pouco
- >não estava indo tão rápido e nem tão devagar
- >pois a qualquer momento poderíamos bater
- >eu não conseguia parar de olhar para os lados
- >com medo daquelas coisas aparecerem
- >mas tudo estava bem, pelo menos durante os primeiros 200 metros
- >escuto um carro ao me aproximar do sinal
- >diminuo a velocidade temendo que ele nos acertasse
- >mas algo acontece e o carro capota
- >provavelmente se assustou com nós
- >denise sai da moto e corre em direção ao carro
- >''denise, volta porra''
- >ela continua e não me resta outra escolha a não ser descer também
- >tinha uma família no carro
- >um homem, uma mulher e uma garota que aparentava ter uns 10 anos
- >todos estavam vivos
- >denise tira a garota do carro enquanto eu tentava tirar os pais dela
- >infelizmente eles estavam presos e eu não iria conseguir tirá-los
- >e como se tudo já não estivesse ruim o bastante
- >escutamos alguns gritos macabros vindo rua abaixo
- >eram aquelas coisas
- >estavam vindo em nossa direção
- >o pai da garotinha pede para nós sairmos dali
- >corremos para a moto
- >quando vamos subir, eles já estão perto demais
- >não iria dar tempo esperar denise e a garotinha subirem
- >então o meu instinto de sobrevivência e amor por denise fala mais alto
- >desço da moto
- >pego a garotinha pelos braços e a empurro na direção das coisas
- >''você tá louco caralho?'' - grita denise
- >a garotinha cai no chão, e tenta se levantar para voltar
- >mas antes mesmo que pudesse se levantar, as coisas pulam sobre ela
- >e enquanto a garotinha gritava de dor
- >eu ouvia o choro de desespero de seus pais vindo do carro
- >''minha filha não, seu maldito...''
- >subo na moto e falo para denise que não temos tempo
- >ela me olha com uma cara de nojo
- >por um momento pensei que ela iria ficar lá para morrer
- >mas eu estava errado
- >ela sobe na moto e nós vamos embora
- >ao passar pelo carro capotado, tudo que vinha na minha cabeça era um ''eu sinto muito''
- >naquela hora tudo que eu queria mais era chorar
- >mas eu tinha que ser forte
- >sobrevivência não é quem você é
- >e sim quem você se torna, ou vai se tornar
- >é diferente
- >enquanto nos afastamos, tudo que denise fazia era chorar
- >dizendo que dava pra ter fugido
- >que eu não precisava fazer aquilo
- >e disse até que preferia ter morrido ali mesmo
- >fui cruel eu sei, mas era a garota ou denise
- >e como eu já deixei claro, denise é a minha vida
- >decido ir até o sítio de um tio que fica na cidade vizinha
- >não iria demorar muito
- >cerca de 30 minutos a 1 hora
- >no caminho passamos por um posto de gasolina
- >a coisa estava pior do que eu pensava
- >ao que parecia, toda a cidade já estava infectada
- >e era questão de tempo para não sobrar quase ninguém
- >nesse posto, vimos umas 15 pessoas morrerem em questão de segundos
- >entre elas, uma criança que estava no colo da sua mãe
- >continuamos e depois de 1 hora chegamos no tal sítio
- >era no meio do mato
- >um pouco isolado da cidade
- >lugar perfeito para ficar naquela noite
- >como eu tinha o controle do portão, não foi problema entrar
- >entramos e eu desligo a moto
- >denise na mesma hora se afasta de mim e senta em uma cadeira
- >ela parecia não querer conversa comigo
- >disse que eu fiz aquilo porque eu amava ela
- >mas não adiantou
- >tudo que ela fazia era chorar fazendo ''não'' com a cabeça
- >e toda vez que eu tentava tocá-la, ela tirava minha mão
- >''preciso te confessar uma coisa...''
- >peço para ela dizer sem medo
- >ela relembra uma noite que a gente brigou
- >isso no mês passado
- >foi uma briga feia, ainda me lembrava muito bem
- >pergunto a ela o que isso tem haver
- >''naquela noite...''
- >fala logo, denise''
- >''eu transei com seu melhor amigo...''
- Obs: o final não é troll, faz parte da história pq vai ter outra parte.
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