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kraauser

gt the end at your side

Sep 14th, 2021
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Never
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  1. GT - The end at your side
  2.  
  3. Quero deixar claro que não é aqueles gts onde o cara se apaixona por uma mina que nem sabe que ele existe, fica fodão e depois faz ela chorar por ele, passa longe disso... então lê essa porra aí que tu vai gostar, bom, é o que eu espero.
  4.  
  5. >escute:https://www.youtube.com/watch?v=UDVtMYqUAyw
  6. >sec 2k22
  7. >eu nunca estive tão feliz como eu estou agora
  8. >20 anos na cara, bem perto de realizar meu sonho que era ser jogador de futebol
  9. >tinha amigos, só alguns, aqueles com os quais eu realmente pudia contar
  10. >e o mais importante de tudo, eu tinha a mulher da minha vida ao meu lado
  11. >ela se chama denise, e tem a mesma idade que eu
  12. >estou com ela nesse exato momento na mesa de uma lanchonete de esquina
  13. >eu tinha muito dinheiro e ela sabia disso
  14. >mas ela curtia o simples e era isso que me encantava
  15. >enquanto ela me contava sobre o seu dia, solta um sorriso bobo
  16. >e era ver seu sorriso que fazia o meu dia valer a pena
  17. >quando fui falar sobre o meu, sou interrompido
  18. >''oi, com licença, o lanche de vocês chega em 5 minutos...''
  19. >digo que estava tudo bem e que não eram para se preocupar com a demora
  20. >a garçonete se afasta
  21. >volto a olhar em seus olhos, louco para contar sobre meu dia
  22. >e na mesma hora sou interrompido novamente
  23. >mas não, não foi pela garçonete
  24. >dessa vez foi por uma gritaria vindo de trás de mim
  25. >''o que é aquilo?'' diz denise, preocupada
  26. >vejo alguns carros parados e digo que deve ser uma briga de trânsito
  27. >com o passar dos segundos, uma multidão vem em nossa direção
  28. >nos levantamos e peço para denise que ela fique atrás de mim
  29. >as pessoas passam correndo por nós
  30. >eu vi o desespero nos olhos deles
  31. >tento entender o que está acontecendo
  32. >até que em certo momento, vejo uma pessoa derrubando uma criança
  33. >ela mastigava seu peito enquanto a criança chorava de desespero e de dor
  34. >foi algo horrível de se ver, mas estava longe de acabar
  35. >quando aquela pessoa, se é que posso chamá-la disso, levantou o rosto
  36. >denise e eu nos assustamos com a aparência daquilo
  37. >estava deformado e sangrando muito
  38. >não fazia ideia de como ele podia estar vivo
  39. >''pelo amor de Deus, vamos sair daqui...''
  40. >mas eu continuo parado
  41. >e não demora muito até aparecer outros iguais aquele cara
  42. >denise me puxa dizendo que tinhamos que ir embora
  43. >subimos na minha moto, ligo e vou embora o mais rápido que posso
  44. >''que porra foi aquela?''
  45. >digo que eu já tinha visto aquilo, e se for o que eu realmente estava pensando, não era nem o começo
  46. >ela fica sem entender e pede para eu explicar melhor
  47. >mas como estou concentrado em chegar logo em casa, não digo nada
  48. >''amor... amor?''
  49. >continuo em silêncio
  50. >chegando em casa, abro a garagem com o controle
  51. >entramos e fecho a garagem em seguida
  52. >eu estava tremendo
  53. >quase não consegui desligar a moto
  54. >vou até o portão da garagem e vejo se há algo acontecendo na rua
  55. >por enquanto estava tudo normal
  56. >no mesmo segundo, denise pega no meu ombro e me vira
  57. >''agora me diz o que está acontecendo, por favor...''
  58. >pego em sua mão e levo-a até meu quarto
  59. >tranco a porta
  60. >''não sei como te explicar, mas... não podemos deixar aquelas coisas que nós vimos no restaurante nos pegarem''
  61. >ela fica me encarando ainda sem entender
  62. >''já assistiu the walking dead?''
  63. >ela diz que sim
  64. >''então, é parecido, só que aqui está acontecendo de verdade... é real.''
  65. >ela fica perguntando como isso é possível
  66. >digo que hoje em dia, nada é impossível
  67. >como estávamos no segundo andar, abro a janela do meu quarto
  68. >fico observando a rua enquanto sinto a brisa do vento no meu rosto
  69. >até que tudo piora de vez
  70. >acontece um apagão geral
  71. >as únicas luzes nas ruas eram as sirenes
  72. >sirenes da polícia, ambulância e corpo de bombeiros que não faziam ideia do que estava acontecendo
  73. >denise, ainda assustada, me pergunta o que iríamos fazer
  74. >falo que o melhor a se fazer é ficar no quarto por enquanto
  75. >ela discorda
  76. >diz que acha bem melhor sairmos da cidade enquanto a praga não se espalha
  77. >no fundo eu também achava isso
  78. >mas eu tinha medo de tudo dar errado
  79. >tinha medo de perdê-la
  80. >porque eu encontrei nela, o que eu perdi em mim
  81. >em um mundo tão frio e vazio
  82. >não, eu não podia perdê-la
  83. >mas é aí que vem o outro problema
  84. >e se ficarmos ali?
  85. >o que seria de nós quando toda a cidade já estiver infectada?
  86. >infelizmente pra mim ela tinha razão
  87. >ela põe a mão em meu rosto
  88. >diz que se for pra morremos juntos, que assim seja
  89. >ela me beija
  90. >e cara, que beijo...
  91. >fui nas nuvens e voltei
  92. >até porque, havia grandes chances de ser o nosso último
  93. >ela para devagar, me olha no fundo dos olhos
  94. >''eu te amo, temos que ir...''
  95. >faço um sinal de positivo com a cabeça
  96. >vamos até a garagem, pegamos a moto e saímos
  97. >apesar de estar tudo muito escuro, dava pra enxergar um pouco
  98. >não estava indo tão rápido e nem tão devagar
  99. >pois a qualquer momento poderíamos bater
  100. >eu não conseguia parar de olhar para os lados
  101. >com medo daquelas coisas aparecerem
  102. >mas tudo estava bem, pelo menos durante os primeiros 200 metros
  103. >escuto um carro ao me aproximar do sinal
  104. >diminuo a velocidade temendo que ele nos acertasse
  105. >mas algo acontece e o carro capota
  106. >provavelmente se assustou com nós
  107. >denise sai da moto e corre em direção ao carro
  108. >''denise, volta porra''
  109. >ela continua e não me resta outra escolha a não ser descer também
  110. >tinha uma família no carro
  111. >um homem, uma mulher e uma garota que aparentava ter uns 10 anos
  112. >todos estavam vivos
  113. >denise tira a garota do carro enquanto eu tentava tirar os pais dela
  114. >infelizmente eles estavam presos e eu não iria conseguir tirá-los
  115. >e como se tudo já não estivesse ruim o bastante
  116. >escutamos alguns gritos macabros vindo rua abaixo
  117. >eram aquelas coisas
  118. >estavam vindo em nossa direção
  119. >o pai da garotinha pede para nós sairmos dali
  120. >corremos para a moto
  121. >quando vamos subir, eles já estão perto demais
  122. >não iria dar tempo esperar denise e a garotinha subirem
  123. >então o meu instinto de sobrevivência e amor por denise fala mais alto
  124. >desço da moto
  125. >pego a garotinha pelos braços e a empurro na direção das coisas
  126. >''você tá louco caralho?'' - grita denise
  127. >a garotinha cai no chão, e tenta se levantar para voltar
  128. >mas antes mesmo que pudesse se levantar, as coisas pulam sobre ela
  129. >e enquanto a garotinha gritava de dor
  130. >eu ouvia o choro de desespero de seus pais vindo do carro
  131. >''minha filha não, seu maldito...''
  132. >subo na moto e falo para denise que não temos tempo
  133. >ela me olha com uma cara de nojo
  134. >por um momento pensei que ela iria ficar lá para morrer
  135. >mas eu estava errado
  136. >ela sobe na moto e nós vamos embora
  137. >ao passar pelo carro capotado, tudo que vinha na minha cabeça era um ''eu sinto muito''
  138. >naquela hora tudo que eu queria mais era chorar
  139. >mas eu tinha que ser forte
  140. >sobrevivência não é quem você é
  141. >e sim quem você se torna, ou vai se tornar
  142. >é diferente
  143. >enquanto nos afastamos, tudo que denise fazia era chorar
  144. >dizendo que dava pra ter fugido
  145. >que eu não precisava fazer aquilo
  146. >e disse até que preferia ter morrido ali mesmo
  147. >fui cruel eu sei, mas era a garota ou denise
  148. >e como eu já deixei claro, denise é a minha vida
  149. >decido ir até o sítio de um tio que fica na cidade vizinha
  150. >não iria demorar muito
  151. >cerca de 30 minutos a 1 hora
  152. >no caminho passamos por um posto de gasolina
  153. >a coisa estava pior do que eu pensava
  154. >ao que parecia, toda a cidade já estava infectada
  155. >e era questão de tempo para não sobrar quase ninguém
  156. >nesse posto, vimos umas 15 pessoas morrerem em questão de segundos
  157. >entre elas, uma criança que estava no colo da sua mãe
  158. >continuamos e depois de 1 hora chegamos no tal sítio
  159. >era no meio do mato
  160. >um pouco isolado da cidade
  161. >lugar perfeito para ficar naquela noite
  162. >como eu tinha o controle do portão, não foi problema entrar
  163. >entramos e eu desligo a moto
  164. >denise na mesma hora se afasta de mim e senta em uma cadeira
  165. >ela parecia não querer conversa comigo
  166. >disse que eu fiz aquilo porque eu amava ela
  167. >mas não adiantou
  168. >tudo que ela fazia era chorar fazendo ''não'' com a cabeça
  169. >e toda vez que eu tentava tocá-la, ela tirava minha mão
  170. >''preciso te confessar uma coisa...''
  171. >peço para ela dizer sem medo
  172. >ela relembra uma noite que a gente brigou
  173. >isso no mês passado
  174. >foi uma briga feia, ainda me lembrava muito bem
  175. >pergunto a ela o que isso tem haver
  176. >''naquela noite...''
  177. >fala logo, denise''
  178. >''eu transei com seu melhor amigo...''
  179.  
  180. Obs: o final não é troll, faz parte da história pq vai ter outra parte.
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