Advertisement
kraauser

gt do cadaver que pisca e sorri

Sep 14th, 2021
25
0
Never
Not a member of Pastebin yet? Sign Up, it unlocks many cool features!
text 11.80 KB | None | 0 0
  1. O cadáver que pisca e sorri
  2. .
  3. .
  4. >o testemunho a seguir foi enviando a mim recentemente por um velho amigo
  5. >eu não ouvir falar dele desde então
  6. >mas espero que ele esteja bem
  7. >eu estou em um treinamento para ser juiz
  8. >minha formação estava quase completa
  9. >e eu estava trabalhando em um estágio remunerado como médico legista bem conhecido na área de Washington
  10. >tudo isso mudou algumas horas atrás
  11. >quando fui demitido do cargo por me recusar a participar do que eu acredito ser um acobertamento
  12. >mesmo que tenha sido alertado sobre as “consequências”
  13. >se vazasse quaisquer informações sobre este caso
  14. >minha consciência não ficaria bem se eu ficasse quieto
  15. >isto é algo que as pessoas precisam saber...
  16. >há alguns dias recebemos um telefonema da polícia do Metro
  17. >sobre um possível corpo descoberto na linha vermelha
  18. >desde que comecei a trabalhar como legista
  19. >temos respondido a algumas chamadas no sistema de metrô
  20. >a primeira vez foi uma mulher que tropeçou em uma mala de alguém ao tentar ultrapassa-las nas escadas rolantes
  21. >ela acabou com o pescoço quebrado
  22. >duas vezes fomos chamados por um ataque cardíaco
  23. >e uma vez para um assalto tarde da noite
  24. >o pobre rapaz foi esfaqueado várias vezes no estomago
  25. >mesmo ele tendo entregado o relógio e carteira para o assaltante
  26. >até agora eu não vi nada especificamente sangrento
  27. >e foi um pouco decepcionante quando disseram que era apenas um homem caído no trem
  28. >é errado desejar ser chamado a um caso que alguém foi empurrado nos trilhos de trem?
  29. >enfim, quando chegamos, os paramédicos já estavam em cena
  30. >então nós achamos que era apenas um desentendimento
  31. >e fomos chamados para fora prematuramente
  32. >mas a fita da policia bloqueou toda a plataforma da estação
  33. >do nosso ponto de vista no topo das escadas rolantes poderíamos dizer que algo não estava certo
  34. >os paramédicos do lado de fora da porta do carro do trem
  35. >e eles não estavam fazendo realmente nada
  36. >exceto discutindo e apontando para um corpo caído contra uma janela de dentro
  37. >poderíamos ter ido embora
  38. >mas decidimos dar uma olhada
  39. >só para ver o que estava acontecendo
  40. >quando nos aproximamos
  41. >ouvi uma conversa entre os dois paramédicos
  42. >”ele está morto, não é?” disse o mais velho dos dois
  43. >”sim, mas mortos não fazem...isso”
  44. >fazer o quê? Eu pensei
  45. >uma vez que nos viram
  46. >rapidamente concordaram que o homem estava morto
  47. >e logo saíram de cena para nós analisarmos
  48. >é evidente que está não era uma chamada eles queriam lidar
  49. >eu podia sentir isso
  50. >a policia também não era de muita ajuda
  51. >eu conversei um pouco com os policiais na cena enquanto o Doc entrou para dar uma olha no homem no trem
  52. >um dos detetives comentou que não havia sinais de assassinato
  53. >todas as testemunhas afirmam que o cara simplesmente sentou-se
  54. >como todos os outros e em seguida, parou de respirar
  55. >causas naturais, eu pensei
  56. >parecia só mais um caso seco
  57. >mas quando olhei por cima do meu ombro para Doc
  58. >ele parecia... confuso
  59. >”olhe para isso”, disse ele para mim quando eu entrei no vagão
  60. >ao me aproximar, parecia que o homem estava dormindo
  61. >como qualquer passageiro faz quando sabem sua para ainda não está perto
  62. >”olhar para o que?” eu perguntei
  63. >”os olhos”
  64. >a cabeça do homem estava para frente
  65. >com o queixo no peito
  66. >de modo que eu tinha de me ajoelhar para dar uma boa olhada em seu rosto
  67. >quando diz isso
  68. >Doc começou a falar alto consigo mesmo
  69. >como ele costuma fazer
  70. >apenas repassando sua lista mental
  71. >”ele não respira, não tem pulso e sua pele está gelada, o tempo aproximado da morte: 6 a 8 horas atrás”
  72. >estou no corredor do trem
  73. >tentando fazer uma analise com uma lanterna pino
  74. >já que a pouca iluminação no trem não estava ajudando muito as coisas
  75. >os olhos do homem estavam abertos
  76. >e pareciam estar olhando para mim
  77. >não é raro
  78. >por isso eu me inclino mais perto
  79. >na esperança de descobrir o que é o Doc queria que eu visse
  80. >de modo que eu não parecesse um idiota
  81. >e então...
  82. >o cadáver piscou
  83. >eu dei um salto para trás tão rápido quanto um mangusto pularia para se afastar de uma cobra
  84. >”mas que porra é essa?” eu tentei dizer
  85. >”exatamente” disse o Doc
  86. >”Tem que ser apenas um espasmo muscular, certo?”
  87. >”eu também pensei nisso” diz ele
  88. >mas veja isso
  89. >ele pega o cara pelo cabelo e puxa a cabeça para trás
  90. >com a outra mão ele acena um dedo na frente dos olhos abertos do homem
  91. >que em seguida
  92. >começaram a acompanhar como o Doc move o dedo
  93. >para a esquerda e para a direita
  94. >então o homem olhou para mim e piscou novamente
  95. >”você já viu algo assim antes?” Eu pergunto
  96. >”não” Doc responde
  97. >”e ele está morto?”
  98. >”morto como uma porta” Doc responde
  99. >deixamos o oficial encarregado sabemos que não foi possível determinar a causa da morte no local
  100. >uma necropsia completa teria que ser feita para determinar a causa
  101. >ele fez uma nota no relatório que este corpo tinha uma tendência a segui-lo com seus olhos
  102. >e ocasionalmente piscar
  103. >extraoficialmente, ele me contou que o caso inteiro o incomodava
  104. >o homem, segundo ele não tinha qualquer identificação
  105. >cartões de crédito, relógio, joias, um telefone ou até mesmo dinheiro
  106. >tudo que eles descobriram sobre ele foi um bilhete de metro
  107. >e um guardanapo em seu bolso
  108. >uma vez que estávamos de volta no escritório
  109. >nós vestimos os macacões de exame
  110. >e fui responsável em despi-lo
  111. >o cadáver me olhava o tempo todo enquanto eu tirava seu terno
  112. >ele até piscou para mim uma vez
  113. >além disso, algumas coisas estranhas foram observadas sobre o vestuário
  114. >primeiro, ele não estava usando roupas intimas
  115. >normalmente as pessoas usam camiseta, boxers ou cuecas e meias
  116. >esse cara não usava nenhuma dessas coisas
  117. >mas por alguma razão
  118. >ele tinha dois cintos, um sobre o outro
  119. >Doc ligou o gravador e em seguida
  120. >ligou a serra circular
  121. >eu vi como realizou a incisão
  122. >e eu fiz uma nota mental de sua técnica perfeita para que eu pudesse tentar fazer melhor da próxima vez
  123. >eu estou lhe dizendo, o Doc é um verdadeiro artista
  124. >em seguida veio o agradável sol de estalo quando a caixa torácica foi arrombada
  125. >enquanto isso acontecia
  126. >os olhos do homem nos observavam
  127. >eu quase podia jurar que ele estava sorrindo
  128. >durante a hora seguinte, o Doc fez anotações do exame
  129. >ele me entregou cada órgão para ser pesado e catalogado
  130. >não havia nada de estranho ou fora do comum sobre os órgãos internos
  131. >”tudo bem” disse Doc
  132. >”agora vamos dar uma olhada em sua cabeça, quero ver o que está causando o movimento dos olhos”
  133. >”você se importa se eu vendar os olhos dele?” eu perguntei
  134. >tentei parecer tão profissional quanto pude
  135. >mas o piscar constante me enervava
  136. >o Doc autorizou, por isso, tomei um pouco de fita de sutura
  137. >e trabalhei até a coragem de fechar manualmente as pálpebras do cara
  138. >imediatamente ele começou a se mover
  139. >todo o seu rosto estava convulsionando e contorcendo-se
  140. >tentando se libertar da fita
  141. >”acho que ele não gostou da ideia” disse Doc
  142. >e então tirou a fita dos olhos do homem
  143. >os movimentos violentos pararam imediatamente
  144. >e o homem piscou para Doc
  145. >”isso não é normal” eu disse
  146. >”há uma razão cientifica para tudo, é nosso trabalho encontra-la” respondeu Doc
  147. >”mas ele estava lutando para tirar a fita dos olhos” eu disse
  148. >”eu acho que ele quer ver, agora deseja remover o crânio ou quer que eu faça?” Doc pergunta
  149. >eu estou muito abalado para lidar com o equipamento
  150. >assim acho melhor apenas ver como Doc usa a serra em torno do crânio do homem
  151. >o bastardo ainda está sorrindo
  152. >eu tenho certeza que ele está sorrindo
  153. >ele está olhando para mim e piscando seu olho esquerdo
  154. >e depois seu olho direito
  155. >eu ouço o som do estalo familiarizado pelo topo de um crânio que está sendo puxado para fora
  156. >”Whoa... Ok...” diz o Doc
  157. >”o que é isso?” pergunto enquanto ando ao redor para ver o que ele está vendo, e os olhos do homem me seguem
  158. >”acho que você deveria ver isso” Doc responde
  159. >”OH MEU DEUS” eu digo
  160. >não tem nenhum cérebro
  161. >”Doc?” eu pergunto
  162. >”agora não, arrume suas coisas e vá para sua casa, vou terminar de limpar isso” ele disse enquanto disca um número no telefone
  163. >”mas...”
  164. >”vá logo! Eu ligo para você mais tarde” disse Doc
  165. >isso não foi um pedido, foi uma ordem
  166. >eu faço meu caminho até a porta
  167. >sabendo que o homem ainda está olhando para mim
  168. >”e não diga nada a ninguém sobre isso” disse Doc
  169. >o Doc nunca me ligou de volta
  170. >cada vez que eu tentava contato
  171. >caia na caixa postal
  172. >tentei voltar no dia seguinte
  173. >mas o segurança não me deixou entrar no prédio
  174. >disseram que era para eu aguardar novas instruções
  175. >e que eu receberia licença remunerada
  176. >isso foi há quatro dias...
  177. >está manhã eu ouvi uma batida na minha porta
  178. >era um homem que disse que ele estava no escritório do médico legista
  179. >mas parece que ele trabalha com a CIA, FBI, NSA, ou alguma coisa de outra agência de três letras
  180. >ele perguntou se eu poderia entrar para conversar
  181. >eu abrir a porta para deixa-lo entrar
  182. >e quando fiz
  183. >noite que havia dois homens vestidos de forma semelhante sentado em um carro preto do outro lado da rua
  184. >em sua pasta havia o arquivo do caso para o John Doe que foi encontrado no trem
  185. >todas as notas sobre o movimento dos olhos e piscadas foram removidas
  186. >não houve menção de qualquer coisa fora do comum
  187. >muito menos um cérebro ausente
  188. >esse arquivo já tem a assinatura do Doc
  189. >e este homem estava me pedindo para assina-lo também
  190. >eu tento dizer que o arquivo está errado
  191. >mas ele levanta a mão para me impedir de falar
  192. >”está é a forma que isso aconteceu, agora o assine” disse o homem
  193. >eu pergunto sobre o Doc
  194. >eu quero saber por que eu não tenho noticias dele
  195. >ele diz que o Doc “se foi”
  196. >a forma como ele disse isso me fez pensar o pior
  197. >eu me recuso a assiná-lo e peço para falar com o diretor do escritório do médico legista
  198. >o homem me informa que seria impossível e que eu seria demitido
  199. >embora não foi essa palavra que ele usou
  200. >a palavra que ele usou foi “executado”
  201. >ele saiu quando eu o pedi para ir embora
  202. >mas ele me avisa para não mencionar isto a ninguém
  203. >ou teria consequências graves
  204. >assim que a porta se fechou atrás dele
  205. >eu arrumei uma mochila e sai
  206. >vi um carro preto estava estacionado no final da minha rua
  207. >e eu só poderia ser paranoico
  208. >para me certificar de que não estava sendo seguido
  209. >eu mudei de direção varias vezes
  210. >quando me senti seguro suficiente
  211. >eu entrei em um bairro residencial próximo
  212. >e encontrei um sinal de Wi-Fi livre
  213. >acho que algo estranho está acontecendo aqui em Washington
  214. >talvez em outros lugares também
  215. >eu não sei o que poderia ser
  216. >mas eu sinto que o Doc e eu vimos algo que não era para sabermos
  217. >e agora estamos em perigo
  218. >encontrei o numero da casa do Doc
  219. >quando liguei para ele, foi direto para o correio de voz
  220. >tentei deixar uma mensagem para ele
  221. >mas a linha ficou muda depois que eu comecei a falar
  222. >se alguém está monitorando meus telefones
  223. >é possível que meu carro esteja grampeado também
  224. >e eles já sabem exatamente onde estou
  225. >mais uma vez
  226. >talvez eu esteja sendo paranoico ou louco
  227. >talvez haja uma explicação completamente lógico
  228. >para o cadáver espantalho que olha, pisca e sorri
  229. >eu não posso imaginar como algo assim poderia existir ou por que existiria
  230. >estou com medo... muito, muito medo
  231. >eu decidi que a única coisa a fazer seria escrever isso e enviá-lo a todas as pessoas que eu conheço
  232. >espero que está informação chegue a alguém
  233. >se você recebeu este email e não receber outro meu até amanhã
  234. >então eu estou provavelmente morto e você saberá que o que escrevi... É verdade!
  235. .
  236. >como mencionei antes, nunca mais tive noticias do meu amigo
  237.  
  238. Créditos: Apenas um Contador
Advertisement
Add Comment
Please, Sign In to add comment
Advertisement