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Apr 24th, 2018
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  1. Já acreditei em muitas mentiras, mas há uma à qual sempre fui imune: aquela que celebra a idade moderna como uma época de rebeldia, de independência, de amor à liberdade. Não dei crédito a essa heresia nem mesmo quando, criança eu próprio, ela me lisonjeava (seja através das instituições, universidade, ou não). Bem ao contrário, desde cedo me impressionaram muito fundo, na conduta de meus companheiros de geração, o espírito de rebanho, o temor do isolamento, a subserviência à voz corrente, a ânsia de sentir-se iguais e aceitos pela maioria cínica e autoritária, a disposição de tudo ceder, de tudo prostituir em troca de uma vaguinha de neófito no grupo dos sujeitos bacanas - já sabia de uma coisa - o mundo se tornou revolucionário.
  2. O culto a essa era só me traz más lembranças, transcreve-se isso através da antiga era de la vendetta, já que minha própria consanguinidade (a família von Savigny), na Dinastia Tudor, no século XVI decidiu participar dela através de conflitos com uma nobiliárquica família real, a família Beaufort, como é sabido a era da vingança, antes citada, dura séculos - até certo tempo atrás essa rivalidade teimava, mas algo trágico ocorreu, algo que determinou o fim da rivalidade mas, concomitantemente, a criação do ódio.
  3. Marcel von Savigny estava em sua arquidiocese, trabalhava para a igreja, a tarde era fria, o laicato católico não estava muito ativo. Um homem entra pela portaria, vestido como um leigo comum, trajado com seu fino terno marrom e arrumando seu bigode francês questionável. Enquanto o arcebispo (Marcel) recitava alguns cânticos ao lado de um coral, tiros foram ouvidos - ele nada viu, mas tudo sentiu, o vermelho-sangue escorre por todo o ambiente, um atentado, todos mortos.
  4. A notícia refratou-se por toda polis e, em consequência, jornais, cerca de 30 mortos e em dois deles mais projéteis que o comum foram encontrados, de Marcel e Rose von Savigny, que deixaram um filho para trás, Ryk, de 10 anos. Ao receber a notícia o máximo que o garoto fez foi chorar durante semanas e agora teve que morar com seus tios distantes que, apesar de serem somíticos, cuidavam do garoto.
  5. Ryk após a lamúria foi tomado por um incompreensível ódio, que se traduziu no conhecimento e na leitura, normalmente lendo muitos autores medievais e conservantistas, como Vandal Savage. Seguindo essa mesma linha de pensamento a fissura pela leitura é tamanha que o garoto começou a praticar pequenos furtos, já que apesar de ser sustentado pelos tios ricos, não possuía certa renda deles.
  6. Oito anos depois, oito anos de medievo e reacionarismo para a prole von Savigny uma fatalidade, o comportamento raivoso e ao mesmo tempo inteligente do menino o fez ser banido de a casa dos tios após discussões e inúmeros bate-bocas com os familiares relativo aos costumes e tradições estranhas praticadas por eles, normalmente voltadas a usura.
  7. Desterrado Ryk prosseguiu na vida gatuna, como um rato indesejado se envolvendo em ilimitadas brigas por comida, roupas ou mesmo assassinatos por seus ideias, até ser acolhido por Bruce Wayne que, ao notar o estilo diferente do menino, decidiu o acolher, sendo levado para o Refúgio Arkham.
  8. Eu odeio o estado moderno.
  9. Ryk.von-Savigny, Abril.
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