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Jul 23rd, 2017
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  2. Pílula abortiva será gratuita no Québec a partir do outono.
  3. Por xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  4. 2017
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  6. O ministro da saúde do Québec, Gaétan Barrette, anunciou esta semana a disponibilidade de pílulas abortivas a partir do próximo outono para mulheres que queiram interromper a gravidez de até sete semanas. A pílula não é uma novidade, mas a cobertura pelo programa RAMQ, o regime de seguro saúde do Québec, sim. A pílula RU-86, comercializada como Myfegymiso pela Clopharma, foi aprovada pela Saúde Canadá em 2015 e já é utilizada em mais de 60 países há mais de 30 anos. As mulheres que decidirem pelo aborto poderão fazer uso da droga após consulta médica. O medicamento não funciona como uma pílula do dia seguinte que pode ser comprada em qualquer farmácia, necessita de acompanhamento de um especialista, pois pode resultar em sangramento excessivo entre outros efeitos colaterais.
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  8. Alguns detalhes sobre consulta, distribuição e reembolso ainda estão sendo ajustados. Mas, segundo o ministro, o anúncio responde às necessidades das mulheres dá província. Gaétan diz que o governo do Québec sempre esteve à favor do direito das mulheres em decidir, particularmente no que diz respeito ao aborto.
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  10. No Québec o aborto é legalizado desde o fim da década de 80 e todas as mulheres que possuem a carteira de saúde são elegíveis. Até 14 semanas a gravidez pode ser interrompida. Com 14 anos ou mais a adolescente não precisa de autorização dos pais e pode realizar o pedido.
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  12. Particularmente não gosto de pensar o aborto, a decisão de continuar a gravidez ou não, pelo meu simples viés cristão através da discussão da criação, da existência da vida ou não a partir de um seguinte mês. Esta análise pode ser parcial, porquê nem todo mundo é cristão, ou tão pouco acredita em Deus, ainda que Deus seja ciência (fenômeno de observação e constatação evidente que persegue a humanidade desde sua origem).
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  14. A melhor análise deve ser feita a partir do olhar não daqueles que são contra o aborto, mas sob a perspectiva daqueles que defendem o direito da mulher ao aborto. Não se trata de uma análise de valor, mas uma constatação de fatos decorrentes do direito exclusivo da mulher em abortar.
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  16. Quando a mulher aborta de dentro dela só pode sair duas coisas. Matéria, um composto de qualquer coisa genética com o nome que você queira dar ou vida. Se assumimos a primeira opção o aborto neste caso não passa de uma indigestão, um tumor, ou qualquer outra forma incômoda dentro de um corpo que deve ser expelido, tipo quando tu acaba de comer uma feijoada. Aí você diz que não. Se não é isso então devemos assumir que se trata de uma vida, logo estamos falando de assassinato. Mas isso nem vem tão ao caso. Digamos que vamos pela segunda opção e optamos pela mulher poder assassinar e que isso seja um direito único e exclusivo dela, pois é ela quem carrega o feto, ou a feijoada, ou seja lá o que você queira chamar. A mensagem global do aborto é a seguinte.
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  18. 1 – Se a mulher possui o direito exclusivo da decisão de retirada do feto, logo o homem possui participação menor na relação, um papel secundário, mas nunca a igualdade tão desejada socialmente.
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  20. 2 – Logo homens devem se submeter a decisões unilaterais das mulheres. Seria mais ou menos um machismo às avessas.
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  22. 3 – A gravidez deve ser resumida a um tão somente incômodo físico, um distúrbio.
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  24. 4 – O corpo da mulher é o guia das decisões, logo o corpo é o que a mulher possui de mais importante para decidir com exclusividade. Seria a objetificação da mulher. Quase o mesmo que fazemos em comerciais de cerveja.
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  26. 5 – Se é o fato de ser mulher e de carregar outro corpo é que dá o direito à mulher em decidir pelo aborto, logo estamos falando em um privilégio de gênero.
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  28. 6 – A decisão unilateral coloca a mulher numa posição igualmente isolada. Por isso mulheres que optam pelo não aborto carregam mais tarde a responsabilidade de cuidar sozinhas de seus filhos. Socialmente uma responsabilidade que tem sido retirada dos homens. Homens têm se tornado objetos reprodutores sem responsabilidade após mensagens sociais como essas.
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  30. Se o problema é de ordem privada, por que sistemas públicos devem financiar as decisões?
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  32. Os jornais tratam o assunto com abstrações e defensores do aborto normalmente são homens e mulheres que nunca precisaram passar por um. No lugar da prevenção e informação, optamos pela política. Deixando de lado a questão física, os corpos, os meses e a evolução do feto, uma coisa é certa, casais que passam por um aborto optam na verdade pelo assassinato de uma idéia, que planejada ou não, no fim só pode receber o nome de vida nova.
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