Okenodeserto

ICEBERG DE NAVEGAÇÃO

Apr 20th, 2025
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  1. CAMADA 1:
  2.  
  3.  
  4. - Tubarões: refere-se aos ataques de tubarões à pequenas embarcações.
  5.  
  6.  
  7. - Redemoinhos: correntezas circulares que criam um funil na água. A maioria é pequena, mas algumas podem ser grandes o bastante para perturbar e afundar um barco.
  8.  
  9.  
  10. - Farol: torre construída em pequenas ilhas ou encostas com um forte feixe de luz. Serve para guiar e ajudar navegadores a localizar terra firme à noite.
  11.  
  12.  
  13. - Triângulo das Bermudas: região no Oceano Atlântico delimitada entre as cidades Miami, Porto Rico e Bermuda. Local onde várias embarcações e aviões afundaram e desapareceram sem explicações.
  14.  
  15.  
  16. - Correntes marítimas: fluxo de água constante causada por ventos e pela rotação da Terra (efeito Coriolis). Puxa com forças variadas qualquer coisa que entre em seu fluxo. São o que movem os navios além das ondas e dos ventos.
  17.  
  18.  
  19. - Boias de navegação: são boias posicionadas em pontos específicos do oceano, como as placas de sinalização nas ruas. Podem indicar profundidade, regiões perigosas, águas intercontinentais e até rota de navios comerciais, entre outras coisas.
  20.  
  21.  
  22. - Tsunami: uma série de ondas gigantes que se formam por conta de grandes deslocamentos de água, causados, geralmente, por terremotos no leito oceânico. Tsunamis são mais comuns nas praias, pois a mudança de profundidade deixa suas ondas ainda maiores, enquanto que no alto-mar se dissipam e se estabilizam.
  23.  
  24.  
  25. - Nevoeiro marítimo: quando há uma diferença substancial de temperatura entre o vento e a água do mar, a água evapora e cria uma névoa. Perigoso por limitar drasticamente a visão dos tripulantes.
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  28. ***
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  30.  
  31. CAMADA 2:
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  33.  
  34. - Vagalhão: uma onda gigante que se forma inesperadamente no oceano, sem indícios ou avisos. Surge de repente e pode tombar navios de grande porte.
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  36.  
  37. - Cinetose: enjoo causado pelo movimento constante. Pode acontecer em passageiros de ônibus e avião, mas é mais comum em embarcações, por conta do balançar ininterrupto que as ondas causam.
  38.  
  39.  
  40. - Icebergs: grandes formações de gelo que boiam em regiões polares. Por se moverem, podem surpreender embarcações e danificar seriamente o casco, além de poderem encalhar navios. Em locais com paredões de gelo, icebergs podem se soltar e atingir navios ou mesmo criar grandes ondas.
  41.  
  42.  
  43. - Aurora Boreal: se parece como cortinas de luzes azuis esverdeadas que balançam no céu. Ocorre quando partículas do Sol (ventos solares) colidem com a atmosfera magnética da Terra. É mais comum nos polos, em áreas geralmente perigosas de serem acessadas.
  44.  
  45.  
  46. - Tromba d'água: uma coluna de água que é puxada para o céu por conta de um turbilhão de vento. Se parece com um tornado feito d'água.
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  48.  
  49. - Corrente de retorno: quando a água do mar se choca com a praia, ela pode criar um fluxo inverso que levará a água de volta ao mar, se afastando da praia, e puxando com força banhistas e pequenos barcos, além de também cavar valas na areia, o que pode prender banhistas e criar bancos de areia. A corrente de retorno costuma ser imperceptível.
  50.  
  51.  
  52. - Estações de petróleo: estruturas gigantescas na forma de uma plataforma suspensa acima da água, com pilares que se aprofundam no leito do oceano, servindo para extrair petróleo e estudar a região. Essas estações petrolíferas se encontram em alto-mar, em áreas onde a água é muito profunda.
  53.  
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  55. - Foz marítima: ponto onde a água de rios, riachos e lagos desaguam no mar, criando a conexão de rio e mar, como o Rio Amazonas.
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  57.  
  58. - Bancos de areia: com o movimento das ondas, a areia do leito pode ser arrastada e criar morros planos no meio do mar, na água superficial, pouco visível, que pode prender e encalhar embarcações.
  59.  
  60.  
  61. - Mar Morto: um lago que banha Isral, de águas hipersalinas (muito salgadas), o que faz com que não seja possível a sobrevivência de vida animal no lugar. A água é altamente densa por conta do sal, fazendo com que seja quase impossível de se afundar, e totalmente inseguro de se mergulhar, podendo causar desidratação rapidamente, cegueira, pois o sal queima os olhos e pressão alta se ingerida mínimas quantidades.
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  63.  
  64. - Embarcações fantasmas: são navios vazios, porque sua tripulação morreu ou os abandonou, então eles boiam à deriva pelo oceano ou se encalham e afundam.
  65.  
  66.  
  67. - Insolação: doença grave causada pela exposição prolongada ao calor e ao Sol, quando o corpo superaquece. Os sintomas podem incluir febre alta, tontura, dores de cabeça, queimaduras, náuseas, e, em casos mais severos, demaios e coma. Muito comum em navegadores que passam dias no mar.
  68.  
  69.  
  70. - Marés: a elevação ou diminuição do nível do mar, causada pela atração gravitacional da Lua. A maré alta pode cobrir ilhas e praias, enquanto a maré baixa pode encalhar barcos e revelar novas superfícies.
  71.  
  72.  
  73. - Tinnitus: zumbido nos ouvidos, podendo ser causado pela exposição constante ao ruído do vento, por inflamação nos tímpanos ou por água que entrou nos ouvidos. Não se restringe à navegadores, mas é bem comum entre eles.
  74.  
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  77.  
  78.  
  79. CAMADA 3:
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  81.  
  82. - Ilhas fantasmas: são ilhas que estão em mapas antigos e até mesmo oficiais, mas que a localização se perdeu, ou que não existem no mundo real, ou que nunca foram encontradas.
  83.  
  84.  
  85. - Pirataria: ato de atacar ou roubar embarcações. Ainda acontece nos dias de hoje, mas com piratas armados com metralhadoras, radares, bombas e outros equipamentos modernos. A pirataria também pode descrever o ato de traficar material ilegal, como drogas, explosivos ou mesmo pessoas e outros animais.
  86.  
  87.  
  88. - Floresta de algas: são regiões onde as algas kelps se ploriferaram por uma vasta área. Essas algas crescem indefinidamente e chegam até o nível do mar. São difíceis de serem vistas com antecedência e podem prender barcos pequenos se enroscando no leme ou nas hélices do motor.
  89.  
  90.  
  91. - Mal do desembarque: a sensação permanente do movimento das ondas, mesmo após sair do mar e estar em terra firme. Pode durar horas e dias, e causar desequilíbrio e enjoos.
  92.  
  93.  
  94. - Enxame de água-vivas: fenômeno onde um grande grupo de água-vivas se forma e permanece junto como um cardume, geralmente seguindo uma corrente marítima. Em alguns casos, esses enxames podem boiar na superfície, e se tornar um grande perigo se alguém entrar na água.
  95.  
  96.  
  97. - Windshear: é um fenômeno meteorológico em que o vento muda drasticamente de direção ou força. Pode atrapalhar barcos à vela e até mesmo causar acidentes em alguns casos.
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  99.  
  100. - Mar Vermelho: um golfo (uma área maior que uma baía) longínquo entre a África e a Ásia. É uma das principais vias de comércio entre o Mediterrâneo e o Oceano Índico, possuindo regulares ataques piratas (saqueamento à barcos) e ataques de exércitos inimigos.
  101.  
  102.  
  103. - Ataques de orcas: registros onde grupos de orcas atacam espontaneamente embarcações pequenas têm aparecido cada vez mais. Orcas são golfinhos do maior porte e são superpredadores.
  104.  
  105.  
  106. - Escorbuto: doença causada pela falta de vitamina C na dieta. Seus sintomas podem demorar meses para aparecerem, e se manifestam na forma de hematomas e sangramentos nas gengivas, fraqueza e irritação na pele. Se não tratada, pode causar problemas cardíacos e infecções. Era comum em piratas, e ainda acontece com certa frequência em tripulantes que passam longos períodos no mar pelo mesmo motivo: frutas e legumes apodrecem rapidamente, e ao ficarem meses em alto-mar, sem essas coisas na dieta, começa a faltar vitamina C no corpo.
  107.  
  108.  
  109. - Rio Nilo: um dos mais extensos rios do mundo, atravessando o norte da África. É perigoso por conta da presença selvagem de cobras peçonhentas e crocodilos que se camuflam na água escura e sem visibilidade. Os crocodilos-do-nilo são tão grandes que são capazes de virar pequenas embarcações.
  110.  
  111.  
  112. - Boias meteoceanográficas: são boias semelhantes às boias de navegação, com a diferença de que servem para medir e monitorar em tempo real as condições da água, do clima e do ar. Podem estar em quaisquer corpos d'água.
  113.  
  114.  
  115. - Zonas mortas: regiões do mar ou de lagos em que, por conta de algum desequilíbrio ambiental, ou intoxicação, a vida marinha se esvai, fazendo boiar diversas criaturas mortas na superfície. Geralmente são causadas por hipóxia ou introdução de elementos químicos tóxicos (naturalmente ou por ação humana).
  116.  
  117.  
  118. - Bioincrustação: acúmulo de organismos marinhos em superfícies imersas por longos períodos, como os cascos dos navios. Causada por bactérias, cracas e algas, que se acumulam e deterioram o material com o tempo. Pode reduzir drasticamente a velocidade de uma embarcação, e causar danos perigosos no navio, corroendo o casco, fazendo aberturas e inundando sistemas elétricos.
  119.  
  120.  
  121. - Maré de tempestade: também chamada de ressaca marítima, é o aumento do nível da água até o ponto de inundar a região, podendo destruir casas da costa e levar para baixo embarcações de médio porte. Causada por tempestades violentas e prolongadas.
  122.  
  123.  
  124. - Maremotos: acontece quando tremores fortes no leito do mar abalam o oceano, causando repentinamente uma agitação imprevisível e turbulenta, com ondas irregulares e rápidas. São como terremotos no mar, e podem com facilidade afundar navios grandes.
  125.  
  126.  
  127. - Ponto Nemo: é o local mais isolado do planeta Terra, localizado no Oceano Pacífico. É a região mais esparsa de água no planeta, tendo como terra firme mais próxima um local à cerca de 2688 quilômetros de distância. É conhecido como cemitério de satélites, por ser um local escolhido para o descarte de satélites e aeronaves desativados, por conta de seu isolamento.
  128.  
  129.  
  130. - Corrente Circumpolar Antártica: é a corrente marítima mais forte do mundo, que circula em torno da Antártida no sentido horário. Sua correnteza é tão forte que cria um tipo de separação de fauna e flora entre o lado de dentro e o lado de fora da corrente. O fluxo da corrente leva muitos nutrientes para dentro do circuito, o que favorece a sobrevivência e desenvolvimento da vida naquela região fechada. Os animais dessa região são maiores e mais fortes, o que pode surpreender navegadores que passem pela área.
  131.  
  132.  
  133. - Baías bioluminescentes: são baías onde há um grande acúmulo de microorganismo como os dinoflagelados, que brilham com bioluminescência quando perturbados, na tentativa de afastar predadores. Essas baías carregadas desses seres estão constantemente tremeluzindo um brilho em um tom azulado por conta da agitação das ondas ou da travesseia de embarcações.
  134.  
  135.  
  136. ***
  137.  
  138.  
  139. CAMADA 4:
  140.  
  141.  
  142. - Estreito de Drake: a passagem entre o sul da América do Sul e a Antártica, sendo o caminho mais curto para chegar ao continente Antártico. Ocorre a junção dos Oceanos Pacífico e Atlântico, formando o mar mais perigoso do mundo: o Mar de Hoces. Lugar de intensas e constantes tempestades, ventos fortes e ondas gigantes.
  143.  
  144.  
  145. - Great Pacific Garbage Patch: também conhecido pela sigla TGPGP, é a maior ilha de lixo dos oceanos, localizada no Pacífico. Aproximadamente 79 mil toneladas de lixo espalhadas por uma área de cerca de 1,6 milhão de quilômetros quadrados.
  146.  
  147.  
  148. - Gigantismo do mar profundo: há uma tendência evolutiva dos animais de zonas profundas do oceano (cerca de 4 mil metros de profundidade) a crescerem muitas vezes mais do que seus semelhantes em águas menos profundas. É causado pela escassez de alimento, o que força um metabolismo mais lento e uma maior retenção de energia, que implica em maior massa corporal para reter a energia. Alguns desses peixes e lulas colossais podem vir a subir para a superfície e causar problemas no ecossistema ou surpreender navegadores. Hipóteses dizem que encontros antigos com lulas colossais podem ter criado o mito do Kraken.
  149.  
  150.  
  151. - Ataques de peixe-espadas: quando cardumes ou mesmo peixe-espadas solitários se sentem ameaçados, podem saltar para fora da água para tentar afugentar seus predadores. Barcos em movimento podem assustar esses animais, e eles podem pular e acabar penetrando-se em algum tripulante. Os ataques são raros, mas muito letais.
  152.  
  153.  
  154. - Radar ghosting: radares podem sinalizar alvos que não existem, confundindo navegadores. Geralmente causado por interferências magnéticas ou reflexões de ondas sonoras.
  155.  
  156.  
  157. - Borrasca branca: também chamada de tempestade branca, é uma ventania forte e súbita, que pode aparecer mesmo sem nuvens ou sinais prévios.
  158.  
  159.  
  160. - Ilhas de sargaço: são grandes massas de algas marinhas que flutuam na superfície, formando extensas áreas que se assemelham à ilhas. Compostas majoritariamente de algas do gênero Sargassum. Podem ser um problema para barcos pequenos ou à motor, pois esses podem ficar presos.
  161.  
  162.  
  163. - Maré vermelha: é um fenômeno natural onde microalgas criam áreas amarronzadas e avermelhadas na água, liberando toxinas. Pode ser perigoso entrar nessa água avermelhada ou consumir peixes e frutos do mar das proximidades.
  164.  
  165.  
  166. - Mar leitoso: semelhante às baías bioluminescentes, o mar leitoso é um fenômeno onde um grupo de bactérias brilham incessantemente em um tom azul esbranquiçado. Enquanto os microorganismos das baías bioluminescentes brilham apenas em resposta à movimentos bruscos, os mares leitosos não param de brilhar até o fim do fenômeno. Acredita-se que essas bactérias brilham para atrair peixes, em vez de responder à ameaças. Após serem ingeridas por peixes, conseguem se proliferar em seus organismos. A ingestão da água do mar leitoso pode ser perigosa.
  167.  
  168.  
  169. - Mandrião: é uma ave comum das costas e do mar, com cerca de 60cm, e que é muito agressiva e territorialista, atacando em bando verozmente pessoas e embarcações que se aproximam. Não são especialmente perigosas, mas podem ser um problema chato de lidar.
  170.  
  171.  
  172. - Sable Island: uma ilha de areia longa, baixa e isolada, variando seu formato e seu tamanho entre 34km² e 42km². É uma região conhecida como Cemitério do Atlântico, por encalhar muitas embarcações. Seu perigo se deve aos fortes ventos, nevoeiros frequentes e aos diversos e invisíveis bancos de areias que trocam sempre de posição, sendo difíceis de mapear.
  173.  
  174.  
  175. - Anomalia Magnética do Atlântico Sul: é uma colossal região do Oceano Atlântico onde o campo magnético da Terra é consideravelmente mais fraco. A área pode dificultar o uso de bússolas, e a radiação de partículas do lugar podem danificar computadores de embarcações e satélites. É causada pela grande concentração de ferro líquido no núcleo da Terra. Da mesma forma que o núcleo se move, a anomalia magnética também se desloca lentamente pelos oceanos.
  176.  
  177.  
  178. ***
  179.  
  180.  
  181. CAMADA 5:
  182.  
  183.  
  184. - Giros oceânicos: são grandes sistemas de correntezas marítimas rotativas na superfície, dispostas em vários lugares dos oceanos. São causados principalmente pelo vento, e possuem notáveis impactos positivos e negativos no mundo. Esses giros oceânicos favorecem a vida marinha e transportam nutrientes, mas também são responsáveis por acumular lixo e outros dejetos na superfície, o que forma as ilhas de lixo.
  185.  
  186.  
  187. - Fotoceratite: é uma dolorosa condição ocular causada pela exposição dos olhos à luz ultravioleta. É bastante comum em soldadores que soldam sem proteção, mas também pode atingir navegadores que passam muito tempo no mar, por conta da luz solar refletida na neve e no gelo em grandes altitudes. Se assemelha à queimadura solar da córnea. Os sintomas incluem dor, lacrimejamento intenso, blefaroespasmo (espamos involuntários das pálpebras), fotofobia (sensibilidade à luz) e miose (contração ou redução do diâmetro da pupila, e pode durar alguns dias.
  188.  
  189.  
  190. - Triângulo do Dragão: também chamado de Mar do Diabo, é uma região ao redor da Ilha Miyaki, em território japonês. Possui uma reputação similar ao Triângulo das Bermudas, sendo uma área bastante perigosa, com incontáveis desaparecimentos de navios e aeronaves. Apesar disso, os japoneses não consideram o Mar do Diabo mais misterioso ou perigoso do que outras águas costeiras do Japão.
  191.  
  192.  
  193. - Sarpa salpa: conhecido pelo nome popular de salema, é um peixe perciforme pequeno de aparência bastante comum. É natural das águas costeiras do Mediterrâneo, de certas áreas do Atlântico e da ilha Macaronésia. A espécie se alimenta de plânctons, e acumula em seu corpo bastante toxinas. Ao ser ingerida a cabeça do peixe, são causadas alucinações e efeitos semelhantes aos do uso de LSD, podendo durar por longos 3 dias. Não costuma ser letal, mas pode causar bastante desconforto. Por ser de aparência muito comum, o salema pode ser confundido com algum peixe normal e ser consumido sem que haja consciência dos efeitos tóxicoalucionógenos.
  194.  
  195.  
  196. - Calmaria equatorial: é um fenômeno que acontece em regiões dos Oceanos Atlântico e Pacífico onde a pressão atmosférica é mínima, e os ventos são fracos e quase imperceptíveis. Pode acontecer dos ventos cessarem totalmente nessas regiões, tornando o mar estático e a locomoção de barcos à vela impossível. O fenômeno, também chamado de armadilha da calmaria, pode prender barcos por dias e até semanas sem nenhuma onda ou vento substancial.
  197.  
  198.  
  199. - Ondas quadradas: é um fenômeno que ocorre quando duas ondas se encontram em um ângulo reto, causando correntes fortíssimas e mudanças abruptas de direção. As ondas quadradas se formam quando condições muito específicas de clima geram ondas em direções diferentes a partir de um mesmo ponto. É extremamente perigosa a natação ou a navegação de pequenos e médios barcos nessas áreas. O fenômeno cria quadrados fechados na água do mar, com ondas vindo de todos os quatro lados, formando um grande padrão de xadrez no mar, prendendo pessoas e outras coisas nos quadrados.
  200.  
  201.  
  202. - Nuvem de prateleira: é uma longa e baixa nuvem que se estende na horizontal, em formato de muralha, com uma nuvem ainda maior por cima. Por um tempo é inofensiva, mas é um sinal de uma forte tempestade se formando, sendo perigosíssima.
  203.  
  204.  
  205. - Arco de névoa: um arco-íris acontece quando a luz branca do Sol atinge as gotas da chuva e é dispersa no espectro colorido de luz visível. O arco de névoa, também chamado de arco-íris branco, acontece quando a luz branca do Sol atinge gotas de água menores do que as da chuva, como as de neblina, por exemplo, e é refratada e refletida em um arco branco e translúcido. Por serem essas gotas muito pequenas, não possuem tamanho suficiente para fragmentarem a luz branca e mostrarem as cores do espectro visível.
  206.  
  207.  
  208. - Pé de imersão: é uma condição causada pela exposição prolongada dos pés em ambientes úmidos e frios, causando inchaço, dor e formigamento, mas podendo evoluir para úlceras e gangrenas. Era bastante comum em soldados que passavam dias em condições insalubres nas trincheiras, mas também acontece com frequências com tripulantes que não tomam os devidos cuidados com os pés.
  209.  
  210.  
  211. - Marine icing: é o congelamento superficial que acontece em alto-mar em regiões com temperaturas inferiores a 0° Celsius. Acontece quando a água salgada respinga nas superfícies metálicas e congelam imediatamente como um spray de gelo, ou quando a névoa salina impregna nas superfícies metálicas. É perigoso por alterar gradualmente o balanceamento de peso e velocidade das embarcações, além de comprometer a estrutura e ajudar a resfriar mais rapidamente sistemas elétricos, causando falhas. Pode também tornar o piso do convés escorregadio e causar acidentes, além de favorecer a hipotermia.
  212.  
  213.  
  214. - Pancake ice: é uma formação específica do gelo em regiões polares. São milhares de peças redondas de gelo com comprimento que variam de 30 centímetros à 3 metros, podendo ter até 10 centímetros de espessura. São formados com a ação das ondas em neve derretida ou em crostas congeladas. Não são particularmente um problema para embarcações de médio e grande porte, mas são sinais de regiões de climas perigosos e imprevisíveis.
  215.  
  216.  
  217. - Ciguatera: é a intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados por ciguatoxinas. A ciguatoxina não possui cheiro ou sabor, dificultando o reconhecimento. Vários tipos de peixes podem ser contaminados, e não apresentam sinais visíveis de contaminação. É mais comum em peixes da costa do Pacífico. Os sintomas são muitos, e podem ser: náusea, dor abdominal, diarreia, dormência muscular, vertigem, descoordenação motora das pernas, pressão arterial baixa, arritmia, taquicardia, erupção cutânea, coceira, fraqueza muscular, mialgia, dor de cabeça, visão turva, gosto estranho na boca, sensação do toque alterado (sentir quente coisas frias, e sentir frio coisas quentes).
  218.  
  219.  
  220. - Efeiro Venturi: ocorre quando a água é forçada a passar por uma área mais estreita, como quando um navio faz peso em cima de um canal fundo ou quando o casco do barco deixa pouco espaço para a água até a margem da passagem. Isso resulta na diminuição da pressão da água e um aumento radical na velocidade do fluxo, o que pode causar acidentes e dificuldade de manobrar.
  221.  
  222.  
  223. - Serpentes marinhas: são serpentes que vivem exclusivamente em mar aberto, e podem ser vistas na superfície logo depois de buscarem o ar atmosférico para respirarem. Não costumam ser agressivas, mas podem tentar atacar banhistas e barcos pequenos se sentirem-se ameaçadas, nadando velozmente. Possuem veneno capaz de causar paralisia, espasmos e problemas respiratórios.
  224.  
  225.  
  226. - Recifes não mapeados: muitos recifes ainda não constam nos mapas modernos, e outros podem ter surgido há pouco tempo por atividade geológica nas placas tectônicas. Esses recifes de corais podem possuir rochas submersas em águas rasas, difíceis de serem vistas, e que podem acertar as embarcações. Diferentemente dos bancos de areia, que apenas encalham navios, os recifes de corais podem rasgar e abrir buracos no casco dos navios sem deixá-los presos, o que pode causar o afundamento, e em áreas de recifes, cair na água pode ser muito mais perigoso, podendo criar ferimentos na pele e possuir predadores marinhos à espreita.
  227.  
  228.  
  229. ***
  230.  
  231.  
  232. CAMADA 6:
  233.  
  234.  
  235. - Icebergs negros: são icebergs transparentes que parecem pretos quando submersos, por conta da absorção da luz pela água. São formados pela água da chuva acumulada em fendas e depois congelada. São difíceis de serem localizados, especialmente à noite, e podem surpreender negativamente ao serem notados tarde demais.
  236.  
  237.  
  238. - Microburst: também referido como microexplosão atmosférica, é uma corrente de ar intensa que se desprende de uma nuvem cumulonimbus e desce com força em direção ao solo, causando ventos de alta velocidade e potencialmente destrutivos. É muito perigoso e imprevisível, surgindo de repente e rapidamente a partir de uma nuvem pós chuva. Raramente dura mais do que 15 minutos. Possui uma versão maior e mais extrema, chamada de macroburst.
  239.  
  240.  
  241. - Mar Negro: é um mar interno, conectado ao Oceano Atlântico através dos mares Mediterrâneo e Egeu. Possui a coloração escura devido a grandes quantidades de minerais em sua composição. Sua água é fria e menos salgada, boiando acima da água do Mediterrâneo. Certas áreas mais profundas do Mar Negro são anóxicas, ou seja, possuem total ausência de oxigênio, impossibilitando a existência de vida. Uma teoria científica aponta que por volta de 5600 anos a.C. o Mar Negro foi inundado pelas águas do Mediterrâneo por consequência de um acidente geológico que rompeu o istmo que unia Trácia à Anatólia. Essa inundação tomou conta de grandes espaços de terra nas encostas, e teria sido a origem do mito do Dilúvio, da Bíblia.
  242.  
  243.  
  244. - Efeito de cachoeira no céu: cientificamente chamado de virga, e popularmente também chamado de chuva fantasma, é um fenômeno raro onde a chuva começa a cair, mas evapora antes de chegar ao chão, parecendo-se com vários tentáculos d'água suspenso da parte de baixo das nuvens. Acontece em climas bastante secos. Em ocasiões mais raras, uma nuvem pode chover em cima de outra nuvem e virar vapor ao entrar na atmosfera da nuvem mais baixa.
  245.  
  246.  
  247. - Deadhead: é um tronco ou pedaço de madeira que flutua parcialmente, na vertical, com apenas uma pequena parte visível fora da água. É raro, mas pode ser encontrado em lagos, rios e áreas costeiras de florestas. Mas também podem ser encontrados muito mais raramente em mar-aberto, tendo sido levados pelas ondas e correntezas, ou por terem se soltado de um navio que transportava esses troncos. Troncos normalmente boiam na horizontal, mas com o tempo, podem absorver água de maneira desigual, criando uma maior densidade em uma das pontas, o que puxa essa ponta para o fundo e faz ele boiar na vertical. São muito perigosos por serem relativamente inesperados e difíceis de ver, e, por pesarem muito, ao se chocarem com uma embarcação, destroem facilmente o casco. Seu nome pode ter duas possíveis origens: antigos navios de transportes consideravam certas toras de madeira improdutíveis e "pesos mortos", então soltavam-na no mar e chamavam-na de deadhead (cabeça morta em tradução livre); outra possibilidade é a de se parecerem, de certa distância, com cabeças boiando na água, confundindo as pessoas, fazendo-as crer que era um corpo morto na água com a cabeça flutuando para fora.
  248.  
  249.  
  250. - Calmaria no olho do furacão: um furacão se forma quando águas oceânicas muito quentes fazem o ar úmido evaporar e subir rapidamente, criando nuvens de tempestades que liberam mais calor e alimentam o sistema. Com a rotação da Terra, os ventos começam a girar, e então se cria uma espiral de ventanias fortes e quentes que ficam cada vez maiores, conforme se alimentam do clima. O vento em espiral fica tão forte e largo que forma paredes de vento (eyewall), e esses ventos empurram o ar para baixo no centro do furacão, impedindo a formação de nuvens e chuva, criando uma área seca e calma. Essa área central, dentro das paredes do furacão, é chamada de olho, e possui cerca de 30 à 60 quilômetros de diâmetro, sendo praticamente segura e tranquila. O olho do furacão possui céu azul e é quase totalmente silencioso, desde que permaneça longe das paredes. Um furacão pode se formar ao redor de uma embarcação sem ser percebido, e a calmaria pode durar de minutos à horas. Tentar sair do olho do furacão é extremamente perigoso, sendo recomendado que a embarcação tente se manter no centro e acompanhar o movimento do furacão até que ele se dissipe, evitando se aproximar das paredes de vento.
  251.  
  252.  
  253. - Mina naval: é uma bomba, geralmente esférica, presa no leito do oceano por uma corrente, cuja bomba boia abaixo do nível do mar, esperando que algum navio passe por cima para explodir. Essa bomba é projetada com um formato que dispersa as ondas sonoras e dificulta a localização através de sonares. São programadas para serem acionadas por contato ou por aproximação magnética. Foram criadas no século 19, mas foram usadas exaustivamente na Segunda Guerra Mundial. Ainda hoje há regiões no mar lotadas por essas minas, que não foram desativadas por neglicência, e que ainda funcionam porque foram projetadas para resistirem ao tempo e à corrosão. Raramente elas podem se soltar de suas correntes e boiar livremente pelos oceanos, viajando longas distâncias até achar um alvo distraído.
  254.  
  255.  
  256. - Great Atlantic Sargassum Belt: a maior ilha de sargaço dos oceanos, localizada ao longo do Oceano Atlântico, passando pela costa da África. Possui a extensão de aproximadamente 8850 quilômetros, e apresenta os mesmos riscos que as ilhas de sargaço normais, exceto pelo fato de ser tão grande que pode cercar ou dificultar o contorno da ilha.
  257.  
  258.  
  259. - Fata morgana: uma ilusão óptica causada pela refração da luz passando por diferentes variações de temperatura. A ilusão faz objetos distantes, como navios ou cidades ao longe, parecerem deslocados para cima ou duplicados na vertical. É mais comum no oceano, pois o horizonte plano favorece o fenômeno da luz atravessando diferentes temperaturas ao longo de um grande espaço.
  260.  
  261.  
  262. - Explicação para relatos de sereias: a explicação mais aceita pelos cientistas e historiadores para esses relatos são um conjunto de fenômenos e condições específicas. Marinheiros antigamente passavam longos períodos de fome e isolação no mar, o que causava um declínio em suas sanidades, e também impedia suas necessidades sexuais de serem supridas, então, ao verem alguns animais como manatins e dugongos (que, sob certos ângulos e condições de luz, se parecem com a forma humana), alucinavam enxergar mulheres meio humanas e meio peixes. E o som das ondas quebrando nas pedras se assemelham a gritos, e o cansaço e alucinação causavam pareidolia auditiva, facilitando que os marinheiros escutassem vozes humanas em meio aos ruídos das ondas, o que os seduzia e os distraía até cair no mar, morrerem ao se chocarem com as pedras e os sobreviventes relatavam que esses homens foram seduzidos por vozes no mar e caíram e desapareceram nas águas, capturados por sereias.
  263.  
  264.  
  265. - Mar borbulhando: em certas áreas, especialmente em regiões de solo congelado, a decomposição de matéria orgânica libera gases, como o metano, e pode se acumular em grandes quantidades e subir para a superfície, fazendo a região borbulhar. O borbulhamento também pode ser causado por reações químicas acontecendo no leito do mar. As bolhas geralmente não perturbam o bastante o barco para afundarem-no, mas em raros casos podem liberar gases tóxicos para a atmosfera e envenenar a tripulação.
  266.  
  267.  
  268. CAMADA 7:
  269.  
  270.  
  271. - Redes fantasmas: são enormes redes de pesca que se soltaram de navios e agora vagam pelos oceanos, aprisionando vários animais e danificando a vida marinha pela região.
  272.  
  273.  
  274. - Arrasto de âncoras em águas calmas: as âncoras servem para estacionarem as embarcações em pontos fixos em alto-mar, geralmente para não deixá-las serem levadas pelo vento e pelas ondas. Porém, em casos muito raros de mar calmo, sem ondas ou ventos significativos, a âncora é arrastada no leito do mar, puxando lentamente o navio junto. Por ser incomum e devagar, os navegadores só percebem depois de várias horas, quando já estão longes do ponto de fixação. Ainda não se tem uma explicação totalmente aceita sobre como isso ocorre, mas as melhores hipóteses sugerem que podem ser fortes correntezas agindo profundamente e puxando a âncora, ou até mesmo deslizamentos do solo por atividade geológica.
  275.  
  276.  
  277. - Síndrome de Haff: doença causada pela ingestão de peixes ou crustáceos contaminados com toxinas sem cheiro ou sabor. A doença ainda é pouco estudada e compreendida, então não é conhecida a origem dessas toxinas. Os sintomas incluem dores musculares, náuseas, diarreias, e, como principal indicativo, a coloração da urina na cor preta. Os peixes mais associados à doença são alguns carnívoros, mas as toxinas em si só se manifestam se os peixes forem mal preparados ou mal conservados.
  278.  
  279.  
  280. - The Strid: na Inglaterra existe um rio chamado Wharfe, onde um de seus afluentes - Bolton Strid - é tido como o rio mais perigoso do mundo. Bolton Strid é um estreito e profundo córrego, com não mais do que 2 metros de largura, e com uma profundidade abissal estimada em 65 metros. Suas águas são aparentemente calmas, mas por conta de sua formação única, sinuosa e profunda, suas correntezas podem se intensificar de velocidade imprevisivelmente, além de criar redemoinhos fortes e rápidos. Os moradores da região afirmam que ninguém que tentou atravessar o Bolton Strid com algum bote ou embarcação sobreviveu. Por debaixo das águas de Bolton Strid há uma complexa rede de cavernas subaquáticas.
  281.  
  282.  
  283. - Explosões submarinas: referem-se a estrondos que vêm do fundo do mar em forma de fortes vibrações, e podem atordoar sonares e vibrar navios que estão na superfície. Podem ser causadas por detonações acidentais de minas navais, atividade vulcânica ou deslizamento de grandes corpos rochosos submersos.
  284.  
  285.  
  286. - Neblina bioluminescente: fenômeno raro onde águas carregadas de microorganismos bioluminescentes evaporam e formam um nevoeiro. O nevoeiro não carrega os microorganismo no ar, em vez disso, o brilho desses seres na água refletem intensamente na neblina. A aparência é a de uma névoa fantasmagórica e translúcida na cor azul esverdeada.
  287.  
  288.  
  289. - U.S.O: sigla em inglês para Unidentified Submerged Object (Objetos Submersos Não Identificados, em tradução livre). Diz respeito a qualquer coisa ou objeto que é localizado através de sonares, imagens de vídeo ou os próprios olhos, mas que não é identificado. Geralmente associado à massas de calor, rochas ou corais soltos, animais marinhos ou destroços. Mas avistamentos e registros intrigantes mostram U.S.O agindo de maneiras anormais ou impossíveis, como mudando de forma, sumindo de repente, ou atingindo velocidades superiores às das tecnologias conhecidas.
  290.  
  291.  
  292. - Ventos catabáticos: são massas de ar frio que se deslocam de pontos altos, como montanhas ou geleiras, e descem rapidamente pela ação da gravidade, atingindo velocidades de até 300km/h e mudando drasticamente a temperatura ambiente para temperaturas congelantes.
  293.  
  294.  
  295. - Copépodes: são crustáceos microscópicos, medindo entre 1 à 5 milímetros. A maioria é inofensiva, mas alguns (especialmente os ciclopóides) podem conter larvas de Dracunculus medinensis. Por serem os copépodes seres microscópicos, eles podem ser ingeridos sem querer e sem serem percebidos ao se engolir água do mar ou de lagos. Caso seja ingerido um copépode portando larvas de Dracunculus medinensis, o indivíduo pode comportar o verme-da-guiné no corpo. O verme crescerá sem demonstrar sinais por muito tempo, crescendo até 1 metro, enquanto se enrola ao redor do osso. Os sintomas podem demorar até 1 ano para aparecerem, e então começa o surgimento de bolhas dolorosas, geralmente nas pernas. E quando as bolhas estourarem, o verme começará a sair. Não há cura, mas o tratamento consiste em cuidar das feridas e puxar o verme para fora alguns centímetros por dia até ele sair totalmente. Essa é uma doença que foi erradicada em muitos lugares, e é extremamente rara, mas ainda possível. Para complementar: em filtros naturais de filtragem lenta, alguns copépodes podem se desenvolver na areia, e, em condições de mal manutenção, o verme Dracunculus medinensis pode contaminar esses copépodes do filtro.
  296.  
  297.  
  298. - Círculos de bolhas: as baleias jubartes caçam em grupos e podem usar uma técnica conhecida como "rede de bolhas", onde elas circulam uma área com grandes bolhas de ar, para atordoarem e prenderem krills, e então elas vêm de baixo para cima com a boca aberta para engolirem a maior quantidade possível de krill, e nisso, elas acabam saltando veloz e fortemente para a superfície. Visualmente, o oceano sairá de uma calmaria para apresentar um estranho e grande círculo formado por uma parede de bolhas. Essas bolhas não são perigosas, mas ficar dentro do círculo é, pois essas baleias podem causar investidas violentas contra o navio e até criar ondas inesperadas que afundam embarcações. É como um alvo que surge de repente e dura poucos minutos. Não é uma zona segura.
  299.  
  300.  
  301. - El Ojo: uma ilha plana e perfeitamente circular com o diâmetro de 118 metros, localizada em Buenos Aires. A ilha fica em um lago igualmente circular, apenas alguns metros maior do que a ilha. A profundidade do lago não é documentada, assim como a existência de vida animal na água ou mesmo a espessura da ilha, mas sua água é clara e fria. Um detalhe importante é que a ilha boia solta no lago, sempre mudando de posição, girando e se deslocando como se fosse um olho olhando ao redor. Relatos dos moradores afirmam que os animais terrestres evitam se aproximar do lugar. El Ojo se encontra em uma área muito isolada, então há pouco turismo ou estudo à respeito.
  302.  
  303.  
  304. - Horizonte que não se move: é um fenômeno perceptivo relatado por navegadores e tripulantes que ficaram em mares calmos e isolados. Os relatos falam que o horizonte e toda a paisagem parecem estáticos, se assemelhando a uma pintura, de forma tão assombrosa que causa desconforto de se olhar. O fenômeno pode causar, por falta de referências visuais, distorções extremas na percepção de tempo e espaço, como se o tempo nunca passasse, e pode criar um efeito semelhante à hipnose, o que gera outras pequenas alucinações visuais e auditivas. A ausência de movimento, o horizonte absolutamente plano e o silêncio perturbam a mente humana de forma poderosa.
  305.  
  306.  
  307. - Lake Kaindy: um pequeno lago de cerca de 400 metros de extensão e até 50 metros de profundidade, localizado no Cazaquistão. A água é levemente turva e esverdeada, e um detalhe marcante é a presença de várias árvores mortas ainda de pé saindo do lago, como uma floresta aquática. O lago se formou em 1911 por conta de um terremoto que causou um deslizamento de terra nas montanhas Tian Shan, o que matou a vida no local e criou uma represa natural no vale. A água do lago Kaindy não possui vida animal, principalmente por ser hipóxica (baixa quantidade de oxigênio). Mergulhadores equipados com tanques de oxigênio alegam sentir uma pressão desconfortável e um tipo de falta de ar debaixo da água.
  308.  
  309.  
  310. - Chuva de peixes: casos onde peixes vivos ou mortos (e outras criaturas marinhas) caem do céu durante chuvas normais. O evento é verificado e estudado por cientistas, acontecendo pelo mundo todo, geralmente nas regiões costeiras. A explicação mais aceita é de que esses eventos são causados por trombas d'água ou furacões que arremessam peixes para cima com a força do vento.
  311.  
  312.  
  313. ***
  314.  
  315.  
  316. CAMADA 8:
  317.  
  318.  
  319. - Moskstraumen: localizado na Noruega, no arquipélago de Lofoten, é um dos maiores, mais complexos e mais fortes sistemas de vórtices de maré e redemoinhos, sendo uma região extremamente perigosa e única. Moskstraumen é incomum por acontecer em mar aberto, enquanto que a grande maioria dos outros redemoinhos acontecem só em riachos, estreitos ou rios. Os redemoinhos do lugar podem atingir até 50 metros de diâmetro, com correntezas com 8 quilômetros de largura. Existe por conta do formato irregular e pontudo do oceano abaixo dessas águas, e pela presença rara de marés semidiurnas.
  320.  
  321.  
  322. - A segunda esteira: refere-se a um fenômeno raro e pouco compreendido. Quando uma embarcação passa pela água, ela deixa um rastro logo atrás de si; esse rastro é chamado de esteira. Em pouquíssimas ocasiões, foi visto que após a primeira esteira se dissipar totalmente, uma segunda esteira surge no mesmo lugar, seguindo o caminho da embarcação por um tempo, como se fosse um barco invisível, até sumir de repente. Pela escassez de observações do fenômeno, os registros e estudos são quase nulos, mas algumas hipóteses que tentam explicar sugerem que o efeito pode ser causado por um cardume de peixes que é atraído pela leve correnteza criada pelo movimento do barco e então tende a seguir o mesmo caminho, ou ainda sugerem que as ondas submarinas da primeira esteira podem ressoar no leito raso do oceano e serem refletidas de volta para o mesmo lugar de onde partiram inicialmente.
  323.  
  324.  
  325. - Luzes de terremoto: também chamadas de EQL (Earth Quake Light, em inglês), acontecem em extraordinárias eventualidades, em que luzes incomuns aparecem brevemente antes, durante ou após terremotos de grandes magnitudes (acima de 5). O fenômeno é raríssimo, mas possui alguns registros bastante contundentes. As luzes se parecem com flashes ou relâmpagos no céu, sem trovoadas; esferas de luz pairando e piscando no solo; ou colunas de luz que parecem subir do chão para o céu. As causas ainda não são compreendidas, mas a explicação mais provável vem de uma teoria não comprovada chamada de triboluminescência. Resumindo, a triboluminescência é um fenômeno onde certas rochas e cristais, sob pressões e vibrações específicas, emitem radiação luminosa. Então a ideia é de que durante grandes terremotos, o tremor espreme e vibra as rochas do manto terrestre, e elas emitem luzes que escapam para o caminho mais fácil: a superfície. A relação disso com o mar é a probabilidade de se ver, em alto-mar, essas luzes no céu, e como elas aparecem antes de terremotos, esse seria um sinal de um enorme tsunami que está por vir.
  326.  
  327.  
  328. - Luzes misteriosas no mar: apesar de pouco conclusivo, esse fenômeno é bastante relatado e registrado, com diversas variações. No geral, são luzes que aparecem à noite nas águas do oceano ou nas nuvens acima do mar. As explicações mais aceitas são a de possíveis submarinos passando pela superfície, com algum tipo de lanterna acesa; também atribuem a um tipo mais específico - luzes vermelhas - faróis ou lanternas LED boiando, usadas por pescadores para atrair certos peixes. Esse tipo de pesca exige mares calmos e escuros, e a escuridão total da embarcação, então boias luminosas vermelhas são soltas nas águas próximas para atraírem peixes, e essas boias podem não ser recolhidas e boiarem para muito longe; já as luzes que aparecem no céu, podem ser associadas à faróis costeiros ou aeronaves.
  329.  
  330.  
  331. - Vocalização de baleias cachalotes: as baleias cachalotes são os animais que emitem o som mais alto de todo o reino animal. Seus "cliques" (ecovocalização) podem atingir 230 decibéis dentro da água. Para comparação, o som do motor de um avião à jato a uma distância de 1 metro pode chegar a 150 decibéis, explosões de bombas nucleares chegam a 240 à 290 decibéis. Sons acima de 190 decibéis podem causar danos físicos ao tecido humano. Mergulhadores que presenciaram as ondas de choque dos cliques das cachalotes de uma certa distância tiveram seus tímpanos estourados e disseram terem sentido todos seus ossos vibrando. Nunca aconteceu, mas é totalmente possível de uma pessoa ser morta ou liquefeita se estiver muito próxima do raio de ação dos cliques. Da mesma forma, baleias cachalotes podem subir para a superfície e vocalizarem em direção a barcos ou banhistas, o que poderia causar sérios danos, afinal, as cachalotes usam essa vocalização para atordoar e aniquilar suas presas ou possíveis predadores.
  332.  
  333.  
  334. - Green flash sunset: um fenômeno óptico raro onde uma luz verde brilha por 1 ou 2 segundos na parte superior do Sol ao pôr do Sol ou nascer do Sol. Acontece porque a atmosfera separa a luz do Sol em cores através da refração, e essa luz refratada passa por várias camadas de ar com diferentes densidades, então a luz verde é a última do espectro visível a se dispersar nessa refração.
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