"O Monsenhor te espera, irmã..."

Com o convite da freira mais velha, a jovem cainita adentra a pequena sacristia ao lado da imponente catedral. Era apenas uma criança da noite. Sentia apreensão por ter falhado. Apreensão, mas não medo: Sabia que o Monsenhor era um homem bom.
Ao contrário da Catedral, a sacristia era branca e pequena. Clara. Iluminada, como o homem de meia idade que a aguardava. A voz era grave, porém doce. As palavras foram gentis:

"Não se envergonhe, pequena. O erro é natural de todas as criaturas."

O toque, porém, era firme. Abria o vestido da jovem, que aguardava timidamente de pé. O pequeno e simples vestido branco deslizou por seu corpo, a desnudando. Nenhum toque impróprio, porém. Soava como um pai confortando sua filha:

"Vamos te purificar de teu erro, e você logo será boa de novo."

Piedoso, o Monsenhor toma a jovem pelas mãos e a conduz, nua, de volta para a imponente catedral. O efeito calmante das palavras do velho parece funcionar e a jovem o segue sem dúvidas, agora com decisão em seus passos. Sobem as escadarias da torre, chegando à campana de onde soa o sino. A noite estava quase em seu fim.

"Feche os olhos, minha pequena..."

De corpo exposto, a jovem cainita aguarda o primeiro raio do sol da manhã para purificá-la. Volta a sentir apreensão, mas a presença do Monsenhor lhe conforta. Sente medo, mas se sabe segura. Sente, então, sua carne arder. Por um breve segundo sente pânico, antes de desmaiar.

Ao início da próxima noite, a jovem cainita acorda na reconfortante sacristia, coberta apenas de um lençol branco. Em um banco, a aguarda um cálice prateado de Vitae. Em outro, o Monsenhor, que a observava atentamente. Sentia dor, porém exibia um sorriso de alívio: Agora estava pura.

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Cena jogada Live, adaptada.
Personagens:
Monsenhor Olavo Angeth - Igor P., Mekhet, Lancea Sanctum
Clara - Daeva, Lancea Sanctum