a insônia é uma torneira
pingando chumbo noite adentro
um trovão de oito horas
que lamentável meu tormento
esses carneiros do demônio
são britadeiras no cimento
vou enforca-los na cerquinha
e fornica-los ao relento

rubis e diamantes, colares e anéis,
ouro e prata, companheiros bem fiéis.
o bom negócio se tornou riqueza interminável,
comprou o que era bom e até o inominável.
dinheiro vai, dinheiro vem,
compraria o mundo e ainda além.
não.
o câncer era certo,
de cara no concreto.

amor, não faça drama
tem que ser na cama
tapete de pele de coelho
sempre rala meu joelho