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Aug 25th, 2019
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  1. Existem sensações: prazer e dor. Estas sensações possuem um propósito: a existência da vida, de modo que, possuindo estas sensações, ela é causada e proposital a um determinado fim, que é único e imanente a ela: a sobrevivência, porém, o propósito da vida não é a sobrevivência, pois ela é o meio, mas sim o fim da vida: a evolução, que, por meio da reprodução, ocorre com a sobrevivência — e quanto ao fato do tempo ser infinito, há uma infinita evolução, logo, a sobrevivência não pode ser o propósito da vida, mas é exercido por meio dela, pois, do contrário, o fato de a evolução ser infinita seria incoerente com o fator sobrevivência. Deste modo, é evidente que a vida possui um propósito e que este propósito ocorre por meio de um progresso temporal, isto é, se a vida se reproduz pela sobrevivência, e não para, uma vez que ela se reproduz para a evolução, é uma incoerência supor que ela sempre tenha existido — de modo que, se fosse a mera vida, haveria apenas uma existência animada que não evoluiria, mas existiria na realidade como ilimitada a ela, isto é, existiria como transcendente à realidade e, logo, seria a própria, tornando-a existente como o seu eterno ser animado na limitação de seu existir para e por ela, uma incoerência evidente por si só, porém, não é esta a afirmação que evidencia a existência de Deus, mas é o seu princípio enquanto causa da realidade enquanto nele existente.
  2. Ora, se a vida fosse uma mera existência finita que, por meio da reprodução, existe infinitamente para e por si, a evolução não seria uma necessidade à sobrevivência, pois isto implicaria na necessidade de se reproduzir para existir, o que é incoerente por si só; porém, a afirmação de que o tempo é infinito não representa uma incoerência ao fato de a vida existir para e por um propósito, pois a afirmação de que o espaço, sendo finito e infinitamente progressivo com o tempo, existe sem propósito, é incoerente com a existência da vida e a sua capacidade e necessidade de evoluir, bem como da própria existência do tempo como o infinito existir da realidade, e dos princípios da causa e efeito que exercem na existência e, logo, na vida, um propósito causal e efetivo no tempo e no espaço.
  3. Portanto, o propósito da vida é a evolução, mas não para sobreviver ou para se reproduzir, mas para exercer um propósito que apenas pode ser exercido com estes fatores e suas implicâncias — de modo que, por possuirmos a razão, somos a vida dominante deste mundo, e, justamente por possuí-la, possuímos a independência da natureza, o que evidencia que a evolução não é da matéria animada, mas daquilo que a anima e que devemos e iremos evoluir na nossa natureza, que é a sociedade humana: a mente.
  4. Deste modo, é evidente que, sendo o propósito da vida a evolução, ela não pode ser por si, isto é, ela não pode ser nem determinada por si — uma vez que a sobrevivência se refere a algo exterior à vida e, logo, não pode ter sido existente por si e nem para si, de modo que este propósito não apenas é determinado pela realidade, mas é causal e proposital a ela — nem para si — uma vez que, sendo causal e proposital à realidade, ela é existente para si enquanto dependente e limitada a ela.
  5. Com este raciocínio, evidencia-se que a realidade é constituída em e com Deus, que ele é imanente e transcendente, isto é, se a existência da vida é causal e proposital a um propósito procedente à sua existência, a vida, enquanto procedente à animação da matéria, existe na realidade; ora, se a vida existe de modo causal e proposital pela realidade, há um propósito para a existência, este propósito necessita da existência e das suas implicâncias à realidade, logo, a realidade necessita, enquanto implicância de seu existir, que a existência exerça este propósito, pois existe nela e para exercê-lo com ela.
  6. Este raciocínio responde o afamado, e simples, questionamento acerca do sentido da vida — pois, se a vida é um fator da existência, deve-se questionar qual o propósito da existência enquanto possuidora do fator vida. Quanto a isto, tudo que possui a vida necessita de fatores para estar vivo e, logo, o é em suas necessidades enquanto vida, de modo que, se a sua existência exerce em si a vida, o propósito da vida, enquanto existente como vida, está na própria e é sentido pelas suas necessidades enquanto sê-la. Estas necessidades determinam não apenas as escolhas da vida, mas o que ela é, isto é, elas determinam seu propósito enquanto existência; ou seja, a evolução da vida e as suas necessidades, enquanto vida, determinadas pela realidade e exercidas pela sua existência nela, de modo que é necessário apenas compreender que o sentido da vida, enquanto existência, é maior que ela própria, logo, tal questionamento deveria ser: Como se deve determinar o sentido da minha vida? A resposta é a razão, pois não apenas ela é o que permite compreender o modo pelo qual a vida deve ser vivida — que é a compreensão do que se é e pelo que se vive e o que é a realidade na qual existe —, mas que a permite por ser o próprio, isto é, ela é o princípio que permitirá a evolução da vida no nível evolutivo em que se encontra: o melhor do homem e pelo qual ele é o melhor de si.
  7. A compreensão dos princípios aqui expostos é um fator inerente à compreensão do que é a vida, logo, uma necessidade do qual o seu propósito é imanente, de modo que a consciência de um propósito é uma necessidade da sua própria exerção. Portanto, se há um propósito para a vida e este é procedente ao propósito da existência, a existência possui um propósito determinado pela realidade, de modo que a realidade existe para e por aquilo que é maior que sua existência para existir e existir nele e com ele, isto é, Deus existe necessariamente, pois a necessidade existe na realidade enquanto esta existe e determina a existência para um propósito, logo, se a vida é um fator da existência, ela não apenas existe para e por um propósito em sua existência na realidade, mas o exerce existindo para e por este propósito enquanto exercido pelo seu existir evolutivo.
  8. Com isto, é necessário compreender que a determinação coerente com o conceito “consciência” é o conceito de “consciência em si”, pois ela é um processo mental e sensitivo necessário à mente enquanto possuidora da razão e subordinadora do corpo, de modo que a realidade consciente, sendo em si, é a consciência em si, pois é a própria atualidade do ser consciente, logo, a consciência em si é o processo que tornará a razão mais que uma capacidade à sobrevivência, isto é, irá toná-la um princípio evolutivo na própria vida. Deste modo, é evidente que a mente não é a mera cognição da relação entre a vida e a realidade, mas a própria cognoscibilidade do que é existente à vida, isto é, da cognoscibilidade imanente ao existir causal e proposital que, por meio do próprio, efetiva a sua existência como animada — ou seja, a mente é a própria animação consequente da existência de Deus na realidade e o existir da realidade nele e com ele.
  9. Este texto, embora seja pequeno, simples e objetivo, evidencia de modo belo o fato de que, ao compreendermos a nossa própria existência na realidade, a existência de Deus nela é uma consequência necessária, pois a vida se refere à existência enquanto existente na realidade, de modo que a determinação de fatores internos à vida não apenas se referem ao externo, mas à sua existência na realidade e a relação como existente nela e por meio dela, demonstrando que a realidade possui um propósito e que este propósito superior e transcendente subordina a existência, demonstrando a distinção entre a sua inexistência e o existente nela de Deus — isto é, uma demonstração que evidencia o fato de que, existindo um progresso no fator vida enquanto parte da existência, este progresso se refere e é consequente à própria progressão da realidade, que permite e exerce a animação e o seu desenvolvimento na matéria, de modo que é evidente que, apenas pelo fato de ocorrer um progresso na vida enquanto existência, a realidade não é um fim em si própria determinado por si mesma, ela não é absoluta; portanto, há uma transcendência no seu existir, demonstrando que esta transcendência é consequente daquilo que a transcende e que faz parte dela enquanto o seu todo está nele.
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