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sayubs

JINWOO

Aug 9th, 2015
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Never
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  1. O dia 26 de setembro de 1994 fora excepcionalmente frio para a época do ano, fazendo nada mais e nem medos do que 12º C, mas nem os termómetros serviram para desanimar o bebê que desejava vir ao mundo ou diminuíram a necessidade de chegada ao hospital. O senhor Kim estava em polvorosa junto da filha mais velha, que viera junto da mãe no banco de trás tentando acalmá-la frente às fortes contrações causadas pela ansiedade do filho caçula de nascer, um mês antes do tempo previsto. E, feliz ou infelizmente, o numero de carros da segunda maior cidade coreana não estava colaborando para que alcançassem o hospital à tempo.
  2.  
  3. Entre gritos, pedidos por ajuda e um engarrafamento e risadas de alívio nasceu, às seis e meia da tarde, o pequeno e delicado Jinwoo. O choro de criança preencheu toda a rua, provavelmente demonstrando seu arrependimento em deixar antes o ventre materno tão quentinho para ir para aquele ambiente gelado. Os braços acolhedores da senhora Kim, entretanto, logo trataram de acalentar o pequenino filho com toda a pratica adquirida com o tempo; aquele era, afinal, seu quarto parto, mas seu único menino. À despeito do tempo frio, não demorou muito para que Jinwoo parasse de chorar, visto que sua irmã mais velha, Haneul, foi mais do que solicita em entregar a mãe o casaco quentíssimo que usava para que servisse de roupinha ao novo irmãozinho.
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  5. Assim, já cercado de amor e preocupação, nasceu em um setembro muito frio o caçula dos Kim. E que família eram os Kim!
  6. O Sr. Kim era um almirante de esquadra da marinha coreana, conhecidíssimo e bem quisto, casado com a Sra. Kim, tida como a mais bela das senhoras da cidade em sua época e pai de três lindas garotas. Isso mesmo, três meninas adoráveis! Jinwoo era o caçula e tinha três irmãs mais velhas, prontas a enchê-lo de amor, mimos, carinho e roupas e maquiagens indevidas, por muitas vezes, em suas brincadeiras; o que não lhe causava qualquer incomodo.
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  8. O menino veio para ser o último filho que o casal teria e encher a casa de alegria e seu pai de expectativas quanto a seu futuro, certo de que teria agora quem seguisse seus passos... Teoricamente. Afinal de contas, quando é que os filhos realmente fazem o que os pais querem? Nunca.
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  10. Na realidade, embora desejasse trazer grande orgulho ao pai e o fizesse realmente com suas notas excepcionais, Jinwoo desde sempre recebera um chamado para as artes. Quando pequenino sua atividade favorita e já era desenhar, cantar e montar pequeninos teatrinhos com as irmãs mais velhas, que regojizavam-se com suas gracinhas infantis. No quesito de esportes, entretanto, ele era meio falho, sobressaindo-se apenas na natação graças ao empenho do pai em ajuda-lo na tarefa. De todo modo, foi cedo que o Sr. Kim notou que o filho não seria um almirante como ele e partiria para um campo de trabalho completamente oposto... E não deu outra.
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  12. Quando chegou o momento de escolher a carreira que seguiria a única opção posta nos exames eram as Artes Cênicas, não tendo dificuldade de conseguir uma vaga na renomada instituição da cidade, que lhe permitiria ficar perto da família e de tudo que amava.
  13. A Busan Arts College era tudo que esperava e mais um pouco, sendo um local mais do que hospitaleiro para receber o garoto um tantinho tímido e talvez um pouco introspectivo por certas vezes, detalhes todos que desapareciam quando no palco. Agora, já em seu segundo ano, Jinwoo vinha construindo um histórico muito bom, participando dos clubes de teatro, música e natação e esforçando-se nos estudos, tirando sempre boas notas. Tudo para garantir seu futuro na busca pelo sonho que era um só: tornar-se um bom ator e trabalhar tanto em espetáculos teatrais quanto em novelas e filmes.
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  15. Ele sabia que seria difícil, mas se tinha uma coisa que tinha aprendido com o pai era a ter perseverança e, com toda a certeza do mundo, cada obstáculo seria enfrentado com um amplo sorriso no rosto. Chegaria lá, tinha certeza.
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