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lordgemini

Mary dia 15: Neries

Apr 30th, 2017
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  1. [11:01:32] Zaratus havia chegado a Loranthis já há algumas horas. Porém, de toda a informação que tentou obter acerca da zona onde se encontrava e acerca do que se tem passado no mundo em geral, não recebeu grandes notícias. Então, com sua esperança no auge ainda, continuou seu passeio por Loranthis, tentando procurar respostas.
  2.  
  3. Perto da praça de comércio, Zaratus avista uma rapariga de cabelos brancos. Essa mesma rapariga parecia ser da mesma raça que a dele. Ela tinha chifres de tamanho médio e sua pele era clarinha. Então, sem demoras se dirigiu a ela.
  4.  
  5. "Boa tarde!! Você é uma Nerie certo? Parece-me ser!! Bem gostaria de obter informação sobre esse local e sobre o que está acontecendo no mundo. Poderia me ajudar? Já agora...me chamo Zaratus! Você é?"
  6.  
  7. Dito isso, o mesmo sente-se um pouco envergonhado pois a única rapariga nerie com quem tinha estado, fora sua mãe. E, como essa rapariga era muito bonita, deixou Zaratus mais envergonhado.
  8. (Zaratus)
  9.  
  10. [11:16:03] A garota havia se levantado de seu sono sem muitas delongas, vestido uma roupa confortável e saindo pela cidade sem muito rumo, a cada dia estava mais próxima de sua viagem para Nerebia, se sentando em alguns bancos sobre a taberna, observava o céu calmo sobre sua cabeça, o dia estava lindo, havia um calor confortável sobre o seu corpo e a brisa refrescava em certos momentos.
  11.  
  12. As horas se passavam até que a tarde chegava, não sentia fome, apenas a vontade de relaxar a sua mente, mas logo sentia alguém se aproximando, era uma sensação conhecida e um tanto familiar, um Nerie, se levantando com uma certa agilidade, sua face se demonstrava assustada, talvez fosse um perseguidor, graças a sua tentativa de libertar os seus pais, mas logo sua face assustada se transformava em uma face séria, não poderia fugir a sua vida toda, mas já começava a levitar, enquanto falava.
  13.  
  14. "O que você quer? Veio me perseguir?"
  15.  
  16. Sua voz era um tanto quanto ofensiva, estava em completo alerta e pronta para se defender, não sabia a que ponto os outros Neries sabiam sobre si, mas era quase certeza que um Nerie de chifres grandes conhecia sobre o que havia feito, era obvio que ele não seria alguém que a deixaria em paz, seu cajado estava em suas costas, mas o deixaria falar antes de se preocupar em uma ofensiva ou defensiva.
  17.  
  18. (Mary Curvorn)
  19. [11:17:45] Sola Calca: (um stalker
  20. [11:24:35] Zaratus repara que a rapariga se encontrava na ofensiva ao ver o jovem Nerie. A rapariga, julgava que o jovem dos chifres grandes estava a perseguindo! E, para evitar confusões, Zaratus diz:
  21.  
  22. "Calma!!Calma!! Não exite motivo para tanto stress! Eu não lhe quero fazer mal. Deve ser por causa dos preconceitos aposto! Só porque tenho os chifres gigantes não quer dizer que seja mau. Não sou nenhum Pesadelo ou algo do género. Se isso servir para acalmar e ganhar mais confiança em mim eu posso lhe dizer um pouco sobre minha história se assim quiser. Meus pais sofriam de carência de chifres!"
  23.  
  24. Então, ele se aproxima ligeiramente da rapariga e, estica sua mão para cumprimentar a menina, que se encontrava na ofensiva.
  25.  
  26. "Então? Podemos recomeçar? Eu sou Zaratus."
  27. (Zaratus)
  28. [11:35:40] Mary ouvia o rapaz falar para ela não ter medo dele, mas como faria isso? Quando havia deixado a ilha, inúmeros Neries a perseguiram, mas no momento em que ouve sobre a carência de chifres dos pais do garoto, ela desce ao chão novamente, mas sua guarda era mantida alta, não confiaria tão facilmente em outro de sua raça, apontando para um lugar mais distante do banco.
  29.  
  30. "Se sente e conte, não confio em você, mas eu entendo sobre como é ter pais com carência de chifres."
  31.  
  32. Tinha um olhar magoado e sua voz era neutra, naquele momento a morte de seus pais passava em sua mente, aqueles momentos em que não pode ver foram cruciais, queria ao menos saber como foram os últimos momentos deles, mas eles deram as suas vidas a ela, como uma forma de recomeçar, ela estar ali era graças e eles, mas também a Yasak e Safira, mas tinha uma certa impressão de que a vida do homem ao seu lado não havia sido tão dura, ele parecia saudável e forte, talvez a maneira que foram tratados tenha sido diferente.
  33.  
  34. "Vamos conte..."
  35.  
  36. Não gostava de estar próxima de outro Nerie, tinha um certo desgosto pelos outros de sua raça, mesmo que tenha de ir a sua terra natal logo, não queria encarar outro tão rapidamente.
  37.  
  38. (Mary Curvorn)
  39.  
  40. [11:57:00] A rapariga ao ouvir Zaratus, decide ouvir sua história porém, a mesma parecia não ter confiança no jovem Nerie. Eles se sentaram mas, a jovem Nerie, se afasta de Zaratus, se sentando no lugar mais distante do banco.
  41.  
  42. "Bem, compreendo que ter sua confiança, vai demorar um pouco! Você parece ter passado por muito! Sinto muito! Bem, vou contar a minha história."
  43.  
  44. Zaratus cruza seus braços e fixa seu olhar nas árvores e nas borboletas que os rodeavam, enquanto começa sau história.
  45.  
  46. "Bem, vou começar então! Tudo começou em Nerebia. Meus pais sofriam de carência de chifres, como já tinha referido. E, como você deve calcular, eles são considerados como escória na nossa raça então, eram escravos numa mansão e lá, eram muito maltratados. Eles viviam na escuridão e no medo. Nunca se sabe quando um Pesadelo poderá atacar. Um dia, minha mãe estava grávida de mim então, falou com meu pai e disse para que os dois sozinhos fizessem o parto! Minha mãe disse isso temendo que seus soseranos fizessem algo de mal para com eles e que Pesadelos aparecessem."
  47.  
  48. Zaratus, interrompe um pouco o discurso com um breve silêncio de relfexão e, retoma.
  49.  
  50. "Então, os dois se dirigiram até uma floresta lá perto e, com eles, levaram um toalhão enorme que haviam roubado da mansão. Esse toalhão iria auxiliar o parto. Minha mãe se deitou nele e, começaram seu trabalho. De repente, o Sonhador aparece diante dos meus pais e eles, claro, ficaram incrédulos. Então o grande Sonhador como observava todos os Neries, pôde ver que meus pais sofriam muito! E, que eu era a única felicidade deles. Então, colocou a mão sobre a barriga da minha mãe, dizendo que lamentava muito pelo sofrimento que haviam passado e, decide então dar um presente para eles. Disse então, que o presente seria eu isso é, que eu iria nascer com chifres com um tamanho excessivo, que iria ser afamado, iria ser alguém no mundo e que iria trazer a paz para o mundo, incluindo mudar o perconceito dos Neries. Essa seria então minha missão e o favor do Sonhador. E tudo correu bem!! Eu nasci saudável com todas as características que ele havia dito. E levou-me a mim, minha mãe e meu pai para uma zona secreta e protegida, onde predominava a paz e a tranquilidade. Aquele local servia de abrigo para os com carência de chifres! Protegeu-nos dos perigos até hoje! Meus pais agora são felizes e abriram um restaurante! E eu...decidi fazer minha jornada para cumprir a vontade do Sonhador!"
  51.  
  52. Dito isso, o mesmo tenta recuperar o folgo.
  53. (Zaratus)
  54.  
  55. [12:37:07] A garota começava a sentir uma certa raiva, seus pais haviam morrido por causa disso, eles não eram dignos da salvação do sonhador? Havia passado tanto tempo repudiando o deus e agora que ela estava começando a acreditar nele e que aquilo não era culpa dele, descobria isso? Seus pais e até mesmo sua juventude poderiam ter sido salvos, apenas com a indicação desse lugar secreto.
  56.  
  57. Olhava para o outro de sua raça, com uma certa indignação, ele não havia passado o que todos até mesmo seus pais passaram, não havia sentido na pele, Mary havia feito questão de sentir aquilo, de trabalhar como escrava ao lado de sua família, havia visto muitos Neries com chifres pequenos ou até mesmo sem, tendo uma vida parecida.
  58.  
  59. "Você já dormiu ao relento? Já trabalhou no campo? Já sofreu maus tratos? Sentiu o sangue de seus amados nas mãos? Realmente se acha digno de libertar aqueles que sofreram? Acha que apenas suas palavras e histórias vão libertar os que sofrem?"
  60.  
  61. Voltava a olhar para frente, rangendo os dentes, enquanto voltava a falar, tinha que aliviar a raiva que sentia para poder continuar.
  62.  
  63. "Eu não acho que alguém que nunca passou pelo o que os outros passaram, pode nos liderar ou libertar, não estou me desfazendo de sua benção, mas você não sabe nada."
  64.  
  65. Estava olhando para as suas mãos, lembrando da cor rubra, do sangue de sua família, dos momentos em que havia corrido até o porto, do clima horrível da ilha, de tudo, sua cabeça estava doendo por causa da raiva misturada das lembranças, precisava ver Yasak ou Safira, eles aliviariam a sua mente.
  66. Mesmo que ele pudesse ser uma fonte de conhecimento sobre si própria, não o aceitaria.
  67.  
  68. (Mary Curvorn)
  69. Zaratus repara nas palavras da rapariga Nerie diante dele. Ela parecia estar sofrendo ao ouvir a história do jovem. De algum modo eram parecidas, sendo totalmente o oposto. Uma oposição. Tentando acalmar a rapariga Zaratus diz:
  70.  
  71. "Nunca dormi ao relento, nunca trabalhei no campo,nunca sofri maus tratos e nunca senti o sangue de meus amados nas mãos! Sei que pelo que você está dizendo, você sofreu muito! Sinto muito! Meus pais sim, passaram por isso tudo na pele. Eu fui um sortudo sem dúvidas!! Sei que minhas palavras e minhas histórias de vida, provavelmente, não salvarão os sofredores mas, eu pretendo salvar todos de algum modo. Nem que tenha que derramar sangue ou me sacrificar. Eu odeio ver gente sofrer! Sabe, mesmo meus pais vivendo naquela zona abençoada, meus pais choram todas as noites por causa do que passaram. Custa-me ver tal sofrimento! Não faço essa jornada para agradar o Sonhador, mas sim, para lhe agradecer por ter trazido a felicidade aos meus pais. Se não fosse ele, provavelmente seria apenas um Nerie com carência de chifres! Eu não ligo para religiões."
  72.  
  73. Aproxima-se da jovem rapariga e diz:
  74.  
  75. "Por favor. Confie em mim! Acredite em mim! Eu sou boa pessoa. O que posso fazer para que confie em mim? Diga-me por favor. "
  76.  
  77. Enquanto diz isso, olha profundamente para a rapariga, provando estar falando a verdade.
  78. (Zaratus)
  79. Olhava para o garoto, seus olhos avermelhados olhavam para ele enquanto o respondia, não havia nada que ele pudesse fazer, pelo menos por enquanto, queria apenas ficar sozinha, queria esquecer todos os problemas que haviam surgido, talvez algum dia sentisse vontade de conversar com ele, mas não era o momento.
  80.  
  81. "Apenas me deixe sozinha, por favor, você me traz péssimas memorias e sentimentos."
  82.  
  83. Ela abaixava a sua cabeça, enquanto colocava suas mãos sobre suas orelhas e abaixo de seus chifres, fechando seus olhos, queria apenas ficar sozinha, sua respiração estava alterada e o rosto vermelho, apenas queria alguém que lhe tirasse dali, não conseguiria usar a sua magia nesse estado e muito menos caminhar por conta própria, ele não estava completamente errado, mas porque a sua vida tinha que ser tão injusta? Tudo teria sido tão fácil.
  84.  
  85. Falava em um tom baixo, quase como um sussurro:
  86.  
  87. "Apenas... me deixe... sozinha."
  88.  
  89. Ainda não estava mentalmente pronta para falar com outros Neries, era algo difícil, ainda mais um que teve tudo para ter uma vida como a sua e acabou por ser abençoado, o mundo realmente era injusto.
  90.  
  91. (Mary Curvorn)
  92. Zaratus ficara um pouco triste ao ver a rapariga naquele estado. Pensava que a culpa tinha sido inteiramente dele. E num ato bondoso disse:
  93.  
  94. "Peço desculpa pelo sofrimento que lhe causei. Peço desculpa se trouxe más memórias acerca de sua vida. Peço desculpa! Eu a respeitarei e então a deixarei sozinha! Está ficando frio então por favor pegue meu manto. Sei que não é o mais bonito e que está todo esfarrapado mas de certo, que irá protegê-la do frio. Bem, se quiser falar comigo, estarei dentro da taverna que descobri hoje! Gostaria muito de a conhecer! Uma Nerie como eu, ambos num local desconhecido, pelo menos para mim. Achei interessante conversar com você! Bem então...já sabe!"
  95.  
  96. Dito isso, Zaratus dá seu manto á jovem caso ela tenha frio e se dirige para a taverna para beber um pouco e relaxar devido á sua longa e complicada viagem.
  97.  
  98.  
  99. (Zaratus)
  100. Mary havia retornado para casa e se trancafiado no quarto, o manto havia sido deixado sobre um dos baús do lugar, não tinha sono nem nada, apenas... um vazio dentro de si, não estava realmente irritada com Zaratus, mas sim com a sorte que teve, ele não parecia ser uma boa pessoa, as horas e até mesmo os dias se passavam, não havia se comunicado com ninguém, não sentia fome, apenas queria ficar sozinha, pensar em sua vida, estava sentindo inveja, era um sentimento horrível que a corroía por dentro.
  101.  
  102. Em um impulso, se levantou, dando um forte tapa em ambas suas bochechas para se acordar, Yasak e Safira ainda dormiam, quando ela saiu pela cidade segurando o manto do rapaz Nerie, queria lhe devolver e até mesmo se desculpar, havia sido rude, mesmo que sentisse um pouco de medo dos outros de sua espécie, fazia o seu melhor, para tentar conversar com ele, queria pelo menos explicar sua situação, tinha que ser corajosa e o enfrentar mesmo que aquilo tudo que disse fosse mentira.
  103.  
  104. Sua face demonstrava determinação enquanto caminhava pelo campo florido em frente a sua casa, levitar seria mais fácil, mas queria fazer isso a pé, queria caminhar pela cidade para descobrir se mais Neries haviam se mudado para a mesma.
  105.  
  106. (Mary Curvorn)
  107. Zaratus havia acordado de seu longo descanso. Levantou-se e vestiu a camisola e a jaqueta que havia tirado para dormir. Então, querendo procurar a rapariga Nerie, sem demoras saiu do quarto da estalagem.
  108.  
  109. Estava chegando numa zona altamente florida, repleta de natureza. Era lindo de se ver. O jovem Nerie estava incrédulo. Como poderia tamanha beleza existir? Perguntava-se ele. Ao caminhar e distraído com a natureza daquela zona florida, olha para seu lado direito e repara que alí havia uma pessoa caminhando. Ao observar melhor, verifica que essa pessoa era sem dúvidas, a rapariga Nerie da outra vez, Então, sem demoras dirigiu-se até ela.
  110.  
  111. "Oi!!Oi!! Sou eu, o jovem Nerie da outra vez. Como está? Espero que melhor. Fiquei preocupado com você, pensei que tivesse feito algo consigo. Queria me desculpar na mesma. Já agora, não começamos com o pé certo e, como eu gosto de conviver e conhecer melhor as pessoas, gostaria de saber então seu nome."
  112.  
  113. O jovem Nerie estava feliz por ver a rapariga Nerie. Seria a altura ideal para ele pedir desculpa. Zaratus odiava ver pessoas tristes.
  114. (Zaratus)
  115. Estava distraída enquanto caminhava, mas logo via alguém se aproximando e logo a chamava, era... o outro Nerie, Zaratus, não esperava o encontrar tão cedo, mas era bom, poderia lhe entregar o manto de volta, logo que ele se aproximava, ela dava alguns passos para trás, para manter o seu espaço, seu rosto estava um pouco mais rosado, não estava acostumada a dialogar com outros Neries e Zaratus a enchia de perguntar e informações.
  116.  
  117. Olhava um pouco para cima, enquanto tentava começar a falar, estava receosa e tentava demonstrar o mínimo de sentimentos possíveis.
  118.  
  119. "E-Eu... Desculpe por como eu agi ontem, eu só... não estava pronta para me encontrar com outros de minha espécie, mas as minha opiniões não mudam sobre você querer nos libertar do preconceito."
  120.  
  121. Ela dava uma pequena pausa, enquanto começava a olhar nos olhos do outro Nerie, estendendo a mão com o manto negro.
  122.  
  123. "Eu sou Mary Curvorn, pegue seu manto."
  124.  
  125. Não entendia muito bem sobre como conversar com outro Nerie e nem se ele sabia de algo que ela fez, mas estava um pouco aliviada em ter conseguido falar, sua força de vontade havia prevalecido.
  126.  
  127. (Mary Curvorn)
  128.  
  129. Zaratus havia finalmente encontrado a rapariga Nerie. Ele sentia um rancor enorme dentro dele por pensar que havia sido ele o culpado. Já perto dela, a rapariga diz que lamentava muito pelo sucedido, ontem. Disse também, que não estava pronta para encarar outros da sua espécie, afirmando também que não mudava sua opinião acerca do objetivo de Zaratus. Entrega-lhe então o manto negro e apresenta-se, com o rosto rosado.
  130.  
  131. "Então seu nome é Mary Curvorn! Seu nome é legal!! Não se preocupe por ontem. Qualquer um na sua posição de certo que faria o mesmo senão pior. Continuo querendo me desculpar por ontem! Sei que acerca do meu objetivo...é dificil acreditar ou aceitar. Até eu mesmo por vezes dúvido. Mas mesmo assim, com minha força de vontade conseguirei cumprir esse objetivo! Já agora muito obrigado pelo manto!"
  132.  
  133. Dito isso, Zaratus lança um sorriso, quando na verdade se sentia meio estranho porque nunca havia estado perto de uma rapariga sem ser sua mãe. Era um pouco triste, no bom sentido. Então ele se envergonhava facilmente.
  134. (Zaratus)
  135. A garota ouvia o que ele falava e de nada ajudava em relação a sua face estar "corada", mas logo que ele falava de seu objetivo, uma expressão nula assumia o seu rosto, enquanto lhe falava em tom sério, ele deveria saber, apenas força de vontade não resolve nada, até mesmo Mary havia percebido isso, no dia em que deixou Nerebia.
  136.  
  137. "Apenas força de vontade não vai mudar nada, se isso adiantasse, eu teria conseguido sair da ilha junto de minha família, ou ao menos os ter impedido de me salvar, os outros Neries dificilmente irão mudar, não importa a idade, são todos como velhos que não mudarão até sentir na pele."
  138.  
  139. Logo a sua face voltava ao normal, enquanto falava sobre a viajem, talvez fosse bom para ele, ver com os próprios olhos, não sabia qual seria o momento em que eles iriam até o lugar, mas não tardaria, a cada segundo estava mais próxima de descobrir mais sobre sua própria raça.
  140.  
  141. "Eu e um grupo de amigos, iremos para Nerebia, em busca de mais conhecimento sobre a nossa raça, sinta-se convidado a ver com os próprios olhos, como os outros Neries são tratados."
  142.  
  143. Diferente das outras vezes, sua voz não hesitava, queria que ele fosse junto para experimentar tudo o que ela aguentou por anos.
  144.  
  145. "Não será fácil em nem um momento, iremos ser perseguidos durante toda a estadia."
  146.  
  147. (Mary Curvorn)
  148. Zaratus reparou na mudança de expressão facil, quando esse falou no seu objetivo e que com força de vontade, poderia ser concretizado. Então a rapariga responde mais sériamente ao jovem Nerie. Então, este diz:
  149.  
  150. "Você tem razão em certa parte! Mas mesmo assim, por mais estúpido que pareça, eu não desistirei de meus objetivos tão facilmente. E sim, com força de vontade você pode ir muito mais longe! É claro que é preciso muito mais que isso...tem razão nesse aspeto!! Então me farei convidado!! Irei até Nerebia com você e seus amigos. Quero ter a hipótese de observar o que você falou! E, se houver hipótese gostaría de a levar até á tal zona protegida que referi. De certo que mudará a sua ideia acerca do meu idealismo. Eu só tenho esse objetivo por meus pais, que foram salvos!"
  151.  
  152. Enquanto dizia isso, sua expressão ia ficando cada vez mais séria.
  153.  
  154. "Acredito que você tenha sofrido muito!"
  155.  
  156. Dito isso, o mesmo estica seu punho esperando uma retribuição por parte de Mary. Até dava um abraço mas, ela é uma rapariga e como ele só vira sua mãe...Era tímido de certo modo.
  157. (Zaratus)
  158. Ela ouvia tudo que ele tinha a falar, mas apenas o via esticando o punho, não entendia muito bem o que significava, mas acreditava que era algum tipo de cumprimento, mas logo dizia o respondendo sobre a ida dele a Nerebia e o instigando a mais.
  159.  
  160. "Não pretendo ir a um local que podia ter salvo os meus pais, mas se você quiser que eu retribua esse seu "cumprimento", me faça crer em seus ideais, me prove que sua força de vontade é o suficiente."
  161.  
  162. Começava a caminhar, cruzando por ele, enquanto dava um peteleco em sua testa, falando em um tom alto, já não mais neutro ou sério, até que um pouco alegre.
  163.  
  164. "Venha, vamos comer... estou morrendo de fome."
  165.  
  166. Então continuava a caminhar até a taberna, cruzando a cidade até entrar na mesma, se sentando em uma das mesas, enquanto chamava o tabernista, pedindo a ele seus comes e bebes, estava morrendo de fome, já que não havia saído de seu quarto por dias, o lugar estava um tanto quanto barulhento, pelo menos mais do que o normal.
  167.  
  168. (Mary Curvorn)
  169. Zaratus havia falado com a sua mais pura convicção. Nunca havia estado tão sério provavelmente.
  170.  
  171. "Compreendo! Apenas pensei que fosse uma maneira de você acreditar em minhas palavras! Mas, não quero que você vá contra sua vontade!"
  172.  
  173. Dito isso, Mary se aproximou do jovem e com um tom mais alegre disse que fossem comer algo pois ela já estava morrendo de fome. O jovem Nerie estava surpreso,mas claro, no bom sentido. Mary que parecia ser envergonhada, acabou por demonstrar seu lado mais alegre e desinibido isto é, relaxado.
  174.  
  175. "Você está me perguntando se eu quero ir comer algo?!...Pode ser!! Não recuso comida! Aviso já, como muito.
  176.  
  177. Os dois haviam chegado numa taberna. A mesma taberna que Zaratus havia estado ontem com seu amigo. Sentou-se numa mesa junto com Mary, enquanto, ela pedia a ementa para o tabernista. Num tom um pouco envergonhado e demasiado risonho sussurou a Mary:
  178.  
  179. "Hhahahahah! Meu deus! Ontem nessa taberna acabei apanhando uma "pequena bebedeira"! Nunca acerditei que fosse capaz de tal hahaha!! Bem, estou ficando com fome!"
  180. (Zaratus)
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