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PayneLess_Designs

PayneLess Designs: Scrollbox - Hari (Yahoo!Answers)

Jan 10th, 2011
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  1. <!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01//EN" "http://www.w3.org/TR/html4/strict.dtd">
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  4. <title>Narottam</title>
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  150.  
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  152.  
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  167.  
  168. <br><br>
  169.  
  170. <!-- START Nave -->
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  172. <ul>
  173. <li><a href="1-14.html" >1-14</a></li>
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  179. </div>
  180. <!-- END Nave -->
  181.  
  182. <br><br>
  183.  
  184. <p><b>1)....Saudades....</b></p>
  185.  
  186. <p>Eu sofri muito pela separação de Narottam Prabhu. As vezes a saudade era tão forte que eu desejei que a Morte viesse buscar–me. Mas porque morrer também não levaria-me aos pés de Narottam Prabhu, então viver ou morrer era a mesma coisa.<br>Uma de suas instruções andava comigo: ''se você quer fazer–me feliz, então procure e deseje somente por bhakti.'' Mas Prabhu, como eu vou encontrar bhakti sem sua ajuda?!<br>Que Deus é esse, que faz-nos sofrermos tanto? E mesmo quando o sofrimento é intolerável e eu tento esquecê- Ele, e eu tento escapar dEle e estou na margem da angústia, a saudade dEle vem como que uma torrente indundando meu coração.<br>Ele é irresistível, é impossível esquecê-lO. Ele faz sentir Sua presença por todos os lados, através de qualquer pessoa ou circunstância. Então eu sinto-me completamente uma idiota e perdidamente encantada, da mesma forma que uma esposa é surrada pelo esposo, mas ele é o seu único refúgio.<br>Eu iria realizar depois que todo sofrimento que esperimentamos é devido ou nosso falso ego. Eu queria servir Narottam Prabhu, eu queria que ele fosse respeitado no templo ou pelo menos ser permitido atender ous aratis e eu pensava que através de Srla Govinda Maharaj eu conseguiria isso.<br>Mas fui enganda, esses ''Eu'' são tolices.<br>Srila Govinda Maharaj disse–me: ''Sri Krishna é um atocrata''.<br>Sri Krishna não vai fazer oque eu quero, Ele faz oque Ele quiser. Ele é misericordioso e um esperto em criar situações para ajudar-nos. Eu pensei que havia ído à Índia servir gurudeva Narottam Prabhu, mas os planos do Senhor eram outros, Ele queria amassar meu falso ego e levar-me para Sri Vrindavana.<br>Jay Sri Radhe! Jay Sri Sri Radhe Syam!<br><i>Nós não conseguimos chegar Sri Krishna em Goloka Vrindavana apenas servindo ao Senhor accordinly com os princípios reguladores.</i> (CCMadhya Lila 8/226)</p>
  187.  
  188. <div class="img_position"><img src="4.jpg" width="200" height="267" alt=""></div>
  189.  
  190. <br>
  191.  
  192. <p><b>2)....No avião....</b></p>
  193. <p> Eu senti como que flutuando nas ondas do Oceano de Maya. Eu vi a luxúria, o ódio e a cobiça dançando em volta de mim como demônios e ao mesmo tempo não senti a vontade de alimentar eles. Da mesma forma que uma folha seca é carregada pelo vento, eu fui carregada para a Índia.<br>' Estou indo para Índia somente para dizer para gurudeva que Narottam não pode atender os aratis?!''<br>Minha mente somente dizia: Vá, faça o que Narottam Prabhu mandou e não preocupe-se em entender o motivo dessa viajem”.<br>Porque não parecia ter sentido.<br>O vôo foi muito ruim, houve tribulação, fiquei doente e vomitei. Tinha cheiro de galinha e peixe no ar. Meu estômago sentia-se a queimar e minha cabeça parecia explodir e meu corpo parecia que ir desmembrar-se. Muito desconforto, mas a pior dor era a saudade. Como eu quisera estar servindo Narottam pessoalmente.<br>"Não preocupe-se, Sri Krishna está com voce"<br>Foi um vôo barato de San Franciso para o Japão. Haviam duas senhoras americanas dentro do avião perto de mim, uma chamava-se Linda. Eu disse que o nome dela significava 'Beautiful' e conversamos um pouco:<br>- Lila, você não preocupa-se com os problemas do mundo?<br>- Quais problemas?<br>- Guerra, política, o ambiente?<br>- Não. Não fui que criei o mundo e muito menos fui eu que criei os problemas. Eles não são meus problemas, são problemas do criador.</p>
  194.  
  195. <div class="img_position"><img src="coc.jpg" width="166" height="116" alt=""></div>
  196.  
  197. <br>
  198.  
  199. <p><b>3)....Japão para Bangkock....</b></p>
  200. <p>Esse vôo foi muito inconfortável, o avião moveu-se muito dos lados e o cheiro de galinha e peixe com cigarro foi horrível. Eu cheguei em Bangckok 1 da manhã e a próxima conecção para a Índia seria as 2 da tarde! Eu não poderia dormir no aeroporto e se eu fosse pra fora, eu não tinha dinheiro para um hotel.<br>''Wow, estou sozinha nessa, meu Senhor?!"<br>Eu saí do aeroporto, eu tinha que encontrar um lugar para dormir. Um taxista pulou na minha frente e ofereceu seu serviço.<br>- Bom, eu não tenho dinheiro, eu preciso um hotel barato por $10.<br>- Está muito tarde e o hotel por esse preço é muito longe. Você paga-me $10 e eu levo você para um hotel de $15. Fingi que eu concordei e entrei no seu carro:<br>- Sim, você leva–me por $10 e eu não vou precisar pagar hotel - eu vou ficar na sua casa.<br>- Oquê?!!<br>Ele teve que levar para sua casa para que eu não tivesse que pagar um hotel. Esse jovem taxista era muito simples e ele comentou:<br>- Eu vivo com minhas irmãs... penso que eu terei problema se eu levo você lá...<br>- Não haverá problema para mim.<br>Eu havia reparado algo estranho na face desse povo então depois eu entendi: eles comem muita carne de porco. Na manhã seguinte eu ví o vizinho fazendo salsichas com um porco todo aberto no quintal da casa e até os salgadinhos eram feitos de porco.<br>- Você não come carne?<br>- Não.<br>- Então oque você come?<br>- Tudo que não é carne.<br>- Mas onde eu vou arrumar algo para você comer?<br>- Eu não sei, mas estou com tanta fome!<br>Ele trouxe-me pizza e disse:<br>- Você parece uma pessoa boa...<br>- Eu??!! Eu estou dando-lhe um monte de trabalho, você trouxe–me do aeroporto para sua casa, comprou-me alimento e vai levar-me para o aeroproto, tudo somente por $10!<br>- Não, você não precisa pagar...<br>Paguei ele de qualquer jeito. Havíamos um carinho pelo outro de uma forma tão especial. Ele ficou surpreso quando eu vesti meu sari. Mas nao sabíamos falar ou escrever inglês, portanto seu email foi difícil de entender, mas quisera rever esse simples e humilde e servil rapaz e oro que o Senhor guie ele para a vida espiritual.<br>De Bankock para a Índia… até que em fim!</p>
  201.  
  202. <br><br>
  203.  
  204. <div class="img_position"><img src="da.jpg" width="207" height="107" alt=""></div>
  205.  
  206. <br>
  207.  
  208. <p>O vôo atrasou 7 horas. ''Quem estará comigo dessa vez?!“Onde eu sentei haviam dois lugares vazios do meu lado. Um homen veio com a convicção de fazer amizade comigo. Ele era um louco, havia gritado e ofendido a comissária de bordo e fez ela chorar. Ele olhou para mim e antes que ele abrisse sua boca eu disse para ele cair fora. Ele foi embora.<br>Esse homem fez tanto barulho nesse avião feio. Esse avião mais parecia um ônibus velho. Por causa do atraso desse vôo, eu cheguei de noite em Calcutá.</p>
  209.  
  210. <p><b>4)....Calcutá....</b></p>
  211. <p>Fui direto para o templo mas os devotos de lá não permitiram eu ficar. Eles disseram que gurudeva não gostava de mim. Eles tinham um email falando mal de mim, vindo de Soquel.<br>Esses devotos não deixaram eu dormir no templo, eram 10 horas da noite, então eu fui dormir na estação de trem Howara.<br>Eu não importava com essa tolices. Uma vez Narottam disse que Sri Krishna gosta de mim, então gurudeva também gosta de mim.<br>Eu paguei a riksha para a estação mas eu não tinha dinheiro para um hotel. Oque eu vi naquela estação eu nunca vou esquecer: centenas de pessoas, a família toda, crianças e adultos dormingo no chão da estação!<br>Que divertido, eu fui dormir come eles!!<br>Eles eram trabalhadores do campo, creio que era fácil para eles dormirem lá, em vez de irem para casa... se é que tinham casa.<br>Eu senti–me tão bem vinda pela pessoas. Elas não viam falar comigo, a maioria estavam dormindo, mas eu senti tão feliz estar perto delas. Eu não tinha um quarto ou uma cama, eu era como eles!<br>Eles dormiam no chão e não matavam as baratas, mas somente assustavam elas para que elas fossem embora. Havia um homem vestindo açafrão e com muitos colares de rudraksha, sentado num muro e ele olhava para mim.<br>Os devotos desse templo de Calcutá disseram–me que gurudeva estava em Jaganatha Puri, então eu precisei comprar bilhetes para ir para lá. Fui comprar os bilhetes, mas acabei comprando briga. Eu gritei com o vendedor de bilhetes da mesma forma que ele gritou nervoso comigo porque eu não sabíamos uma língua em comum.<br>Que frustação!<br>' Será que Sri Krisnas está comigo somente até aqui... e agora, como eu faço para ir para Puri?''<br>Cansada, com fome e tinha acabado de chegar de um horrível vôo... Então um homem indiano, muito alto e lindo, e bem vestido aproximou-se de mim. Ele era o único que vestia roupas decentes, limpas e boas. Ele sentou-se perto de mim e tentou uma conversa:<br>(...) Porque Sri Krishna fez a família? É para nós vivermos com o pai e a mãe e ter nossos próprios filhos também...<br>- Escuta, eu abandonei meu parentes muito tarde e se eu tiver que pagar meus karmas, que eu pague de qualquer forma horrível, mas não tendo filhos porque não gosto de crianças!<br>- Hmmm, você está sofrendo porque você não obedece as ordens de Krishna.<br>- Eu sofro porque não amo Ele, meu coração é seco como um deserto!<br>- Mas se amamos a família, amamos Sri Krishna.<br>- Não da forma que eu quero. Primeiro eu amo Ele. Se eu não amo Ele, então tudo é somente apego e sofrimento.<br>Esse homem foi gentil, deu–me biscoitos e água e com meu dinheiro comprou os bilhetes para eu ir para Buvaneswar as 6 da manhã...eu teria que esperar 6 horas.<br>- Porque você está chorando?<br>- Eu não sei. Eu não aceito oque você está dizendo, mas de qualquer forma, quando você diz essa palavra ' Krishna ' - esse nome é tão cheio de doçura...<br>Esse cavalheiro sentou do meu lado até o trem chegar.<br>Wow, como foi difícil entrar no trem. As pessoas entraram como animais selvagens. Empurrando, esmagando, puxando! Parecia um campo de luta em vez da porta do trem. Nessa bagunça, eu caí no chão e eu teria quebrado minha cabeça nele ou ela teria sido pisada pelas centenas de pés de cavalos loucos que entraram no trem.<br>Mas de forma milagrosa, alguém segurou minha mão de forma firme, impedindo que todo meu corpo e a cabeça fosse espatifar no chão. Essa mão era de um homem forte, alto, estranho e silencioso.<br>Eu percebi que as pessoas estavam agitadas, tentando encontrar um lugar para sentar e se eu não arrumasse um eu iria viajar de pé por 21 horas! Então eu reparei que o homem bem vestido havia jogado seu lenço num assento e dessa forma reservado esse lugar para mim. Ele estava na janela e disse-me com sua voz doce e carinhosa: <i>'take care.'</i></p>
  212.  
  213. <p><b>5).... Jaganath Puri....</b></p>
  214. <p>Esse trem parecia os trens do Brazil, a diferença é que ele tinha lugares para dormir e haviam pessoas penduradas nas janelas, nas portas e em cima do trem! Eu senti tanta fome e comi oque um cara estava vendendo lá: ovos.<br>Eu queria tanto ir para o banheiro mas eu não quiz andar por aquele trem. Logo um homem alto, magro, sentou-se ao meu lado, colocando sua perna direita em cima to banco da frente, impedindo minha passagem. Ele não parecia um homem mal or com má intenções.</p>
  215.  
  216. <br>
  217.  
  218. <p><i>“Sri Krishna está sentado comigo”.</i> Esse homem não falava inglês, somente contava em inglês: 1, 2, 3.<br>- Já estamos chegando? Quantas horas mais?<br>- 1,2,3.</p>
  219.  
  220. <br>
  221.  
  222. <p>Quando nós chegamos em Buvaneshvar, ele gesticulou para que eu seguisse ele. <i>''Sri Krishna sentou-se perto de mim, agora Sri Krishna está chamando-me''</i> Eu segui o cara.<br>Ele pagou a riksha que iria levar-nos para um ônibus para Jaganata Puri. Mas tivemos que sair da ricksha porque ela não movia devido ao tráfico.<br>Ele pulou no meio da avenida cheio de carros por todo lado, que era o mesmo que pular num mar infestado com tubarões! Eu tive que pular também! Foi terrível, mas eu tive que fazer oque ele fazia, até pegar um ônibus que estava em movimento!<br>Esse ônibus parecia uma lata de sardinha! Estava cheio e tantas pessoas penduradas nas janelas, nas portas, por todo lado, pareciam macacos!<br>De qualquer forma ele ' viu' 2 lugares vazios no fundo do ônibus. Eu segui ele. Ele empurrou as as pessoas dos bancos, esmagando elas. Oque era lugar para 2 pessoas teve que caber 4. Por toda a viagem, nós estávamos mais de 20 horas juntos e nunca conversamos, a não ser 1,2,3.<br>Engraçado, o homem da estação parecia um irmão e esse parecia um bom esposo protegendo-me. Eu estava tão cansada que dei uma cochilada no ônibus. Eu carregava somente uma sacola nas costas. Ele pagou por esse ônibus, mas nós teríamos que pegar uma motor riksha.<br>Eu tive que pagar esse transporte porque o homem havia pulado fora da riksha antes de mim. Ele deu adeus para mim com sua mão de forma rápida e carinhosa. Eu tive que continuar com a viagem, mas o motorista era um doido, ele dirigia por uns caminhos que não eram ruas. O chão era cheio de buracos, haviam centenas de adultos, crianças e vacas por todo lado!!!<br>Eu disse para o motorista levar-me para o Sri Chaitania Sarasvat math mas ele parou em um lugar e apontou para longe, para o topo de uma colina distante. Eu fiquei tão nervosa, eu gritei com ele. Porque ele havia deixado-me lá?!<br>Mas ele não pode levar me adiante. Eu estava numa rua grande, que agora parecia mais uma arena e cheia de milhares de pessoas, vacas e barracas.<br>E estava tão quente que eu dei minhas calças e os meu tênis para uns caras na rua que ficaram felizes por ganhar essas coisas e eu fiquei com minha mochila mais leve. Eu ainda queria ir ao banheiro, eu não mais aguentava o desconforto.<br>Um indiano muito eufórico perguntou se eu tinha uma câmera. Eu não entendi para que uma camera de fotografar. Eu não estava fazendo turismo.<br>Então quando eu olhei adiante de mim, eu vi o Senhor Balaram vindo na minha direção!</p>
  223.  
  224. <br>
  225.  
  226. <p><b>Era Ratha Yatra!</b></p>
  227. <p>Eu nunca tinha atendido um ratha yatra antes, eu nunca tinha visto isso em vídeo... na verdade, eu nem sabia que isso existia! Eu caí no chão para oferecer minhas reverências para o Senhor, mas depois fui correndo buscar por um banheiro.<br>Havia uma multidão, foi tão lindo, as pessoas eram tão lindas, elas nem pareciam desse mundo.<br>Parecia um carnaval do Brasil, mas sem o álcol, sem o sexo e sem a violência. Tantas pessoas, mas ninguém machucava-se. Eram muitas pessoas mas pareciam uma massa só porque não havia problema de tocar, empurrar os outros, ninguém sentia ofendido ou ferido. Depois do banheiro, eu voltei para o meio dessa multidão.<br>O mesmo homem que havia perguntado se eu tinha uma câmera, apareceu novamente e pegou-me pelos braços. Ele levou-me adiante e assinalou para as pessoas darem lugar para nós passarem e ele levou–me para uma corda. Havia centenas de pessoas puxando ela mas de qualquer forma elas deram um lugar para eu poder puxar a corda.<br>Era a corda do carro de Srimati Subadra.<br>As pessoas eram maravilhosas, esse festival era maravilhoso, as pessoas eram tão bonitas. Então eu tive o darshan do Senhor Jaganatha. Eu fiquei tão feliz, minha felicidade não tinha fim.</p>
  228.  
  229. <br><br>
  230.  
  231. <div class="img_position"><img src="7.jpg" width="166" height="207" alt=""></div>
  232.  
  233. <br>
  234.  
  235. <p>Quando o festival acabou eu percebi muitos grupos de Vaishnavas fazendo sankirtana. Eu aproximei de uma mulher careca e perguntei-lhe onde eu poderia encontrar Srila Bhakti Sundar Govinda Maharaj e em vez de responder-me, ela perguntou se eu queria um quarto. Eu fiquei tão irada com essa resposta que eu saí de perto dela. «Será que ela pensa que eu estou de férias e procuro por um quarto?”</p>
  236.  
  237. <br>
  238.  
  239. <p>Novamente perguntei para outras pessoas, como chegar ao SCSmath. Eu estava tão cansada, com fome e sentia tanto calor. Um homen magro vestido todo de laranja respondeu-me:<br>- Sim, meu amigo sabe onde é, segue ele. Subi mais de 30 degraus! Não era o SCSmath, era um templo do Senhor Shiva.<br>- Você quer prasada do Senhor Shiva? Eu estava muito cansada para responder-lhe, fui embora, de volta para a rua. Eu perguntei para uns devotos da ISKCON e eles não respondiam-me, com certeza eles sabiam, mas não deram-me o endereço. E porque eu não tinha o endereço?<br>Eu nem sabia porque eu estava lá.<br>Um devoto da Iskcon finalmente chamou uma riksha e queriam 40 rupees para levarem me para a esquina, não aceitei.<br>- Não vou pagar nada, vocês tem que mostrarem onde é esse ashram!!!</p>
  240.  
  241. <br><br>
  242.  
  243. <div class="img_position"><img src="136.jpg" width="150" height="113" alt=""></div>
  244.  
  245. <br>
  246.  
  247. <p>Eles pensaram por um pouco e ofereceram levar-me lá por 10 rupees - Não, se vocês não querem ajudar-me, eu vou encontrar o endereço eu mesma!!<br>Deixei eles. Eu havia chegado às 3 da tarde muito cansada e eu andei como tonta, pra cá e pra lá, ficando exausta. Creio que porisso minha razão não funcionava e eu estava impaciente com as pessoas. ''Meu Senhor, estou muito cansada, por favor, diga-me onde está Srila Govinda Maharaj, porque de outra forma, eu desisto" Quando eu terminei de pensar assim, um rapaz que passava perto de mim disse:<br>- Eu sei oque você está procurando...<br>- Sério?! E eu sei que não tenho dinheiro!<br>- Eu não preciso disso, eu não estou pedindo por dinheiro. Segue-me.<br>Ele era tão rude e autoritário como eu. Segui ele. Subíamos um morro sem fim:<br>- Por favor, vamos parar e descansar um pouco?<br>- Não, parar não, vamos!<br>- Você é louco?! Não entende que eu tive viajando por muitos dias. Minhas pernas estão cansadas, por favor, vamos sentar?<br>- Não, vamos, segue-me!!<br>- Já chegamos?<br>- Não.</p>
  248.  
  249. <br><br>
  250.  
  251. <div class="img_position"><img src="deva.jpg" width="166" height="239" alt=""></div>
  252.  
  253. <br>
  254.  
  255. <p>E perguntei isso muitas vezes e ele dizia não. Ele levou me para dentro do ashram de gurudeva.<br>- Porque você não disse que essa jornada era tão longe, eu pegaria uma riksha!</p>
  256.  
  257. <br>
  258.  
  259. <p>Como eu, ele não falava inglês, nossa comunicação era somente intuição e gritaria. Ele fui tão gentil comigo por levar-me para o ashram e por nehum dinheiro, então quando ele estava indo embora eu dei-lhe 50 rupees.<br>Era de noite, umas 10 horas da noite, uma devota disse que gurudeva estava dormindo. Mas ele apareceu lá fora e falou comigo... Eu não pude acreditar, gurudeva parecia que estava a esperar por mim! Ele foi muito carinhoso comigo, mandou-me tomar prasada e descansar que conversaríamos no outro dia.</p>
  260.  
  261. <br>
  262.  
  263. <div class="img_position"><img src="5.jpg" width="200" height="127" alt=""></div>
  264.  
  265. <br>
  266.  
  267. <p>No quarto onde dormiam algumas devotas, estava a mulher careca que eu havia encontrado na rua. Era minha irmã espiritual da Malásia. Eu teria chegado no ashram 7 horas antes se eu tivesse falado com ela direito. Ela era engraçada, tinha a cabeça raspada e a bunda pelada.</p>
  268.  
  269. <br>
  270.  
  271. <p>Gurudeva conversou comigo sobre Narottam. Ele entendia meu inglês mal falado e além disso, ele suportava oque eu falava com sastra. Que lindo. Havia um devoto indiano que queria desfazer oque eu falava ou colocar oquê eu dizia como sendo algo vulgar, mas gurudeva defendeu–me citando as escrituras. Quer dizer, oque eu havia falado sobre Narottam Prabhu não era ordinário. Ele sabia que eu tinha ído para a Índia sem dinheiro e sem passagem de volta e que eu tinha que comer arroz integral para que eu não ficasse doente.<br>Ele perguntou quem suportaria-me, desde que eu não havia nenhum dinheiro. Então eu disse que Sri Krishna ia manter-me. Ele ficou muito supreso com a resposta e a convicção em que eu falei e não perguntou mais nada, imediatamente disse para seu servo comprar e cozinhar arroz integral para mim.<br>Eu fiquei surpresa e incomodada com essa atitude dele pois a pessoa que tanto respeito e era meu dever servir, preocupou-se comigo e serviu-me. No dia seguinte, um devoto pediu doações para comprar Maha do templo do Senhor Jaganatha. Ele estava coletando à pedido de gurudeva. Eu vi que ele havia coletado muito pouco dinheiro, então eu deu–lhe muito dinheiro, e esse dinheiro era exatamento oque precisava para gurudeva comprar a maha prasada para ser destribuída. Fiquei muito feliz que eu pude fazer esse serviço, apesar que o dinheiro que eu tinha daria para pagar somente a passagem de trem de volta para Calcutá.</p>
  272.  
  273. <br>
  274.  
  275. <div class="img_position"><img src="right.jpg" width="89" height="126" alt=""></div>
  276.  
  277. <br>
  278.  
  279. <p>Depois conversei novamente com gurudev e ele simplesmente disse: - Os devotos de Soquel são apenas missionários.<br>- Narottam Prabhu não é.<br>- Então o Senhor Krishna mesmo vai cuidar dele.</p>
  280.  
  281. <p style="text-align: center;"><a href="http://www.wilsoninfo.com" onclick="window.open (this.href, ''); return false"><img src="http://i213.photobucket.com/albums/cc229/wil5037/flytrap.gif" alt="Free Clipart"></a></p>
  282.  
  283. <div id="sidebar"><!-- START Sidebar -->
  284. <p>Quando gurudeva disse essa palavra, missionário, eu pude compreender melhor oque acontecia. O pessoal de Soquel assim como a maioria dos devotos, realmente, são somente missionários.<br>Quer dizer, o devoto serve a missão do guru, mas somente de forma externa, porque ainda são identificados com o corpo, porisso há disputa de poder, de controlar, discriminação entre cor de pele e e origem e posição social e gênero sexual entre eles. São como Padres e freiras e evangélicos...</p>
  285.  
  286. <p><b>6)....De volta para Calcutá....</b></p>
  287. <p>Os devotos estavam indo para Calcutá, então eu fui com eles de trem. Quando nós chegamos, gurudeva já havia chegado antes de nós.<br>Então foi muito interessante eu encontrar um devoto do Brasil, Manohara das, que antes era o Nila Madhava das. Ele entusiasmou-me a visitar os lugares sagrados de Navadwip, ir ao rio Ganges e para a ISKCON.<br>De Calcutá eu ia e voltava para Navadwip, de trem, sozinha. Eu gostava dessas viagens.<br>Eu pegava o trem sem pagar e as vezes eu ía andando da estação de Navadwip até o ashram de gurudeva, porque eu não tinha como pagar uma riksha. As vezes fiquei perdida, mesmo quando era de dia. E eu senti muita felicidade em estar perdida nas vilas e escutar os nomes Goura e Nitai sendo tocados por fitas. Por todo lado, Jay Gouranga, Jay Nitai!!<br>Eu andei pelas vilas e essas pessoas que eu vi eram tão belas e felizes. Cada pessoa que eu vi de perto ou de longe, a cada pedaço de chão que eu pisei era extremamente maravilhoso! Eu estive perdida e sentia-me perdida e confusa. Eu gostaria de estar perdida nessas vilas para sempre!<br>Eu sentia tanta dor por essa separação por Narottam Prabhu, que as vezes eu via o Senhor Gouranga correndo e dançando pelas ruas de Navadwip...<br>Parecia tudo mágico! Meu Deus, oque eu senti lá foi tão profundo. Eu andei nas ruas de Navadwip chorando: “Oh gurudeva, Oh Narottam! Oh Prabhu, quando eu terei o seu darshan novamente?”<br>Eu não gostei de ficar no templo de Calcutá. "Prabhu, eu não estou feliz aqui. Gurudeva está aqui, Sri Krishna Chaitanya está aqui, mas eu encontrei no meu coração que tudo isso pertence a você."<br>Sem você meu coração não abre, eu não quero nem Sri Krishna sem você. Tudo é tão depressivo. Minha única fonte de entusiasmo é quando eu penso que retornarei para US, de volta para os seus pés. Como que eu posso pensar de qualquer benefício para mim se você não está aqui comigo? Você é minha fortuna.<br>Sem sua associação tudo é miserável, eu vivo no inferno. Minha inteligência tenta descobrir algum benefício que eu posso ter aqui na Índia, mas meu coração está cego. Eu vejo nada. Toda a riquesa espiritual aqui parece apenas árido como um deserto. Porque eu tenho que estar aqui? Procurar por Navadwip, procurar por Vrindavana, para quê, se eu posso ver tudo isso em seus olhos? Agora, atender os aratis sem você, é insuportável. Prabhu, eles dizem para eu procurar pelo oque é certo. Oh Prabhu! Eu penso que quem procura pelo oque é certo achará oque é certo mas não encontrará o amor, mas quem procura pelo amor, encontra oque é certo.</p>
  288.  
  289. <p><b>7) Calcutá</b></p>
  290. <p>Eu tentei evitar problemas, mas as coisas não eram de acordo com os planos... acho que não tinha nenhum plano... Eu não tinha dinheiro, porisso eu pegava o trem sem pagar, mesmo sabendo que se eu fosse pega eu seria mandada para a cadeia. Eu também tive que andar muitos lugares desconhecidos, porque eu não tinha como pagar riksha.<br>Os trens de volta para Navadwip as vezes atrasavam tanto que eu tinha quer dormir na estação de Calcutá, Howara. Durmi lá 3 vezes. Eu não queria chegar muito tarde no ashram e incomodar os devotos, porisso eu dormia na estação. Mas uma noite eu senti com muita fome.<br>Então eu reparei um cara olhando para mim. Eu quiz sair da frente dele, fui comprar um pouco de leite mas ele apareceu lá e comprou coca-cola. E quando eu vou para outro lugar, ele estava lá novamente, olhando para mim. Eu confrontei ele:<br>- Oquê você quer?<br>- Nada, e você?<br>- Nada.<br>- Por quem você está esperando?<br>- Por ninguém.<br>- Você está com fome? Já comeu alguma coisa?<br>- Não. <br>- Onde você irá dormir?<br>- Aqui, entre essas pessoas. <br>Era um pesadelo encontrar-me nessa situação. Mas essas noites foram inexpectadas, não foram minha culpa, mas de qualquer forma eu sentia tão feliz , parecia que aquela estação era minha morada. Esse rapaz comprou–me janta e levou para eu dormir num banco, entre seus amigos, que eram guardas!<br>Eram 10 da noite, ele apresentou ligeriamente para seus amigos e eu dormi entre esses homens que usavam uniformes. Mas enquanto eu dormia, eu percebi uma pessoa encarando-me, então eu decidi acordar, eram 12 horas da noite.<br>- Oquê você quer?<br>Ele era uma polícia, ele mostrou sua emblema.<br>- Eu quero conversar.<br>- Certo.<br>- Por quem você está esperando?<br>- Ninguém.<br>- Eu sei que você está esperando o seu namorado e ele é um homem velho.<br>- Não. Meu namorado é jovem e eu não estou esperando por Ele, Ele está aqui.<br>- Quem é Ele?<br>- Deus.<br>- Quem é Deus?<br>- Sri Krishna.<br>- Deus é nada, zero!<br>- Ele é tudo.<br>- (...) que tipo de sexo tem no seu país?<br>- O mesmo que porcos e cachorros fazem em qualquer lugar.<br>- Pode falar um pouco sobre isso?<br>- Compra uma revista de pornografia.<br>- Irmã, aqui é um lugar muito perigoso para você ficar, vamos para um hotel?<br>- Eu prefiro ficar no meio dessas pessoas do que ficar sozinha com você e se você chama-me de irmã, por favor meu irmão, não disturba-me e deixe eu dormir!<br>De repente, assim que eu falei essas últimas palavras, uma luz bem forte e brilhante saíu dos meus olhos e da testa. Esse homem caiu para trás, ficou assustado, levantou-se e foi embora.<br>Fui dormir por mais 2 horas mas tive que acordar para ir para o banheiro. Acordei um dos guardas e ele levou-me para o banheiro, Ele teve que buscar as chaves e abrir para mim. Quando voltei para meu banco, eu cobri meus olhos das luzes com um papelão, que também cobria a metade do meu corpo.<br>De manhã quando eu acordei, percebi que o papelão estava ensopado. Havia chovido, mas meu corpo estava seco, o papelão havia protegido-o. Então, antes de partir, os guardas assinalaram adeus para mim, de forma bem carinhosa. Eu senti muito afeto por eles da mesma forma que eles sentiram por mim. Era tudo muito mágico, eles não pretenderam comigo como os americanos faziam, eles realmente eram tão naturalmente cavalheiros e amorosos.</p>
  291.  
  292. <p><b>8)....Senhor Shiva....</b></p>
  293. <p>Uma vez eu estava num ônibus lotado, com o Manohara. Era de dia.<br>De repente eu senti muita dor atrás da minha cabeça, parecia que a minha mente estava sendo sugada de mim de uma forma agressiva, misteriosa e extremamente forte.<br>- Manohara, eu não sei porque, mas eu estou sentindo uma dor terrível de cabeça.<br>- Estou percebendo... tem um homem atrás de você que não tira os olhos de você.<br>Eu olhei para trás e vi esse homem baixinho, muito preto, de olhos e boca vermellha, olhando para mim.<br>- Por favor, Manohara, cante algum mantra...<br>- Eu já fiz isso, eu cantei o Maha mantra, o manta de Nrimshinha o mantra para expulsar fantasmas e nada! Eu não sei oque mais cantar!<br>Então nós não sabíamos oque fazer, eu sentia-me destruída e Manohara parecia confuso, mas no momento que ele disse que não sabia mais oque cantar, ao mesmo tempo, o nome do Senhor Shiva veio para nossa boca: <i>Shiva!</i><br>Quando pronunciamos esse nome, o homenzinho desceu do ônibus e foi embora. Mas eu fui somente recuperar minha mente depois de um tempo. Eu sentia como uma zombi, cabeça voando e muito cansada. Manohara guiou-me e disse-me para sentar-me na plataforma, até minha mente ficar melhor. Estou muito grata pelo Manohara, por ter cuidado de mim.</p>
  294.  
  295. <br>
  296.  
  297. <p><b>9) Navadwip</b></p>
  298. <p>Depois de balançar numa riksha de uma lado e do outro, torturando meus rins por uma longa viagem, eu desci em algum lugar em Navadwip. Estava escuro. Não tinha luz na vila. Eu não sabia onde estava e como eu locomoveria em total escuridão.<br>Logo um homem indiano apareceu e ofereceu guiar-me, ele tinha uma lanterna. Não havia mais ninguém na rua, estava tarde e escuro. Esse homem apareceu exatamente no momento que eu estava perdida. Ele guiou-me. Se não fosse por ele, eu teria caído num grande buraco no meio do caminho. Ele perguntou:<br>- Você não está com medo?! Aqui é muito perigoso!<br>- Meu único medo é esquecer Narottam Prabhu.<br>Eu não sentia medo da escuridão, eu importei-se com nada. Minha única preocupação era ter Narottam Prabhu em minha mente para isso iluminar meu caminho.<br>''Prabhu, tolerância significa esperar o dia de encontrar–me com você novamente.</p>
  299.  
  300. <p>Humildade é esperar o momento de ver você novamente.</p>
  301.  
  302. <p>Fé é oque mantém–me para esperar a vez de encontrar você novamente.</p>
  303.  
  304. <p>''Prabhu, Rashabhev e Janardan Mahharaj mandaram um email longo para todos os ashram de gurudeva na Índia. Dizendo que eu sou uma louca, uma bruxa e uma prostituta. E o pessoal daqui dizem que eu sofro má reputação, discriminação, fome e sede somente porque eu desobedeci as autoridades.</p>
  305.  
  306. <p>Prabhu, você é minha única autoridade. Meu sentimento por você é tão grande que tudo o que eles falam são insignificante para mim. Quando eu penso que você gosta de mim, eu não importo que todo o mundo odeia-me.<br>Quando eu penso em você, eu fico tão feliz e forte que eu esqueço a fome, o cansaço e o calor.</p>
  307.  
  308. <br>
  309.  
  310. <p>Quando eu penso em você, não há problemas e eu sinto a mais afortunada pessoa! Eu sou uma escrava do seu amor, porisso, eu sinto livre de qualquer sociedade mundana. Oque eu posso fazer? Eles podem arrancarem minha cabeça, mas eu não vou entregar ela para eles.</p>
  311.  
  312. <p><i> O carinhoso serviço espontâneo em servitude do discípulo para com o mestre está na maior plataforma. (CCMdhya lila 8.71)</i></p>
  313.  
  314. <p><b>10)....Sri Govinda....</b></p>
  315. <p>Uma noite enquanto eu dormia num quarto do templo de Calcutá, um fantasma veio pertubar-me. Eu estava dormindo e eu vi ele vindo pela janela e indo atrás de minha cabeça e ele estava querendo tocar meu corpo. Esse quarto ficava no segundo andar, acima do altar.<br>Esse fantasma estava controlando minha mente e fazendo-me sentir com medo e meu corpo paralisado. Eu não conseguia lutar contra ele, ele era muito forte, ele controlou minha mente e eu não tinha como livrar ela dele.<br>Eu não pude mexer-me, nem acordar, nem gritar, eu só pude orar: “Krishna, Krishna, ajude-me”<br>De repente, pela mesma janela, o Senhor Govinda apareceu, usando sua pena de pavão na cabeça e usava un dhoti brilhante e amarelo. Ele tinha sua flauta nos Seus lábios e uma perna sobre a outra, de pé e olhava para minha direção. A luz em volta dEle era muito irradiante, era incrível!<br>O fantasma foi embora e eu pude dormir.</p>
  316.  
  317. <p><b>11)....Senhor Gouranga</b></p>
  318. <p>Eu gostava de pegar o trem da estação de Howara para Navadwip. Geralmente o trem era cheio de homens pobres e trabalhadores. As vezes eles ofereciam um banco para eu sentar, mas eu gostava de sentar no chão perto da porta. As vezes iríamos 'conversando' por toda a viagem. As vezes nós somente olhavam um para o outro e sorria. Eu sentia tão confortável de estar entre eles, entre os pobres e os trabalhadores. Eu sentia que eu fazia parte deles.<br>As vezes eles queriam ensinar-me Bengali e eles não sabiam nada em inglês. Eles riam e faziam gracinhas somente por estar perto de mim, mas com respeito. Eles queriam que eu sentasse num banco, mas eu preferia ficar de pé doque deixar uma trabalhador cansado sem lugar para sentar.<br>Então eles ficavam em volta do meu corpo, como uma cerca humana, protegendo-me das batidas com as pessoas devido ao movimento do trem e quando as pessoas apressadamente saíam ou entravam no trem. Uma vez, eu sentei no chão do trem, perto da porta e senti todo aquele vento maravilhoso na face. Um dos homens comprou pepino para mim. Outro limpou uma poeira que havia caído no meu braço. Outro homem estava olhando insensamente para mim. Seus olhos brilhavam com felicidade e sorriam para mim por toda a viagem. Ele era apenas um trabalahdor, mas a expressão da sua face era tão pura e linda. Ele parecia dançar loucamente, mas ele nao estava dançando.<br>Na minha mente a doçura do nome do Senhor Gouranga estava cantando por toda a viajem, continuamente. Então esses homens cantavam também: Jay Goranga!!<br>Parecia que eles sabiam oque estava acontecendo na minha mente. Parecia que eles, como eu, estávamos dançando, cantando e gritando o nome Goruanga. Esses homens simples, trabalhadores, eram notáveis Vaishnavas. Eram lindos e puros, eu nunca esquecerei eles.</p>
  319.  
  320. <br>
  321.  
  322. <p>Em uma dessas viagens , um homem perguntou-me:<br>- Que casta é você?<br>- Nenhuma. Sou do West, sou mleccha.<br>Então um homem vestido de um dhoti limpo e branco disse:<br>- Ela é Krishna-lila.<br>Eu não entendi porque ele chamou-me de Krishna-lila.<br>Quando eu cheguei no ashram de Navadwip, Malati apresendou uma devota do Japão, mas depois essa didi esqueceu meu nome e chamou-me de Krishna-lila.<br>Eu estava triste, porque eu não sabia oque fazer ou para onde ir. Gurudeva havia encerrado a conversa sobre Narottam, dizendo que ele iria encontrar com Narottam e tomar alguma providência quando ele visitasse Soquel a próxima vez.<br>Então oque eu deveria fazer? Hmmm, Krishna-lila quer dizer Vrindavana...<br>Uma devota deu a idéia de ir para a embaixada brasileira pedir por ajuda e com algum dinheiro que Manhohara deu-me, eu comprei um bilhete para Delhi.<br>Então no dia seguinte eu fui para a estação de trem. Um devoto que eu havia conhecido no dia anterior estava lá na plataforma do trem.<br>Ele trabalhava no Puspa samadhi de Sridhar Maharaj e eu limpei esse samadhi porque estava muito empoeirado. Limpei ele do teto para o chão, apesar que era uma sala enorme, eu limpei tudo e fiquei infeliz que esse devoto tomava conta desse samadhi mas não importava-se de limpá-lo e mantê-lo limpo. <p>Ele perguntou-me para onde eu iria.<br>- Eu não sei. Eu não tenho dinheiro, somente a passagem de ída para Delhi.<br>Enquanto eu falava assim, eu abri o livro que sempre carregava comigo. Eu abri ele em qualquer página:<br><i>'' Vai direto para Vrindavana por esse trem especial. Não tenta parar sua viagem em nenhum lugar(...)''</i> Inner fullfiment, por Sridhar Maharaj. - Hey, olha, Sri Krishna está dizendo para eu ir para Vrindavana, não há dúvida, eu estou indo para Vrindava... eu só não sei porque...</p>
  323.  
  324. <p><b>12)....Calcutá para Delhi sem comida ou água....</b></p>
  325. <p>Maravilha, eu peguei o trem, a viagem levaria 24 horas no mínimo, mas levou 26 horas. Fui sem dinheiro, sem comida e sem água! Eu sentei do lado do corredor.<br>Para meu lado direito havia um rapaz vestindo uma camiseta branca, sentado no alto, numa cama, e olhava para minha direção, de forma discreta. Um vededor entrou no trem e vendia coisas, esse rapaz perguntou-me:<br>- Você quer suco?<br>- Não.<br>Não conversamos mais nada do que isso, porque nao falávamos a mesma língua. Ele entendeu que eu disse que não queria suco, mas ele comprou para mim de qualquer jeito. Ele também comprou–me janta e algo para comer na manhã seguinte. Durante a viagem ele desceu do trem quando ele parava e comprou-me frutas e mais sucos também. Ele comprava os alimentos e colocava em meu colo.<br>Saí do trem e um motorista de riksha levou-me para a embaixada de graça, desde que eu pretendesse que eu era uma negociante e visitasse uma loja dentro de um shopping. Era uma loja com muitos artesanatos e roupas de boa qualidade e caras.</p>
  326.  
  327. <p><b>13) Delhi</b></p>
  328. <p>Na embaixada brasileira, a única ajuda que eles puderam oferecer foi deixar eu usar o telefone. Eu conversei com o Bhuvana Das e com Narottam Prabhu.<br>- Narottam, eu falei com o gurudeva e ele disse que visitirá Soquel e irá resolver os problema quando ele estiver lá. Mas agora diga-me, oquê eu faço???? Isso é loucura, eu não tenho jeito de sair da Índia e eu não tenho dinheiro e os problemas estão surjindo a todo momento. Quer saber de uma coisa? Você não é mais meu guru!!!!!<br>Assim que eu falei dessa forma, senti uma dor enorme no intestino e tive que correr para o banheiro. A dor era tanta que eu tive quer orar para o Senhor Krishna perdoar essa ofensa:<br>- Oh meu Senhor, perdoa-me, Narottam Prabhu é meu guru!<br>A dor imediatamente parou. Era sempre assim, quando eu dizia, ou pensava algo que fosse ofensivo, Ele fazia-me sofrer fisicamente. As vezes eu não sabia oque Ele queria, mas eu sabia sempre oque Ele não queria.</p>
  329.  
  330. <p><b>14) Minha vida é muito triste sem seu darshan</b></p>
  331. <p>Essa situação foi intrigante. Eu não queria fazer amizades com as pessoas que não importavam-se com Narottam e também não importava-se comigo. Mesmo que eu quisesse ser comportada e obedecer as autoridades do ashram de Soquel, como o resto da manada fazia, mesmo assim isso seria uma tentativa vaga e eu não conseguiria fazer isso. Mas do outro lado, se eu quisesse também ser livre de Narottam, era ainda mais difícil.<br>Somente em pensar que eu tiraria Narottam do meu coração, eu sentia que o meu coração sairia junto. Esse pensamento era suficiente para causar dor no meu intestino e em meu peito e sentiria falta de ar; eu sentiria sem vida e confusa.<br>Porisso eu nao tive opão, senão aceitar qualquer coisa que viesse para mim, boa ou ruim. Eu não poderia nunca reclamar. E eu tinha que ver o Senhor em tudo e sempre adorar meu gurudeva Narottam Prabhu no altar do meu coração.<br>Porque essas pessoas estavam com raiva do meu amor por Narottam e o dele por mim?<br>Qual era o erro de querer compartilhar nossa vida spiritual?<br>Oque era tão nojento de aceitar a orientação espiritual de outra pessoa?</p>
  332.  
  333. <br>
  334.  
  335. <p><i>Oferta de presentes em caridade, aceitar doações em caridade, revelar a mente em confiança, questionar de forma confidencial, aceitar e oferecer comida são os seis sintomas de amor por um devoto e um outro.</i><b>(Néctar da Instrução 4)</b></p>
  336.  
  337. <div class="img_position"><img src="2.jpg" width="166" height="249" alt=""></div>
  338.  
  339. <br>
  340.  
  341. <p>Oh Prabhu, quisera que eu soubesse cozinhar bem e cozinhasse para você toda vez que você quisesse. E lavar suas roupas, comprar outras novas e comprar suco de cenoura que você gosta. Prabhu, agora você não está aqui, como eu posso atender ao arati se você não está aqui?<br>Oh Prabhu, uma vez você disse–me que o templo é como um útero e você era o cordão umbilical, mas agora, sem os dois, eu sinto-me um aborto. Narottam Prabhu, eles dizem que oque sinto por você é fantasia e que eu sou louca. Que meu amor por voce é loucura... Mas mesmo que seja loucura, eu não consigo ver nada mais superior do que esse amor, eu não posso sentir nada mais profundo.<br>Meu gurudeva, na poeira dos seus pés divinos eu fiz minha morada. As pessoas vêem você como um homem ordinário, apenas um bramachary. Para mim, você não é um homem e não é um bramachary. Você é eternamente o meu guru e está além de qualquer descrição material.<br>A verdade mais elevada eu encontrei no seu silêncio.<br>Os Nomes mais Santos eu encontrei nos seus lábios.<br>A beleza mais explêndida eu encontrei nos seus pensamentos.<br>O lugar mais sagrado encontra-se onde você está.</p>
  342.  
  343. <br>
  344.  
  345. <p><b>Uma pessoa que está à procura pela Suprema Verdade Absoluta, a Personalidade de Deus, certamente deve procurá-Lo em todas as circunstâncias, em todo o espaço e tempo e ambos dieretamente e indiretamente.</b><i> (Srimad Bhagavatam 2.9.36)</i></p>
  346.  
  347. <p>Eu prefiro nadar da minha maneira. A especulação por bilhões de vida encarcerou–me na dualidade ou no vazio. Agora eu quero seguir meus sentimentos, os sentimentos vindo da alma, não da mente.<br>A filosofia, a vida social e as pátricas devocionais que não levam–me para a poesia, prestam pra nada.<br>Por toda minha jornada, eu realmente senti o Senhor seguindo-me. E de forma prática através de homens, mulheres e animais, Ele comunicou-se comigo, Ele ajudou-me, Ele guiou-me.</p>
  348.  
  349. <br>
  350.  
  351. <div class="img_position"><img src="naja.jpg" width="166" height="141" alt=""></div>
  352.  
  353. <br>
  354.  
  355. <p><b>Janardan Mahanaja</b> 29.4.99</p>
  356.  
  357. <p><i>Ele não sabe o que é<br>ser humano e sem egoísmo<br>Como ele pode entender<br>madhuram, doçura Suprema?<br><br>Ele escreve artigos próprios para idiota<br>como uma criança quando lê algum livro<br>faz cópia para sua escola<br><br>Controlar é o seu grande prazer<br>suas palavras são o seu doce veneno<br>com quadris agradáveis feitos à medida<br>para quem vai nascer como uma mulher<br><br>Para entregar ao mestre<br>Não é apenas deitar o corpo<br>mas para ele o que importa?<br><br>Ele mudou uma sociedade para outra<br>Eu não sei muito sobre ele<br>ele só queria reparar um erro<br>entáo ele moveu-se como uma serpente<br>quando é hora de mudar a pele<br><br>E o seu passatempo favorito:<br>fazer fotos de si mesmo<br>para enfeitar as páginas, o tempo todo<br><br>Como um cão que gosta de lutar<br>por sua grande 'misericórdia' eu estou chorando<br>Eu não posso estar com a minha própria sociedade<br>devido ao néctar das suas mentiras<br><br>Eu não preocupo-me por falsos amigos<br>ele pensou que ele destruíu -me<br>mas novo início começa depois de um final<br>até demônios traz Hari</i></p>
  358. </div>
  359. <!-- END Sidebar -->
  360.  
  361. <br><br>
  362.  
  363. <div id="footer"><p>&nbsp;</p></div>
  364.  
  365. </div><!-- Wrap -->
  366. </body></html>
  367. <!-- http://hari.pastebin.com/2hE91Tve -->
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