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- PIB: 545,9 bilhões USD (2016)
- OMS: Várias pessoas me escrevem perguntando sobre como é o sistema de saúde na Argentina. Principalmente se é bom e se é caro. Para começar, é impossível falar disso sem mencionar e explicar a “Obra Social”. Na Argentina não existe Carteira de Trabalho, todas as pessoas que quiserem trabalhar legalizadas, será por contrato ou como “monotributistas” – profissionais liberais e autônomos. São as duas opções para estar “en blanco”, legal. O contrário do trabalho “en negro”, ou seja, clandestino e ilegal.
- Ao trabalhar “en blanco”, serão descontados do pagamento do mês, o imposto integrado pela categoria (Educação, Saúde, Direito, etc) e o valor da Obra Social e, no caso de “monotributistas”, desconta-se também um valor de autônomo ativo. O que quer dizer que, ao começar um trabalho legal, automaticamente estará inserido na Obra Social, como é conhecido o sistema de saúde público na Argentina. A Obra Social tem valores diferentes de acordo com a categoria profissional e com ela, além do atendimento médico hospitalar, a pessoa também pode solicitar uma visita médica domiciliar e pagar todos os remédios com descontos, desde que apresente a receita médica e o número da O. Social nas farmácias.
- Tenho certeza que alguns, ao lerem isso, ficarão pensando se funciona de verdade. Sim, funciona. Nunca precisei, mas morando em residências, presenciei várias colegas de apartamento que ficaram doentes e solicitaram um médico em casa, e eles chegaram entre vinte minutos a uma hora com uma ambulância. Sempre são dois enfermeiros(as) que fazem o atendimento e, caso tenha sido avisado na ligação sobre um problema mais sério, vem um médico e um enfermeiro(a). Fazem a consulta, dão um medicamento ou receitam algum e, se necessário, já levam a pessoa na ambulância ao hospital público mais próximo. Eles deixam um papel com a informação da visita e a pessoa, quando melhorar, deverá ir ao edifício da O. Social, solicitar uma espécie de atestado, para que não seja descontado o dia de trabalho. Confesso que a primeira vez que vi o atendimento domiciliar, fiquei bastante impressionada por não ser uma prática existente no Brasil.
- Outro caso foi o de uma colega de residência que tentou o suicídio e chamamos a emergência que chegou em exatos 15 minutos em um sábado à noite. Ela foi socorrida, levada ao hospital e, dois dias depois, encaminhada pelo psiquiatra a um hospital psiquiátrico para receber cuidados intensivos, onde ela ficaria por um mês sendo acompanhada e medicada. E tudo isso sem sair nenhum centavo do bolso dela. Sei que não funciona sempre à perfeição, e menos ainda em bairros muito carentes e periféricos, no entanto, todas as vezes em que eu estive presente ou participei de algum chamado, tanto o serviço, quanto o atendimento foram os mesmos: eficientes.
- Os hospitais públicos, dependendo do bairro, são bastante limpos e organizados. Em geral, não os vejo entupidos de gente como nas grandes cidades brasileiras, entretanto, essa é a minha visão de fora e de brasileira acostumada aos nossos hospitais públicos completamente decadentes, pois se perguntar a qualquer argentino vão dizer que aqui tudo é péssimo. Porém, sendo bastante sincera, não é não. Funciona bastante bem e já imagino que alguém está se perguntando sobre os planos de saúde tão comuns no Brasil. Aqui o forte é a O. Social, mas tem algo muito legal nela para quem acha que somente hospitais caros têm bons profissionais. Nós podemos passar da nossa O. Social para uma de outra categoria! Um exemplo é que muitos dizem que os melhores hospitais estão dentro da O. Social da categoria dos advogados, e é possível ter acesso a ela mesmo pertencendo a outra categoria. Para isso, basta solicitar a mudança e pagar a diferença. Os valores são diferentes, afinal os profissionais de cada área ganham valores distintos e o cálculo a ser descontado da folha de pagamento vem daí. E aí está o bom da história: ao solicitar e informar que mudará de O. Social para uma mais cara, eu continuo pagando o valor da minha O. Social no salário, e ele será transferido para a nova categoria e, depois, eu somente pago a diferença. Para ficar mais claro, no Brasil, a maioria das pessoas paga um plano de saúde particular e ao mesmo tempo é descontado da folha de pagamento o imposto para a Saúde, o que significa que está pagando duas vezes. Aqui, quem escolhe mudar de categoria de O. Social, apenas completa o valor, já que é permitida essa transferência de pagamento.
- Ranking da Educação: 35. Argentina
- Banco Mundial: Buenos Aires - O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, viajou para Buenos Aires nesta sexta-feira para oferecer apoio ao presidente da Argentina, Maurício Macri. "Estou muito impressionado e entusiasmado com as reformas que Macri está buscando", disse Kim, em uma entrevista coletiva ao lado do líder argentino. Os comentários do presidente do Banco Mundial contrastam com o relacionamento que líderes multilaterais tiveram com Cristina Kirchner, a antecessora de Macri. No próximo ano, o Banco Mundial espera oferecer financiamento de até US$ 1 bilhão para o setor público argentino e um montante igual para as empresas do setor privado.
- Unicef: Buenos Aires, 8 Jun 2017 (AFP) - Cerca de 5,6 milhões de crianças estão na pobreza na Argentina, das quais 1,3 milhão vive na indigência, segundo um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
- IDH: 0,827 (Pnud 2016) - índice de desenvolvimento humano muito alto.
- água potavel: Argentina é um dos países com melhor aprovisionamento de água potável, sendo que 15% da sociedade não tem acesso a ela. Na Cidade de Buenos Aires e nalgumas zonas da Grande Buenos Aires, mais de 250.000 pessoas não têm acesso à água segura e não contam com serviços de saneamento.
- Na Argentina, por exemplo, a principal causa de contaminação em rios e cursos de água está relacionada com a descarga de esgotos nos afluentes sem qualquer tratamento. Há também a contaminação por pesticidas, fungicidas e fertilizantes é muito vasta e difícil de erradica que, no caso da Argentina tem o Alto Valle del Río Negro, produtor de frutas. As necessidades básicas da população não são o único, nem o mais importante fator de consumo do recurso.
- O caso da bacia do Rio de La Plata na Argentina, o terceiro rio mais poluído do mundo, é emblemático. Nele desaguam as águas da bacia Matanza Riachuelo que nos seus 2.200 km2 atravessa 14 municípios da Grande Buenos Aires e da Cidade e conta com uma população de 7.266.000 de habitantes, dos quais 35% não tem acesso a água potável, 55% não tem saneamento e convive com 105 lixeiras a céu aberto. Para além das lixeiras e da água dos esgotos, outros agentes de contaminação são as 20.000 indústrias da bacia, entre frigoríficos e curtumes.
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