OUT OF CHARACTER

APRESENTAÇÃO - pode me chamar de Lars, eu tenho 30 anos e atendo por qualquer pronome :)

CONTATO -  Não desejo fazer parte do blog, e não tenho nenhum trigger!

IN CHARACTER
nome do personagem: Ilmi Sobong (ele/o, ela/a)
face claim: Kim Hyojong (E’dawn)  - PENTAGON
Idade: 24 anos
Ocupação: Comerciante no mercado da meia noie
Moradia: Isanghan
- cite quatro adjetivos sobre sua personalidade: sereno, medianeiro, despretensiosa, atípica.

PRIMEIRA CAMADA - infância & família.

Ilmi já teve seu primeiro respiro fraco com o peso de vários estígmas. Enquanto sua mãe era viva, ela tentou proteger o filho o máximo possivel, mas algumas coisas nem a magia pode salvar.

A mãe, uma bruxa sem muito renome na comunidade auspiciosa da Ordem ou sequer apreciada por várias bruxas da elite por suas ideias progressivas demais. Ela acreditava em coisas ridículas como, ora, igualdade e oportunidades iguais para os seres mágicos, e que a magia em pura não pertencia a ninguém. As cicatrizes de desgosto dessa pequena porção desgarrada da familia Sobong era uma vergonha, e como todas as vergonhas: isolada.

A bruxa amou seu filho, como muitos não amariam, desde o primeiro segundo. Pelo gosto da água gelada na boca, ela soube que estava grávida. Ela lia os livros de poemas e aventuras para a pequena sementinha que crescia dentro dela, com a alegria de se sentir nutrindo uma vida assim como ela fazia com as plantas da estufa no quintal da casa, preenchida até o teto com as mais diversas ervas e plantas que a botânica mágica fornecia. Aquele dom com o verde era uma mistura de amor e magia, com certeza.

Ela sempre soube que doaria toda sua mágica para o filho, pra que ele pudesse ter o máximo de proteção possivel naquele mundo que não seria nenhum pouco gentil com seu pequeno bruxo. O que ela não sabia é que o parto seria tão dificl, drenando muito da força da bruxa para sequer se manter viva. Transferir a magia da mãe para o bebê enfraqueceu os dois, e os planos da bruxa mudaram: ela dividiu o pouco de mágica que restava entre as duas vidas, porque se não fosse assim ela não teria a chance de ao menos ver seu filho crescer.
Ilmi, um bebê tão perfeito e rosadinho, nasceu fraco e pobre em magia. As complicações do parto exigiram demais tanto da mãe quanto do recem nascido, que seria para sempre prejudicado. Com o passar dos anos a mãe percebeu que o filho não conseguia passar muito tempo acordado, sua memória era tão escassa quanto fumaça, a saúde era fraca e frágil como folhas secas, mas Ilmi tinha sim seus pequenos talentos.

Onde ele dormia no jardim, a grama era mais verde. As plantas com que ele conversava cresciam mais robustas. Os pássaros piavam em resposta quando ele dava bom dia. Sempre havia algo novo para aprender com o mundo, sozinho, ou com a própria mãe.

A bruxa protegeu o filho como pôde, quando a falta de energia e a idade diminuiam os anos de sua vida. Ela não precisav ade previsões e adivinhações para saber que não tinha muito tempo. O corpo de seu filho foi bordado com delicadas tatuagens - feitiços permanentes para que a saúde do Ilmi melhorasse só um pouco mais. Para que ele não desmaiasse demais. Para que os pesadelos não fossem tão constantes.

Tudo o que Ilmi tem de herança da mãe são as marcas na pele, a loja na frente da casa, a estufa cheia de plantas, jóias e quinquilharias, os livros empoeirados e uma saudade imensa.

SEGUNDA CAMADA - a magia dentro de si.

A magia que ele ganhou da mãe não era muita, comparada a das outras bruxas herdeiras e mais poderosas. Por conta disso, Ilmi tem alguns feitiços tatuados no corpo que ajudam ele a ter uma vida mais funcional - os primeiros sua mãe tatuou antes de morrer, mas as outras tatuagens ele mesmo conseguiu enfeitiçar depois de mais velho.

Ilmi nunca teve uma educação formal em magia, então tudo que ele sabe vem da prática autodidata usando os livros da mãe ou de quem mais doar um pouco de conhecimento. Ele é experimentalista e curioso, então aprender é um prazer.

É costume dele usar as jóias da mãe diariamente, com runas e encantos mansos e variados. Ilmi não tem pretensão de se envolver em assuntos políticos e elitistas do mundo mágico, evitando receber mais abuso que o necessário. Fabricar e vender poções elixirs medicinais não é um objetivo muito ambicioso no mundo da magia, mas é o suficiente.

TERCEIRA CAMADA - seu cerne.

Ilmi tem medo de ir muito a fundo na comunidade mágica porque ele sabe que sua mãe não era bem recebida e ele muito menos: bruxo homem, fraco, doente. Um analfabeto mágico sem boa educação e controle. Por isso ele prefere continuar vivendo tranquilo e quieto em casa, focado em cuidar das plantas e flores mágicas pra vender no mercado.

No seu nascimento o feitiço de transferir a magia da mãe com o filho deu errado e isso acabou enfraquecendo tanto Ilmi quanto sua mãe. Ela morreu quando ele tinha onze anos, e Ilmi cresceu sozinho - sem familia e sem amigos. Quem teria interesse em um estorvo como ele? Sua única aliada era a pouca magia que cercava sua vida. Ele sempre teve muitos pesadelos e terror noturnos com a morte da mãe e com a própria morte. Hoje em dia os pesadelos são menos frequentes graças a alguns encantamentos, mas Ilmi não aprendeu a lidar muito bem com a questão de solidão e a culpa.

Ele precisa aprender a acreditar mais em si e se sentir válido como bruxo e ser humano, digno de merecer uma vida com amor e acolhimento.