app castro II

002. ficha básica
todos os moradores de castro estão interessados em saber mais sobre simon klein müller! o que descobri até agora é que ele tem quarenta anos, é escritor e professor universitário, e veio de freiburg, ger. se identifica como homem cis e é homossexual. ele mora na ambrosia, então deve ser classe média. além disso, ele é a versão melhorada do sebastian stan.

003. desenvolvimento inicial
Um grande apaixonado por literatura, um dia viveu um romance semelhante aos livros que tanto amava e casou-se com uma jovem estudante de matemática, o casamento deles rendeu muitos abortos e sofrimento de início, até que, quando a esperança estava se esgotando, uma gravidez persistiu até o fim e foi assim que Simon nasceu, sendo o único filho do casal que carregava o sangue da família Müller e o pequeno milagre daquele casal que nasceu com suas cordas vocais em má formação, o que resultou em uma criança silenciosa que emitia sons baixos e rangidos. Como filho único e com aquela deficiência vocal, Simon foi criado sobre atenção exagerada, com tardes tiradas entre pai e filho sob um belo por de sol enquanto ouviam alguma música clássica, ou quando sua mãe decidia ler um de seus livros preferidos cheio de enigmas e mistérios, tardes invadidas por vizinhos persistentes e inconvenientes, estudiosos que os visitavam para algumas longas horas de debates com vinho e queijo. Nascido da Alemanha e perto da incrível floresta negra, Simon acabou ficando ligado a culinária e se apaixonando por, simplesmente, cozinhar sob o olhar encantado de sua mãe.
Parecia tudo perfeito, claro, não podia ser diferente vindo de uma família com uma cabeça tão aberta e cheias de esperanças sobre o que seu filho poderia proporciona-los, tudo parecido incrivelmente encaixado como um quebra-cabeças muito bem elaborado. O que não sabiam era do que vinha pelos bastidores daquela família sem defeitos, a mãe era professora universitária e fazia viagens frequentes à Berlim, onde dava aulas e palestras importantes, nesse tempo que ela vivia longe, o marido tinha hábitos estranhos que só fazia quando o filho não estava por perto, era comum que Simon entrasse em sua casa no momento em que um jovem rapaz bonito e de cabelos claros, deixava a residência com um belíssimo sorriso nos lábios, seu pai parecia cada vez mais distraído e aéreo, porém mais feliz, acordava cantarolando e enchia sua mulher de presentes, beijos e declarações de amor.
A descoberta da relação extra conjugal com o mesmo rapaz veio com o pedido de divórcio, apesar de sua mãe ter reagido imediatamente de uma maneira bastante dramática, a relação deles aos poucos foi tomando uma posição mais amigável e Simon conseguiu manter a presença de seu pai na vida, certo que as brigas e as alfinetadas passaram a existir em sua vida, até o momento em que sua mãe se casou de novo, foi aí que ela descobriu que já não podia mais ter filhos e as adoções passaram a acontecer frequentemente, Simon estava estudando na faculdade quando conheceu seu primeiro irmão, e cada viagem que fazia, uma nova criança ocupava mais um espaço na casa da família, não se importava em ter pessoas diferentes, com traços asiáticos ou com a pele mais escura, todos eram seus irmãos e isso fez com que o rapaz conseguisse se relacionar melhor com pessoas diferentes assim como ele era.
A ida até os Estados Unidos veio com o seu doutorado, conseguindo também passar em um processo seletivo bastante rígido e burocrático para se tornar professor e com a sua nova rotina, o alemão se afastou da família no qual sempre lhe mimou, foi aí que percebeu que toda a perfeição não era tão bom assim, viver sozinho era um pouco mais complicado e a solidão era o seu maior medo. Dentre todos os desafios diários que enfrentava na sua profissão, já que precisava de sua voz e era o que lhe faltava no momento, conseguia se sair excelentemente bem e até mesmo conseguiu alguns prêmios de educação pela ousadia e por ideias que ultrapassavam a barreira de sua deficiência.
Então, pelo medo da solidão abriu espaço na casa para seus irmãos adotivos, dentre seus três andares extensos além da casa da piscina, chegou a ter seis pessoas ou mais hospedadas com ele, foi assim que se tornou conhecido e popular entre seus alunos, estava sempre tão próximo de jovens que conseguia se dar bem com eles, mas tirando isso, sua vida continuava presa a uma solidão que não conseguia descrever, e foi dessa solidão que passou a escrever em um blog, crônicas, poemas e histórias curtas sobre os sentimentos confusos e fortes que envolviam a mente turva do professor, o que ele escondia de cada pessoa que fazia parte de sua vida era exposto com palavras bonitas e um pseudônimo encantador.