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- pag 5
- Neflim significa "que caiu do céu"
- Os escritos do antigo Oriente Médio, que incluem uma profusão de textos
- astronômicos, falam claramente de um planeta de onde esses astronautas ou
- deuses vieram.
- pag 6
- Um planeta
- invasor foi apanhado na órbita solar e como a Terra e outras partes do
- sistema solar foram trazidas à luz do dia.
- De vários modos, o homem
- moderno, o Homo sapiens, é um estranho à Terra.
- pag 7
- E por que é que toda a matéria viva na Terra contém tão poucos dos
- elementos químicos que abundam na Terra e tantos daqueles que são raros
- em nosso planeta?
- pag 8
- Depois, súbita e inexplicavelmente, há 35.000 anos, uma nova raça de
- homens - Homo sapiens ("o homem pensante") - apareceu como que vinda
- do nada e varreu o Homem de Neanderthal da face da Terra
- ------- Parte de uma suposta mudança abrupta na civilização, e chega até os Sumérios, a primeira civilização segundo o material -------- (PG 27)
- ------- Apresenta diversos adventos sumérios e menção à deuses dando orientações aos homens --------
- Algumas imagens e legendas são apresentadas (pg 41)
- pg 54
- E o espantoso de tudo isto é que, até o presente, os eruditos não
- têm nenhuma suspeita acerca da identidade dos sumérios, de sua procedência
- e do como e porquê do aparecimento de sua civilização.
- Porque seu aparecimento foi repentino, inesperado, vindo do nada.
- H. Frankfort (Tell Uqair) diz que o fato é espantoso. Pierre Amiet (Ellam)
- taxou-o de extraordinário. A. Parrot (Sumer) [A Suméria] descreve-o como
- "uma chama que saltou repentinamente". Leo Oppenheim (Ancient
- Mesopotâmia) [A Antiga Mesopotâmia] salienta "o período de tempo
- espantosamente curto" no qual esta civilização se ergueu. Joseph Campbell
- (The Masks of God) [As Máscaras de Deus] resume-o deste modo: "Com
- uma atordoante brusquidão... aparece neste pequeno e barrento jardim
- sumério... toda a síndrome cultural que constitui desde então a unidade
- embrionária de todas as grandes civilizações do mundo".
- CAP 3
- pg 58
- O que é que, depois de centenas de milhares e mesmo milhões de anos de
- lento e doloroso desenvolvimento humano, mudou, de maneira repentina,
- tudo tão completamente e, num golpe de mágica - em aproximadamente
- 11.000 a.C., 7.400 a.C., 3.800 a.C. -, transformou os caçadores nômades
- primitivos e os catadores de alimentos em agricultores e fabricantes de
- cerâmica e, depois, em construtores de cidades, engenheiros, matemáticos,
- astrônomos, metalúrgicos, comerciantes, músicos, juízes, doutores,
- escritores, bibliotecários e padres?
- "Tudo o que parece belo, nós o criamos pela graça
- dos deuses”.
- pg 66
- Não há dúvida de que as tradições e religião gregas chegaram ao continente
- grego vindas do Oriente Médio, via Ásia Menor e ilhas mediterrâneas. Foi lá
- que seu panteão firmou raízes; é lá que devemos procurar as origens dos
- deuses gregos e suas relações astrais com o número doze.
- pg 67
- Os deuses na Terra tiveram sua origem nos céus, e as
- principais divindades, mesmo na Terra, continuaram a representar corpos
- celestiais.
- pg 68
- As semelhanças entre os panteões védico e grego são óbvias. Os contos que
- dizem respeito às principais deidades, assim como os versos tratando da
- multitude de divindades inferiores - filhos, esposas, filhas, amantes -, são,
- nitidamente, duplicados (ou originais?) dos contos gregos. Não há dúvida de
- que Dyaus veio a querer dizer Zeus; Dyaus-Pitar, Júpiter; Varuna, Urano; e
- assim por diante. Em ambas as circunstâncias, o Círculo dos Grandes Deuses
- sempre foi de doze, não importa as mudanças que fossem ocorrendo na
- divina sucessão.
- pg 78
- Será que as batalhas particulares travadas por Teshub sobre a terra e nos céus
- ocorreram quando a Idade de Taurus começou, por volta do ano 4.000 a.C.?
- Foi por essa razão que ao vencedor se concedia a associação com o Touro? E
- estariam os acontecimentos de qualquer modo ligados ao início, exatamente
- na mesma época, da súbita civilização suméria?
- pg 94
- Quem eram estes deuses do céu e da terra, divinos e, no entanto, humanos,
- sempre chefiados por um panteão ou círculo reservado de doze deidades?
- Entramos nos templos arianos, nos gregos, nos hititas e nos hurritas, nos
- cananitas, nos egípcios e nos amoritas. Seguimos rotas que nos levaram
- através de continentes e mares, e pistas que nos arrastaram ao longo de vários
- milênios.
- E todos os corredores de todos os templos nos levaram a uma mesma fonte: a
- Suméria.
- pg 98
- Enquanto isso, as deusas, a "Divina Prole de Anu, As Divinas Filhas de
- Uruk", carregavam um segundo objeto (cujo nome ou fim não são claros) até
- ao E.NIR, "A Casa do Leito Dourado e da Deusa Antu". Depois, regressavam
- em procissão à sala da corte, até o lugar onde Antu estava sentada. Enquanto
- a refeição da tarde era preparada de acordo com um rígido ritual, um
- sacerdote especial untava com uma mistura de "bom azeite" e vinho as
- dobradiças da porta do santuário para o qual Anu e Antu se retirariam à noite
- - um gesto atencioso com o qual se pretendia (ao que parece) eliminar o
- rangido das portas durante o sono das duas deidades.
- Enquanto uma "refeição da tarde" era servida (várias bebidas e aperitivos),
- um sacerdote-astrônomo dirigia-se ao "mais elevado piso da torre do templo
- principal" para perscrutar os céus. Ele estava ali para observar o
- aparecimento numa específica parte do céu de um planeta chamado Grande
- Anu do Céu. Ali no topo, ele tinha de recitar as composições intituladas
- “Aquele que cresce brilhante, o celestial planeta do Senhor Anu" e "A
- Imagem do Criador ascendeu".
- pg 100
- A parte final desta barra se quebrou, mas outro texto descreve, com todas as
- probabilidades, a partida: a refeição da manhã, os encantamentos, os apertos
- de mão ("a posse das mãos") dos outros deuses. Os grandes deuses eram
- levados até seu ponto de partida em liteiras semelhantes a tronos aos ombros
- de funcionários do templo. Uma descrição assíria de uma procissão de
- deidades (embora de uma época mais tardia) dá-nos, provavelmente, uma boa
- idéia da maneira como Anu e Antu eram levados durante sua procissão em
- Uruk.
- Eram
- pg 109
- Uma vez que os códigos de leis pelos quais os homens viveram no antigo
- Oriente Médio foram dados pelos deuses, não há razão para que as leis
- sociais e de família aplicáveis aos homens não fossem cópias das que eram
- aplicáveis aos deuses
- pg 112
- Alguns eruditos vêem em Adapa (o "homem modelo" de Enki) o bíblico
- Adama ou Adão. O duplo significado do sumério “TI” suscita também
- paralelos bíblicos. Ti podia significar tanto "vida" como "costela.", e, assim,
- o nome de Ninti significava não só "senhora de vida" como também “senhora
- da costela". A Eva bíblica, cujo nome signifIcava "vida", foi criada à partir
- da costela de Adão, e, portanto, Eva, de certo modo, era também uma
- "senhora de vida" e "senhora da costela".
- pg 114
- Enquanto Zu fugia em sua MU (traduzido "nome", mais indicando uma
- máquina voadora) para um longínquo esconderijo, as conseqüências de seu
- ousado ato começavam a surtir efeito.
- pg 117
- Quem era Zu? Seria ele, como defendem alguns estudiosos, um "pássaro
- mitológico"?
- É evidente que ele podia voar. Mas também qualquer homem hoje em dia o
- pode fazer se tomar um avião, ou qualquer astronauta que viaje numa nave
- espacial. Ninurta também podia voar tão habilidosamente como Zu (talvez
- mesmo melhor). Mas ele próprio não era um pássaro fosse de que tipo fosse,
- como retratam abundantemente as suas muitas descrições (por ele próprio ou
- pela sua consorte BA.U, também chamada GU.LA). Muito pelo contrário, ele
- executava seu vôo com a ajuda de um notável “pássaro", que mantinha
- guardado em seu recinto sagrado (o GIR.SU) na cidade de Lagash.
- Nem sequer Zu era um "pássaro". Aparentemente ele tinha à sua disposição
- um "pássaro" no qual podia fugir voando até o esconderijo. Foi do interior
- destes "pássaros" que a batalha do céu entre os dois deuses teve lugar. E não
- podem restar dúvidas relativas à natureza da arma que finalmente liquidou o
- "pássaro" de Zu. Chamado TIL em sumério e til-lum em assírio, e devia
- querer dizer o que til significa hoje em dia em hebraico: "míssil".
- Zu, então, era um deus, um dos deuses que tinha razões para planejar a
- usurpação dos poderes de Enlil, um deus com quem Ninurta, como legítimo
- sucessor, tinha todos os motivos para lutar.
- pg 124
- Tal como os códigos de leis e os registros de corte são testemunhos humanos
- da real presença entre os antigos povos da Mesopotâmia de uma deidade
- chamada Utu/Shamash, assim existem inscrições sem fim, textos,
- encantamentos, oráculos, orações e descrições atestando a presença física e a
- existência da deusa Inanna, cujo nome acádio era Ishtar. Um rei
- mesopotâmico do século 13 a.C. afirma que ele reconstruíra o templo da
- deusa da cidade de seu irmão - Sippar - em alicerces que no tempo tinham
- 800 anos de existência. Mas em sua cidade central, Uruk, os contos
- referentes a Ishtar recuam até mais vetustos tempos.
- pg 133
- A primeira pista sugerindo a aplicação aos grandes deuses do sistema
- numérico criptográfico apareceu com a descoberta de que os nomes dos
- deuses Sin, Shamash e Ishtar eram freqüentemente substituídos nos textos
- pelos números 30, 20 e 15, respectivamente. A mais alta unidade do sistema
- sexagesimal sumério - 60 - era associada a Anu; Enlil "era" o 50; Enki, o 40,
- e Adad, o 10. O número 10 e seus seis múltiplos dentro do número de base
- 60 eram deste modo associados a deidades masculinas e parecerá plausível
- que os números terminados em 5 fossem associados às deidades femininas. A
- partir daqui, surge a seguinte tábua criptográfica:
- MASCULINO FEMININO
- 60 - Anu 55 - Antu
- 50 - Enlil 45 - Ninlil
- 40 - Ea/Enki 35 - Ninki
- 30 - Nanna/Sin 25 - Ningal
- 20 - Utu/Shamash 15 – Inanna/Ishtar
- 10 - Ishkur/Adad 5 - Ninhursag
- 6 deidades masculinas 6 deidades femininas
- CAP 5 - Os Nefilim - Povo dos Foguetes Faiscantes
- pg 135
- Os textos sumérios e acádios não deixam dúvidas de que os povos do antigo
- Oriente Médio estavam convencidos que os deuses do céu e da terra eram
- capazes de se erguer da terra e ascender até aos céus, assim como de vaguear
- à vontade pela atmosfera terrestre.
- pg 137
- Os textos que relatam certa viagem arriscada mencionam o modo como
- Inanna colocou nela própria, meticulosamente, sete objetos primordiais para
- o início da viagem e como teve de ir se desfazendo deles à medida que
- passava através dos sete portões que conduziam ao domicílio da irmã. Estes
- objetos são também mencionados noutros textos que tratam das jornadas
- rumo ao céu de Inanna:
- 1. O SHU.GAR.RA ela pôs na cabeça.
- 2. "Brincos de medida" nas orelhas.
- 3. Correntes de pequenas pedras azuis à volta do pescoço.
- 4. "Pedras" gêmeas em seus ombros.
- 5. Um cilindro dourado nas mãos.
- 6. Fitas segurando seus seios.
- 7. A veste PALA envolvendo seu corpo
- pg 138 - 139
- Gravura de uma mulher segurando um vaso, que o autor afirma serem os equipamentos da página 137
- pg 140
- Ao contrário das gravações planas ou baixos-relevos, esta representação
- tridimensional e em tamanho natural da deusa revela aspectos interessantes
- de seu traje. Na cabeça, não usa nenhum chapéu da moda, mas um elmo
- especial, em cujas laterais aparecem, salientes e adaptados às orelhas, uns
- objetos que fazem lembrar os fones de um piloto. Em seu pescoço e na parte
- superior do tronco, usa um colar de muitas e pequenas pedras (talvez
- preciosas); nas mãos segura um objeto cilíndrico que parece demasiado
- denso e pesado para ser um vaso de guardar água.
- Debaixo de uma blusa de tecido transparente, duas fitas paralelas percorrem
- o peito ligando-se atrás e mantendo no lugar uma invulgar caixa de forma
- retangular. A caixa é mantida firme de encontro à parte traseira do pescoço
- da deusa e está firmemente ligada ao elmo por uma fita horizontal. O que
- quer que a caixa possa ter contido no seu interior era, com certeza, pesado,
- uma vez que o dispositivo é ainda suportado por duas almofadas largas nos
- ombros. O peso da caixa é ainda aumentado por um tubo que se liga à sua
- base por um fecho circular. Todo o complexo de instrumentos, porque se
- trata realmente de instrumentos, é mantido em posição com a ajuda de dois
- conjuntos de fitas que se entrecruzam nas costas e no peito da deusa.
- Tudo isto nos sugere que a indumentária era a de um aeronauta ou astronauta.
- Tudo isto nos sugere que a indumentária era a de um aeronauta ou astronauta.
- O Antigo Testamento chamava aos "anjos" do senhor malachim -
- literalmente, "emissários", que transportavam mensagens divinas e
- executavam ordens divinas. Como revelam tantas circunstâncias, eram
- homens divinos do ar: Jacó viu-os subindo uma escada para o céu, e foram
- eles que trouxeram a destruição aérea a Sodoma e Gomorra.
- pg 141
- É certamente possível que transportassem armas características: os dois
- "homens" em Sodoma, que quase foram linchados pela multidão,
- "aniquilaram o povo à entrada da casa com a cegueira... e eles foram
- incapazes de achar o caminho". E outro anjo, aparecendo a Gedeão, quando
- ele foi escolhido para ser juiz em Israel, deu-lhe um sinal divino tocando uma
- rocha com seu bastão, fazendo logo saltar chamas da pedra.
- A equipe chefiada por Andrae encontrou, no entanto, outra invulgar
- descrição de Ishtar em seu templo em Ashur. Mais uma escultura de parede
- do que o habitual relevo, mostra a deusa com um elmo justo decorado com
- "fones" estendidos como se tivessem suas próprias antenas, e usando ainda
- uns "óculos" muito evidentes, que faziam parte do elmo.
- pg 144
- Indubitavelmente, não se trata de mera coincidência que os hititas, unidos à
- Suméria e à Acádia através da área de Khabur, tivessem adotado como signo
- escrito para "deuses" o símbolo nitidamente decalcado dos "olhos"
- das estatuetas. Não admira também que este símbolo ou hieróglifo para "ser
- divino", expresso em estilos artísticos, tenha dominado a arte não só da Ásia
- Menor, mas também dos primeiros gregos durante os períodos minóico e
- micênico.
- Os textos antigos indicam que os deuses colocavam esta peça especial não
- apenas para seus vôos nos céus da terra, mas também quando ascendiam aos
- distantes céus. Falando de suas visitas ocasionais a Anu em sua residência
- celestial, Inanna explica que ela própria podia empreender estas jornadas
- porque "o próprio Enlil cingia a divina peça ME à volta do meu corpo".
- pg 145
- As provas do antigo Oriente Médio
- mostram que, embora os deuses possam ter sido representados com asas para
- indicar suas capacidades voadoras - ou por vezes talvez com uniformes
- alados como marca de sua posição de homens do ar -, eles nunca tentaram
- usar asas adaptadas para voar. Muito pelo contrário, usavam veículos para
- tais viagens.
- pg 146
- Podemos concluir que o equipamento usado pelos seres divinos era uma
- espécie qualquer de aeroplano que podia aparecer sobre um local, flutuar por
- um momento e desaparecer de vista outra vez.
- pg 147
- Alguns estudiosos da descrição bíblica (tais como Josef F. Blumrich, da
- NASA, EUA.) concluíram que o "carro", visto por Ezequiel, era um
- helicóptero consistindo em uma cabina assente em quatro suportes, cada um
- deles equipados com asas rotativas - um verdadeiro "furacão
- A similitude das descrições bíblicas e sumérias, tanto nos veículos como nos
- seres que viajavam dentro deles, é óbvia. A descrição dos veículos como
- "pássaros", "pássaros de vento" e "furacão" que se podiam erguer em direção
- ao alto enquanto emitiam um esplendor não deixa dúvidas de que se tratava
- de um tipo qualquer de máquina voadora.
- pg 149
- A moeda representa um templo composto de duas partes. Numa face da
- moeda está gravada a estrutura do templo principal, imponente com sua
- entrada de colunas. Por detrás dela há um pátio interior, ou "área sagrada",
- escondido e protegido por um alto e maciço muro. É nitidamente uma área
- elevada, uma vez que só se pode chegar a ela subindo vários lances de
- escadas.
- pg 158
- A tradução tradicional de shem por "nome" tornou o conto ininteligível
- durante gerações. Por que é que os antigos residentes de Babel - Babilônia -
- se empenharam em "fazer um nome", por que é que o "nome" teria de ser
- colocado no topo de uma "torre cujo cume tocará os céus", e como é que "a
- construção de um nome" poderia contrariar os efeitos da dispersão do gênero
- humano sobre a terra?
- Se tudo o que aqueles povos queriam era fazer (como explicam os
- estudiosos) uma "reputação" para eles próprios, por que é que esta tentativa
- aborreceu tanto o Senhor? Por que é que a composição de um "nome" era
- considerada pela Divindade como um feito a seguir ao qual “tudo o que eles
- planejaram fazer, não mais lhes será impossível realizar"? As explicações
- tradicionais são certamente insuficientes para esclarecer por que o Senhor
- considerou necessário convocar outros deuses sem nome para descer à terra e
- pôr um fim a este esforço humano.
- Acreditamos que as respostas para todas estas perguntas se tomam plausíveis,
- óbvias até, assim que lemos "veículo em direção ao céu" em vez de "nome"
- para traduzir a palavra shem, que é o termo empregado no texto original
- hebraico da Bíblia. A história trataria então da preocupação da humanidade
- com a dispersão dos povos sobre a face da terra, que resultaria numa perda de
- contatos entre si. Por isso, eles decidiram construir um "veículo em direção
- ao céu" e erigir uma "torre de lançamento" para tal veículo para que também
- eles, tal como, por exemplo, a deusa Ishtar, pudessem voar num mu "sobre
- todas as terras povoadas".
- pg 164
- A "longínqua viagem" que Gilgamesh empreendeu foi, claro, sua jornada à
- residência dos deuses. Foi acompanhado pelo seu amigo Enkidu. Seu
- objetivo era a Terra de Tilmun, porque aí Gilgamesh podia erguer um shem
- para si próprio. As traduções correntes empregam o suposto "nome" sempre
- que nos textos antigos aparece o sumério mu ou o acádio shumu. Nós, no
- entanto, empregaremos shem para que o verdadeiro sentido do termo - um
- "veículo em direção aos céus" - possa transparecer:
- pg 167
- Não é preciso ter muita imaginação para ver nestes poucos versos uma antiga
- versão do testemunho do lançamento de um foguete. Primeiro, o tremendo
- baque quando os motores do foguete se ligaram ("os céus gritaram"),
- acompanhado por um notável estremecimento do solo ("a terra agitou-se
- ruidosamente"). Nuvens de fumo e pó envolveram o local de lançamento ("a
- luz do dia falhou, a escuridão sobreveio"). Depois, o brilho dos motores
- acionados surgiu ("o relâmpago faiscou"); à medida que o foguete começava
- a subir em direção aos céus, "uma chama disparou". A nuvem de poeira e
- destroços "aumentou" em todas as direções; depois, à medida que começava
- a descer, "chovia morte!". Agora a nave estava lá no alto, riscando o céu em
- direção aos deuses ("a incandescência desvaneceu-se, o fogo extinguiu-se").
- O foguete desapareceu de vista e os destroços "que caíram tornaram-se
- cinzas".
- pg 169
- Colocando de lado os valores literários e filosóficos do conto épico, a história
- de Gilgamesh interessa-nos aqui, principalmente, por seus aspectos
- "aeroespaciais". O shem de que Gilgamesh teve necessidade para alcançar o
- domicílio dos deuses era, indubitavelmente, uma nave-foguete, cujo
- lançamento ele avistara quando se aproximou do "local de aterrissagem". Os
- foguetes, parece, estavam dentro de uma montanha, e a área era uma zona
- bem vigiada e restrita.
- Nenhuma representação pictórica de Gilgamesh veio até agora à luz do dia.
- Mas um desenho encontrado no túmulo de um governador egípcio de uma
- longínqua terra mostra uma cápsula de foguete sob o solo num local onde
- crescem árvores de época. A cápsula é claramente armazenada sob o solo,
- num silo feito pelo homem, construído com segmentos tubulares e decorado
- com peles de leopardo.
- pg 170
- TIL.MUN era o nome da terra para onde Gilgamesh viajou. O nome significa
- literalmente "terra dos mísseis", Nesta terra os shem's eram erguidos, uma
- terra sob a autoridade de Utu/Shamash, um local onde se podia ver este deus
- "erguer-se até a residência dos céus".
- pg 173
- Não podemos impedir-nos de associar o antigo texto com a
- mensagem transmitida à terra, em julho de 1969, por Neil Armstrong,
- comandante da Missão Apolo 11: "Houston! Aqui mar da Tranqüilidade! A
- Águia aterrissou!”
- Ele relatava a primeira aterrissagem do homem na Lua. O "mar da
- Tranqüilidade" era o local de aterrissagem; Águia era o nome do módulo
- lunar que se separou do foguete e levou no seu interior os dois astronautas até
- a Lua (e depois de volta à nave-mãe). Quando o módulo lunar se separou
- pela primeira vez para iniciar seu próprio vôo na órbita lunar, os astronautas
- disseram à Missão de Controle em Houston: "A Águia tem asas".
- Mas "Águia", podia também designar os astronautas que tripulavam a
- missão. Na Missão Apollo 11, a "águia" era também o símbolo dos próprios
- astronautas, que o usavam como emblema em seus uniformes. Tal como no
- conto de Etana, também eles eram "águias" que podiam voar, falar e
- comunicar.
- Como podia um antigo artista ter representado os pilotos das naves dos
- deuses? Poderia ele, por alguma obra do acaso, tê-los representado
- como águias?
- Foi exatamente isto que nós descobrimos. Um selo assírio gravado, datado de
- cerca do ano 1.500 a.C., mostra dois "homens-águias" saudando um shem!
- Foram encontradas numerosas representações destas "águias" - os eruditos
- chamam-lhes "homens-pássaros". Muitas representações mostram-nos
- flanqueando a Árvore da Vida, como que para realçar que eles, nos seus
- shem's, forneciam a ligação com a residência celestial onde o Pão da Vida e a
- Água da Vida seriam encontrados. De fato, a representação comum dos
- águias mostra-os segurando numa mão o Fruto da Vida e na outra a Água da
- Vida, em completa conformidade com os contos de Adapa, Etana e
- Gilgamesh.
- pg 181
- A seção enigmática, um horror para tradutores e teólogos, constitui o início
- do capítulo VI do Gênesis. Está interposta entre o retrospecto sobre a
- expansão do gênero humano ao longo das gerações após Adão e a história da
- desilusão divina com a humanidade que precedeu o dilúvio
- A tradução acima citada não é a tradicional. Durante muito tempo, a
- expressão "Os Nefilim estavam sobre a terra" foi traduzida como "Havia
- gigantes sobre a terra", até que os tradutores mais recentes, reconhecendo o
- erro, recorreram simplesmente ao expediente de deixar o termo hebraico
- intacto na tradução. O verso "o povo do shem", como se poderia esperar, foi
- entendido como "o povo que tem um nome" e, deste modo, "o povo de
- renome". Mas como já estabelecemos, o termo shem deve ser tomado em seu
- significado original, um foguete, uma nave espacial.
- Então, que quer dizer o termo "Nefilim"? Derivado da palavra de raiz semita
- NFL ("a ser lançado"), significa literalmente isso, ou seja, aqueles que foram
- lançados para a terra!
- pg 182
- Não levando em conta as implicações teológicas, o significado literal e
- original dos versos não nos pode escapar: os filhos dos deuses que vieram
- para a terra, do alto dos céus, eram os Nefilim.
- E os Nefilim eram o povo do Shem - povo das naves-foguetes. Daqui em
- diante, chama-los-emos pelo seu nome bíblico.
- CAP 6 - O décimo segundo planeta
- pg 183
- A sugestão de que a Terra foi visitada por seres inteligentes vindos de outros
- lugares postula a existência de outro corpo celestial sobre o qual os seres
- inteligentes estabeleceram uma civilização mais avançada que a nossa.
- A especulação sobre a possibilidade da visita de seres inteligentes à Terra
- vindos de alguma outra parte estabeleceu como seu lugar de origem planetas
- como Marte e Vênus. No entanto, agora que está provado que estes dois
- vizinhos planetários da Terra não possuem nem vida inteligente nem uma
- civilização avançada, aqueles que acreditam na visita à Terra olham para as
- outras galáxias e estrelas distantes como pátria destes astronautas
- extraterrestres.
- Esta não é, com toda a certeza, a noção suméria da celestial residência dos
- deuses.
- Os sumérios aceitaram a existência de tal "residência celestial", "um local
- puro", "uma primeva residência". Enquanto Enlil, Enki e Ninhursag foram
- para a Terra e aí construíram seu lar, seu pai Anu permaneceu na residência
- celestial como seu governante. Não só referências ocasionais, mas também
- detalhadas "listas de deuses" nomeiam realmente 21 casais divinos da
- dinastia que precedeu Anu no trono do "puro lugar"
- pg 187
- Quando se aumenta o deus central ou corpo celeste no selo de Berlim, vê-se
- uma grande estrela emitindo raios, rodeada por sete corpos celestes, os
- planetas. Estes, por sua vez, repousam numa cadeia de 24 globos menores.
- Tratar-se-á apenas de uma coincidência que o número de todas as "luas" ou
- satélites dos planetas de nosso sistema solar (os astrônomos excluem aqueles
- com dezesseis quilômetros ou menos de diâmetro) seja também exatamente
- 24?
- pg 188
- Agora, claro, há uma boa razão para reivindicar que estas representações (um
- sol com onze planetas) reproduzem o nosso sistema solar, uma vez que os
- estudiosos nos dizem que o sistema planetário, do qual a Terra faz parte,
- compreende o Sol, a Terra e a Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno,
- Urano, Netuno e Plutão. Isto perfaz a quantidade de um Sol e apenas dez
- planetas (se contarmos a Lua também como planeta).
- Mas não é isso que os sumérios dizem. Eles afirmam que nosso sistema é
- constituído pelo Sol e mais onze planetas (contando a Lua) e defendem
- firmemente a opinião de que, para além dos planetas hoje conhecidos, existiu
- um décimo segundo membro do sistema solar - o planeta pátria dos Nefilim.
- A este chamaremos Décimo Segundo Planeta.
- pg 200
- Adquirimos o termo "zodíaco" da palavra grega zodiakos kiklos ("ciclo
- animal"), porque a exposição dos grupos de estrelas assemelhava-se à forma
- de um leão, de peixes, e por aí adiante. Mas estas formas e nomes
- imaginários foram, na verdade, idealizados pelos sumérios, que chamavam às
- doze constelações zodiacais UL.HE. ("o brilhante rebanho"):
- 1. GU.AN.NA ("touro celestial"), Touro.
- 2. MASH.TAB.BA ("gêmeos"), nosso Gêmeos.
- 3. DUB ("pinças", "tenazes"), o Caranguejo ou Câncer.
- 4. UR.GULA ("leão"), Leão.
- 5. AB.SIN ("o pai dela era Sin"), a Donzela, Virgem.
- 6. ZI.BA.AN.NA ("destino celestial"), as escalas da Balança, Libra.
- 7. GIR.TAB ("que crava e corta"), Escorpião.
- 8. PA.BIL ("defensor"), o Arqueiro, Sagitário.
- 9. SUHUR.MASH ("peixe-cabra"), Capricórnio.
- 10. GU ("senhor das águas"), o Carregador de Água, Aquário.
- 11. SIM.MAH ("peixes"), Peixes.
- 12. KU.MAL ("o habitante do campo"), Carneiro, Áries.
- pg 209
- Contra este painel de fundo, ainda poderemos julgar que os astrônomos
- mesopotâmicos, guiados pelos Nefilim, não tinham consciência dos planetas
- para além de Saturno, não sabiam de Urano, Netuno e Plutão? Seu
- conhecimento da própria família da terra, o sistema solar, seria menos
- completo do que o das longínquas estrelas, de sua ordem e de suas
- distâncias?
- pg 211
- Franz Kugler (Sternkunde und Stemdienst in Babel) aceitou relutantemente
- as Plêiades como solução, mas exprimiu sua surpresa ao encontrar nos textos
- mesopotâmicos, sem nenhuma ambigüidade, a indicação de que mulmul
- incluía não só os "vagabundos" (planetas), mas também o Sol e a Lua - o que
- torna impossível a aceitação da idéia das Plêiades. Ele deparou com textos
- que afirmam claramente que "mulmul ul-shu 12" ("mulmul é uma faixa de
- doze"), dos quais dez formam um grupo distinto.
- pg 212
- de um texto mesopotâmico (K.3558) que descreve os membros
- do mulmul ou grupo kakkabu/kakkabu. As últimas linhas do texto são
- explícitas:
- Kakkabu!kakkabu.
- O número dos seus corpos celestes é doze.
- Doze as estações dos seus corpos celestes.
- Os meses completos da Lua são doze.
- O texto não deixa dúvidas: o mulmul - o nosso sistema solar - era constituído
- por doze membros.
- pg 214
- De onde proveio este poderoso e decisivo número doze? Dos céus.
- pg 215
- Comunicando à humanidade a verdadeira natureza da terra e dos céus, os
- Nefilim informaram os antigos astrônomos-sacerdotes não apenas acerca dos
- planetas para além de Saturno, como também da existência do mais
- importante planeta, aquele de onde eles provinham: O DÉCIMO SEGUNDO
- PLANETA.
- CAP 7 - A Epopeia da Criação
- pg 217
- Se lançarmos agora um segundo olhar para uma ampliação do sistema solar
- gravada no selo cilíndrico VA/243, veremos que os "pontos" que rodeiam a
- estrela são, na verdade, globos cujos tamanhos e ordem se adaptam ao do
- sistema solar representado na figura anterior. O diminuto Mercúrio é seguido
- de um Vênus maior. A Terra, do mesmo tamanho que Vênus, é acompanhada
- pela pequena Lua. Prosseguindo na direção anti-horária, Marte é
- corretamente mostrado menor que a Terra, mas maior que a Lua ou
- Mercúrio.
- pg 218
- No entanto, esta representação com 4.500 anos insiste também em que havia,
- ou houvera, outro planeta principal entre Marte e Júpiter. Este é, como
- veremos, o Décimo Segundo Planeta, o planeta dos Nefilim.
- Se este mapa celeste sumério fosse descoberto e estudado há dois séculos, os
- astrônomos julgariam que os sumérios tinham uma total falta de informação
- e imaginavam loucamente a existência de outros planetas para além de
- Saturno. Hoje em dia, no entanto, sabemos que Urano, Netuno e Plutão estão
- realmente lá. Será que os sumérios imaginaram as outras discrepâncias, ou
- estariam eles corretamente informados pelos Nefilim de que a Lua era um
- membro do sistema solar por direito próprio, de que Plutão estava situado
- perto de Saturno e de que havia um Décimo Segundo Planeta entre Marte e
- Júpiter?
- Determinou-se que a composição
- química e mineral da Lua era suficientemente diferente da composição
- química da Terra, o que podia desafiar a teoria da "separação".
- As
- experiências conduzidas na Lua pelos astronautas americanos e o estudo e a
- análise das amostras de solo e rocha lunares que trouxeram consigo
- estabeleceram, sem margem para dúvidas, que a Lua, apesar de ser hoje
- estéril, foi outrora um "planeta vivo"
- Tal como a Terra, a Lua possui um
- solo em camadas, o que significa que solidificou desde sua própria idade
- original de fusão. Tal como a Terra, gera calor, mas, enquanto o calor da
- Terra provém de seus materiais radioativos "cozidos" dentro da Terra sob
- uma enormíssima pressão, o calor da Lua, aparentemente, tem sua origem em
- camadas de materiais radioativos situados muito próximos da superfície.
- Estes materiais, no entanto, são demasiado pesados para terem flutuado.
- Então, o que os depositou próximo da superfície lunar?
- O campo de gravidade da Lua parece ser bastante irregular,
- pg 219
- Conjugando todos estes achados, os cientistas têm agora a certeza de que a
- Lua e a Terra, formadas quase pelos mesmos elementos por volta da mesma
- época, evoluíram como corpos celestes separados. Na opinião dos cientistas
- da NASA, a Lua evoluiu "normalmente" durante seus primeiros 500 milhões
- de anos.
- Os sumérios, então, tinham razão em representar a Lua como um corpo
- celeste por direito próprio. E, como em breve veremos, deixaram-nos
- também um texto que explica e descreve a catástrofe cósmica a que se
- referem os peritos da NASA.
- pg 220
- Pelo tamanho, Plutão está, na realidade, na classe dos "satélites". Seu
- diâmetro, 5.800 quilômetros, não é muito maior que o de Tritão, um satélite
- de Netuno, ou o de Titã, um dos dez satélites de Saturno. Devido às suas
- características pouco comuns, sugeriu-se que esta "inadaptação" poderia ter
- iniciado sua vida celeste como um satélite que, de uma forma ou de outra,
- escapou ao seu senhor e passou a orbitar o Sol por si próprio.
- Como veremos em breve, foi isto o que realmente aconteceu,
- E atingimos agora o clímax da busca de respostas para os primeiros eventos
- celestes: a existência do Décimo Segundo Planeta. Por mais espantoso que
- isto possa parecer, o fato é que os astrônomos têm procurado as provas que
- demonstrem que, na realidade, tal planeta existiu outrora entre Marte e
- Júpiter.
- pg 221
- Já próximo do fim do século 18, mesmo antes de Netuno ter sido descoberto,
- vários astrônomos demonstraram que “os planetas estavam colocados a
- certas distâncias do Sol de acordo com alguma lei definida". A sugestão, que
- veio a ser conhecida como a Lei do Presságio, convenceu os astrônomos de
- que o planeta devia ter girado num local onde até agora se desconhecia a
- existência de qualquer corpo celeste - ou seja, entre as órbitas de Marte e
- Júpiter
- Instigados por estes cálculos matemáticos, os astrônomos começaram a
- esquadrinhar os céus na zona indicada para o "planeta desaparecido". No
- primeiro dia do século 19, o astrônomo italiano Giuseppe Piazzi descobriu,
- na exata distância indicada, um diminuto planeta (780 quilômetros de
- largura), a que chamou Ceres. Por volta de 1804, o número de asteróides
- ("pequenos planetas") encontrados elevou-se para quatro. Até o presente,
- foram contados quase 3.000 asteróides orbitando o Sol, no chamado Cinturão
- de Asteróides. Sem margem de dúvidas, trata-se aqui dos fragmentos de um
- planeta que foi reduzido a pedaços. Os astrônomos russos chamaram-lhe
- Phayton ("Carro Triunfal").
- Entretanto, se os astrônomos estão seguros da existência de tal planeta, são
- incapazes de explicar seu desaparecimento. Teria o planeta explodido por si
- próprio? Mas, neste caso, seus fragmentos voariam em todas as direções e
- nunca se concentrariam num único cinturão. Se uma colisão despedaçasse o
- planeta desaparecido, onde estaria o corpo celeste responsável pela colisão?
- Ter-se-á ele também despedaçado? Mas os destroços circundando o Sol,
- quando reunidos, são insuficientes até para formar um só planeta completo,
- quanto mais dois. Do mesmo modo, se os asteróides englobavam os
- fragmentos de dois planetas, deveriam ter mantido a rotação axial de dois
- planetas. Mas todos os asteróides têm uma única rotação axial, o que indica
- que vieram todos de um único corpo celeste. Como se despedaçou então o
- planeta desaparecido, e o que o terá despedaçado?
- As respostas para estes quebra-cabeças nos foram legadas pela Antiguidade.
- pg 223
- Mas por que não tomarmos a epopéia em seu valor nominal, como nada
- menos ou nada mais que o relato de fatos cosmológicos, tal como eram
- conhecidos pelos sumérios, tal como os Nefilim lhos transmitiram? Usando
- esta ousada e romanesca aproximação, descobrimos que a "Epopéia da
- Criação" explica perfeitamente os acontecimentos que, provavelmente,
- tiveram lugar em nosso sistema solar.
- pg 228
- Quando o ato I da Epopéia da Criação chegou ao fim, existia já um sistema
- solar constituído pelo Sol e por nove planetas:
- SOL - Apsu, "um que existiu desde o princípio".
- MERCÚRIO - Mummu, conselheiro e emissário de Apsu.
- VÊNUS - Lahamu, "senhora de batalhas".
- MARTE - Lahamu, "divindade da guerra".
- - Tiamat, "donzela que deu vida".
- JÚPITER - Kishar, "O primeiro em terra firme".
- SATURNO - Anshar, "o primeiro nos céus".
- PLUTÃO - Gaga, conselheiro e emissário de Anshar.
- URANO - Anu, "ele dos céus".
- NETUNO - Nudimmud (Ea), "engenhoso criador".
- Onde estavam a Terra e a Lua? Ainda por criar, elas resultariam da futura
- colisão cósmica.
- Com o fim do majestoso drama do nascimento dos planetas, os autores da
- Epopéia da Criação levantam agora a cortina para o ato II, um drama de
- celestiais distúrbios. A família de planetas recentemente criada estava longe
- de ter atingido a estabilidade. Os planetas gravitavam na direção uns dos
- outros convergindo para Tiamat, o que perturbava e punha em perigo os
- corpos primordiais.
- pg 230
- Temos aqui referências óbvias a órbitas irregulares. Os novos planetas
- "agitavam-se para a frente e para trás"; ficavam demasiado próximos uns dos
- outros ("juntavam-se em grupo"); interferiam na órbita de Tiamat,
- aproximando-se demasiado de sua "barriga"; suas "maneiras" eram
- fastidiosas. Embora fosse Tiamat a que maior perigo corria, também Apsu
- achou as maneiras dos planetas "repugnantes". Ele anunciou sua intenção de
- "destruir, arruinar suas vias". Ele reuniu-se às pressas com Mummu, pediulhe
- conselho em segredo. Mas "o que quer que tenham tramado entre si" foi
- escutado pelos deuses e o plano para sua destruição deixou-os mudos. O
- único que não perdeu suas capacidades foi Ea. Ele arquitetou um plano para
- "derramar o sono sobre Apsu". Quando os outros deuses celestiais
- concordaram com o plano, Ea "desenhou um mapa fiel do universo" e lançou
- um feitiço divino sobre as primevas águas do sistema solar.
- Que seria este "feitiço" ou força exercida por "Ea" (o planeta Netuno) - ou
- seja, o planeta mais exterior - enquanto orbitava o Sol e rodeava todos os
- outros planetas? Teria sua própria órbita à volta do Sol afetado o magnetismo
- solar e, deste modo, suas emanações radioativas? Ou teria o próprio. Netuno,
- por sua iniciativa, emitido algumas vastas radiações de energia? Quaisquer
- que fossem os efeitos, a epopéia igualou-os a um "derrame de sono." - um
- efeito calmante - sobre Apsu (o Sol). Até "Mummu, o Conselheiro, ficou
- incapaz de se mexer"
- pg 231
- Quanto. tempo decorreu até que a paz celestial fosse de novo quebrada? A
- Epopéia não o diz. Mas prossegue, com uma pequena pausa, e levanta a
- cortina para o ato III:
- Na Câmara da Fortuna, o local dos Destinos,
- Foi engendrado um deus, o mais capaz e sensato dos deuses;
- No âmago do Abismo foi MARDUK criado.
- Um novo "deus" celestial, um novo planeta, junta-se à casta. Ele foi formado
- no Abismo, longe no espaço, numa zona em que o movimento orbital - o
- "destino" de um planeta - lhe tinha de ser comunicado. Foi atraído para o
- sistema solar pelo planeta de órbita mais exterior: "Aquele que o criou foi Ea
- (Netuno.)". O novo planeta era digno de contemplação:
- Fascinante era sua figura, cintilante o erguer dos seus olhos;
- Altivo seu porte, autoritário como de velhos tempos...
- Entre os deuses ele era intensamente exaltado, excedendo [através...]
- Ele era o mais supremo dos deuses, incomparável sua altura;
- Seus membros eram enormes, ele era extremamente alto.
- Aparecendo do espaço exterior, Marduk era ainda um planeta recém-nascido,
- vomitando fogo e emitindo radiação. "Quando ele abria seus lábios, o fogo
- resplandecia em frente.”
- pg 232
- Marduk devia estar ainda nessa época num estágio muito plástico. À medida
- que passava por Ea/Netuno, a força gravitacional fez com que a face de
- Marduk adquirisse um bojo, como se possuísse uma "segunda cabeça". No
- entanto, nenhuma parte de Marduk foi arrancada como resultado desta
- passagem. Mas, enquanto alcançava as vizinhanças de Anu/Urano, pedaços
- de matéria começaram a separar-se dele, resultando daí a formação de quatro
- satélites de Marduk. "Anu deu à luz e idealizou os quatro lados, concedeu
- seus poderes ao chefe da hoste." Chamados "ventos", os quatro satélites
- foram arremessados para uma órbita rápida em torno de Marduk,
- "redemoinhando como um furacão".
- A ordem de passagem, primeiro por Netuno, depois por Urano, indica que
- Marduk se aproximava do sistema solar não na direção orbital do sistema
- (direção contrária à dos ponteiros do relógio), mas no sentido horário.
- Prosseguindo, o planeta em movimento foi em breve apanhado pelas imensas
- forças gravitacionais e magnéticas dos gigantes Anshar/Saturno e depois
- Kishar/Júpiter. Sua trajetória inclinou-se ainda mais para o interior, na
- direção de Tiamat.
- pg 233
- A aproximação de Marduk em breve começou a perturbar Tiamat e os
- planetas interiores (Marte, Vênus, Mercúrio). "Ele produziu correntes,
- perturbou Tiamat; os deuses não tinham descanso, levados como numa
- tempestade.”
- Embora neste ponto as linhas do antigo texto estejam parcialmente
- danificadas, é-nos ainda possível ler que o planeta que se aproximava
- "enfraqueceu seus órgãos vitais... comprimiu seus olhos". A própria Tiamat
- "andava de um lado para o outro, enlouquecida", com sua órbita
- evidentemente perturbada.
- A força gravitacional do grande planeta que se aproximava em breve
- começou a arrancar pedaços de Tiamat. De seu centro surgiram onze
- "monstros", um tropel "resmungão e enraivecido" de satélites que "se
- separaram a si próprios" do corpo de Tiamat e "marcharam a seu lado".
- Preparando-se para enfrentar o apressado Marduk, Tiamat "coroou-os com
- halos", dando-lhes a aparência de "deuses" (planetas).
- De particular importância para a Epopéia e para a cosmogonia mesopotâmica
- foi o satélite principal de Tiamat, cujo nome era KINGU, "o primogênito
- entre os deuses que formaram sua assembléia".
- Sujeito a forças gravitacionais conflitantes, este grande satélite de Tiamat,
- começou a flutuar na direção de Marduk. Esta concessão a Kingu de uma
- Barra dos Destinos - um caminho planetário próprio - preocupou, em
- especial, os planetas exteriores. "Quem concedera a Tiamat o direito de dar à
- luz novos planetas?", inquiriu Ea. Ele conduziu o problema até Anshar, o
- gigante Saturno.
- pg 234
- Nas agitadas alturas forma-se um confronto; um deus depois do outro, todos
- vão se desviando. Será que nenhum vai batalhar com a irada Tiamat?
- Marduk, tendo passado Netuno e Urano, aproxima-se agora de Anshar
- (Saturno) e dos seus extensos anéis. Isto dá uma idéia a Anshar: "Ele que é
- potente será nosso vingador; ele que gosta de batalhas: Marduk, o Herói!"
- Chegando ao alcance dos anéis de Saturno ("ele beijou os lábios de Anshar"),
- Marduk responde:
- Se, na verdade, eu como vosso Vingador
- Tenho de conquistar Tiamat, salvar vossas vidas
- Convoquem uma assembléia para proclamar a supremacia do meu Destino!
- A condição era audaciosa, mas simples: Marduk e seu "destino" - sua órbita
- em torno do Sol - teriam de ser supremas entre todos os deuses celestiais. Foi
- então que Gaga, o satélite de Anshar/Saturno - e o futuro Plutão - foi
- desligado de sua órbita.
- pg 235
- Os deuses decretaram o "destino" de Marduk; sua força
- gravitacional combinada determinou já a via orbital de Marduk para que ele
- não possa seguir senão um caminho, o que leva a uma "batalha", uma colisão
- com Tiamat.
- Como compete a um guerreiro, Marduk armou-se com uma grande variedade
- de armas. Encheu seu corpo com uma "abrasadora chama"; "construiu um
- arco... ligou-lhe uma seta... em sua frente ele colocou o relâmpago"; e
- "depois fez uma rede para envolver Tiamat". Estes são nomes comuns para
- aquilo que pode apenas ter sido uma série de fenômenos celestiais - a
- descarga de raios elétricos quando os dois planetas convergiram, a força
- gravitacional (uma "rede") de um planeta sobre o outro.
- pg 238
- Aqui está uma teoria muito original explicativa dos quebra-cabeças com que
- ainda hoje nos confrontamos. Um sistema solar, composto pelo Sol e nove
- planetas, foi invadido por um grande planeta parecido com um cometa vindo
- do espaço exterior. Primeiro ele encontrou Netuno; quando passou por
- Urano, pelo gigante Saturno e por Júpiter, sua rota foi profundamente
- inclinada para dentro, em direção ao centro do sistema solar, e deu à luz sete
- satélites. Depois, foi inalteravelmente colocado em rota de colisão com
- Tiamat, o planeta seguinte na linha.
- Mas os dois planetas não colidiram, fato de importância astronômica
- fundamental: foram os satélites de Marduk que se chocaram com Tiamat, e
- não o próprio Marduk. Eles "distenderam" o corpo de Tiamat, fizeram nela
- uma larga rachadura. Através destas fissuras em Tiamat, Marduk disparou
- uma "seta", um "relâmpago divino", um imenso raio de eletricidade que
- saltou como uma faísca de Marduk carregado de energia, o planeta que
- estava cheio de "esplendor". Encontrando seu caminho nas entranhas de
- Tiamat, "extinguiu seu hálito de vida". Neutralizou as forças e os campos
- elétricos e magnéticos próprios de Tiamat, e "extinguiu-os".
- O primeiro encontro entre Marduk e Tiamat deixou-a cheia de fissuras e
- estéril, mas seu destino final seria ainda determinado por encontros futuros
- entre os dois. Kingu, chefe dos satélites de Tiamat, seria tratado
- separadamente. Mas o destino dos outros dez satélites menores de Tiamat foi
- desde logo determinado.
- Depois de ele ter trucidado Tiamat, a líder,
- Seu grupo foi despedaçado, sua hoste partida.
- Os deuses, seus ajudantes que marchavam a seu lado,
- Tremendo de medo,
- Voltaram suas costas para salvar e preservar suas vidas.
- Poderemos identificar este exército "despedaçado... partido", que tremeu e
- "voltou suas costas", inverteu sua direção?
- As órbitas dos planetas à volta do Sol (à exceção de Plutão) são
- quase circulares; as órbitas dos cometas são alongadas, e, em algumas
- circunstâncias, tão alongadas que alguns deles desaparecem de nossa vista
- durante centenas ou milhares de anos. Os planetas (à exceção de Plutão)
- orbitam o Sol no mesmo plano geral; as órbitas dos cometas repousam em
- vários planos diversos. Significativamente, enquanto todos os planetas que
- conhecemos giram à volta do Sol, no sentido anti-horário, muitos cometas
- movem-se na direção inversa.
- Os astrônomos são incapazes de dizer que força, que acontecimento criou os
- cometas e os lançou para suas extravagantes órbitas. Nós respondemos:
- Marduk!
- pg 239
- Depois de terminada a batalha, Marduk levou de Kingu a Barra dos Destinos
- (a órbita independente de Kingu) e prendeu-a a seu próprio peito (o de
- Marduk): sua trajetória foi inclinada para uma permanente órbita solar. A
- partir desse tempo, Marduk passou a ser obrigado a regressar sempre à cena
- da batalha celeste.
- Tendo "conquistado" Tiamat, Marduk flutuou nos céus, fora no espaço, à
- volta do Sol, e voltou a traçar sua passagem pelos planetas exteriores:
- Ea/Netuno, "cujo desejo Marduk alcançou", Anshar/Saturno, "cujo triunfo
- Marduk estabeleceu". Depois, seu novo caminho orbital fez Marduk
- regressar à cena de seu triunfo, "para fortalecer seu poder sobre os deuses
- conquistados ", Tiamat e Kingu.
- Quando a cortina se prepara para erguer para o ato V, aqui - e apenas aqui,
- embora até hoje não se tenha entendido isto -, o conto bíblico do Gênesis
- encontra a Epopéia da Criação da Mesopotâmia. É apenas neste ponto que a
- narrativa da Criação dos Céus e da Terra realmente começa.
- Completando sua primeira e eterna órbita à volta do Sol, Marduk "regressou
- então a Tiamat, a quem ele subjugara".
- O próprio Marduk agride agora o planeta derrotado, separando Tiamat em
- dois, arrancando seu "crânio" ou parte superior. Depois, outro satélite de
- Marduk, o chamado Vento Norte, colidiu de encontro a uma das metades
- separadas. O pesado sopro transportou esta parte, destinada a tornar-se a
- Terra, até uma órbita em que nenhum planeta orbitara antes:
- pg 240
- A Terra fora criada!
- A parte inferior teve outro destino: na segunda órbita, o próprio Marduk
- chocou-se com ela reduzindo-a a pedaços:
- pg 241
- Os pedaços desta metade quebrada foram batidos até se tornarem um
- "bracelete" nos céus, atuando como um anteparo entre os planetas interiores e
- os planetas exteriores. Eles foram estendidos num "grande grupo". Estava
- criado o Cinturão de Asteróides.
- Astrônomos e físicos reconhecem a existência de grandes diferenças entre os
- planetas interiores, ou "terrestres" (Mercúrio, Vênus, Terra, com sua Lua, e
- Marte), e os planetas exteriores (Júpiter e para além dele), dois grupos
- separados pelo Cinturão de Asteróides. Encontramos agora, na epopéia
- suméria, uma identificação antiga destes fenômenos.
- Cada quebra-cabeça que mencionamos encontra sua resposta na Epopéia da
- Criação tal como nós a deciframos. Além disso, possuímos também a
- resposta para a questão de a Terra ter seus continentes concentrados num
- lado, e uma enorme e profunda cavidade (o leito do oceano Pacífico) no
- extremo oposto
- A constante referência às "águas" de Tiamat é também
- esclarecedora. Ela era chamada o Monstro das Águas e é fácil perceber que a
- Terra, como parte de Tiamat, receba, do mesmo modo, como legado estas
- águas. De fato, alguns estudiosos modernos descrevem a Terra como o
- "Planeta Oceano", uma vez que é o único planeta conhecido de nosso sistema
- solar a ser abençoado com estas águas que doam a vida.
- pg 244
- Como parte da nova ordem celestial sobre a terra, Marduk "fez aparecer a
- divina Lua... designou que ela marcasse a noite e definisse os dias em cada
- mês".
- Quem era este deus celeste? O texto chama-lhe SHESH.KI ("deus celeste que
- protege a terra"). Não há nenhuma menção anterior na epopéia a um planeta
- com este nome; e, no entanto, aí está ele, "dentro de sua pressão celestial
- [campo gravitacional]". E a quem se refere este "sua": a Tiamat ou à Terra?
- Os papéis de Tiamat e da Terra e as referências sobre elas parecem ser
- permutáveis. A terra é a reencarnação de Tiamat. A Lua chama-se o
- "protetor" da Terra, ou seja, exatamente como Tiamat chamava a Kingu, seu
- satélite principal.
- pg 245
- Nossa Lua, pensamos, é Kingu, o satélite anterior de Tiamat.
- Transformado num duggae celeste, Kingu fora privado de seus elementos
- "vitais" - atmosfera, águas, matéria radioativa -, ele diminuiu de tamanho e
- tornou-se "uma massa de argila sem vida". Estes termos sumérios descrevem
- adequadamente nossa estéril Lua, a sua história recentemente descoberta e o
- destino que este planeta recebeu começando como KIN.GU ("o grande
- emissário") e terminando como DUG.GA.E ("pote de chumbo").
- pg 247 (PRIMEIRA MENÇÃO À NIBIRU!)
- E, de fato, ele cumpriu o que dissera. Eliminou dos céus o primeiro
- companheiro-de-criação do Sol, Tiamat. Deu vida à Terra, lançando-a numa
- nova órbita mais próxima do Sol. Ele partiu um "bracelete" nos céus - o
- cinturão de asteróides que separa o grupo dos planetas interiores do grupo
- dos planetas exteriores. Transformou a maior parte dos satélites de Tiamat
- em cometas; ao principal satélite de Tiamat, Kingu, pôs em órbita à volta da
- Terra, convertendo-o na Lua. E desviou um satélite de Saturno, Gaga, para o
- transformar no planeta Plutão, transmitindo-lhe algumas das características
- orbitais próprias de Marduk (como, por exemplo, um plano orbital diferente).
- Os quebra-cabeças de nosso sistema solar - as cavidades oceânicas sobre a
- Terra, a devastação na Lua, as órbitas invertidas dos cometas, o enigmático
- fenômeno de Plutão - são todos integral e perfeitamente respondidos pela
- epopéia mesopotâmica da criação, tal como a interpretamos.
- Tendo deste modo "construído as estações" para os planetas, Marduk
- guardou para si próprio a "Estação Nibiru" e "atravessou os céus e
- inspecionou" o novo sistema solar. Este era agora constituído por doze
- corpos celestes, com doze grandes deuses como seus correspondentes.
- CAP 8 - A Realeza No Céu
- pg 249
- Estudos da "Epopéia da Criação" e textos paralelos (por exemplo, o de S.
- Langdon, The Babylonian Epic of Creation [A Epopéia Babilônica da
- Criação]), mostram que, em algum lugar, por volta do ano 2.000 a.C.,
- Marduk, filho de Enki, foi o bem-sucedido vencedor de uma disputa com
- Ninurta, filho de Enlil, pela supremacia entre os deuses. Os babilônios
- reuniram então o original sumério da "Epopéia da Criação", expungiram dele
- todas as referências a Ninurta e a maior parte das referências a Enlil e
- voltaram a nomear o planeta invasor Marduk.
- A verdadeira elevação de Marduk ao estado de "rei dos deuses" sobre a terra
- foi assim acompanhada pela associação a ele, como sua contraparte celestial,
- do planeta dos Nefilim, o Décimo Segundo Planeta. Como "senhor dos
- deuses celestes [os planetas] ", Marduk era também, e do mesmo modo, "rei
- dos céus".
- Alguns estudiosos começaram por acreditar que "Marduk" era ou a Estrela
- do Norte ou qualquer outra brilhante estrela avistada nos céus da
- Mesopotâmia na altura do equinócio da primavera, uma vez que o celeste
- Marduk era descrito como um "brilhante corpo celestial". Mas Albert Schott
- (Marduk und sein Stern) [Marduk e Sua Estrela] e outros mostraram,
- concludentemente, que todos os antigos textos astronômicos falam de
- Marduk como de um membro do sistema solar.
- Uma vez que outros epítetos descrevem Marduk como o "grande corpo
- celestial" e "um que ilumina", foi aventada a teoria de que Marduk era o
- Deus Sol babilônico, paralelo ao deus Ra egípcio, a quem os egípcios viam
- também como um Deus Sol. Textos descrevendo Marduk como aquele "que
- esquadrinha as alturas dos distantes céus... vestindo um halo cujo esplendor
- inspira o temor" apóiam esta teoria. Mas o mesmo texto continuava dizendo
- que "ele vistoria as terras como Shamash [o Sol]". Se Marduk era, em alguns
- aspectos, semelhante ao Sol, é claro que ele não podia ser o Sol.
- Se Marduk não era o Sol, qual dos planetas era ele? Os antigos textos
- astronômicos não são capazes de identificá-lo com nenhum planeta.
- Baseando suas teorias em certos epítetos (tais como, Filho do Sol), alguns
- estudiosos apontaram para Saturno. A descrição de Marduk, como um
- planeta de cor avermelhada fez também de Marte um candidato. Mas os
- textos colocavam Marduk em markas shame ("no centro do céu"), e isto
- convenceu muitos estudiosos de que a correta identificação devia ser Júpiter,
- que está localizado no centro da linha dos planetas:
- pg 250
- Júpiter
- Mercúrio Vênus Terra Marte Saturno Urano Netuno Plutão
- Esta teoria padece de uma contradição. Os mesmos estudiosos que a
- apresentam são aqueles que defenderam o ponto de vista de que os caldeus
- não tinham consciência da existência de planetas para além de Saturno. Estes
- estudiosos listam a Terra como um planeta, enquanto defendem que os
- caldeus pensavam na Terra como um centro plano do sistema planetário. E
- eles omitem a Lua, que os mesopotâmios contaram definitivamente como um
- dos "celestes deuses". Equiparar o Décimo Segundo Planeta com Júpiter não
- resolve a questão.
- A "Epopéia da Criação" afirma claramente que Marduk era um invasor vindo
- de fora do sistema solar, passando pelos planetas exteriores (incluindo
- Saturno e Júpiter) antes de colidir com Tiamat. Os sumérios chamaram
- NIBIRU, a esse planeta, o "planeta da travessia", e a versão babilônica da
- epopéia conservou as seguintes informações astronômicas:
- pg 251
- Estas linhas fornecem as informações adicionais e concludentes que nos
- permitem dizer que, com a divisão dos outros planetas em dois grupos iguais,
- o Décimo Segundo Planeta “continua a atravessar o meio de Tiamat" - ou
- seja, sua órbita leva-o uma e outra vez sempre ao local da batalha celeste,
- onde antes estava Tiamat
- pg 252
- Uma tal órbita elíptica, focalizada no Sol como um centro de gravidade, tem
- um apogeu - o ponto mais longínquo do Sol, onde se inicia o vôo de regresso
- - e um perigeu - o ponto mais próximo do Sol, onde se inicia o regresso para
- o espaço exterior. Descobrimos que estas duas “bases" estão de fato
- associadas com Marduk nos textos mesopotâmicos. Os textos sumérios
- descreviam o planeta como indo desde AN.UR ("Base do Céu") a E.NUN
- ("Residência Senhorial"). A Epopéia da Criação diz de Marduk:
- Ele atravessou o céu e inspecionou as regiões...
- Depois ele mediu a estrutura do abismo do Senhor.
- Estabeleceu E-Shara como sua notável residência;
- Como um grande domicílio ele estabeleceu E-Shara.
- Uma "residência" era assim "notável" - distante nas profundas regiões do
- espaço. A outra foi estabelecida no "céu", nos limites do cinturão de
- asteróides, entre Marte e Júpiter.
- [FIGURA]
- pg 255
- Elemento central nas crenças religiosas e na astronomia do Mundo Antigo,
- era a convicção de que o Décimo Segundo Planeta, o "Planeta dos Deuses",
- permanecia no interior do sistema solar e que sua grandiosa órbita regressava
- periodicamente às proximidades da Terra. O signo pictográfico para o
- Décimo Segundo Planeta, o "Planeta da Travessia", era uma cruz. Este signo
- cuneiforme que significava também “Anu” e "divino", evoluiu nas
- línguas semitas para a letra tav, que queria dizer "o signo".
- De fato, todos os povos do Mundo Antigo consideravam a aproximação
- periódica do Décimo Segundo Planeta como um indício de convulsões
- sociais, grandes modificações e novas eras. Os textos mesopotâmicos falam
- do aparecimento periódico do planeta como de um acontecimento
- antecipado, previsível e observável:
- Muitos textos abordando a chegada do planeta profetizavam os efeitos que o
- evento desencadearia na terra e sobre a humanidade. R. Campbell Thompson
- (The Reports of the Magiciens and Astronomers of Nineveh and Babylon)
- reproduziu vários destes textos que delineiam o progresso do planeta quando
- ele "rodeou a estação de Júpiter" e chegou ao posto de cruzamento, Nibiru
- pg 256
- Tal como os sábios mesopotâmicos, os profetas hebreus consideraram a
- época da aproximação do planeta à Terra e de sua manifestação visível à
- humanidade como um período introdutor de uma nova era. A similaridade
- entre os presságios mesopotâmicos de paz e prosperidade que
- acompanhariam o planeta do trono do céu e as profecias bíblicas de paz e
- justiça que se estabeleceriam sobre a Terra depois do Dia do Senhor pode ser
- mais bem expressa nas palavras de Isaías
- pg 257
- Em contraste com as bênçãos da nova era, que se seguiriam ao Dia do
- Senhor, o próprio dia é descrito no Antigo Testamento como uma época de
- chuvas, inundações e terremotos. Se pensarmos nas passagens bíblicas como
- referências, tal como suas correspondentes mesopotâmicas, à passagem pela
- Terra de um grande planeta de enorme força gravitacional, as palavras de
- Isaías serão plenamente compreendidas:
- pg 258
- Os povos antigos não só esperavam a chegada periódica do Décimo Segundo
- Planeta, como também desenhavam em quadro sua progressiva rota.
- pg 260 (INFORMATIVO DE DISTÂNCIA: 6 VEZES MAIOR QUE PLUTÃO)
- A familiaridade humana com os aparecimentos periódicos do Décimo
- Segundo Planeta sugere que seu período orbital é mais curto do que aquele
- calculado para Kohoutec. Se é assim, por que nossos astrônomos não têm
- consciência da existência deste planeta? O fato é que mesmo uma órbita com
- metade da duração da estimativa mais baixa proposta para Kohoutec levaria
- o Décimo Segundo Planeta cerca de seis vezes mais longe de nós do que o
- planeta Plutão - uma distância em que tal planeta não seria visível da Terra,
- uma vez que mal poderia refletir (ou não refletiria sequer) a luz do Sol em
- direção à Terra. De fato, os planetas conhecidos para além de Saturno foram
- primeiramente descobertos não visual, mas matematicamente. As órbitas dos
- planetas conhecidos, descobriram os astrônomos, eram aparentemente
- afetadas por outros corpos celestes.
- pg 261 (INFORMATIVO DO PERÍODO ORBITAL)
- Enquanto tal período orbital não pode ser traçado, as fontes mesepotâmicas e
- bíblicas apresentam fortes provas de que o período orbital do Décimo
- Segundo Planeta é de 3.600 anos. O número 3.600 era escrito em sumério
- como um largo círculo. O epíteto do planeta - shar ("supremo governante") -
- significa um "círculo perfeito", um "ciclo completo", e também o número
- 3.600. E a identidade dos três termos - planeta/órbita/3.600 - não podia ser
- mera coincidência.
- pg 264
- Se estes governantes pré-diluvianos eram, como sugerimos, os Nefilim que
- vieram para a Terra do Décimo Segundo Planeta, então, não surpreenderá a
- ninguém que seus períodos de "reinado" na Terra estejam relacionados com o
- período orbital do Décimo Segundo Planeta. Os períodos de tal exercício de
- poder ou reinado duravam desde o instante de uma aterrissagem até ao
- momento de uma decolagem; assim que um comandante chegava do Décimo
- Segundo Planeta, terminava o tempo de outro. Uma vez que as aterrissagens
- e as decolagens devem ter estado relacionadas com a aproximação da Terra
- do Décimo Segundo Planeta, os períodos de exercício de poder dos
- comandantes só podiam mesmo ter sido medidos em termos de tais períodos
- orbitais, ou seja em shar's.
- pg 265 (VALORES INTERESSANTES)
- Já salientamos em capítulos anteriores que a marcha da humanidade para a
- civilização, através da intervenção dos Nefilim, passou por três estágios
- separados por períodos de 3.600 anos: o período Mesolítico (cerca do ano
- 11.000 a.C.), a fase da cerâmica (cerca do ano 7.400 a.C.) e a súbita
- civilização suméria (cerca do ano 3.800 a.C.). É provável então que os
- Nefilim tivessem periodicamente revisto (e resolvido continuar) o progresso
- da humanidade, uma vez que podiam reunir-se em assembléia a cada vez que
- o Décimo Segundo Planeta se abeirava da Terra.
- pg 267 (MAIS VALORES INTERESSANTES)
- Baseados em nossas estimativas sobre quando terá ocorrido o dilúvio,
- situamos a primeira aterrissagem dos Nefilim na Terra há cerca de 450.000
- anos.
- pg 268
- Um planeta com uma abundância de elementos radioativos em suas
- profundezas não geraria apenas seu próprio calor, ele experimentaria também
- uma substancial atividade vulcânica. Esta atividade vulcânica dá origem a
- uma atmosfera. Se o planeta é suficientemente grande para exercer uma
- intensa força gravitacional, ele manterá sua atmosfera quase indefinidamente.
- Tal atmosfera, por seu turno, cria um efeito de estufa: protege o planeta do
- frio do espaço exterior e impede que o calor próprio do planeta se dissipe no
- espaço - muito à semelhança do que faz nosso vestuário mantendo-nos
- quentes por não permitir que o calor do corpo se dissipe. Com isto em mente,
- as descrições dos textos antigos do Décimo Segundo Planeta (como que
- "vestidas com um halo") assumem mais do que apenas significado poético. A
- ele se referem sempre como um planeta radiante - "o mais radiante dos
- planetas é ele" -, e suas descrições mostram-no como um corpo emissor de
- raios. O Décimo Segundo Planeta podia gerar seu próprio calor e reter esse
- mesmo calor devido a seu manto atmosférico.
- pg 269
- Os cientistas chegaram também à inesperada conclusão de que a vida podia
- não só ter evoluído nos planetas exteriores (Júpiter, Saturno, Urano, Netuno),
- como provavelmente evoluiu. Estes planetas são constituídos pelos
- elementos mais leves do sistema solar, têm uma composição mais semelhante
- à do universo em geral e oferecem uma profusão de hidrogênio, hélio,
- metano, amônia e provavelmente neônio e vapor de água em suas atmosferas
- - todos os elementos requeridos para a produção de moléculas orgânicas.
- Para a vida, tal como nós sabemos que ela se desenvolveu, a água é um
- elemento essencial. Os textos mesopotâmicos não deixam dúvidas de que o
- Décimo Segundo Planeta era um planeta aquoso.
- pg 270
- Os sumérios não tinham dúvidas de que o Décimo Segundo Planeta era um
- verdejante planeta de vida; de fato, eles chamam-lhe NAM.TIL.LA.KU, "o
- deus que mantém vida". Ele era também "concessor de culturas", "criador de
- cereais e ervas que causam o rebento da vegetação... que abriu regos,
- trazendo as águas de abundância" - o "irrigador do céu e da terra".
- A vida, concluíram os cientistas, evoluiu não sobre os planetas terrestres com
- seus pesados compostos químicos, mas nas orlas exteriores do sistema solar.
- Destas orlas do sistema solar veio para o meio de nós o Décimo Segundo
- Planeta, um avermelhado e resplandecente planeta, gerando e irradiando seu
- próprio calor, fornecendo a partir de sua própria atmosfera os ingredientes
- necessários para a química da vida.
- Eles iniciaram seus estudos a partir do conhecido constrangimento entre os
- cientistas acerca das teorias correntes das origens da vida na Terra. Por que é
- que haverá apenas um código genético para toda a vida terrestre? Se a vida
- começou do "caldo" primitivo, como acredita a maior parte dos estudiosos,
- dever-se-iam ter desenvolvido organismos com uma variedade de códigos
- genéticos.
- E depois, por que é que o elemento molibdênio desempenha um
- papel-chave nas reações enzimáticas essenciais à vida, se o molibdênio é um
- elemento tão raro? Por que é que elementos como o cromo ou o níquel têm
- tão pouca importância nas reações bioquímicas?
- A bizarra teoria oferecida por Crick e Orgel não só dizia que toda a vida na
- Terra pode ter surgido de um organismo de outro planeta, como acrescenta
- que esta "sementeira" foi deliberada - que seres inteligentes de outro planeta
- lançavam a "semente da vida" de seu planeta natal para a Terra numa nave
- espacial, seguindo o objetivo expresso de iniciar a cadeia da vida na Terra.
- pg 271
- Sem se beneficiarem dos dados fornecidos por este livro, esses dois
- eminentes cientistas chegaram perto do fato real. Não houve sementeira
- "premeditada": em vez disso, houve uma colisão celeste. Um planeta
- portador de vida, o Décimo Segundo Planeta e seus satélites, colidiu com
- Tiamat e dividiu este em dois, "criando" a Terra de uma de suas metades.
- Durante esta colisão, o solo e o ar portadores de vida do Décimo Segundo
- Planeta "semearam" a Terra, dando-lhe as remotas e complexas formas
- biológicas de vida para cujo primitivo aparecimento não existe outra
- explicação.
- Se a vida no Décimo Segundo Planeta começou até mesmo 1% antes que na
- Terra, então ela começou lá cerca de 45 milhões de anos mais cedo. Mesmo
- por esta margem insignificante, seres tão desenvolvidos como o homem
- podiam já viver sobre o Décimo Segundo Planeta quando os pequenos
- mamíferos tinham apenas começado a aparecer na Terra.
- Dado este remoto início para a vida no Décimo Segundo Planeta, foi possível
- ao seu povo realizar viagens no espaço uns meros 500.000 anos atrás.
- CAP 9 - Aterrisagem no Planeta Terra
- pg 271
- Até agora só pisamos a Lua e sondamos apenas os planetas mais próximos de
- nós em missões não tripuladas. Para além de nossos vizinhos relativamente
- próximos, tanto o espaço interplanetário como o exterior estão ainda fora do
- alcance, até de pequenas missões de sonda. Mas o planeta próprio dos
- Nefilim, com sua vasta órbita, serviu como observatório itinerante, levandoos
- através das órbitas de todos os planetas exteriores e possibilitando-lhes a
- observação em primeira mão da maior parte do sistema solar.
- Não admira, então, que, quando eles aterrissaram na Terra, uma grande parte
- do conhecimento que traziam consigo dissesse respeito à astronomia e à
- matemática celestial. Os Nefilim, "deuses do céu" sobre a Terra, ensinaram o
- homem a erguer os olhos para os céus, tal como Javé vivamente recomendou
- a Abraão.
- pg 276
- Ninguém, a não ser os Nefilim, viajando para a Terra passando por Plutão,
- Netuno, Urano, Saturno, Júpiter e Marte, poderia ter considerado a Terra
- como “o sétimo”. Mesmo se, por amor da tese, se considerasse que os
- habitantes da Mesopotâmia antiga, mais do que viajantes pelo espaço, tinham
- o conhecimento ou a sabedoria para contar a posição da Terra não a partir do
- Sol central, mas dos limites do sistema solar, então seguir-se-ia que os povos
- antigos sabiam da existência de Plutão, Netuno e Urano. Uma vez que eles
- não podem ter adquirido por eles próprios o conhecimento da existência dos
- planetas exteriores, essa informação deve ter-lhes sido comunicada
- parcialmente pelos Nefilim.
- pg 277
- A Terra não é o único planeta cuja posição numérica no sistema solar é
- representada simbolicamente. Uma vasta quantidade de provas mostra que
- Vênus era representada como uma estrela de oito pontas - Vênus é o oitavo
- planeta, seguindo a Terra, quando os numeramos a partir do exterior. A
- estrela de oito pontas representa ainda a deusa Ishtar, cujo planeta era Vênus.
- Muitos selos cilíndricos e outras relíquias gráficas representam Marte como o
- sexto planeta. Um selo cilíndrico mostra o deus associado a Marte
- (originalmente Nergal, depois Nabu) sentado num trono sob uma "estrela" de
- seis pontas como seu símbolo. Outros símbolos no selo mostram o Sol, muito
- ao jeito da nossa maneira atual de o descrever, a Lua e a cruz, símbolo do
- "Planeta da Travessia", o Décimo Segundo Planeta.
- pg 281
- Estamos convencidos de que as sete estações na procissão de Marduk
- representavam a viagem espacial dos Nefilim desde seu planeta até a Terra;
- que a primeira "estação", a "Casa de Brilhantes Águas", representava a
- passagem por Plutão; a segunda ("Onde o Campo se Separa"), era Netuno; a
- terceira, Urano; a quarta, um local de celestes tempestades, Saturno; a quinta,
- onde "A Estrada" se torna clara, "Onde Aparece a Palavra do Pastor", era
- Júpiter; a sexta, onde a jornada se desvia para "O Navio do Viajante", era
- Marte.
- E a sétima estação era a Terra, o fim da jornada, onde Marduk oferecia a
- "Casa de Repouso" (a "casa de construir vida na Terra" dos deuses).
- pg 284
- Para além de Urano assoma Saturno, um planeta gigante (quase dez vezes
- maior que a Terra) distinguível pelos seus anéis que se estendem por mais do
- dobro em distância que o diâmetro do planeta. Armado de uma tremenda
- força gravitacional e dos misteriosos anéis, Saturno deve ter representado
- muitos perigos aos Nefilim e suas missões espaciais. Isto bem pode explicar
- o fato de eles chamarem ao quarto planeta TAR.GALLU ("o grande
- destruidor"). O planeta era também apelidado KAK.SI.DI ("arma de
- integridade") e SI.MUTU ("ele que pela justiça mata"). Ao longo do antigo
- Oriente Médio o planeta representou o castigador dos injustos. Seriam estes
- nomes expressões de temor ou referências a reais acidentes no espaço?
- Os rituais Akitu, como vimos, fazem referência a "tempestades das águas"
- entre An e Ki no quarto dia, quando a missão espacial estava entre Anshar
- (Saturno) e Kishar (Júpiter).
- pg 286
- O objeto central neste antigo esboço simula o símbolo do Décimo Segundo
- Planeta, o Globo Alado. E, ainda assim, ele parece diferente: é mais
- mecânico, mais manufaturado que natural. As suas "asas" parecem quase os
- painéis solares com os quais as missões espaciais norte-americanas são
- equipadas para converter a energia solar em eletricidade. As duas antenas são
- inconfundíveis.
- A nave circular, com seu topo semelhante a uma coroa e suas extensas asas e
- antenas, está situada nos céus, entre Marte (a estrela de seis pontas) e a Terra
- e sua Lua. Na Terra, uma divindade estende sua mão para cumprimentar um
- astronauta ainda fora nos céus, perto de Marte. O astronauta é mostrado
- usando um elmo com um visor e um escudo. A parte inferior de sua veste
- assemelha-se a um "homem-peixe", um requisito necessário, talvez, no caso
- de uma aterrissagem de emergência no oceano. Numa mão ele segura um
- instrumento; com a outra, retribui o cumprimento da Terra.
- pg 287
- Estabelecendo o paralelo com as sete estações da viagem de Marduk, os
- nomes dos planetas falam ainda de vôo espacial. A terra no fim da jornada
- era o sétimo planeta, a Terra.
- Talvez nunca saibamos se, daqui a anos sem conta, alguém noutro planeta
- encontrará e entenderá a mensagem desenhada na placa fixada à Pioneer 10.
- Do mesmo modo, uma tal placa ao inverso, ou seja, uma placa trazendo aos
- terráqueos informações sobre a localização e a rota do Décimo Segundo
- Planeta.
- E, no entanto, tal prova extraordinária existe.
- A prova é uma barra de argila encontrada nas ruínas da Real Biblioteca de
- Nínive. Tal como muitas das outras barras, é sem dúvida uma cópia assíria de
- uma barra suméria anterior. Ao contrário de outras, é um disco circular, e,
- embora alguns signos cuneiformes nela inscritos estejam excelentemente
- preservados, os poucos estudiosos que se entregaram à tarefa de decifração
- da barra acabaram por lhe chamar “o mais desconcertante documento
- mesopotâmico".
- pg 291
- O que aqui se revela é um mapa de órbitas, assinalando o caminho pelo qual
- o deus Enlil "passou pelos planetas", acompanhado de algumas instruções de
- operações. A linha inclinada a 45º parece indicar a linha descendente de uma
- nave espacial de um ponto que é "alto alto alto alto", através de "nuvens de
- vapor" e uma zona inferior sem nenhum vapor, na direção do ponto do
- horizonte, no qual céus e terra se encontram.
- Nos céus perto da linha horizontal, as instruções para os astronautas fazem
- sentido: é-lhes ordenado "ajustar ajustar ajustar" seus instrumentos para a
- aproximação final; depois, enquanto se aproximam do solo, "foguetes
- foguetes" são ligados para abrandar a força da nave, que aparentemente devia
- ser erguida ("acumulada") antes de atingir o ponto de aterrissagem porque
- tem de passar sobre terreno alto ou escarpado ("montanha montanha").
- A informação fornecida neste segmento pertence claramente a uma viagem
- espacial empreendida pelo próprio Enlil. Neste primeiro segmento é-nos
- dado um preciso esboço geométrico de dois triângulos ligados por uma linha
- que faz um determinado ângulo. A linha representa uma rota, uma vez que a
- inscrição afirma claramente que o esboço mostra como a "deidade Enlil
- passou pelos planetas".
- pg 293
- Em todos os outros segmentos há também provas de que se tratava de um
- mapa celeste e manual de vôo. Continuando no sentido anti-horário a parte
- legível do segmento seguinte contém a inscrição: "tomar tomar tomar lançar
- lançar lançar lançar completo completo completo". No terceiro segmento,
- onde se vê uma seção da invulgar forma elíptica, as inscrições legíveis rezam
- "kakkab SIB.ZI.AN.NA... enviado de AN.NA... deidade ISH.TAR" e a
- intrigante frase: "A deidade NI. NI, supervisor da descida ".
- No quarto segmento, que contém aquilo que parecem ser instruções de como
- estabelecer o destino de cada um de acordo com certo grupo de estrelas, a
- linha descendente é especifIcamente identificada como a linha do céu: a
- palavra é repetida onze vezes sob a linha.
- Representará este segmento uma fase de vôo já mais próxima da Terra, mais
- próxima do ponto de aterrissagem? Pode ser realmente este o conteúdo da
- legenda sobre a linha horizontal: "montes montes montes montes topo topo
- topo topo cidade cidade cidade cidade". A inscrição no centro diz: "kakkab
- MASH.TAB.BA [Gêmeos] cujo encontro é fixado: kakkab SIB.ZI.AN.NA
- [Júpiter] fornece conhecimento".
- Se, como parece ser o caso, os segmentos estão organizados numa seqüência
- de aproximação, então nós quase podemos partilhar a excitação dos Nefilim à
- medida que se aproximam do aeroporto espacial da Terra. O segmento
- seguinte, de novo identificando a linha descendente como “céu céu céu",
- anuncia também:
- pg 295
- Em linguagem de signos e em palavras, os
- Nefilim desenharam para nós a rota desde seu planeta ao nosso
- pg 296
- A missão espacial dos Nefilim foi provavelmente lançada do Décimo
- Segundo Planeta em direção à própria órbita do Décimo Segundo Planeta,
- mas muito antes de sua chegada às vizinhanças da Terra. Baseando-se nestes
- e em inúmeros outros fatores, Amnon Sitchin, doutorado em Aeronáutica e
- Engenharia, elaborou para nós duas trajetórias alternativas para a missão
- espacial. De fato, com pouco gasto de energia, a nave não só mudaria seu
- curso, mas também diminuiria sua velocidade. Enquanto o Décimo Segundo
- Planeta (também um veículo espacial, embora de enorme tamanho)
- continuava sua ampla órbita elíptica, a nave espacial seguiria um curso
- elíptico muito mais reduzido e alcançaria a Terra bem antes do Décimo
- Segundo Planeta. Esta alternativa pode ter oferecido tanto vantagens como
- desvantagens aos Nefilim.
- O período completo de 3.600 anos terrestres que se aplicava a períodos de
- exercício de poder e outras atividades sobre a Terra sugere que eles devem
- ter preferido a segunda alternativa, a de uma pequena viagem e uma estada
- nos céus da Terra, coincidindo com a chegada do próprio Décimo Segundo
- Planeta. Isto teria exigido o lançamento da nave espacial (C) quando o
- Décimo Segundo Planeta estava acerca de meio caminho de perigeu, início
- de sua rota de volta ao apogeu. Com a velocidade própria do planeta
- aumentando rapidamente, a nave espacial requereu fortes motores para
- ultrapassar seu planeta natal e alcançar a Terra (D) uns anos antes do Décimo
- Segundo Planeta.
- [FIGURA]
- pg 298
- Difíceis e precisas como eram as aterrissagens, as decolagens da Terra devem
- ter sido ainda mais delicadas. A nave de aterrissagem precisava reunir-se à
- nave-mãe, que tinha então de aquecer os motores e acelerar até velocidades
- extremamente altas, uma vez que devia alcançar o Décimo Segundo Planeta,
- que, por essa altura, passava por seu perigeu entre Marte e Júpiter à sua
- máxima velocidade orbital. O dr. Sitchin calculou que havia três pontos na
- órbita da nave à volta da Terra, que propiciavam um impulso na direção do
- Décimo Segundo Planeta. As três alternativas ofereciam aos Nefilim a
- escolha de alcançar o Décimo Segundo Planeta no espaço de 1,1 até 1,6 anos
- terrestres.
- Terreno apropriado, orientação da Terra e coordenação perfeita com o
- planeta natal eram os requisitos necessários para chegadas, aterrissagens,
- decolagens e partidas bem-sucedidas da Terra.
- Como veremos, os Nefilim preencheram todos estes requisitos.
- pg 299
- A história da primeira colonização da Terra por seres inteligentes é uma saga
- de tirar a respiração, não menos inspirada que a descoberta da América ou a
- circunavegação da Terra. Foi, com certeza, um acontecimento de importância
- maior, porque, como resultado desta colonização, nós e nossas civilizações
- estamos hoje aqui.
- A Epopéia da Criação informa-nos que os "deuses" vieram para a Terra
- seguindo uma decisão deliberada de seu chefe. A versão babilônica,
- atribuindo a decisão a Marduk, explica que ele esperou até o solo da Terra
- secar e endurecer o suficiente para permitir as operações de aterrissagem e
- construção. Depois, Marduk anunciou sua decisão ao grupo de astronautas:
- Nas profundas alturas, onde tu tens residido,
- “A Real Casa das Alturas" eu construí.
- Agora, uma contraparte dela
- Eu construirei lá embaixo.
- Marduk explicou então seu objetivo:
- Quando das alturas para assembléia vocês descerem
- Haverá um lugar de repouso para a noite para vos receber a todos.
- Eu lhe chamarei "Babilônia" - O Portão dos Deuses.
- A Terra não era assim meramente o objeto de uma visita ou de uma rápida
- estada de exploração; estava destinada a ser um permanente "lar longe do
- lar".
- Viajando a bordo de um planeta que era uma espécie de nave espacial,
- atravessando as rotas da maior parte dos outros planetas, sem dúvida os
- Nefilim esquadrinhavam primeiro os céus a partir da superfície do próprio
- planeta. Sondas não tripuladas devem ter-se-lhes seguido. Mais tarde ou mais
- cedo eles adquiriram a capacidade de enviar missões tripuladas aos outros
- planetas.
- pg 300
- impressionado favoravelmente. Seus matizes azuis indicavam que ela possuía
- água e ar mantenedores de vida; os castanhos revelavam a existência de terra
- firme; os verdes falavam-lhes da vegetação e da base para vida animal. No
- entanto, quando os Nefilim finalmente viajaram para a Terra, ela deve terlhes
- parecido de algum modo diferente da visão atual que nossos astronautas
- têm dela. Não esqueçamos que, quando os Nefilim vieram pela primeira vez
- à Terra, ela estava no meio de uma idade do gelo - período glacial que se
- constitui em fases de congelamento e descongelamento do clima da Terra:
- Glaciação remota - iniciada há cerca de 600.000 anos.
- Primeiro aquecimento (período inter-glacial) – 550.000 anos atrás.
- Segundo período glacial - há 480.000 e 430.000 anos.
- Quando os Nefilim aterrissaram pela primeira vez na Terra, há cerca de
- 450.000 anos, cerca de um terço de sua área firme estava coberta com lençóis
- de gelo e glaciares. Com uma porção tão grande das águas da Terra
- congeladas, a queda de chuva foi reduzida, mas não por toda a parte. Devido
- às peculiaridades dos padrões de vento e terreno, entre outras coisas, algumas
- áreas que são hoje bem irrigadas eram estéreis na época, e algumas áreas que
- hoje têm apenas chuvas de estação experimentavam na época chuvas durante
- todo o ano.
- Os níveis de água eram também mais baixos porque muita água fora
- capturada como gelo nas massas de terra. As provas indicam que, no auge
- das duas maiores idades do gelo, os níveis do mar eram cerca de 180 ou 200
- metros mais baixos que hoje em dia. Assim, havia terra seca onde atualmente
- temos mares e praias. Onde os rios continuaram a correr, foram criadas
- profundas gargantas e desfiladeiros se seus cursos os levaram por terreno
- rochoso; se suas águas correram em terra macia e argila, chegaram à idade do
- gelo através de vastos pântanos.
- Chegando à Terra em tais condições climáticas e geográficas, onde poderiam
- os Nefilim colocar seu primeiro domicilio?
- Eles procuraram, sem dúvida, um local com um clima relativamente
- temperado, onde não eram precisos mais que simples abrigos e onde podiam
- se movimentar com leves roupas de trabalho em vez de pesadas vestes
- isolantes. Devem ter procurado também água para beber, lavar e para fins
- industriais, assim como para manter a vida animal e vegetal necessárias à
- alimentação. Os rios facilitam a irrigação de largas faixas de terra e
- simultaneamente deviam fornecer um meio de transporte conveniente.
- Apenas uma zona relativamente estreita da Terra podia preencher todos estes
- requisitos, assim como satisfazer a necessidade de longas e planas áreas
- adequadas às aterrissagens. A atenção dos Nefilim, sabemo-lo agora,
- focalizou-se em três principais sistemas de rios e suas planícies: o Nilo, o
- Indo e o Tigre-Eufrates. Cada uma das bacias destes rios era adequada à
- primitiva colonização; cada uma, a seu tempo, se tornou o centro de uma
- antiga civilização
- pg 302
- Em antigos textos e gravuras, as naves dos Nefilim eram inicialmente
- chamadas "barcos celestiais". A aterrissagem de tais astronautas "marítimos",
- podemos imaginar, podia ter sido descrita em antigos contos épicos como o
- aparecimento de um gênero qualquer de submarino-dos-céus no mar, a partir
- do qual "homens-peixes" emergiam e vinham à costa.
- Na verdade, os textos mencionam que alguns dos AB.GAL que navegaram
- nas naves espaciais estavam vestidos como peixes. Um texto abordando as
- divinas viagens de Ishtar cita-a procurando alcançar o "grande gallu"
- (navegador-chefe) que partira "num barco submerso". Berossus transmitiu
- lendas referentes a Oannes, o "Sendo Dotado de Razão", um deus que fez seu
- aparecimento do "mar Eritreu que era limítrofe à Babilônia" no primeiro ano
- da descida da realeza do céu. Berossus relatou que, embora Oannes parecesse
- um peixe, tinha uma cabeça humana e pés como um homem sob sua cauda
- pg 303
- Os três historiadores gregos, através dos quais sabemos o que Berossus
- escreveu, relatavam que tais divinos homens-peixes apareciam
- periodicamente vindo à costa do "mar Eritreu", a massa de água a que hoje
- chamamos mar Arábico (a parte ocidental do oceano Índico).
- Por que teriam os Nefilim aterrissado chapinhando no oceano Índico, a
- centenas de quilômetros do seu lugar escolhido na Mesopotâmia, em vez de
- pararem no golfo Pérsico, que fica muito mais perto desse local? Os antigos
- relatos confirmam indiretamente nossa conclusão de que as primeiras
- aterrissagens ocorreram durante o segundo período glacial quando o atual
- golfo Pérsico não era um mar, mas uma extensão de pântanos e lagos
- superficiais nos quais era impossível uma aterrissagem aquática.
- pg 306
- Terra.
- Quando eu abordei a Terra,
- Havia muita inundação.
- Quando me aproximei de seus verdes prados,
- Morros e montes acumularam-se
- A uma ordem minha.
- Eu construí minha casa num puro local...
- Minha casa
- Sua sombra alonga-se por sobre o Pântano da serpente...
- Os peixes de água doce agitam aí suas caudas
- Por entre os pequenos juncos de gizi.
- O poema passa depois a descrever e registrar, na terceira pessoa, as
- realizações de Enki. Aqui estão alguns versos selecionados:
- Ele assinalou o pântano,
- Colocou nele carpas e... - peixe;
- Ele marcou as canas do bosque,
- Colocou nele... - juncos e canas verdes
- Enbilulu, o inspetor de canais,
- Ele colocou no cargo dos pântanos.
- Ele que colocou redes para que nenhum peixe escapasse,
- De cuja armadilha nenhum... escapa,
- De cujo laço nenhum pássaro foge,
- ...O filho de... um deus que ama peixe
- Enki colocou no cargo dos peixes e pássaros.
- Enkimdu, o da vala e do dique.
- Enki colocou no cargo da vala e do dique.
- Ele cujo... molde dirige,
- Kulla, o fabricante de tijolo da terra,
- Enki colocou no cargo do molde e do tijolo.
- O poema lista outras realizações de Enki, incluindo a purificação das águas
- do rio Tigre e a junção (por meio de um canal) do Tigre e do Eufrates. Sua
- casa, perto da margem da água, ficava junto do cais no qual jangadas de
- juncos e barcos podiam ser ancorados e do qual podiam partir e navegar.
- Muito apropriadamente, a casa chamava-se E.ABZU ("casa do Abismo"). O
- sagrado recinto de Enki em Eridu foi conhecido por este nome durante
- milênios depois.
- Não há dúvida de que Enki e sua equipe de aterrissagem exploraram as terras
- à volta de Eridu, mas Enki parece ter preferido viajar pela água.
- pg 308
- As listas de reis sumérios indicam que Enki e seu primeiro grupo de Nefilim
- permaneceram sozinhos na Terra durante bastante tempo: oito shar's
- decorreram (28.800 anos) até que o segundo-comandante ou "chefe de
- colônia" fosse nomeado.
- pg 310
- A fundação de Larsa iniciou uma nova fase na colonização da Terra pelos
- Nefilim. Ela assinalou a decisão de prosseguir com as tarefas para as quais
- fora destacado para a Terra, tarefas essas que requeriam o envio para a Terra
- de mais "força humana", ferramentas e equipamento e o regresso de valiosas
- mercadorias para o Décimo Segundo Planeta.
- Aterrissagens no mar deixaram de ser adequadas para estes pesados
- carregamentos. As mudanças climáticas tornaram o interior da região mais
- acessível - era tempo de deslocar o local de aterrissagem para o centro da
- Mesopotâmia.
- pg 311
- No centro de Nippur, no alto de uma plataforma elevada artificialmente,
- ficavam os aposentos e um quartel-general de Enlil, o KI.UR ("local da raiz
- da Terra"), onde o "elo entre céus e terra" se ergue. Este era o centro de
- comunicações do Controle da Missão, o local a partir do qual os Anunnaki na
- Terra se comunicavam com seus camaradas, os IGI.GI ("eles que voltam e
- vêem") na nave espacial que ficava orbitando.
- Neste centro, continua o texto a dizer, havia um "alto pilar dirigido às alturas,
- alcançando o céu". Este "pilar" extremamente alto, firmemente plantado no
- solo "como uma plataforma que não pode ser contornada", era usado por
- Enlil para "pronunciar sua palavra" para os céus. Esta é uma descrição
- simples de uma torre de radiodifusão. Logo que a "palavra de Enlil" - a sua
- ordem - "se aproximava dos céus, a abundância escorria para a Terra". Que
- maneira simples de descrever o fluxo de matérias, comidas especiais,
- medicamentos e ferramentas trazidos para baixo pela missão vaivém, logo
- que soava a "palavra" de Nippur!
- pg 314
- Seria pouco realista supor que as primeiras sete cidades dos deuses foram
- fundadas por acaso. Estes "deuses", capazes de realizar viagens espaciais,
- localizaram as primeiras colônias de acordo com um plano definido, servindo
- uma necessidade vital: tornar possível pousar na Terra e deixar a Terra para
- seu próprio planeta.
- Qual era este plano-mestre?
- Quando procuramos uma resposta, nos perguntamos: qual é a origem do
- símbolo astronômico e astrológico da Terra, um círculo bisseccionado por
- uma cruz de ângulos retos, o símbolo que usamos para significar "alvo"?
- O símbolo remonta às origens da astronomia e da astrologia na Suméria I e é
- idêntico ao hieróglifo egípcio para "local".
- Será isso coincidência ou significativa evidência? Teriam os Nefilim pousado
- na Terra sobrepondo em sua imagem ou mapa alguma espécie de "alvo"?
- Os Nefilim eram estranhos à Terra. Quando do espaço esquadrinhavam sua
- superfície, devem ter prestado especial atenção às montanhas e cadeias
- montanhosas. Elas podiam representar incidentes inesperados por ocasião das
- aterrissagens e das decolagens, mas podiam também servir de marcos no
- terreno para a navegação.
- Se os Nefilim, quando pairavam sobre o oceano Índico, olharam na direção
- da Terra Entre-os-Rios, que escolheram para suas primeiras tentativas de
- colonização, um marco de terreno lhes deve ter, indiscutivelmente,
- aparecido: o monte Ararat.
- pg 316
- Seria um local apropriado para aterrissagens e decolagens?
- A resposta é sim. O local escolhido fica num plano; as cadeias de montanhas
- que rodeiam a Mesopotâmia se encontram a uma distância razoável. As mais
- altas (para leste, nordeste e norte) não atrapalhariam o pouso daquela espécie
- de ônibus espacial que vinha de sudeste.
- Seria um local acessível? Astronautas e materiais poderiam ser trazidos até
- ali sem muita difIculdade?
- De novo, a resposta é sim. O local podia ser atingido por terra e, via rio
- Eufrates, por missões aquáticas.
- E mais uma pergunta decisiva: haveria por ali uma fonte de energia, de
- combustível para a força e a luz? A resposta é um enfático sim. A curva do
- rio Eufrates, onde seria fundada Sippar, era, na Antiguidade, uma das mais
- ricas fontes em betumes de superfície, produtos petrolíferos que vertem de
- poços naturais e podiam ser reconhecidos da superfície sem nenhuma
- escavação ou perfuração a grandes profundidades.
- pg 318
- Orientando-nos pelo antigo esboço que faz de Nippur o centro de um círculo,
- e desenhando circunferências concêntricas a Nippur através das várias
- cidades, descobrimos que outra antiga cidade suméria, Lagash, estava
- localizada exatamente num destes círculos - numa linha eqüidistante desde a
- linha de 45°, como a reta Eridu-Larsa-Sippar. A localização de Lagash reflete
- a de Larsa.
- Embora o local de LA.RA.AK ("vendo brilhante halo") permaneça
- desconhecido, o lugar lógico para ela seria no ponto 5, uma vez que lá
- situava-se a Cidade dos Deuses, completando o anel de cidades na rota
- central do vôo em intervalos de seis bem: Bad-Tibira, Shuruppak, Nippur,
- Larak, Sippar.
- 1. Eridu
- 2. Larsa
- 3. Nippur
- 4. Bad-Tibira
- 5. Larak
- 6. Sippar
- 7. Shuruppak
- 8. Lagash
- [MAPA]
- pg 319
- Nem as cidades originais dos deuses nem seus vestígios poderão ser vistos de
- novo pelo homem - tudo isso foi destruído pelo dilúvio; que mais tarde
- assolou a terra. Mas podemos saber muito deles, porque era sagrado dever
- dos reis da Mesopotâmia reconstruir continuamente os recintos sagrados
- exatamente no mesmo ponto e de acordo com os planos originais.
- pg 322
- A conclusão de que a Arca da Aliança era fundamentalmente uma caixa de
- comunicações operada eletricamente é corroborada pelas instruções
- referentes ao modo de carregá-la. Ela devia ser transportada por meio de
- bastões de madeira passados através de quatro argolas de ouro. Ninguém
- devia tocar no próprio cofre, e, quando um israelita o fez, ele foi
- instantaneamente morto, como que por uma carga elétrica de alta-voltagem
- pg 327
- Mas teriam os zigurates sido erguidos unicamente para observar as estrelas e
- os planetas, ou será que tinham também a finalidade de servir as missões
- espaciais dos Nefilim? Todos os zigurates estavam orientados de modo que
- seus cantos apontassem exatamente o norte, o sul, o leste e o oeste. Como
- resultado, seus lados corriam precisamente em ângulos de 45° em relação às
- quatro direções cardeais. Isto significava que um ônibus espacial estranho
- podia seguir certos lados do zigurate para pousar exatamente ao longo da rota
- de vôo, e chegar a Sippar sem dificuldade!
- Nós mostramos, todavia, que a verdadeira função destas estruturas era pôr
- em contato os deuses no céu com os deuses - não os mortais - na Terra.
- CAP 11 - O Motim dos Anunnaki
- pg 328
- Os textos sumérios explicam que nessa remota idade, à chegada dos deuses à
- Terra, foi acordada uma separação de poderes: Anu devia ficar nos céus e
- governar o Décimo Segundo Planeta; Enlil devia comandar as terras; e Ea foi
- encarregado dos AB.ZU (apsu em acádio). Levados pelo significado
- "aquático" do nome E.A, os estudiosos traduziram AB.ZU como "profundeza
- aquática", imaginando que, como na mitologia grega, Enlil representava o
- trovejante Zeus e Ea era o protótipo de Poséidon, deus dos oceanos.
- pg 329
- O conto, encontrado em várias versões, começa com um banquete, no qual os
- convidados de honra eram Anu, Enlil e Ea. O banquete foi celebrado "nos
- céus", mas não na residência de Anu no Décimo Segundo Planeta. Talvez
- esse banquete tivesse lugar a bordo de uma nave espacial em órbita porque,
- quando Ereshkigal não pôde subir para se reunir a eles, os deuses mandaramlhe
- um mensageiro que “desceu a longa escadaria dos céus, alcançou o
- portão de Ereshkigal".
- Quando Namtar penetrou na sala do banquete, todos os deuses, exceto um
- "deus calvo, sentado atrás", se levantaram para o cumprimentar. Namtar
- relatou o incidente a Ereshkigal quando regressou ao Mundo Inferior. Ela e
- todos os deuses secundários do seu domínio foram insultados. Ela exigiu
- então que o deus ofensor lhe fosse enviado para ser castigado.
- pg 330
- O ofensor, porém, era Nergal, um filho do grande Ea. Depois de uma severa
- reprimenda passada por seu pai, Nergal foi instruído no sentido de fazer a
- viagem sozinho, armado apenas de muitos conselhos paternais sobre o seu
- comportamento. Quando Nergal chegou ao portão, foi reconhecido por
- Namtar como o deus ofensor e conduzido ao "largo pátio da corte de
- Ereshkigal", onde o submeteram a vários testes.
- Talvez não ainda com a vida matrimonial em mente, Nergal organizou uma
- expedição militar e assaltou os portões de Ereshkigal, pretendendo "cortar
- sua cabeça"
- pg 333
- A capacidade dos Nefilim em empreender viagens interplanetárias, orbitar a
- Terra e nela aterrissar devia evitar a questão sobre a possibilidade dos
- Nefilim saberem da existência da África Meridional, para além da
- Mesopotâmia. Muitos selos cilíndricos descrevendo animais característicos
- da área (tais como a zebra ou a avestruz), cenas da selva ou governantes
- envergando peles de leopardo segundo a tradição africana atestam uma
- "conexão africana".
- Que interesse tinham os Nefilim nesta parte de África, desviando para ela o
- gênio científico de Ea e concedendo aos importantes deuses encarregados da
- Terra uma "Barra da sabedoria" única?
- pg 334
- O pictograma sumério para AB.ZU era uma escavação profunda na Terra,
- com uma haste sobreposta. Deste modo, Ea não era o senhor de uma
- "profundeza aquática" indefinida, mas o deus encarregado da exploração dos
- minerais da Terra!
- pg 336
- Os minérios de metal extraídos no sudeste da África pelos Nefilim eram
- levados para a Mesopotâmia por navios de carga especialmente desenhados
- para esse fim, chamados MA.GUR UR.NU AB.ZU ("barco para minérios do
- Mundo Inferior"). Ali, os minérios eram levados para Bad-Tibira, cujo nome
- significava, literalmente, "a fundação do trabalho em metal". Fundidos e
- refinados, os minérios eram moldados em lingotes cuja forma permaneceu
- inalterável ao longo do Mundo Antigo durante milênios. Estes lingotes foram
- realmente encontrados em várias escavações no Oriente Médio, confirmando
- a credibilidade dos pictogramas sumérios como representações verdadeiras
- dos objetos que eles "transcreviam"; o signo sumério para o termo ZAG
- ("purificado precioso") era a gravura de tal lingote. Em tempos mais
- anteriores, esse lingote tinha claramente um orifício ao longo do seu
- comprimento, através do qual era inserida uma vara para transporte.
- pg 339
- Amplas referências a ouro e outros metais nos textos antigos sugerem
- familiaridade com a metalurgia desde os mais remotos tempos. Existiu nos
- primórdios da civilização um comércio ativo de metais, resultado do
- conhecimento legado à humanidade pelos deuses que, dizem os textos, se
- ocuparam com a mineração e metalurgia muito antes do aparecimento do
- homem. Muitos estudos que correlacionam os contos divinos mesopotâmicos
- com a lista de patriarcas bíblicos do período pré-diluviano salientam que, de
- acordo com a Bíblia, Tubal-cainera um "artífice de ouro, cobre e ferro" muito
- antes do dilúvio
- pg 341
- Conhecendo a segurança dos Nefilim em navegação fluvial, não devíamos
- nos surpreender por encontrar um rio importante e navegável no Mundo
- Inferior. O conto de "Enlil e Nelil" informa-nos que Enlil foi banido para o
- exílio no Mundo Inferior. Quando chegou à região, teve de ser transportado
- por um largo rio.
- Um texto babilônico abordando as origens e o destino da humanidade referese
- ao rio do Mundo Inferior como o rio Habur, o "Rio de Peixes e Pássaros".
- Alguns textos sumérios alcunhavam a terra de Ereshkigal de "Região de
- Pradaria de HA.BUR".
- pg 342
- Conscientes de que muitos sítios mineiros na África do Sul "recentemente
- descobertos" e promissores foram locais de mineração na Antiguidade, a
- Corporação Anglo-Americana convocou equipes de arqueologistas para
- examinar a localidade antes que os modernos equipamentos de remoção de
- terras varressem todos os vestígios de trabalho antigo. Fazendo a reportagem
- de suas descobertas na revista Optima, Adrian Boshier e Peter Beaumont
- afirmaram que depararam com camadas sobre camadas de vestígios de
- atividades mineiras antigas e pré-históricas e com ossadas humanas. A
- datação por carbono na Universidade de Yale e na Universidade de
- Croningen (Holanda) estabeleceu a idade dos objetos, que abrange desde uns
- prováveis 2.000 a.C. até uns espantosos 7.690 a.C.
- Intrigados pela inesperada antiguidade dos achados, a equipe alargou sua
- zona de investigação. Na base de um rochedo virado para as escarpadas
- vertentes ocidentais do pico do Leão, uma laje de cinco toneladas de hematita
- bloqueava o acesso a uma caverna. Vestígios de carvão de lenha datavam as
- operações de mineração dentro da caverna de 20.000 a 26.000 a.C.
- Seria possível a mineração de metais durante a velha Idade da Pedra?
- Incrédulos, os estudiosos escavaram um poço num ponto em que, claramente,
- os antigos mineiros começaram suas operações. Uma amostra de carvão de
- lenha aí encontrada foi enviada ao laboratório de Croningen. O resultado foi
- uma datação do ano 41.250 a.C., com uma margem, para mais ou para
- menos, de 1.600 anos!
- Os cientistas sul-africanos sondavam, então, locais de minas pré-históricos na
- Suazilândia, ao sul. Nos limites das cavernas de minas desenterradas, eles
- encontraram ramos de árvore, folhas e relva e até penas, tudo isto,
- presumivelmente, trazido para dentro pelos antigos mineiros para improvisar
- leitos. Datando do ano 35.000 a.C., encontraram ossos fendidos que "indicam
- a capacidade do homem em contar naquele remoto período". Outros vestígios
- avançavam a idade dos objetos até cerca do ano 50.000 a.C.
- Acreditando que “a verdadeira idade da investida da mineração na
- Suazilândia é mais provável ser encontrada na ordem do ano 70.000-80.000
- a.C.", os dois cientistas sugeriram que "o sul da África... podia bem ter
- estado na vanguarda da invenção e inovação tecnológica durante grande parte
- do período subseqüente ao ano 100.000 a.C."
- Como mostraremos, foi realmente aí [no sul da África] que o homem moderno apareceu na
- Terra, através de uma cadeia de acontecimentos engatilhados pela procura de
- metais pelos deuses.
- pg 343
- Mito e folclore estão repletos de memórias nebulosas de uma Idade do Ouro,
- associada em grande parte ao tempo em que os deuses deambulavam pela
- terra, seguida por uma Idade da Prata e depois pelas idades em que os deuses
- e os homens partilhavam a terra - as Idades dos Heróis, do Cobre, do Bronze
- e do Ferro. Serão estas lendas, de fato, vagas lembranças de reais
- acontecimentos na Terra?
- pg 344
- O ouro, a que chamamos o metal real, é na verdade o metal dos deuses.
- Falando ao profeta Ageu, o Senhor deixou bem claro, em relação ao seu
- regresso para o julgamento das nações: "A prata é minha e o ouro é meu".
- As provas sugerem que a própria paixão do homem por estes metais tem suas
- raízes na grande necessidade dos Nefilim em obterem ouro. Os Nefilim, ao
- que parece, vieram à Terra à procura do ouro e dos metais relacionados.
- Podem ter vindo também para procurar outros metais raros, tal como a
- platina (abundante no sul da África), que pode ativar células de combustível
- de uma maneira extraordinária. E não deve ser excluída a possibilidade de
- terem vindo à Terra sondar fontes de minerais radioativos, tais como o urânio
- e o cobalto - as "pedras azuis que causam doença" do Mundo Inferior, que
- alguns textos mencionam.
- pg 345
- Aqueles que realmente executaram um trabalho, dia após dia, foram os
- membros inferiores do grupo, os Anunnaki.
- Um texto sumério descreve a construção do centro de Enlil em Nippur. "Os
- Anunna, deuses do céu e da terra, estão trabalhando. O machado e o cesto de
- transporte, com os quais fazem os alicerces das cidades, seguram em suas
- mãos.”
- Os textos antigos descrevem os Anunnaki como os deuses de segunda
- categoria que foram envolvidos na colonização da Terra - os deuses "que
- realizaram as tarefas". A "Epopéia da Criação" babilônica atribui a Marduk a
- distribuição dos encargos aos Anunnaki. (O original sumério, podemos
- imaginar seguramente, falava de Enlil como o deus que deu ordem a estes
- astronautas.)
- Os textos revelam que três centenas deles - os "Anunnaki do céu", ou IGIGI -
- eram verdadeiros astronautas que ficaram a bordo da nave espacial sem
- aterrissarem realmente na Terra. Orbitando a Terra, esta nave espacial
- lançava e recebia o ônibus que viajava para a Terra.
- pg 346
- Os Anunnaki, por outro lado, que aterrissaram e ficaram na Terra, eram
- conhecidos e reverenciados pelo gênero humano. Os textos que afirmam que
- "os Anunnaki do céu... são 300", afirmam também que "os Anunnaki da
- terra... são 600".
- Ainda assim, muitos textos persistem em se referir aos Anunnaki como "os
- cinqüenta grandes príncipes". Uma pronúncia vulgar do seu nome em acádio,
- An-nun-na-ki, cria prontamente o significado “os cinqüenta que foram do céu
- à terra". Haverá meios de estabelecer uma ponte entre as aparentes
- contradições?
- É, acreditamos, bastante compreensível que os Nefilim chegassem à Terra
- em grupos de cinqüenta. Quando as visitas à Terra se tornaram regulares,
- coincidindo com horários de lançamento oportunos a partir do Décimo
- Segundo Planeta, mais Nefilim devem ter começado a vir. De cada vez,
- alguns dos primeiros visitantes deviam subir num módulo da Terra e reunir--
- se à nave espacial para a viagem para casa. Mas, de cada vez, deviam ficar
- também mais Nefilim e o número de astronautas do Décimo Segundo Planeta
- para colonizar a Terra aumentou dos cinqüenta do grupo de aterrissagem
- inicial para os "seiscentos que se estabeleceram na Terra".
- pg 347
- Como esperavam os Nefilim levar a bom termo sua missão de conseguir na
- Terra os minerais desejados e enviar os lingotes de volta para o Décimo
- Segundo Planeta, com um número tão escasso de mãos?
- Sem nenhuma sombra de dúvida, eles confiavam em seu conhecimento
- científico. É aí que se torna claro todo o valor de Enki, a razão de ele, e não
- Enlil, ter sido o primeiro a aterrissar, a razão de a ele ter sido atribuído o
- Abzu
- pg 348
- Os antigos textos referem-se repetidamente a um tipo de barco usado pelos
- deuses chamado elippu tebiti ("navio afundado", que agora chamamos
- submarino). Vimos os "homens-peixes" que estavam associados a Ea. Será
- isto prova das tentativas em mergulhar nas profundezas dos oceanos e daí
- retirar as riquezas minerais? A Terra das Minas, como já observamos, foi
- primeiramente chamada A.RA.LI, "local das águas dos brilhantes veios".
- Pode referir-se a uma terra em que o ouro era peneirado nos rios e pode
- também referir-se a tentativas para obter ouro dos mares.
- Se estes eram os planos dos Nefilim, claramente não deram em nada. Pouco
- depois de terem fundado suas primeiras colônias, às poucas centenas de
- Anunnaki foi atribuída uma tarefa inesperada e muito árdua: descer às
- profundidades do solo africano e minerar ali os minerais desejados.
- pg 349
- Ao tempo em que os Nefilim
- colonizaram a Terra todas as antigas fontes o atestam, o homem não habitava
- ainda a Terra, e, na ausência da humanidade, os poucos Anunnaki tinham de
- trabalhar arduamente. Ishtar, em sua descida ao Mundo Inferior, descrevia o
- cansado Anunnaki comendo alimentos misturados com argila e bebendo água
- poluída com poeira.
- pg 350
- Sete cidades foram fundadas, e o texto refere-se aos sete Anunnaki que
- dirigiam as cidades. A disciplina devia ter sido rígida, uma vez que, diz-nos o
- texto, "os Sete Grandes Anunnaki faziam os deuses inferiores sofrer todo o
- trabalho".
- De todos os cansativos trabalhos, o de escavação era o mais comum, árduo e
- odioso. Os deuses inferiores escavavam as margens dos rios para os tornar
- navegáveis; escavavam canais para a irrigação e escavavam também no Apsu
- para trazer à superfície os minérios da Terra. Embora, indubitavelmente,
- tivessem algumas sofisticadas ferramentas - os textos falam do "machado de
- prata que brilha como o dia", até debaixo do solo - o trabalho era demasiado
- exigente. Durante um longo período - durante quarenta "períodos", para ser
- exato - os Anunnaki "sofreram a exaustão", e depois gritaram: "Basta!”
- A ocasião para o motim parece ter sido uma visita de Enlil à área de
- mineração. Aproveitando a oportunidade, os Anunnaki disseram uns aos
- outros:
- pg 351
- Rapidamente foi encontrado um dirigente ou organizador do motim. Ele era o
- "oficial-chefe do velho tempo", que devia ter mantido alguma divergência
- com o oficial-chefe da época do motim. Seu nome, lamentavelmente, está
- fraturado no texto, mas sua incitante inventiva é bastante clara:
- Agora, proclamemos a guerra;
- Planejemos as hostilidades e batalhemos.
- A descrição do motim é tão vívida que nos ocorrem ao espírito cenas da
- tomada da Bastilha:
- pg 353
- Encorajado pelas palavras de seu pai, Ea também “abriu sua boca" e repetiu a
- conclusão de Anu. Mas ele tinha uma conclusão para oferecer: que um lulu,
- um "trabalhador primitivo", fosse criado!
- Enquanto está presente a deusa do nascimento,
- Que ela crie um trabalhador primitivo;
- Que ele suporte o jugo...
- Que ele sofra a fadiga dos deuses!
- A sugestão da criação de um "trabalhador primitivo" que tomaria às suas
- costas o fardo dos Anunnaki foi rapidamente aceita. Unanimemente, os
- deuses votaram a criação do "trabalhador". "Homem será o seu nome",
- disseram eles:
- Eles intimaram e pediram à deusa,
- A parteira dos deuses, a sensata Mami, [e disseram-lhe:]
- Tu és a deusa do nascimento, cria trabalhadores!
- Gera um trabalhador primitivo,
- Para que ele possa suportar o jugo!
- Que ele carregue o jugo atribuído por Enlil,
- Que o trabalhador suporte a fadiga dos deuses!
- Mami, a mãe dos deuses, disse que iria precisar da ajuda de Ea, "com quem
- repousa a capacidade". Na casa de Shimti, um local semelhante a um
- hospital, os deuses aguardavam. Ea ajudou a preparar a mistura da qual a
- deusa-mãe passou a idealizar o "homem". Estavam presentes deusas do
- nascimento. A deusa-mãe continuou seu trabalho enquanto eram recitados
- encantamentos a todo o instante.
- pg 354
- Os Anunnaki receberam seu anúncio entusiasticamente. "Eles correram em
- grupo e beijaram-lhe os pés". Daí em diante seria o trabalhador primitivo, o
- homem, "quem suportaria o jugo".
- Os Nefilim, chegando à Terra para fundar suas colônias, criaram uma espécie
- de escravatura não com escravos importados de outro continente, mas com
- trabalhadores primitivos idealizados pelos próprios Nefilim.
- Um motim de deuses levara à criação do homem.
- CAP 12 - A Criação do Homem
- Pg 354
- A afirmativa, primeiro registrada e transmitida pelos sumérios, de que o
- "homem" fora criado pelos Nefilim, parece encaixar-se à primeira vista tanto
- na teoria da evolução, como nos dogmas judaico-cristãos baseados na Bíblia.
- Mas, de fato, as informações encerradas nos textos sumérios, e apenas essas
- informações, podem garantir tanto a teoria da evolução, como a veracidade
- do conto bíblico e mostrar ainda que não há, realmente, nenhum conflito
- entre as duas.
- pg 355
- Defendendo firmemente a crença de que o homem fora
- precedido por uma era durante a qual apenas os Nefilim estavam na Terra, os
- textos sumérios registram momento a momento (como no caso do incidente
- entre Enlil e Ninlil) os acontecimentos que ocorreram "quando o homem não
- tinha ainda sido criado, quando Nippur era apenas habitada pelos deuses". Ao
- mesmo tempo, os textos descrevem também a criação da Terra e o
- desenvolvimento da vida vegetal e animal sobre ela, em termos que se
- amoldam às teorias evolucionistas correntes
- Os textos sumérios declaram que, quando os Nefilim vieram pela primeira
- vez à Terra, as artes de cultivo de cereal, de plantação de fruta e de criação de
- gado ainda não estavam estabelecidas. O relato bíblico coloca, similarmente,
- a criação do homem no sexto "dia" ou fase do processo evolucionário. O
- livro do Gênesis, do mesmo modo, faz constar que num prévio estágio
- evolucionári
- Todos os textos sumérios indicam que os deuses criaram o homem para fazer
- o trabalho que era deles. A Epopéia da Criação usa palavras proferidas por
- Marduk para dar a explicação:
- pg 356
- Os próprios termos pelos quais os sumérios ou acádios chamavam o
- "homem" revela-nos seu status e finalidade: ele era um lulu ("primitivo"), um
- lulu amelu ("trabalhador primitivo"), um awilum ("labutador"). A idéia de o
- homem ter sido criado para ser um servo dos deuses não chocou em nada os
- povos antigos, como sendo uma idéia peculiar
- O termo
- normalmente traduzido como "adoração" era, de fato, avod ("trabalho"). O
- homem antigo e bíblico não "adorava" seu deus - trabalhava para ele
- pg 357
- A quem se endereçava a única mas plural deidade e quem eram os "nós" a
- cuja imagem plural e semelhança plural o homem iria ser feito? O livro do
- Gênesis não nos fornece a resposta. Depois, quando Adão e Eva comeram o
- fruto da Árvore da Sabedoria, Elohim emitiu um aviso aos mesmos colegas
- anônimos: "Observem, o homem tornou-se um de nós, para conhecer o bem e
- o mal".
- Uma vez que a história bíblica da criação, como os outros contos dos
- primórdios no Gênesis, deriva de raízes sumérias, a resposta é óbvia.
- Concentrando a multitude de deuses numa só divindade, o conto bíblico não
- é senão uma versão editada dos relatos sumérios das discussões na
- assembléia dos deuses.
- Mas nesta grande simplicidade reside um grande mistério. Como podia uma
- nova criatura ser uma virtual réplica física, mental e emocional dos Nefilim?
- Na verdade, como fora criado o homem?
- pg 359
- Mas, verdadeiramente, seremos nós nada mais que "macacos nus"? Está o
- macaco apenas a uma razoável distância evolucionária do homem, e é das
- árvores o animal um humano que apenas terá ainda de perder a cauda e
- adquirir a posição vertical?
- Como mostramos logo no início deste livro, os cientistas modernos chegaram
- a questionar as teorias simplistas. A evolução pode explicar o curso geral dos
- acontecimentos que causaram o desenvolvimento da vida e das formas de
- vida na Terra, desde a mais simples criatura unicelular até o homem. Mas a
- evolução não pode explicar o aparecimento do Homo sapiens, que ocorreu
- (virtualmente) do dia para a noite em relação aos milhões de anos que a
- evolução requer, e sem provas dos estágios anteriores que indicariam uma
- mudança gradual desde o Homo erectus.
- O hominídeo do gene Homo é um produto da evolução. Mas o Homo sapiens
- é o produto de um súbito e revolucionário acontecimento. Ele apareceu
- inexplicavelmente há cerca de 300.000 anos, milhões de anos antes da época
- provável.
- Os estudiosos não têm explicação para este fato. Mas nós temos. Os textos
- sumérios e babilônicos têm-na. O Antigo Testamento também.
- O Homo sapiens, o homem moderno, foi realizado pelos antigos deuses.
- pg 360
- O antigo texto usa o termo ma para denotar "período", e muitos estudiosos
- traduziram-no como "ano". Mas o termo tinha a conotação de "algo que se
- completa a si próprio e depois se repete". Para os homens na Terra, um ano
- equivale a uma órbita completa da Terra à volta do Sol. Como já mostramos,
- a órbita do planeta dos Nefilim equivalia a um shar, ou 3.600 anos terrestres.
- Quarenta shars, ou 144.000 anos terrestres, depois de terem aterrissado na
- Terra, os Anunnaki protestaram, "Basta!". Se os Nefilim aterrissaram, como
- concluímos, há cerca de 450.000 anos, então a criação do homem teve lugar
- há 300.000 anos!
- Os Nefilim não criaram os mamíferos, nem os primatas, nem os hominídeos.
- "O Adão" da Bíblia não era o gene Homo, mas o ser que é nosso antecessor,
- o primeiro Homo sapiens. Foi o homem moderno tal como o conhecemos
- que os Nefilim criaram.
- Aqui está, então, a resposta para o quebra-cabeça. Os Nefilim não "criaram"
- o homem do nada; pelo contrário, tomaram uma criatura já existente e
- manipularam-na, para "aplicar sobre ela" a "imagem dos deuses" .
- O homem é o produto da evolução; mas o homem moderno, Homo sapiens, é
- o produto dos "deuses", uma vez que, em algum lugar há cerca de 300.000
- anos, os Nefilim tornaram um homem-macaco (Homo erectus) e implantaram
- nele sua própria imagem e semelhança.
- pg 361
- O grande estágio interglacial, que começou há cerca de 435.000 anos, e seu
- ameno clima desencadearam uma proliferação de comida e animais. Esse
- fato acelerou também o aparecimento e a expansão de um avançado macaco
- semelhante ao homem, o Homo erectus.
- Quando os Nefilim os observaram, viram não só os mamíferos
- predominantes, mas também os primatas e, entre eles, os macacos
- semelhantes a homens. Não é possível que os bandos deambulantes de Homo
- erectus tenham se aproximado para ver os objetos faiscantes levantando-se
- para o céu? Não é possível que os Nefilim tenham observado, encontrado e
- mesmo capturado alguns destes interessantes primatas?
- pg 362
- Muitos selos cilíndricos foram encontrados descrevendo este hirsuto macacohomem
- entre seus amigos animais.
- [FIGURA]
- pg 363
- O "animal" estava à disposição, mas o Homo erectus apresentou um
- problema. Por um lado, era demasiado inteligente e selvagem para se tornar
- simplesmente um dócil animal de trabalho. Por outro lado, não era realmente
- adequado para a tarefa. Sua estrutura física precisava ser mudada: ele tinha
- de se tornar capaz de segurar e usar as ferramentas dos Nefilim, andar e
- inclinar-se como eles para que pudesse substituir os deuses nos campos e nas
- minas. Precisava de um "cérebro" melhor, não como o dos deuses, mas um
- suficientemente desenvolvido para compreender a fala, as ordens e as tarefas
- a ele atribuídas. Ele precisava de suficiente inteligência e compreensão para
- se tornar um obediente e útil amelu, um servo
- Observando as várias formas de vida na Terra, os Nefilim e seu cientistachefe,
- Ea, precisaram de pouco tempo para compreender aquilo que se
- passara. Durante a colisão celeste, seu planeta semeara a Terra com sua vida.
- Assim sendo, o ser que estava à disposição era realmente semelhante aos
- Nefilim, embora numa forma menos evoluída
- Um processo gradual de domesticação através de gerações de reprodução e
- seleção não serviria. Era necessário um processo rápido, algo que permitisse
- a "produção em massa" dos novos trabalhadores. Assim se colocou o
- problema a Ea, que viu a resposta de imediato:
- pg 366
- Devíamos julgar que os Nefilim - sendo capazes de viagens espaciais há
- 450.000 anos - eram também igualmente avançados, tendo-nos por
- comparação, no campo das ciências da vida. Devíamos julgar também que
- eles tinham consciência das várias alternativas pelas quais dois conjuntos de
- cromossomos pré-selecionados podiam ser combinados para obter um
- resultado genético predeterminado, e que, se o processo era semelhante à
- reprodução assexuada, à fusão de células, ao transplante genético ou aos
- métodos até agora desconhecidos para nós, eles conheciam estes processos e
- podiam realizá-los não só em frascos de laboratório, mas também com
- organismos vivos.
- Encontramos uma
- Algumas destas criaturas artificiais podem ter sobrevivido por um
- momento, mas foram certamente incapazes de se reproduzir. Os enigmáticos
- homens-touro e homens-leão (esfinges) que adornam os locais dos templos
- no antigo Oriente Médio podem não ter sido apenas ficções da imaginação de
- um artista, mas criaturas reais que saíram dos laboratórios biológicos dos
- Nefilim - experiências malsucedidas comemoradas na arte e em estátuas.
- pg 367
- Perniciosamente, então, de acordo com este texto - mas provavelmente,
- inevitavelmente como parte do processo experimental -, Ninhursag produziu
- um homem que não podia reter sua urina, uma mulher que não podia dar à
- luz, um ser que não tinha nem órgãos femininos nem órgãos masculinos. Ao
- todo, foram dados à luz por Ninhursag seis humanos deficientes ou
- deformados.
- pg 368
- um segundo com doenças que acompanhavam a velhice, e assim por diante.
- Mas, finalmente, alcançou-se o homem perfeito, aquele a que Enki chamou
- Adapa, a Bíblia, Adão, e nossos estudiosos, Homo sapiens. Este ser era tão
- semelhante aos deuses que um texto chegou a ponto de salientar que a deusamãe
- deu à sua criatura, homem, "uma pele como a pele de um deus", um
- corpo suave e sem cabelo, bastante diferente do hirsuto macaco-homem.
- Com este produto final, os Nefilim eram geneticamente compatíveis com as
- filhas do homem e capazes de casar com elas e delas ter filhos. Mas esta
- compatibilidade apenas podia existir se o homem se tivesse desenvolvido a
- partir da mesma "semente de vida" que os Nefilim. Isto, de fato, é o que os
- antigos textos atestam.
- pg 373
- Os estudiosos conjeturavam que as referências a Adapa como um "filho" de
- Ea implicavam que o deus amava tanto este humano que o adotou. Mas, no
- mesmo texto, Anu refere-se a Adapa como o "rebento humano de Enki".
- Parece que o envolvimento da esposa de Enki no processo de criação de
- Adapa, o "modelo Adão", criou alguma relação genealógica entre o novo
- homem e seu deus. Era Ninki quem estava grávida de Adapa!
- pg 374
- Depois do Adapa/Adão ter provado ser a criatura certa, ele foi usado como
- modelo genético ou "molde" para a criação de duplicatas, e essas duplicatas
- não eram só masculinas, como também femininas. Como mostramos
- anteriormente, a "costela" a partir da qual a mulher foi criada constitui um
- jogo de palavras com o sumério TI ("costela" e "vida"), confirmando que Eva
- foi feita da "essência vital" de Adão.
- pg 376
- O drama da criação do homem, parece, foi composto por um nascimento
- tardio. A "mistura" de "barro" e "sangue" foi usada para induzir gravidez em
- catorze deusas do nascimento. Mas nove meses passaram e começou o
- décimo mês. "O período de abertura do ventre decorrera." Compreendendo o
- que era necessário, a deusa-mãe "fez o trabalho de parteira". Um texto
- paralelo (a despeito de sua fragmentação) revela que ela se envolveu numa
- espécie de operação cirúrgica:
- pg 378
- As provas dos textos antigos, tanto mesopotâmicos como bíblicos, sugerem
- que o processo adotado para fundir dois conjuntos de genes - os do deus e os
- do Homo erectus - envolvia o uso de genes masculinos como elemento
- divino e genes femininos como elemento terreno.
- Se o "barro" no qual foi misturado o elemento divino era um elemento
- terreno, como insistem todos os textos, então a única conclusão possível é
- que o esperma masculino de um deus - seu material genético - foi inserido
- dentro do óvulo de uma macaca-mulher.
- pg 379
- O óvulo de um Homo erectus fêmea, fertilizado pelos genes de um deus, foi
- então implantado
- no interior do ventre da esposa de Ea; e, depois de ser
- obtido o "modelo", duplicatas dele foram
- implantadas nos ventres das deusas
- do nascimento, para sofrerem o processo de gravidez e nascimento.
- O Homo sapiens fora criado.
- As antigas lendas e mitos, informação bíblica e ciência moderna são ainda
- compatíveis com mais um aspecto. Tal como os achados antropológicos
- modernos, que rezam que o homem evoluiu e apareceu no sudeste da África,
- os textos mesopotâmicos sugerem que a criação do homem teve lugar no
- Apsu - no Mundo Inferior onde se localizava a Terra das Minas.
- Estabelecendo paralelo com Adapa, o "modelo" do homem, alguns textos
- mencionam "sagrada Amama, a mulher da terra", cujo domicílio era no
- Apsu.
- CAP 13 - O Fim de Toda a Carne
- pg 383
- Se a humanidade retém, de qualquer modo, um sentido
- subconsciente que lhe diz que nesses dias dos primórdios o homem viveu
- através de uma era de tranqüilidade e felicidade, é simplesmente porque o
- homem não conhecia nada de melhor. E é também porque os contos dessa era
- foram primeiramente contados à humanidade, não pelos homens primitivos,
- mas pelos próprios Nefilim.
- A única narração completa dos acontecimentos que sucederam ao homem
- após seu transporte para o domicílio dos deuses na Mesopotâmia é o conto
- bíblico de Adão e Eva no Jardim do Éden:
- Embora tivessem à disposição dois frutos vitais, os terráqueos estavam
- proibidos de tocar apenas no fruto da Árvore da Sabedoria. A divindade,
- nesta altura, parece não se preocupar com a possibilidade de o homem tentar
- alcançar o Fruto da Vida. Ainda assim, o homem não pôde respeitar nem
- sequer esta única proibição e seguiu-se a tragédia.
- pg 385
- O estado de nudez foi, de fato, um aspecto maior de todo o incidente. O
- conto bíblico de Adão e Eva no Jardim do Éden abre com a afirmação: "E
- ambos estavam nus, o Adão e sua companheira, e eles não se
- envergonhavam". Eles estavam, devemos perceber, em algum estágio inferior
- do desenvolvimento humano em relação aos humanos completamente
- desenvolvidos - não só estavam nus, como estavam também na total
- inconsciência das implicações de tal nudez.
- pg 386
- Não podemos julgar seriamente que o propósito de todo o incidente, que
- levou à expulsão dos terráqueos do Jardim do Éden, fosse um modo
- dramático de explicar como é que o homem passou a usar roupas. O uso de
- roupas foi meramente uma manifestação exterior da nova "sabedoria". A
- aquisição de tal "sabedoria" e as tentativas da Divindade em privar dela a
- humanidade são os temas centrais dos acontecimentos.
- Como mostram muitas remotas representações sumérias, houvera um tempo
- no qual o homem, o trabalhador primitivo, servira seus deuses
- completamente nu. Ele estava nu quer servisse aos deuses sua comida e
- bebida, quer labutasse nos campos ou nos trabalhos de construção
- pg 387
- A implicação clara é que o status do homem em face dos deuses não era
- muito diferente daquele dos animais domesticados. Os deuses tinham
- meramente elevado um animal já existente para preencher suas necessidades.
- pg 389
- Não devia surpreender que os primeiros seres representativos do Homo
- sapiens fossem incapazes de se reproduzir. Qualquer que tenha sido o método
- usado pelos Nefilim para introduzir algum material genético na composição
- biológica dos hominídeos selecionados para tal fim, o novo ser era um
- híbrido, um cruzamento entre duas espécies diferentes, talvez relacionadas.
- Tal como a mula (um cruzamento entre a égua e o burro), estes mamíferos
- híbridos são estéreis. Através da inseminação artificial e de métodos de
- engenharia biológica ainda mais sofisticados, pode-se produzir a quantidade
- de mulas que se desejar, mesmo sem haver verdadeiras relações físicas entre
- o burro e a égua, mas nenhuma mula pode procriar e dar à luz outra mula.
- Estariam os Nefilim, a princípio, simplesmente produzindo "mulas humanas"
- para satisfazer suas necessidades?
- pg 391
- Depois de Enki ter conseguido produzir um "modelo perfeito" - Adapa/Adão
- -, são descritas nos textos sumérios técnicas de "produção em massa".
- Tratava-se da implantação de óvulos geneticamente tratados numa "linha de
- montagem" de deusas do nascimento com o conhecimento prévio de que
- metade dessas deusas produziriam machos, e a outra metade, fêmeas. Isto
- não só revela a técnica pela qual o homem híbrido foi "fabricado", como
- implica também que o homem não podia por si só procriar
- pg 392
- Terá sido isso o que o deus, cujo epíteto era "A Serpente", trouxe ao gênero
- humano?
- A serpente bíblica não era, com certeza, uma mera e literal cobra, uma vez
- que podia conversar com Eva, conhecia a verdade acerca do assunto da
- "sabedoria" e mantinha uma posição hierárquica tão elevada que podia, sem
- hesitar, apresentar a divindade como mentirosa. Lembramos que nas antigas
- tradições, a divindade principal lutou com um adversário serpente, um conto
- cujas raízes remontam, indubitavelmente, aos deuses sumérios.
- O conto bíblico revela muitos traços de origem suméria, incluindo a presença
- de outras divindades: "O Adão tornou-se como um de nós". A possibilidade
- dos antagonistas bíblicos - a divindade e a serpente - terem representado Enlil
- e Enki parece-nos inteiramente plausível.
- Seu antagonismo, como descobrimos, teve origem na transferência de Enlil
- para o comando da Terra, embora Enki fosse o verdadeiro pioneiro.
- Enquanto Enlil ficava no confortável Centro de Controle da Missão em
- Nippur, Enki era enviado para organizar as operações mineiras no Mundo
- Inferior
- O papel de uma divindade que
- deseja manter os novos humanos sexualmente oprimidos e o de uma
- divindade desejosa e capaz de conceder ao homem o fruto da "sabedoria" se
- ajustam perfeitamente a Enlil e a Enki.
- pg 395
- A separação dos caminhos, o homem aparecendo já não como um servo
- mudo dos deuses, mas como uma pessoa agindo por si mesma, é descrita no
- livro do Gênesis não como uma decisão tomada pelo próprio homem, mas
- como a imposição de um castigo pela Divindade: para que o terráqueo não
- adquira também a capacidade de escapar à mortalidade, ele será expulso do
- Jardim do Éden. De acordo com estas fontes, a existência independente do
- homem começou não no sul da Mesopotâmia, onde os Nefilim estabeleceram
- suas cidades e pomares, mas sim a leste, nos montes Zagros: "E Ele retirou o
- Adão e fê-lo residir a leste do Jardim do Éden".
- Uma vez mais, então, a informação bíblica confirma as descobertas
- científicas: a cultura humana começou nas regiões montanhosas fronteiriças à
- planície mesopotâmica. Que pena ser a narrativa bíblica tão breve, uma vez
- que se trata aqui daquilo que foi a primeira vida civilizada do homem na
- Terra!
- Expulso do domicílio dos deuses, condenado a uma vida mortal, mas capaz
- de procriar, o homem continuou a fazer exatamente isso
- pg 396
- Os textos sumérios, que descrevem os remotos estágios em que os deuses
- estavam sozinhos na Suméria, descrevem com igual precisão a vida dos
- humanos na Suméria num tempo posterior, mas antecedente do dilúvio.
- A história suméria (e original) do dilúvio conhece seu "Noé" como o
- "Homem de Shuruppak", a sétima cidade estabelecida pelos Nefilim quando
- aterrissaram no planeta Terra.
- Então, em alguma época da história, os seres humanos, banidos do Éden,
- obtiveram permissão para regressar à Mesopotâmia, para viver ao lado dos
- deuses, para os servir e adorar. Tal como interpretamos a afirmação bíblica,
- isto aconteceu nos dias de Enos. Foi então que os deuses permitiram à
- humanidade o regresso à Mesopotâmia, para servir os deuses “e invocar o
- nome da divindade”.
- pg 397
- A humanidade, ao que parece, passava grandes privações à altura do
- nascimento de Noé. O trabalho árduo e a fadiga não a levavam a parte
- alguma, uma vez que a terra, que os devia sustentar, estava amaldiçoada.
- Estava armado o cenário para o dilúvio, o momentoso evento que iria varrer
- da face da Terra não só a raça humana, mas toda a vida da terra e dos céus.
- pg 398
- O uso repetido do termo carne, tanto nos versículos de acusação, como nas
- proclamações de julgamento, sugere, é claro, que as corrupções e as
- violações relacionavam-se com a carne. A Deidade preocupava-se com o
- perverso "desejo dos pensamentos do homem". O homem, podia parecer,
- tendo descoberto o sexo, tornara-se maníaco sexual.
- Mas só muito dificilmente podemos aceitar que a Divindade decidisse varrer
- a humanidade da face da terra simplesmente porque os homens faziam
- demasiadas vezes amor com suas mulheres.
- pg 399
- O verdadeiro motivo da Divindade não era mera preocupação com a
- moralidade humana. A repugnância avassaladora era causada por uma
- propagada degradação dos próprios deuses. Visto sob esta luz, torna-se claro
- o significado dos desconcertantes versículos de abertura do capítulo VI do
- Gênesis:
- E assim aconteceu,
- Quando os terráqueos começaram a aumentar em número
- Sobre a face da Terra,
- E lhes nasceram filhas entre eles,
- Os filhos das deidades
- Viram as filhas dos terráqueos
- E elas eram compatíveis,
- E eles levaram para eles próprios
- Esposas de todas as que escolheram.
- Como esclarecem estes versículos, foi nessa altura, quando os filhos dos
- deuses começaram a envolver-se sexualmente com a descendência dos
- terráqueos, que a Divindade gritou: "Basta!”
- pg 400
- Tendo decidido
- eliminar toda a vida da face da terra, resolveu salvar Noé, seus descendentes
- e "todos os animais limpos" e outras feras e aves "para manter vivas sobre a
- face de toda a terra".
- O plano da Divindade para anular seu objetivo inicial consistia em alertar
- Noé da catástrofe que se avizinhava e orientá-lo na construção de uma arca
- capaz de se manter na água, arca esta que levaria as pessoas e as criaturas que
- se pretendia salvar. A notícia foi dada a Noé sete dias apenas antes do início
- da catástrofe. De um modo ou de outro, ele conseguiu construir a arca e
- impermeabilizá-la, juntar todos os seres e colocá-los e à sua família a bordo e
- ainda abastecer a arca de provisões no tempo concedido. "E assim aconteceu,
- depois dos sete dias, que as águas do dilúvio estavam sobre a terra."
- pg 402
- O "feliz final" está tão cheio de contradições como a própria história do
- dilúvio. Começa com uma longa acusação formal da humanidade por várias
- abominações, incluindo a degradação da pureza dos deuses mais jovens. Uma
- decisão grave, como foi a de fazer perecer toda a carne, é tomada e parece
- completamente justificada. Então, a mesma Deidade apressa-se nuns simples
- sete dias para se assegurar que a semente da humanidade e de outras criaturas
- não pereça. Quando o trauma termina, a Deidade é seduzida pelo odor da
- carne assada e, esquecendo sua determinação original de pôr fim à
- humanidade, anula todo o processo com uma desculpa, colocando a culpa
- dos maus desejos do homem em sua juventude.
- Estas incômodas dúvidas sobre a veracidade da história dispersam-se,
- contudo, quando compreendemos que a narrativa bíblica é uma versão
- editada do relato original sumério.
- Como em outras circunstâncias, a Bíblia
- monoteísta comprimiu numa só divindade os papéis representados por vários
- deuses que nem sempre estavam de acordo.
- pg 403
- O segredo revelado por Utnapishtim era que, antes da fúria do dilúvio, os
- deuses reuniram-se em conselho e votaram a destruição da humanidade. O
- voto e a decisão foram mantidos em segredo. Mas Enki procurou
- Utnapishtim, o governante de Shuruppak, para informá-lo da calamidade que
- se aproximava. Adotando métodos clandestinos, Enki falou a Utnapishtim
- por detrás de um painel de juncos.
- pg 404
- Os paralelos com a história bíblica são óbvios. Um dilúvio aproxima-se; um
- homem é avisado com antecedência; ele deve salvar-se a si próprio
- preparando um barco especialmente construído; com ele deverá levar e salvar
- "a semente de todas as coisas vivas". Ainda assim, a versão babilônica é mais
- plausível. A decisão de destruir e o esforço para salvar não são atos
- contraditórios da mesma e única deidade, mas atos de diferentes pessoas
- divinas. Além disso, avisar com antecedência e salvar a semente do homem é
- o ato arrojado de um deus (Enki) agindo em segredo e contrariamente à
- decisão conjunta dos outros grandes deuses.
- Por que se arriscou Enki desafiando os outros deuses? Estaria preocupado,
- unicamente, com a preservação de suas “maravilhosas obras de arte", ou terá
- ele agido contra o ambiente de rivalidade e hostilidades crescentes entre ele e
- seu irmão Enlil?
- A existência de tal conflito entre os dois irmãos é bem esclarecida na história
- do dilúvio.
- Utnapishtim colocou a Enki a questão óbvia: como podia ele, Utnapishtim,
- explicar aos outros cidadãos de Shuruppak a construção de um navio de tão
- estranha forma e o abandono de todas as riquezas?
- A desculpa seria que, sendo seguidor de Enki, Utnapishtim já não podia
- residir na Mesopotâmia e, por conseguinte, estava construindo um barco no
- qual tencionava navegar para o Mundo Inferior (África Meridional, de
- acordo com nossas descobertas) para morar com seu Senhor, Ea/Enki. Os
- versos que se seguem a este momento sugerem que a região sofria uma
- estiagem ou fome; Utnapishtim (a conselho de Enki) devia assegurar aos
- residentes da cidade que, se Enlil o visse partir, "a terra voltaria [de novo] a
- se encher dos bens da colheita". Esta desculpa fez sentido aos olhos dos
- outros residentes da cidade.
- Assim iludida, a gente da cidade não questionou e até deu uma ajuda na
- construção da arca. Matando e servindo-lhes novilhos e carneiros "todos os
- dias" e prodigalizando-lhes "mosto, vinho tinto, azeite e vinho branco",
- Utnapishtim encorajou-os a trabalhar mais rapidamente. Até as crianças
- foram pressionadas no sentido de carregarem betume para
- impermeabilização.
- pg 405
- Ficamos conjeturando a relação entre a decolagem de um foguete espacial
- por Shamash e a chegada do momento para Utnapishtim subir a bordo da sua
- arca e trancar-se em seu interior. Mas o momento chegou; o foguete espacial
- causou realmente um "estremecimento ao crepúsculo"; houve uma chuva de
- erupções. Utnapishtim "fechou todo o barco" e "entregou toda a estrutura e
- seu conteúdo" para "Puzur-Amurri, o Barqueiro".
- A tempestade veio "com o primeiro raio da alvorada". Houve um medonho
- trovão. Uma nuvem negra elevou-se no horizonte. A tempestade despedaçou
- as colunas das construções e dos molhes; depois os diques cederam. Seguiuse
- a escuridão, "transformando em negrura tudo o que fora luz"; e "a larga
- terra foi quebrada como um pote".
- Durante seis dias e seis noites soprou a "tempestade sul".
- pg 406
- Mas, desconhecido para eles, o plano de Enki tinha também dado resultado:
- flutuando em tempestuosas águas havia uma embarcação contendo homens,
- mulheres, crianças e outras criaturas vivas.
- Durante seis dias Utnapishtim vigiou através da arca imobilizada, presa nos
- picos do monte da Salvação, os picos bíblicos de Ararat. Depois, tal como
- Noé, enviou uma pomba à procura de um local de repouso, mas ela
- regressou. Uma andorinha largou vôo e veio de volta. Depois foi solto um
- corvo, e ele voou para longe, encontrando um local de repouso. Utnapishtim,
- nessa altura, libertou todas as aves e todos os animais que estavam com ele, e
- se encaminhou para o exterior. Construiu um altar "e ofereceu um sacrifício",
- tal como Noé fizera.
- Mas aqui aparece, de novo, e inesperadamente, a diferença entre a única e as
- múltiplas deidades. Quando Noé ofereceu seu sacrifício de fogo, "Javé sentiu
- o tentador perfume"; mas quando foi a vez de Utnapishtim oferecer um
- sacrifício, "os deuses sentiram o aroma, os deuses sentiram o doce aroma. Os
- deuses juntaram-se como moscas sobre o sacrificado”.
- Na versão do Gênesis, foi Javé quem fez o voto solene de nunca mais voltar a
- destruir a humanidade. Na versão da Babilônia, foi a grande deusa quem
- prometeu: "Eu não esquecerei... Lembrar-me-ei destes dias, nunca os
- olvidando".
- Este não era, no entanto, o problema imediato. Quando Enlil, finalmente,
- apareceu em cena, não estava preocupado com alimento. Estava louco para
- descobrir se alguém sobrevivera. "Escapou algum ser vivo? Nenhum homem
- poderia ter sobrevivido à destruição!”
- pg 407
- Ninurta, seu filho e herdeiro, apontou imediatamente um dedo suspeitoso
- para Enki. "Quem, além de Ea, pode arquitetar planos? Só Ea é o único que
- sabe de todos os assuntos." Longe de se furtar à acusação, Enki irrompeu
- num dos mais eloqüentes discursos de defesa jamais feitos. Elogiando Enlil
- por sua sabedoria e sugerindo que Enlil não podia com toda a certeza ser
- "irracional" - um realista - ele misturou negação com confissão. "Não fui eu
- quem revelou o segredo dos deuses"; "eu meramente deixei um homem, um
- homem 'excepcionalmente sensato', perceber por sua própria sabedoria de
- que se tratava o segredo dos deuses. E se de fato este terráqueo é tão
- sensato", sugeriu Enki a Enlil, "não ignoremos suas capacidades. Então,
- agora, tomem uma decisão a seu respeito!”
- pg 408
- Enlil fora vencido em tática. A humanidade fora salva e fora-lhe permitida a
- procriação. Os deuses franquearam a Terra ao gênero humano.
- CAP 14 - Quando os Deuses Fugiram da Terra
- pg 411
- Não, de fato, o dilúvio não foi nenhuma ocorrência local ou uma inundação
- qualquer periódica. Foi, por todos os cálculos, um acontecimento que abalou
- a Terra com uma grandeza sem paralelo, uma catástrofe cujas semelhanças
- nem o homem nem os deuses experimentaram antes ou vieram a
- experimentar desde então.
- Os textos bíblicos e mesopotâmicos que examinamos até aqui deixam certos
- quebra-cabeças por solucionar. Qual foi a provação sofrida pela humanidade,
- a respeito da qual Noé foi chamado "Descanso" na esperança de que seu
- nascimento assinalasse o fim das agruras? Qual era o "segredo" que os
- deuses juraram guardar, e de cuja revelação Enki foi acusado? Por que o
- lançamento de um veículo espacial da cidade de Sippar foi o sinal dado a
- Utnapishtim para entrar e fechar a arca? Onde estiveram os deuses enquanto
- as águas cobriram até as mais altas montanhas? E por que se enterneceram
- eles tanto com a carne assada oferecida em sacrifício por Noé/Utnapishtim?
- À medida que avançamos para encontrar as respostas a estas e outras
- questões, descobriremos que o dilúvio não foi um castigo premeditado e
- desencadeado pelos deuses por sua exclusiva vontade. Veremos que, embora
- o dilúvio fosse um acontecimento previsível, foi também algo de inevitável,
- uma calamidade natural na qual os deuses não desempenharam um papel
- ativo, mas sim passivo. Mostraremos também que o segredo que os deuses
- juraram guardar era uma conspiração contra a humanidade a intenção era
- sonegar aos terráqueos a informação que eles, deuses, tinham em relação à
- avalanche de águas que se aproximava para que, enquanto os Nefilim se
- salvavam, a humanidade perecesse.
- pg 412
- Enlil, uma vez mais aparecendo como executor da humanidade, ordenou
- então um castigo. Devíamos esperar que agora se seguisse a vinda do dilúvio.
- Mas não. Surpreendentemente, Enlil não menciona sequer um dilúvio ou
- outra provação aquática. Em vez disso, ele exige a dizimação da humanidade
- pela peste e pelas doenças.
- pg 413
- Ele prosseguiu, então, planejando a exterminação da humanidade pela fome.
- "Que os mantimentos sejam retirados do povo; em suas barrigas, que eles
- anseiem por frutos e vegetais!" A fome devia ser provocada por causas
- naturais, pela falta de chuva e da deficiente irrigação
- pg 414
- A escassez resultante causou a ruína entre o povo. As condições pioravam à
- medida que o tempo passava. Os textos mesopotâmicos falam de seis sha-attam's
- progressivamente mais devastadores - um termo que alguns traduzem
- como "anos", mas que literalmente significa "passagens” e, como esclarece o
- texto em assírio, "um ano de Anu":
- À quinta "passagem", a vida humana começara a deteriorar-se. Mães
- trancavam as portas às suas próprias filhas esfomeadas. As filhas espiavam
- suas mães, procurando descobrir se tinham escondido alguma comida.
- À sexta "passagem", o canibalismo era desenfreado
- pg 415
- A visão de uma humanidade faminta e desintegrando-se, de pais devorando
- os próprios filhos, trouxe finalmente o inevitável - outro confronto entre Enki
- e Enlil. À sétima "passagem", quando os homens e mulheres que restavam
- eram "como fantasmas dos mortos", eles receberam uma mensagem de Enki.
- "Façam grande barulho na região", disse ele. Enviou depois mensageiros para
- ordenar a todo o povo: "Não reverenciem vossos deuses, não rezem às vossas
- deusas". Deveria ter início a total desobediência!
- Dissimulado e encoberto por total agitação social, Enki planejou ações mais
- concretas. Os textos, bastante fraturados neste ponto, revelam que ele
- convocou uma assembléia secreta de "anciães" no seu templo. "Eles
- entraram... eles fizeram conselho na Casa de Enki." A princípio, Enki
- recriminou-se a si próprio, contando aos outros deuses como se opusera aos
- atos da assembléia. Depois, esboçou um plano de ação; de um modo ou de
- outro, o certo é que estavam envolvidos seus poderes sobre os mares e o
- Mundo Inferior.
- pg 417
- Podemos imaginar o pandemônio. Enlil estava furioso. Houve acaloradas
- discussões com Enki e muita gritaria. "Há calúnia na sua mão!" Quando a
- assembléia finalmente foi chamada à ordem, Enlil voltou a erguer-se.
- Lembrou aos colegas e subordinados que a decisão fora unânime. Passou em
- revista os acontecimentos que conduziram à criação do trabalhador primitivo
- e lembrou as muitas vezes que Enki "violara a regra".
- Mas, disse ele, havia ainda uma possibilidade de aniquilar a humanidade.
- Uma "inundação mortal" estava ao largo. A catástrofe vindoura tinha de ser
- mantida em segredo rigoroso para o povo. Ele exigiu que a assembléia
- jurasse sigilo e, mais importante ainda, que se "comprometesse o príncipe
- Enki por juramento".
- Que era o juramento ao qual Enki estava ligado? Ao escolher interpretá-lo,
- Enki jurou não revelar o segredo do dilúvio vindouro ao povo; mas não
- poderia ele contá-lo a uma parede? Chamando Atra-Hasis ao templo, ele o
- fez sentar por detrás de um painel. Depois Enki fingiu que não falava com
- seu devoto terráqueo, mas com a parede. "Painel de juncos", disse ele.
- pg 418
- (Este subterfúgio explica a alegação posterior de Enki, quando foi descoberta
- a sobrevivência de Noé/Utnapishtim, sobre o fato de ele não ter quebrado seu
- voto. O "excepcionalmente sensato" [atra-hasis] terráqueo descobrira o
- segredo do dilúvio por si próprio, interpretando corretamente os sinais.)
- Descrições em selos mostram um servidor segurando o painel enquanto Ea,
- como o Deus Serpente, revela o segredo a Atra-Hasis
- O conselho de Enki ao seu fiel servidor foi o de construir uma embarcação
- adaptada à água; mas quando este último replicou, "Eu nunca construí um
- barco... esboça para mim um desenho no solo para que eu possa ver", Enki
- forneceu-lhe instruções precisas referentes ao barco, suas medidas e sua
- construção
- Baseados nas histórias da Bíblia, imaginamos esta "arca" como
- um enorme barco, com convés e superestruturas. Mas o termo bíblico - teba -
- deriva da raiz "submerso", e devemos concluir que Enki deu instruções ao
- seu Noé para construir um barco submersível, um submarino.
- pg 419
- O problema do povo era a estiagem: a ausência de chuva e a conseqüente
- falta de água. Quem em seu perfeito juízo pensaria que todos aqueles seres
- estavam para perecer numa enorme avalanche de águas?
- Ainda assim, se os humanos não podiam decifrar os sinais, os Nefilim
- podiam-no. Para eles, o dilúvio não foi um acontecimento repentino; embora
- inevitável, eles detectaram sua vinda. Seu plano de destruição da humanidade
- baseou-se não num papel ativo, mas passivo dos deuses. Eles não causaram o
- dilúvio - apenas foram coniventes na decisão de privar os terráqueos do
- conhecimento de sua aproximação.
- Todavia, conscientes da iminente calamidade e do impacto global, os Nefilim
- tomaram medidas para salvar as próprias peles. Com a terra quase a ser
- engolida pela água, eles podiam seguir apenas uma direção para se
- protegerem: o céu. Quando a tempestade que precedeu o dilúvio começou a
- soprar, os Nefilim tomaram a nave de ida e volta e permaneceram em órbita
- até que as águas da terra começaram a diminuir de volume.
- O dia do dilúvio, mostraremos, foi o dia em que os deuses fugiram da Terra.
- O sinal pelo qual Utnapishtim tinha de esperar, ao qual devia reunir todos os
- pg 420
- Embora os Nefilim estivessem preparados para o dilúvio, sua vinda foi uma
- experiência assustadora: "O ruído do dilúvio... pôs os deuses a tremer”. Mas
- quando chegou o momento de deixar a Terra, os deuses “recuando, tremendo,
- subiram aos céus de Anu". A versão assíria da Atra-Hasis fala de deuses
- usando rukub ilani ("carro dos deuses") para escapar da Terra. "Os Anunnaki
- subiram", suas naves-foguetes, como tochas, "faziam a região resplandecer
- com seu brilho".
- Orbitando a Terra, os Nefilim viram cenas de destruição que os perturbaram
- profundamente. Os textos de Gilgamesh contam-nos que, à medida que a
- tempestade crescia de intensidade, não só "ninguém podia ver seu
- companheiro", como "nem o povo podia ser reconhecido dos céus".
- Amontoados em suas naves, os deuses esforçavam-se para ver o que
- acontecia no planeta de onde acabavam de sair às pressas.
- pg 421
- A própria deusa-mãe, Ninhursag, estava chocada com a violentíssima
- devastação. Ela deplorava o que se lhe deparava:
- A deusa viu e ela chorava...
- Seus lábios estavam cobertos de febre...
- As minhas criaturas tornaram-se como moscas –
- Elas encheram os rios como libélulas,
- Sua paternidade foi levada pelo mar encapelado.
- Podia ela, de fato, salvar a própria vida enquanto o gênero humano, que ela
- ajudara a criar, morria? Podia ela, realmente, abandonar a Terra, perguntava
- a deusa em voz alta:
- pg 422
- As ordens para os Nefilim eram claras: abandonar a Terra, "subir aos céus".
- Era a época em que o Décimo Segundo Planeta estava mais próximo da
- Terra, nos limites do cinturão de asteróides ("céu"), como é evidenciado pelo
- fato de Anu ter a possibilidade de estar presente em ambas as conferências
- decisivas anteriores ao dilúvio.
- Enlil e Ninurta - acompanhados talvez pela elite dos Anunnaki, aqueles que
- povoaram Nippur - estavam numa nave espacial planejando, sem dúvida,
- juntarem-se à nave principal. Mas os outros deuses não estavam assim tão
- determinados. Forçados a abandonar a Terra, compreenderam, de repente,
- como se envolveram com ela e com seus habitantes. Numa nave, Ninhursag e
- seu grupo debatiam os méritos da ordem dada por Anu. Numa outra, Ishtar
- gritava: "Os vetustos dias foram, infelizmente, convertidos em argila"; os
- Anunnaki que viajavam em sua nave "choravam com ela".
- Enki encontrava-se obviamente numa outra nave espacial, ou, de outro modo,
- ele revelaria aos outros que conseguira salvar a semente da humanidade. Sem
- dúvida, ele tinha outras razões para se sentir menos deprimido, uma vez que
- as provas sugerem que ele também planejara o encontro em Ararat.
- Os Nefilim, demonstramos anteriormente, desde os primórdios usaram os
- picos de Ararat como pontos de referência. Sendo os mais altos naquela
- região do mundo, era de se esperar que fossem os primeiros a reaparecer de
- sob o manto de água. Como Enki, "o sensato, o onisciente", certamente tinha
- conhecimento disso, podemos depreender que instruiu seu servidor para guiar
- a arca para Ararat, planejando desde o início o encontro.
- pg 423
- Berossus repete os detalhes a respeito da soltura de aves. Quando Sisithros
- (que é atra-hasis ao contrário) foi levado pelos deuses para seu domicílio, ele
- explicou ao povo que restou na arca, que eles estavam "na Armênia", e
- dirigiu-os de novo (a pé) para a Babilônia.
- Armênia" - para a terra de Ararat.
- Mal Atra-Hasis chegou, logo matou alguns animais e os assou numa
- fogueira. Não admira que os exaustos e esfomeados deuses “se reunissem
- como moscas sobre a oferenda". Subitamente, eles entenderam que a
- humanidade e a comida que eles faziam crescer e o gado que eles criavam
- eram essenciais. "Quando, por fim, Enlil chegou e viu a arca, ele estava
- indignado." Mas a lógica da situação e a persuasão de Enki levaram a
- melhor; Enlil fez tréguas com os sobreviventes da humanidade e levou Atra-
- Hasis/Utnspishtim em sua nave até o eterno domicílio dos deuses.
- Outro fator de peso na rápida decisão de fazer as pazes com a humanidade
- pode ter sido a progressiva redução da inundação e o reaparecimento de terra
- seca e vegetação sobre ela. Concluímos já que os Nefilim tiveram aviso
- prévio da calamidade que se aproximava; mas o fato foi tão singular em sua
- experiência, que eles chegaram a recear que a Terra se tornasse inabitável
- para sempre. Quando chegaram a Ararat, viram que não era este o caso. A
- Terra era ainda habitável e, para nela viverem, eles precisavam de homens.
- pg 424
- Que foi esta catástrofe, previsível mas inevitável? Uma importante chave
- para a decifração deste quebra-cabeça que é o dilúvio, é a compreensão de
- que ele não foi um acontecimento isolado e repentino, mas o auge de uma
- cadeia de acontecimentos.
- Pestes invulgares afetando homens e animais e uma estiagem rigorosa
- precederam a provação pela água, um processo que durou, de acordo com as
- fontes mesopotâmicas, sete "passagens", ou shar's. Estes fenômenos só
- podem ser explicados por importantes mudanças climáticas. Tais mudanças
- devem ter estado associadas no passado da Terra com as periódicas idades do
- gelo e os estágios interglaciais que dominaram o passado imediato da Terra.
- Chuvas reduzidas, níveis decrescentes de mares e lagos e seca das fontes de
- água subterrânea foram os indícios de uma nova idade do gelo que se
- aproximava. Uma vez que o dilúvio, que terminou abruptamente com estas
- condições, fui seguido pela civilização suméria e pela nossa atual idade pósglacial,
- a glaciação em causa só pode ter sido a última.
- Nossa conclusão é que os acontecimentos do dilúvio se relacionam com a
- última idade do gelo da Terra e seu catastrófIco final.
- Muitos estudiosos acreditam que os dez patriarcas bíblicos pré-diluvianos (de
- Adão a Noé) têm, de um ou de outro modo, relação com os dez governantes
- pré-diluvianos das listas de reis sumérios.
- pg 425
- Além disso, as condições de extrema adversidade duraram, de acordo com a
- epopéia de Atra-Hasis, sete shar's, ou 25.200 anos. Os cientistas descobriram
- provas de um período extremamente rigoroso desde cerca de 38.000 até
- 13.000 anos atrás, ou seja, um período de 25.000 anos. Uma vez mais, as
- provas mesopotâmicas e os achados científicos modernos corroboram-se
- mutuamente.
- Nosso empenho em decifrar o quebra-cabeça do dilúvio focaliza-se, pois, nas
- mudanças climáticas da Terra e, em particular, no abrupto colapso da idade
- do gelo há cerca de 13.000 anos.
- pg 428
- Os textos mesopotâmicos, sabemos nós, relacionavam o dilúvio e as
- mudanças climáticas que o precederam a sete "passagens" - o que
- significa indubitavelmente a passagem periódica do Décimo Segundo Planeta
- nas proximidades da Terra. Sabemos que até a Lua, o pequeno satélite da
- Terra, exerce uma força gravitacional suficiente para causar as marés. Tanto
- os textos mesopotâmicos como os bíblicos descrevem o estremecimento
- da Terra quando da passagem do celestial senhor nas proximidades da Terra.
- Terá sido possível que os Nefilim, observando as mudanças climáticas e a
- instabilidade do lençol de gelo da Antártida, concluíram que a próxima, a
- sétima, "passagem" do Décimo Segundo Planeta iria desencadear a iminente
- catástrofe?
- pg 429
- Aproximando-se mais, o Décimo Segundo Planeta é chamado
- SHILIG.LU.DIG ("poderoso chefe dos alegres planetas"). Está agora o mais
- próximo possível de Marte: "Pelo brilho do deus (planeta) o deus Anu
- (planeta) Lahmu [Marte] está vestido". Depois ele solta o dilúvio sobre a
- Terra:
- A elaboração no texto dos dois nomes oferece uma notável informação de
- calendário. O Décimo Segundo Planeta passou Júpiter e aproximou-se da
- Terra "no tempo Akiti", quando começa o ano-novo mesopotâmico. No
- segundo mês ele estava mais próximo de Marte. Depois, "do segundo mês até
- ao mês Addar" ("o décimo segundo mês"), ele soltou o dilúvio sobre a Terra.
- Isto está em perfeita harmonia com o relato bíblico que afirma que a
- "nascente do grande abismo jorrou" no décimo sétimo dia do segundo mês. A
- arca veio descansar em Ararat no sétimo mês; mais terra seca foi visível no
- décimo mês; e o dilúvio estava terminado no décimo segundo mês, uma vez
- que foi no "primeiro dia do primeiro mês" dos anos seguintes que Noé abriu
- a escotilha da arca.
- pg 430
- A inundação cessara, a arca estava "presa" na montanha de picos gêmeos; os
- rios começavam de novo a correr do topo das montanhas e a levar as águas
- de volta para os oceanos; avistavam-se já peixes; uma ave fora solta da arca.
- A provação terminava.
- O Décimo Segundo Planeta passara a "travessia". Aproximara-se da Terra e
- começava a afastar-se, acompanhado por seus satélites
- pg 432
- Mostramos já que, aterrissando na Terra, os Nefilim associaram os primeiros
- reinos nas primeiras cidades com as idades zodiacais, dando aos zodíacos os
- epítetos de vários deuses associados. Sabemos agora que o textos descoberto
- por Ebeling forneceu informações de calendário não apenas para os homens,
- mas também para os Nefilim. O dilúvio, informa-nos o texto, ocorreu na
- "Idade da constelação de Leão":
- pg 433
- Podemos agora entender também um verso enigmático nos rituais de anonovo,
- afirmando que era "a constelação de Leão que media as águas do
- abismo". Estas declarações fixam o tempo do dilúvio dentro de uma
- organização definida, porque, embora os astrônomos não possam hoje em dia
- assegurar precisamente o local em que os sumérios colocaram o início de
- uma casa zodiacal, a tabela das épocas que se segue é considerada bastante
- exata.
- 60 a.C. até 2.100 d.C. - Era de Peixes
- 2.220 a.C. até 60 a.C. - Era de Áries
- 4.380 a.C. até 2.220 a.C. - Era de Touro
- 6.540 a.C. até 4.380 a.C. - Era de Gêmeos
- 8.700 a.C. até 6.540 a.C. - Era de Câncer
- 10.860 a.C. até 8.700 a.C. - Era de Leão
- Se o dilúvio ocorreu na Idade de Leão, entre os anos 10.860 a.C. e 8.700
- a.C., então a data do dilúvio está dentro de nossa tabela. De acordo com a
- ciência moderna, a última idade do gelo terminou abruptamente no
- hemisfério sul há cerca de 12.000 a 13.000 anos e no hemisfério norte, 1.000
- ou 2.000 anos mais tarde.
- O fenômeno zodiacal de
- pg 435 (TABELA INTERESSANTE)
- Podemos agora reconstruir a tabela completa para os acontecimentos que
- nossas descobertas abrangem.
- Anos atrás Acontecimentos
- 445.000 - Os Nefilim, conduzidos por Enki, chegam à Terra vindos do
- Décimo Segundo Planeta. Eridu - Estação Terra I - é fundada na
- Mesopotâmia do Sul.
- 430.000 - Os grandes lençóis de gelo começam a recuar. Clima acolhedor
- no Oriente Médio.
- 415.000 - Enki move-se para o interior, funda Larsa.
- 400.000 - O grande período interglacial se alastra globalmente. Enlil chega à
- Terra, estabelece Nippur como centro de controle da Missão. Enki estabelece
- rotas marítimas para a África do Sul, organiza operações de mineração de
- ouro.
- 360.000 - Os Nefilim estabelecem Bad-Tibira como seu centro metalúrgico
- de fusão e refinação. Sippar, o aeroporto espacial, e outras cidades dos
- deuses são construídas.
- 300.000 - O motim dos Anunnaki. O homem - o "trabalhador primitivo” - é
- criado por Enki e Ninhursag.
- 250.000 - "Precoce Homo sapiens" multiplica-se, espalha-se para outros
- continentes.
- 200.000 - A vida na Terra registra regressão durante o novo período glacial.
- 100.000 - O clima registra de novo um aquecimento. Os filhos dos deuses
- tomam as filhas do homem por esposas.
- 77.000 – Ubar-Tutu/Lamec, um humano de descendência divina, assume
- o reino em Shuruppak sob o patrocínio de Ninhursag.
- 75.000 - A "maldição da Terra", uma nova idade do gelo, começa.
- Tipos regressivos de homem deambulam pela Terra.
- 49.000 - O reino de Ziusudra ("Noé"), um "fiel servidor" de Enki, tem seu
- início.
- 38.000 - O rigoroso período climático das "sete passagens" começa a dizimar
- a humanidade. O Homem de Neanderthal da Europa desaparece; só o
- Homem do Cro-Magnon (estabelecido no Oriente Médio) sobrevive. Enlil,
- desiludido com a humanidade, procura sua morte.
- 13.000 - Os Nefilim, conscientes do iminente macaréu que seria
- desencadeado pela aproximação do Décimo Segundo Planeta, juram deixar
- perecer a humanidade. O dilúvio devasta a Terra, terminando abruptamente a
- idade do gelo.
- CAP 15 - A Realeza na Terra
- pg 436
- O dilúvio, uma experiência traumatizante para a humanidade, não o foi
- menos para os "deuses", os Nefilim.
- Nas palavras das listas de reis sumérias, "o dilúvio varrera tudo", e um
- esforço de 120 shar's foi arrasado de um momento para o outro. As minas da
- África do Sul, as cidades da Mesopotâmia, o centro de controle em Nippur, o
- aeroporto de Sippar - tudo jaz enterrado sob a água e a lama. Flutuando em
- sua nave de ida e volta por sobre a Terra devastada, os Nefilim aguardaram
- impacientemente a diminuição das águas para colocarem de novo pé em terra
- firme.
- Como iriam eles sobreviver a partir de agora na Terra quando suas cidades e
- instalações tinham todas desaparecido, e até sua mão-de-obra, o gênero
- humano, estava totalmente destruída?
- Quando os assustados, exaustos e famintos grupos de Nefilim finalmente
- aterrissaram nos picos do "monte da Salvação", ficaram nitidamente
- aliviados ao descobrir que homens e animais não pereceram por completo.
- Até Enlil, primeiro enraivecido por descobrir que seus objetivos foram
- parcialmente frustrados, depressa mudou de opinião.
- A decisão da Divindade foi de ordem prática. Confrontados com suas
- próprias e medonhas situações, os Nefilim puseram de lado seus preconceitos
- em relação ao homem, arregaçaram as mangas e não perderam tempo em
- comunicar à humanidade as artes de cultivo de cereais e criação de gado.
- Uma vez que a sobrevivência dependia, sem dúvida, da velocidade com que a
- agricultura e a domesticação animal deviam ser desenvolvidas para mantê-los
- e promover uma rápida multiplicação do gênero humano, os Nefilim
- aplicaram seu avançado conhecimento científico à tarefa.
- pg 437
- Também os textos sumérios atribuem aos deuses a concessão à humanidade
- tanto da agricultura como da domesticação de animais.
- Pesquisando os inícios da agricultura, os estudiosos modernos descobriram
- que esta se manifestou primeiramente no Oriente Médio, mas não nas férteis
- e facilmente cultiváveis planícies e vales. Pelo contrário, a agricultura teve
- seu início nas montanhas, fazendo um semicírculo de fronteira com as
- planícies baixas. Como puderam os lavradores deixar os terrenos planos e
- limitar suas plantações e colheitas aos terrenos montanhosos mais difíceis?
- A única resposta plausível é que as terras baixas eram ainda inabitáveis na
- época em que se iniciou a agricultura; há 13.000 anos as regiões baixas não
- estavam ainda suficientemente secas das águas do dilúvio. Passaram-se
- milênios até que as planícies e vales secassem o suficiente para permitir ao
- povo descer das montanhas que rodeiam a Mesopotâmia e estabelecer-se nos
- terrenos baixos.
- pg 438
- Os estudiosos modernos não têm respostas para estes quebra-cabeças nem
- para a questão de caráter geral do porquê da transformação do semi-círculo
- montanhoso do Antigo Oriente Médio numa fonte contínua de novas
- variedades de cereais, plantas, árvores, frutas, vegetais e animais
- domesticados.
- Os sumérios tinham, porém, a resposta para esta questão. As sementes,
- diziam eles, foram uma dádiva enviada à Terra por Anu, de seu domicílio
- celeste. Trigo, cevada e cânhamo foram trazidos à Terra do Décimo Segundo
- Planeta. A agricultura e a domesticação de animais foram dádivas concedidas
- à humanidade por Enlil e Enki, respectivamente.
- Não só a presença dos Nefilim, como também as chegadas periódicas do
- Décimo Segundo Planeta às proximidades da Terra parecem ficar atrás das
- três fases decisivas da civilização humana pós-diluviana: a agricultura, cerca
- de 11.000 anos a.C., a cultura neolítica, cerca de 7.500 anos a.C., e a súbita
- civilização do ano 3.800 a.C. tiveram lugar em intervalos de 3.600 anos.
- Parece que os Nefilim, passando os conhecimentos ao homem em doses
- determinadas, o fizeram em intervalos que se conjugavam com os periódicos
- regressos do Décimo Segundo Planeta às vizinhanças da Terra. Foi como se
- este tipo de inspeção no campo, ou alguma espécie de consulta pessoal -
- possível apenas durante o período "janela", que permitia as aterrissagens e
- decolagens entre a Terra e o Décimo Segundo Planeta devesse acontecer
- entre os "deuses" antes que pudesse ser dada outra "ordem de avançar".
- pg 439
- Os Nefilim, dizem-nos, chegaram à conclusão de "que precisavam de um
- intermediário entre eles e a massa humana. Eles seriam, decidiram os
- Nefilim, como deuses - elu em acádio, significando “os supremos". Como
- uma ponte entre eles, os senhores e a humanidade, introduziram a "realeza"
- na Terra: indicaram um governador humano que devia assegurar o serviço
- humano aos deuses e transmitir os ensinamentos e leis desses mesmos deuses
- ao povo em geral.
- pg 440
- A primeira cidade real do homem, dizem-nos os textos sumérios, foi Kish.
- "Quando a realeza de novo desceu, a realeza estava em Kish". Infelizmente,
- as listas de reis sumérias estão mutiladas exatamente onde estava inscrito o
- nome do primeiríssimo rei humano. Todavia, sabemos que ele iniciou uma
- longa linha de dinastias, cujo real domicílio se transferiu de Kish para Uruk,
- Ur, Awam, Hamazi, Aksak, Acádia e depois para Ashur e Babilônia e outras
- capitais mais recentes.
- Estes grandes grupamentos constituíam, indubitavelmente, três das "regiões"
- cujo estabelecimento os grandes Anunnaki debateram. A cada uma das três
- regiões foi associada uma das deidades principais. Uma destas regiões, é
- claro, é a própria Suméria, dos povos semitas, o local em que se ergueu a
- primeira grande civilização do homem.
- As outras duas tornaram-se também locais de uma florescente civilização.
- Por volta do ano 3.200 a.C. - cerca de meio milênio depois do florescimento
- da civilização suméria -, governo, realeza e civilização faziam sua primeira
- aparição no vale do Nilo, conduzindo, na época, a grande civilização do
- Egito.
- pg 442
- O antigo nome egípcio para sua terra era "Terra Elevada", e sua memória
- pré-histórica rezava que "um deus muito alto que surgira nos mais remotos
- dias" encontrara a terra egípcia situada sob água e lodo. Ele empreendeu,
- então, grandes trabalhos de reforma, elevando o Egito acima do nível das
- águas. A "lenda" descreve nitidamente o vale baixo do rio Nilo na seqüência
- do dilúvio. Este vetusto deus (podemos mostrá-lo) não era outro senão Enki,
- o engenheiro-chefe dos Nefilim.
- pg 444
- A elevação deliberada do Egito de sob as lamacentas águas, a evidência
- lingüística e os textos sumérios e bíblicos apóiam nossa conclusão que
- defende que as duas civilizações-satélites não se desenvolveram por acaso.
- Muito pelo contrário, foram planejadas e trazidas à luz do dia por decisão
- deliberada dos Nefilim.
- Receando, evidentemente, os perigos de uma raça humana unificada na
- cultura e nos objetivos, os Nefilim adotaram a política imperial: "Divide e
- impera". Porque, enquanto a humanidade atingia níveis culturais que
- incluíam até mesmo tentativas de navegação aérea - depois do que "tudo o
- que eles planejarem, nada mais lhes será impossível realizar" -, os Nefilim
- eram uma espécie em declínio. Por volta do 3º. milênio a.C., os filhos e os
- netos, para não falar dos humanos com parentesco divino, ultrapassavam em
- número os grandes e vetustos deuses.
- pg 445
- Com o correr dos tempos, os deuses tornaram-se soberanos, cada um
- guardando ciosamente o território, a indústria ou a profissão sobre o qual lhe
- fora concedido domínio. Reis humanos eram os intermediários entre os
- deuses e a humanidade que crescia e se alastrava. As afirmações de reis
- antigos, segundo as quais eles foram para a guerra, conquistaram novas
- terras, ou subjugaram povos longínquos "sob as ordens do meu deus", não
- devem ser tomadas levianamente. Textos e mais textos tornam bem claro que
- as coisas se passaram literalmente assim. Os deuses retinham os poderes de
- direção dos negócios estrangeiros, uma vez que estes negócios envolviam
- outros deuses noutros territórios. Assim, eram eles que possuíam a última
- palavra em assuntos de guerra e paz.
- Com a proliferação de povos, Estados, cidades e vilas tornou-se necessário
- encontrar meios de relembrar ao povo quem era seu soberano particular, ou
- "o Supremo". O Antigo Testamento apresenta o problema de fazer o povo
- aderir ao seu deus e não "se aviltar atrás de outros deuses". A solução foi o
- estabelecimento de muitos locais de culto e a colocação dos símbolos e
- imagens dos deuses "corretos" em cada um desses locais.
- Começava a idade do paganismo.
- pg 446
- A seguir ao dilúvio, informam-nos os textos sumérios, os Nefilim
- organizaram longos conselhos tendo por tema o futuro de deuses e homens
- na Terra. Como resultado destas deliberações, "criaram as quatro regiões".
- Três delas - a Mesopotâmia, o vale do Nilo e o vale do Indo - foram fundadas
- pelo homem.
- A quarta região era "sagrada", um termo cujo significado original literal era
- "dedicada, restrita". Dedicada unicamente aos deuses, era uma "terra pura",
- uma área à qual apenas se podia chegar com autorização; ultrapassá-la podia
- levar a uma rápida execução pelas "medonhas armas" brandidas por ferozes
- guardas. Esta terra ou região tinha o nome de TIL.MUN (literalmente, "o
- local dos mísseis"). Era a área restrita em que os Nefilim restabeleceram sua
- base espacial depois de a base de Sippar ter sido literalmente apagada do
- mapa pelas águas do dilúvio.
- Uma vez mais, a área foi colocada sob as ordens de Utu/Shamash, o deus
- encarregado dos foguetes faiscantes. Antigos heróis como Gilgamesh
- empenharam-se em alcançar esta Terra de Vida, para serem levados por um
- shem ou uma Águia até o domicílio celestial dos deuses.
- A seguir ao dilúvio, informam-nos os textos sumérios, os Nefilim
- organizaram longos conselhos tendo por tema o futuro de deuses e homens
- na Terra. Como resultado destas deliberações, "criaram as quatro regiões".
- Três delas - a Mesopotâmia, o vale do Nilo e o vale do Indo - foram fundadas
- pelo homem.
- A quarta região era "sagrada", um termo cujo significado original literal era
- "dedicada, restrita". Dedicada unicamente aos deuses, era uma "terra pura",
- uma área à qual apenas se podia chegar com autorização; ultrapassá-la podia
- levar a uma rápida execução pelas "medonhas armas" brandidas por ferozes
- guardas. Esta terra ou região tinha o nome de TIL.MUN (literalmente, "o
- local dos mísseis"). Era a área restrita em que os Nefilim restabeleceram sua
- base espacial depois de a base de Sippar ter sido literalmente apagada do
- mapa pelas águas do dilúvio.
- Uma vez mais, a área foi colocada sob as ordens de Utu/Shamash, o deus
- encarregado dos foguetes faiscantes. Antigos heróis como Gilgamesh
- empenharam-se em alcançar esta Terra de Vida, para serem levados por um
- shem ou uma Águia até o domicílio celestial dos deuses.
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