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rxbi

Untitled

May 25th, 2018
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  1. Daji
  2. Seu nascimento não poderia ter sido em momento mais inoportuno. Uma ilha tinha sido estreada, e seus pais não hesitaram em se juntar naquele novo mundo. Porém era tão jovem que mal conseguia aconselha-los de fugir daquela armadilha do destino. Kang Naeun tinha certeza em seu subconsciente, mesmo como uma criança, que aquilo traria discórdia à família Kang, mas ah... Como gostaria de que sua língua pronunciasse algo coerente sequer. No fim, seus pais foram mortos, por quem? Bem, é uma ótima pergunta, mas sabia que fora naquele dia, o dia que julgava como apocalipse para si. Assassinos e assassinatos, roubos e roubados, a corrupção, fundida à ingenuidade do ser humano de ter muito, aquilo foi o suficiente para tirar seus pais, para ser deixada em um canto qualquer mesmo que ainda tão jovem, para ser exilada em uma ilha com outros animais.
  3. Com o passar dos anos, Naeun perdera seu nome, propósito e memória. Da mesma forma que fora deixada por seus pais na floresta da montanha de NingJing, ela vivera ali, ou melhor das palavras, sobrevivera. Saqueava as casas perto dali, ou ás vezes mendigava, recebia a pior da ração de animais, e fora nomeada de Daji, pelos moradores leigos da região, o mesmo nome da Deusa Su Daji, era vista como um desfortuno para a região, uma bela garota, que fora possuída por um espírito de mil anos, e foi assim até atingir a maturidade, quando encontrara um agricultor, disposto a ajuda-la e ensina-la.
  4. De tal forma, aprendera a falar, trabalhar, mas seus pés não saíam da mata, seu lar era na floresta, nunca tinha visto os prédios enormes do centro, nunca tinha visto o caos que era aquela ilha, sua mente barrara o dia que perdera seus pais, era um grande trauma, e por isso, pensava que onde vivia, era o limite. A coreana tardou para conseguir relacionar com outros humanos além do agricultor que a criara, tardou para sair daquele lugar, mas nunca renunciara à sua cabana no meio das árvores. Sua mente ainda era algo incompreendido, pensavam que, talvez por viver sempre em grande tumulto, parecia um tanto incoerente, então era comum ser chamada de maluca pela sua forma de falar, agir, do caminhar ao deitar, mas coloca ao seu favor.
  5. Daji nunca se lembrou de seu nome, e é bem impossível de lembrar-se no futuro, acredita que foi uma dadiva da mãe natureza, vinda de seu ventre para ajudar aos humanos impuros com suas sabedorias de medicina antiga com base de ervas e mandingas tradicionais. É extremamente religiosa com as mitologias do leste oriental, e por conta disso a tratam como uma bruxa da floresta, selvagem, vidente, anciã da sabedoria, mesmo com seu corpo material portando tanta pouca idade. Claro que isso tudo é na pequena cabeça da garota, que tenta lidar com sua solidão rezando para Deuses que na concepção e ciência, não existem. Uma garota que por dentro, apenas anseia por saber quem é, e o que lhe aconteceu, mesmo por baixo de tanta loucura, ainda é amável e gentil, capaz de fazer grandes bondades, ainda que num mundo caótico.
  6.  
  7. Ayemi
  8. Elegante, mimada, na linha, formal. Ayemi fora ensinada à ser como uma princesa, e era tratada como tal, claro que vinda de um sangue tão famoso e rico como o chefe de uma das gangues mais honrosas da Wuya não seria diferente. Não era aquelas rebeldes que odiavam a vida de uma riquinha, muito pelo contrário, adorava, mas sua mãe a educou para que não fosse uma arrogante mal educada, já seu pai, a mimou desde pequena, então era árduo tirar aquele traço de sua personalidade.
  9. A chinesa não tardou para saber de onde vinha a riqueza do pai, e quando descobriu, nunca se sentira mais traída. Era algo ruim ao todo, eram mortes, eram roubos e destruindo a vida de jovens com drogas e jogos de azar, prostituindo garotas que não tinham outra escapatória. Ele causava tanto mal quanto aqueles acima de todos que os exilaram naquela ilha, em pequenos atos, porém cruéis, e pensar que suas roupas, seus mimos, e até mesmo seus estudos vinham de sangues e lágrimas derramados à tornava excluída daquele mundo, não se sentia uma Xu, e nunca mais se sentiria.
  10. E na mesma época, a época na qual seu cérebro, mesmo que quisesse, não conseguia se lembrar, o trauma fora forte o suficiente para Ayemi nem ao menos se lembrar de pequenos vultos. Sendo o chefe de uma gangue, recebia demasiados subordinados em sua casa, e com uma bela e indefesa filha, não pareceu partir o coração do demônio que lhe fez sentir o pecado da carne em sua derme. Não conseguia descrever o que sentira, mas sempre sentia um desconforto quando se aproximava demais do sexo oposto, com qualquer pessoa, qualquer um. Seu pai não tardou para se vingar, assim que descobrira à desordem que o filho da puta de seu capanga trouxa à sua filha, e por esse motivo, seu subconsciente não a deixava ir contra seu pai, não conseguia odiá-lo, e nem mesmo o que fazia, pois sabia do amor implacável que este sentia por si.
  11. Ou demonstrava ter.
  12. Sua faculdade era paga por este, já que não tolerava que filha sua trabalhasse como uma qualquer em empregos tão insultantes para o nome Xu, mas para sua infelicidade, quando findasse seus estudos, teria de se casar. Mesmo sendo algo antigo e boçal, seu pai precisa de uma aliança com outra gangue poderosa com a Wuya, e o que mais poderia selar isso que um casamento, tendo uma filha tão bela e que claro, não iria contra si. Bem, nisso seu pai estava certo, sua mãe tinha morrido com a idade, então estava sozinho, arrastando o tempo como universitária enquanto ainda podia, aproveitando a liberdade que tinha, antes de se entregar a alguém que via poucas vezes, mas nas poucas o desconforto reinava e antes mesmo que pudesse deixar sua mente trabalhar, o subconsciente a deixava em choque por ser destinada tão cedo à um homem.
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