𝒶𝓁𝓂𝒶𝓈.

IC → meus olhos me enganam ou aquela é kim doyeon? ah, a semelhança é incrível mas parece que é apenas lee minjae. ela tem 23 anos e se identifica como cisfemale, ela+dela & heterossexual ouvi que está por aqui faz 6 meses, e que anda passando seu tempo como maquiadora e modelo. espero que ela não tropece pela parte escura dessa cidade, ou os caras de cima vão ter trabalho. { addie, ela/dela } / @after-minjae.

→ Deseja participar do sistema de soulmates? Prefere que a central pareie seu soulmate ou deseja encontrá-lo sozinho? Sim sim e a central pode dar aquela pareada sim ♥

    → Minjae não poderia facilmente ser chamada de filha exemplar ou similares. Desde cedo sempre tivera gostos peculiares fosse para roupas, fosse para música, mas de certa forma isso não atrapalhava no amor que seus pais sentiam por si. Ou talvez sim, afinal sempre podia vez ou outra ouvir cochichos na cozinha ou no quarto deles de que ela parecia cada vez mais perdida na vida. Claro que o irmão mais velho sempre seria o verdadeiro exemplo de tudo enquanto ela servia de exemplo para absolutamente nada.

Minhyuk sempre estava no ranking maior das aulas e de todas as turmas enquanto Minjae estava simplesmente existindo, se assim pudesse dizer. Não conseguia facilmente se concentrar nas aulas e tudo lhe deixava entediada demais. Ela não conseguia entender o sistema que a escola provia para os alunos. Por que tamanhas notas? Por que todo esse desespero para terem tudo o que queriam? Melhor, para o que os pais queriam? Ela via os amigos todos se matando de estudar, passando horas sem dormir, inclusive o próprio irmão e não entendia o porquê de tudo aquilo.

Estudava apenas para conseguir passar nas provas e apenas isso, seu sonho na verdade era outro. Via diversas garotas no youtube fazendo vídeos de maquiagem, fossem daquelas apenas para parecerem princesinhas, fossem aquelas que queriam fazer algo mais digno de uma rainha. Minjae queria ser daquelas garotas e com o dinheiro de mesada que ganhava passou a comprar diversas maquiagens para ser a vez dela de fazer os próprios vídeos. Fazia escondido na calada da noite porque não queria que os pais soubessem o que ela fazia para não lhe proibirem e isso durou tempo o suficiente para seu irmão lhe entregar para os pais dizendo que ela não passava de uma vagabunda que não queria nada com a vida. Foi aí que o começo das palavras chulas e depressão vieram para si. A garota que antes tinha tudo para ser feliz havia se tornado apenas mais um adolescente mecânico como todos os outros.

Isso se deu até o final do ensino médio quando ela sequer fez questão de prestar vestibular e se tornar a verdadeira “vagabunda” que os pais disseram que iria ser para todo o sempre. Ela arranjou empregos de meio período e saiu juntando dinheiro o suficiente para pagar pelo menos seis meses de aluguel de um kitnet qualquer apenas para poder sair de casa e sequer isso tudo foi necessário até ela conhecer um rapaz que queria dividir apartamento. Algo poderia acontecer com ela? Claro que poderia, mas ainda sim ela não desistiu de ideia de ir morar com um desconhecido e sair de casa o mais rápido possível. Isso foi o que fez com que Minjae pouco à pouco voltasse a ser ela mesma e “acordar” para a vida. Mesmo ainda sem vontade de fazer vestibular, Minjae correu atrás de fazer cursos de maquiagem com o dinheiro que ganhava dos empregos até finalmente se estabelecer como maquiadora em um salão de beleza e começar a ser a garota mais requisitada de seu bairro antes de começar a trabalhar para pequenas agências de modelo como maquiadora e às vezes até sendo modelo por ter seu porte ser considerado como bom para algumas campanhas.

O tempo foi se passando e Minjae se via cada vez mais ocupada e chegando cada vez mais tarde em casa, deixando o companheiro de apartamento cada vez mais solitário e foi por conta disso que ela não percebeu que ele cada dia mais se enfiava nas drogas e na bebida. Não havia como ter noção do que estava acontecendo com ele porque nunca estava presente e a pior coisa que se deu foi quando estava no trabalho e recebeu uma ligação dele para se encontrar no topo do prédio o qual ela estava trabalhando, era um pedido estranho, mas ainda sim o acatou. Quando chegou no terraço lá estava o amigo na beirada do mesmo esperando para se jogar assim que a olhasse, foi automático para Minjae correr até ele para puxá-lo. O que não esperava era que quando o fez, o amigo se salvou, mas ela tropeçou na beirada e foi ela quem perdeu a vida.

Ao chegar no limbo, Minjae demorou a entender que estava como se fosse viva novamente, mas o que mais lhe deixou aliviada foi o fato de que o companheiro de apartamento não estava ali. Ele estava vivo e o sacrifício que havia feito por obra do destino havia mostrado para ele que ainda havia muito o que viver pela frente e é isso que ela agradece no fim das contas por estar ali.