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Sep 20th, 2019
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  1. * notas do dia 1
  2. :PROPERTIES:
  3. :NOTER_DOCUMENT: Vision-How-It-Works-and-What-Can-Go-Wrong.pdf
  4. :NOTER_AUTO_SAVE_LAST_LOCATION: nil
  5. :END:
  6. ** conscripts
  7. :PROPERTIES:
  8. :NOTER_PAGE: 58
  9. :END:
  10. what is this?
  11. The lens thus conscripts proteins from elsewhere that have the necessary properties to allowfor transparency.
  12. ** imagem 2.9
  13. :PROPERTIES:
  14. :NOTER_PAGE: 60
  15. :END:
  16. formação do globo ocular
  17. ** zebra fish e oxidation
  18. :PROPERTIES:
  19. :NOTER_PAGE: 62
  20. :END:
  21. peixes que enxergam ultravioeta e quando jovens tendem a morrer muito mais se
  22. expostos aos raios UV. Por isso eles tendem a evitar o contato
  23.  
  24. a catarata também pode ser consequência da oxidação da lente, isso pode ocorrer
  25. naturalmente com a idade ou devido á cirurgias que expõem a lente ao oxigênio
  26. ** congenital cataracts
  27. :PROPERTIES:
  28. :NOTER_PAGE: 63
  29. :END:
  30. catarata também pode ser congênita: rubéola, "german measles virus?"
  31. elas impedem as células do cristalino de se diferenciarem completamente durante
  32. o desenvolvimento, por isso elas continuam com suas organelas, reduzindo
  33. significativamente sua transparência.
  34.  
  35. a cirurgia de catarata é o tipo mais antigo de operação, inicialmente consistia
  36. em tirar a lente do seu lugar no olho e empurrar ela pro lado. Dando espaço para
  37. a luz passar, claro que a visão ficava comprometida, mas havia possibilidade de
  38. distinguir luz.
  39. ** ripe
  40. :PROPERTIES:
  41. :NOTER_PAGE: 65
  42. :END:
  43. hoje em dia não há necessidade de esperar o paciente ficar cego e a catarata
  44. "estabilizar (ripe)" antes de operar, o que acontecia antigamente. Atualmente, se
  45. há algum problema que afeta a vida do paciente apesar deste usar óculos é
  46. recomendada a cirurgia.
  47. ** fotoreceptores cones bastonetes
  48. :PROPERTIES:
  49. :NOTER_PAGE: 66
  50. :END:
  51. as células fotosensitivas do olho ficam na parte traseira do olho e ficam ao
  52. lado do "pigment epithelium"
  53.  
  54. praticamente todos os vertebrados possuem dois tipos de fotoreceptores, cones e
  55. bastonetes
  56.  
  57. bastonetes são responsáveis pela visão noturna, mas uma retina sem cones é
  58. praticamente cega. Nós usamos nossos cones para praticamente todas tarefas
  59. visuais, especialmente as que exigem muita cuidade.
  60.  
  61. Normalmente há só um tipo de bastonetes na retina, mas há vários tipos de cones
  62.  
  63. humanos possuem 3 tipos de cones
  64. - vermelho/amarelo (comprimento de onda longo)
  65. - verde (comprimento de onda médio)
  66. - azul (comprimento de onda curto)
  67. esse modelo foi proposto por Thomas Young em 1802
  68. ** quimica duma célula fotoreceptora
  69. :PROPERTIES:
  70. :NOTER_PAGE: 67
  71. :END:
  72. são células alongadas com um metabolismo acelerado e um núcleo na parte
  73. inferior, abaixo de uma região com discos na ponta com pigmentos fotoreceptores
  74. e acima da região com os terminais sinápticos
  75. ** caracteristicas particulares dos cones e bastonetes
  76. :PROPERTIES:
  77. :NOTER_PAGE: 68
  78. :END:
  79. eles capturam a luz usando moléculas fotosensitivas, elas ficam espalhadas em
  80. estruturas membranosas em forma de disco que são compostas pela membrana
  81. externa. Há pelo menos 1000 discos membranosos para cada segmento externo e cada
  82. disco contém pelo menos 100,000 moléculas fotosensitivas
  83.  
  84. # dar uma olhada melhor depois pq n entendi mto bem essa parte
  85. essas células estão constantemente substituindo seus segmentos externos, um
  86. segmento externo novo é criado (depois vê isso com calma)
  87.  
  88. nos mamíferos os segmentos externos dos bastonetes são completamente repostos em
  89. uma semana.
  90. ** explicação dos fotopigmentos
  91. :PROPERTIES:
  92. :NOTER_PAGE: 69
  93. :END:
  94. explicação dos fotopigmentos e como o cara fez pra descobrir isso
  95.  
  96. como funciona a molécula e o lance da localização delas na célula
  97.  
  98. todos pigmentos visuais são formas modificadas da vitamina A
  99.  
  100. química da vitamina A
  101. ** diagrama da estrutura da vitamina a figura 3.2
  102. :PROPERTIES:
  103. :NOTER_PAGE: 70
  104. :END:
  105. figura
  106. ** explicação da estrutura da molécula da vitamina A
  107. :PROPERTIES:
  108. :NOTER_PAGE: 71
  109. :END:
  110. # dar uma olhada melhor nisso
  111. isomeria
  112.  
  113. ciclo estímulo -> "repouso" da vitamina A
  114. ** diagrama do ciclo da vitamina A figura 3.3
  115. :PROPERTIES:
  116. :NOTER_PAGE: 72
  117. :END:
  118. alcance de frequência dos pigmentos do olho humano
  119. ** daltonismo e tipos de daltonismo
  120. :PROPERTIES:
  121. :NOTER_PAGE: 73
  122. :END:
  123. como funcionam as células de um daltônico e tipos de daltonismo
  124. ** dicromatismo
  125. :PROPERTIES:
  126. :NOTER_PAGE: 74
  127. :END:
  128. a maioria dos mamíferos é "dicromata", possíveis causas evolutivas são por
  129. termos evoluído de mamíferos noturnos (no tempo dos dinossauros)
  130.  
  131. explicação do daltonismo ser ligado ao cromossomo sexual, o que justifica ele
  132. ser mais comum em homens (um cromossomo X)
  133. ** importância da vit A e bioquímica da visão
  134. :PROPERTIES:
  135. :NOTER_PAGE: 75
  136. :END:
  137. fala das consequências da deficiência em vitamina A
  138.  
  139. bioquímica da visão
  140. ** diagrama dos fotoreceptores figura 3.4
  141. :PROPERTIES:
  142. :NOTER_PAGE: 76
  143. :END:
  144. esquema mostranso como funcionam os fotoreceptores e os estímulos
  145. ** pontos adicionais sobre o diagrama dos fotoreceptores
  146. :PROPERTIES:
  147. :NOTER_PAGE: 77
  148. :END:
  149. # dar uma olhada melhor nisso
  150. 1. uma molécula de pigmento pode ativar várias "transducinas"
  151. 2. a maioria das células do sistema nervoso abrem canais na membrana celular
  152. quando são estimuladas, nas células fotoreceptoras o que acontece é o
  153. contrário, elas fecham os canais quando são estimuladas. (como se fossem
  154. estimuladas pela escuridão e "seguradas" pela luz)
  155. 3. a abundância de íons sódio no sistema nervoso é maior que a de íons cálcio,
  156. por isso a diferença de potencial é decorrente da mudança dos níveis de sódio
  157. dentro das células. (bem interessante)
  158. 4. apesar do protagonismo do íon sódio nessa coisa do potencial (item 3), o
  159. cálcio tem um papel fundamental para regular a resposta das células
  160. fotoreceptoras na luz (vê isso melhor depois)
  161. ** mecanismo das respostas elétricas das células
  162. :PROPERTIES:
  163. :NOTER_PAGE: 78
  164. :END:
  165. polarização da membrana e despolarização
  166. ** potencial elétrico da membrana figura 3.5
  167. :PROPERTIES:
  168. :NOTER_PAGE: 79
  169. :END:
  170. gráfico do potencial elétrico da membrana em função do tempo (resposta a um
  171. estimulo luminoso)
  172. ** adaptações ao escuro
  173. :PROPERTIES:
  174. :NOTER_PAGE: 80
  175. :END:
  176. bastonetes adaptados à escuridão são mais sensíveis que cones adaptados à
  177. escuridão. Mas cones respondem mais rápido
  178. ** sensibilidade em função da intensidade da luz figura 3.6
  179. :PROPERTIES:
  180. :NOTER_PAGE: 81
  181. :END:
  182. escala de weber logaritmica
  183. ** adaptação dos olhos conforme a exposição luminosa
  184. :PROPERTIES:
  185. :NOTER_PAGE: 82
  186. :END:
  187. mecanismos adaptativos dos olhos
  188. ** detalhamento da fóvea
  189. :PROPERTIES:
  190. :NOTER_PAGE: 86
  191. :END:
  192. explica como a fóvea é e as coisas que tem nela figura 2.1
  193. ** explicação das placas 5 6 e 7
  194. :PROPERTIES:
  195. :NOTER_PAGE: 88
  196. :END:
  197. o que tá rolando naquelas placas lá depois coloca um link ou sei lá
  198. ** distribuição dos tipos de célula conforme a distância da fóvea figura 3.8
  199. :PROPERTIES:
  200. :NOTER_PAGE: 89
  201. :END:
  202. ** como evitar AMD (age-related macular degeneration)
  203. :PROPERTIES:
  204. :NOTER_PAGE: 91
  205. :END:
  206. ** tomografia óptica da fóvea normal e fóvea (AMD) figura 3.9
  207. :PROPERTIES:
  208. :NOTER_PAGE: 92
  209. :END:
  210. ** analisando a imagem visual retina
  211. :PROPERTIES:
  212. :NOTER_PAGE: 94
  213. :END:
  214. dois estágios do processamento da informação visual ocorrem na retina, uma na
  215. 'outer plexiform' camada e a outra na camada 'inner plexiform' figura 1.8
  216.  
  217. um neuronio de entrada leva a informação visual para o plexiform camada e manda
  218. a sinapse para um neuronio de saida, que envia o sinal visual para fora da
  219. camada plexiform. Há vários interneuronios em cada camada plexiform que fazem
  220. sinapses tanto com os neuronios de entrada como os de saida, modificando os
  221. sinais enviados conforme eles passam de uma camada a outra.
  222. ** tipos de neuronios na retina
  223. :PROPERTIES:
  224. :NOTER_PAGE: 95
  225. :END:
  226. há vários tipos de neuronios que dão respostas diferentes para estímulos
  227. visuais. Alguns são especializados em informação espacial, outros são melhores
  228. para processar movimento, alguns operam só em alguns comprimentos de onda.
  229.  
  230. neuronios se comunicam nos olhos através de sinais químicos , do mesmo jeito que
  231. no cérebro
  232.  
  233. descrição de como a informação visual é inicialmente processada na retina
  234.  
  235. quando um neuronio recebe uma sinapse, as proteínas ativadas formam canais na
  236. membrana celular, permitindo a entrada de íons positivos na célula, o neuronio
  237. despolariza e se torna positivo por dentro figura 4.1
  238.  
  239. numa sinapse de inibição a proteína de canais abrem para íons negativos e a
  240. célula 'hiperpolariza?'
  241.  
  242. modulação resulta quando proteínas pós sinápticas da membrana são ativadas pelas
  243. substancias liberadas na sinapse e interagem com os sistemas de enzima
  244. intracelular via 'proteinas G?' [ver o capítulo tres modificando a célula
  245. bioquimicamente
  246.  
  247. neuromodulação pode alterar várias propriedades dos neuronios e das suas
  248. sinapses, alterando a intensidade da sinapse e a efetividade do circuito neural
  249.  
  250. também há sinapses elétricas na retina, onde os canais de conexão entre dois
  251. neuronios permitem íons fluírem diretamente de uma célula pra outro.
  252. ** figura 4.1
  253. :PROPERTIES:
  254. :NOTER_PAGE: 96
  255. :END:
  256. esquema mostrando sinais inibitórios e estimulantes
  257. ** camada flexiform externa
  258. :PROPERTIES:
  259. :NOTER_PAGE: 97
  260. :END:
  261. as células fotoreceptoras fazem sinapses com células bipolares e células
  262. horizontais de uma maneira complicada
  263. o que é conhecido do mecanismo dos terminais fotoreceptores
  264. há basicamente dois tipos:
  265. um despolariza na presença da luz, denominado 'on=bipolar cell' figura
  266. 4.2A
  267. o outro que hiperpolariza na presença de luz, denominado 'off=cell' figura
  268. 4.2A
  269. ** placa 1 e placa 2
  270. :PROPERTIES:
  271. :NOTER_PAGE: 98
  272. :END:
  273. olho normal
  274.  
  275. olho com catarata
  276. ** placa 3 e placa 4
  277. :PROPERTIES:
  278. :NOTER_PAGE: 99
  279. :END:
  280. placa 3
  281. retinas do sapo boi, junto com o extrato das retinas, mostrando a cor dos
  282. pigmentos visuais, rodopsina
  283. imagens da esquerda
  284. a cor muda muda conforme o pigmento é exposto à luz , imagens da direita
  285. inicialmente quando expostas à luz, a retina e os extratos ficam amarelos, então
  286. a cor amarela diminui gradualmente, e a retina fica com a cor branca e o extrato
  287. fica incolor.
  288.  
  289. placa 4
  290. espectro de absorção de tres pigmentos de cone e o pigmento do bastonete da
  291. rodopsina. Foram usadas medidas feitas em retinas de humanos e macacos, os
  292. números no topo indicam o pico de absorção dos pigmentos.
  293. ** placa 5, placa 6 e placa 7
  294. :PROPERTIES:
  295. :NOTER_PAGE: 101
  296. :END:
  297. placa 5
  298. fundo de olho normal visto de um oftalmoscópio. O disco óptico é onde as células
  299. dos axonios saem dos olhos e é comprovado que é um campo cego porque não há
  300. fotoreceptores nesta área.
  301. Vasos sanguíneos que nutrem a parte interna da retina entram no olho via o nervo
  302. óptico.
  303. A mácula é a parte escura a direita e não possui vasos sanguíneos e a fóvea esta
  304. no centro da mácula.
  305.  
  306. placa 6
  307. um olho mostrando depósito de 'drusen?' na retina central. Depósitos de drusen
  308. sugerem que voce tem risco de AMD
  309.  
  310. placa 7
  311. um olho em estagio avançado de AMD molhada com uma cicatriz grande que
  312. essencialmente destruiu a mácula e a fóvea. A acuidade visual do olho é menos de
  313. vinte/duzentos
  314. ** placa 8 e placa 9
  315. :PROPERTIES:
  316. :NOTER_PAGE: 103
  317. :END:
  318. placa 8
  319. um exemplo de como as cores são percebidas dependendo da cor de fundo da imagem,
  320. inspirada numa pintura de joseph albers. As cores dos Xises em ambos os lados da
  321. figura são identicas, mas na esquerda o X parece azul enquanto o da direita
  322. parece amalelo. Se voce olhar onde eles se encontram dá para perceber que eles
  323. tem cores identicas.
  324. placa 9
  325. o arranjo dos cones na fóvea humana demonstrado na ótica adaptativa 'adaptive
  326. optics'
  327. há muito mais cones vermelhos do que verdes na maioria das retinas de seres
  328. humanos, e uma minoria de cones azuis, especialmente na fóvea. Na verdade, o
  329. centro da fóvea é desprovido de cones azuis.
  330. ** figura 4.2
  331. :PROPERTIES:
  332. :NOTER_PAGE: 106
  333. :END:
  334. respostas das células bipolares à luz, aquelas dos tipos on e off
  335. ** explicação mais detalhada do processo das células on off proteínas g
  336. :PROPERTIES:
  337. :NOTER_PAGE: 107
  338. :END:
  339. ** figura 4.3
  340. :PROPERTIES:
  341. :NOTER_PAGE: 108
  342. :END:
  343. ambos discos circulares refletem exatamente a mesma quantidade de luz, ainda
  344. assim a diferença da iluminação no fundo faz o disco da direita parecer mais
  345. escuro
  346.  
  347. células horizontais mecanismo?
  348.  
  349. processamento de cores começa nas células bipolares
  350. ** opponency
  351. :PROPERTIES:
  352. :NOTER_PAGE: 109
  353. :END:
  354. teoria do porque algumas cores n se misturarem
  355.  
  356. como funcionam as cores para mamíferos
  357. ** camada plexiform interna movimento
  358. :PROPERTIES:
  359. :NOTER_PAGE: 110
  360. :END:
  361. ** figura 4.5
  362. :PROPERTIES:
  363. :NOTER_PAGE: 112
  364. :END:
  365. esquema das células bipolares da retina de um macaco, a linha pontilhada
  366. horizontal dividindo a camada 'plexiform' interna representa o limite entre as
  367. 'sublaminae?' on e off. Células bipolares que os axônios terminam acima da linha
  368. são células bipolares 'OFF'; as que os axônios terminam abaixo da linha são
  369. células bipolares 'ON'. Note que dentro de uma 'laminae?' ON e OFF, os terminais
  370. das várias células bipolares terminam em uma ou outra subcamada
  371. # dar uma olhada com mais calma depois que não entendi essa última parte direito
  372. ** figura 4.6
  373. :PROPERTIES:
  374. :NOTER_PAGE: 113
  375. :END:
  376. desenho das células 'amacrine?
  377.  
  378. explicação do mecanismo delas
  379. '
  380. ** figura 4.7
  381. :PROPERTIES:
  382. :NOTER_PAGE: 114
  383. :END:
  384. modelo idealizado das respostas das células 'amacrine?'
  385. ** figura 4.8
  386. :PROPERTIES:
  387. :NOTER_PAGE: 115
  388. :END:
  389. esquema idealizado das respostas das células
  390. # dar uma olhada melhor nisso depois
  391. ** figura 4.9
  392. :PROPERTIES:
  393. :NOTER_PAGE: 117
  394. :END:
  395. esquema do circuito das células ON e OFF
  396. ** células ganglionares das cores 'opponent' (opostas?) azul/amarelo
  397. :PROPERTIES:
  398. :NOTER_PAGE: 118
  399. :END:
  400. conforme já foi explicitado, primatas do mundo antigo (áfrica), nós inclusos,
  401. possuem três tipos de cones - um para ondas de comprimento longo (vermelho), um
  402. segundo para ondas de comprimento médio (verde) e um terceiro para ondasde
  403. comprimento curto (azul).
  404. células bipolares de cores 'opponents?' são encontrados em muitas espécies; o
  405. centro do campo receptivo delas responde melhor à uma cor, e as redondezas
  406. respondem a outra cor.
  407. Nos primatas, isso vale principalmente para células bipolares verde/vermelho. em
  408. outras palavras células bipolares que recebem entrada de cones azuis ou não
  409. possuem nenhum tipo de recepção nas redondezas ou uma recepção muito fraca.
  410.  
  411. No entanto, existem células azuis 'opponent' ganglionares que respondem com excitações à
  412. luz azul e que são inibidas pela luz amarela. Porque não existem cones sensíveis
  413. ao amarelo na retina dos primatas, a sensibilidade ao amarelo é obtida através
  414. da mistura entre os cones vermelhos e verdes.
  415.  
  416. Se uma célula bipolar recebe entrada tanto de um fotoreceptor vermelho como de
  417. um verde, ela será sensível ao máximo à luz amarela, e é exatamente isso que
  418. acontece.
  419. figura 4.10 explica isso
  420. ** figura 4.10
  421. :PROPERTIES:
  422. :NOTER_PAGE: 120
  423. :END:
  424. circuito que mostra o mecanismo do azul/amarelo na retina dos primatas
  425. ** glaucoma
  426. :PROPERTIES:
  427. :NOTER_PAGE: 121
  428. :END:
  429. # dar uma lida com calma depois
  430. ** figura 4.11
  431. :PROPERTIES:
  432. :NOTER_PAGE: 123
  433. :END:
  434. campo visual do olho direito (a)
  435. campo visual do olho esquero de um paciente com glaucoma (b)
  436. ** figura 4.12
  437. :PROPERTIES:
  438. :NOTER_PAGE: 124
  439. :END:
  440. circulação do humor aquoso
  441. ** diabetic retinopathy (retinopatia diabética?)
  442. :PROPERTIES:
  443. :NOTER_PAGE: 127
  444. :END:
  445. # dar uma lida com calma depois
  446. ** figura 4.13
  447. :PROPERTIES:
  448. :NOTER_PAGE: 129
  449. :END:
  450. capilares de um paciente que mostra os estágios iniciais da 'retinopatia
  451. diabética'. Dois microaneurismas são óbvios; um contém células sanguíneas
  452. observáveis (direita)
  453. ** figura 4.14
  454. :PROPERTIES:
  455. :NOTER_PAGE: 130
  456. :END:
  457. perfis de P(pressão parcial)O2 em função da porcentagem da profundidade retinal da parte central
  458. da retina de um macaco em 'dark adaptation' (a) e 'light adaptation' (b)
  459. o mínimo de P(pressão parcial)O2 em 80% da profundidade retinal corresponde ao segmento interno
  460. da região dos fotoreceptores, onde as bombas de sódio estão localizadas.
  461. ** beyond the retina - lateral geniculate nucleus and visual cortex
  462. :PROPERTIES:
  463. :NOTER_PAGE: 134
  464. :END:
  465. o córtex 'occipital', destino de boa parte da saída da retina e o 'seat' da
  466. percepção visual, é consideravelmente mais complexo que a retina e de difícil
  467. analise em termos de circuito sináptico. No entanto, sabemos algumas coisas
  468. sobre a análise visual de informação além da retina nos mamiferos, especialmente
  469. no gato e no macaco. A atividade de neurônios individuais através de boa parte
  470. do córtex desses mamiferos já foi gravada, mas essas gravações foram, em boa
  471. parte, gravações extracelulares que pegam boa parte dos grandes potenciais de
  472. ação gerados pelos neurônios (e virtualmente todos neurônios corticais geram
  473. potenciais de ação 'action potentials?') mas não o mecanismo 'underlying' de
  474. potenciais de despolarização e hiperpolarização que refletem a entrada sináptica
  475. para as células. As gravações extracelulares nos dizem muito sobre a codificação
  476. da informação visual pelos neurônios e isso se reflete nas propriedades dos
  477. campos de recepção dos neurônios corticais.
  478. ** figura 5.1
  479. :PROPERTIES:
  480. :NOTER_PAGE: 136
  481. :END:
  482. o efeito da atenção na resposta do neurônio cortical
  483. ** explicação da estrutura do LGN / Movimentos dos olhos e o 'Colliculus' Superior
  484. :PROPERTIES:
  485. :NOTER_PAGE: 137
  486. :END:
  487. O 'LGN' é uma estrutura com muitas camadas, especialmente nos primatas. Quatro
  488. camadas dorsais recebem entradas das 'pequenas, more sustained on- or off-center
  489. cells', enquanto duas camadas ventrais recebem entradas das maiores, mais
  490. 'transient', sensiveis a movimento on- ou off-center células ganglionares.
  491. Também há algumas células entres as camadas, e elas tendem a ser 'azul/amarelo
  492. opponent' e outras células ganglionares relativamente raras. Isso é o inicio da
  493. segregação das células que correspondem à cor, movimento e forma no 'LGN' - algo
  494. que é particularmente 'prominent' no córtex.
  495.  
  496. nem todas células ganglionares reinais projetam para o 'LGN', mas algumas vão
  497. para estruturas subcorticais onde elas fornecem informações para permitir que
  498. essas áreas assumam papéis importantes a visão e outros fenômenos aliados. Uma
  499. área como essa é o 'superior colliculus' que está envolvido no controle do
  500. 'rapid eye movement' essencial para alterar a posição dos olhos para que as
  501. imagens que vemos sejam projetadas na fóvea, permitindo uma visão mais
  502. detalhada.
  503. De fato, quando inspecionamos uma imagem, nossos olhos viajam através da imagem,
  504. parando brevemente para inspecionar os aspectos de interesse nela.
  505. ** figura 5.2
  506. :PROPERTIES:
  507. :NOTER_PAGE: 138
  508. :END:
  509. mapa dos campos de recepção das células ganglionares na retina e no LGN
  510. ** moviimento dos olhos 2
  511. :PROPERTIES:
  512. :NOTER_PAGE: 139
  513. :END:
  514. esses movimentos rápidos dos olhos são chamados de 'saccades', e humanos
  515. tipicamente fazem 2 ou três 'saccadic' moviimentos por segundo. Entre
  516. 'saccades' o olho se mantém fixo no que está focado na fóvea por um quarto à
  517. meio segundo, o que é tempo suficiente para apreciar a parte da imagem na vista.
  518. Durante uma 'saccade', os olhos se movem rapidamente, mas nós não estamos
  519. conscienes do movimento. De fato, há uma boa evidência que a visão não funciona
  520. durante uma 'saccade'
  521. Além da entrada da retina, o 'superior colliculus' recebe uma entrada abundante
  522. do córtex. Uma maneira simplificada de pensar em como nós vemos uma imagem
  523. seria: O córtex decide o que iremos olhar em seguida, e o 'superior colliculus'
  524. comanda a 'saccade' apropriada ativando os neurônios que controlam o músculo dos
  525. olhos, que são seis. Quatro desses músculos (dois pares antagonistas) movem os
  526. olhos essencialmente na horizontal e na vertical, enquanto os outros dois
  527. músculos estão envolvidos principalmente na rotação do olho. A 'saccade'
  528. consecutiva move o olho de uma maneira que traga o que o córtex quer ver para a fóvea.
  529. Além das 'saccades', também há dois outros tipos de movimentos oculares não
  530. controlados pelo 'superior colliculus' que são importantes. 'Smooth pursuit eye
  531. movements' nos permite seguir objetos em movimento ou focar num objeto fixo
  532. enquanto nos movemos. 'Vergence eye movements' permitem nossos olhos focar em
  533. objetos próximos e distantes - para enxergar um objeto proximo com os dois
  534. olhos, exige que os olhos 'converjam?', enquanto para enxergar um objeto
  535. distante, os olhos devem divergir e se tornar paralelos. Diversas áreas e
  536. caminhos estão envolvidos na mediação desses dois tipos de movimentos oculares.
  537. Um ponto finalcom relação ao movimento dos olhos é que eles estão sempre se
  538. movendo de alguma maneira, e se uma imagem é estabilizada na retina, a imagem
  539. some.
  540. # dar uma olhada melhor depois pq não entendi isso direito
  541. Isso foi demonstrado pela primeira vez por Troxler em 1804, e experimentos mais
  542. recentes nos anos 50 por Loren Riggs e Floyd Ratliff e outros claramente
  543. confirmaram as observações de Troxler. Esses movimentos podem ser pequenas
  544. 'saccades', 'slow drifts' ou até mesmo um tremor dos olhos.
  545. Retornando ao 'superior colliculus', é interessante notar que em espécies não
  546. mamiferas essa área do cérebro é chamada de 'optic tectum', que é responsável
  547. por boa parte da integração sensório-motora nesses animais e por iniciar suas
  548. respostas comportamentais. Conforme o córtex expandiu durante a evolução, ele
  549. tomou a maior parte da integração sensório-motora e o início de movimentos
  550. motores, deixando o 'superior colliculus' essencialmente com o papel de mediar
  551. os movimentos 'saccadic'.
  552. ** figura 5.3
  553. :PROPERTIES:
  554. :NOTER_PAGE: 140
  555. :END:
  556. os movimentos dos olhos de um observador analisando um rosto. Os olhos pulam e
  557. param momentaneamente em algumas áreas de interesse, especialmente os olhos.
  558. Essas fotos foram publicadas originalmente por A. Yarbus.
  559. ** cortex visual - área v1
  560. :PROPERTIES:
  561. :NOTER_PAGE: 141
  562. :END:
  563. os neurônios do 'LGN' projetam para uma área do V1 no córtex posterior
  564. figura 1.2
  565. no V1 há uma evidência clara de mais um processamento de informação visual
  566. a hierarquia do campo de respostas receptivos é observado no V1 que se
  567. relaciona com o estímulo que melhor ativa os neurônios.
  568. no caso dos neurônios corticais não é simplesmente a intensidade da luz na
  569. retina que ativa melhor a célula, mas a forma e a orientação do estímulo
  570. projetado na retina assim como a orientação do estimulo projetado na retina
  571. assim como se ele está se movendo ou em qual direção.
  572. para um estimulo máximo 'optimal' o neurônio cortical responde vigorosamente com
  573. uma rajada grande de potenciais de ação. Para um estimulo 'suboptimal' a célula
  574. responde devagar 'weakly' ou nem responde.
  575. ** figura 5.4
  576. :PROPERTIES:
  577. :NOTER_PAGE: 142
  578. :END:
  579. micrografias do córtex visual
  580.  
  581. a área V1, assim como a retina e o 'LGN', é um estrutura formada em camadas
  582. figura 5.4A. Seis camadas são reconhecidas basicamente pela densidade de
  583. células , figura 5.4B
  584. a camada mais grossa é a camada 4, e essa é subdividida em tres subcamadas, a, b
  585. e c. A entrada do 'LGN' vai principalmente para a camada 4, e a localização na
  586. camada 4 depende da sua origem
  587. # dar uma lida nisso depois com mais calma
  588. Entrada das quatro camadas distais do 'LGN' vão nas camadas quatro a e quatro c
  589. , a parte inferior, enquanto as entradas das duas camadas proximais , sensiveis
  590. a movimento, vão para a camada quatro c , sua parte superior.
  591. As células azul/amarelo cores opponent atravessam a camada quatro e projetam
  592. diretamente nas camadas 2 e tres.
  593. as células na camada quatro projetam nas outras camadas corticais , exceto pela
  594. camada um, que tem ménos células figura 5.quatrob
  595. ** figura 5,5
  596. :PROPERTIES:
  597. :NOTER_PAGE: 143
  598. :END:
  599. respostas de uma célula à uma barra de luz. Quando a barra cobre a zona
  600. excitatória do campo receptivo, a célula dispara vigorosamente, topo
  601. Quando a barra estimula a zona inibitória, uma reposta off é gravada, mio
  602. quando a orientação da barra é 'dissimilar' da do campo receptivo, ela dispara
  603. fracamente ou nem dispara
  604. # ver isso daqui melhor depois
  605.  
  606. nos primatas há poucas células corticais na camada quatro que tem organização de
  607. campo receptivo 'center=surround' como as retinais e neurônios 'LGN', mas a
  608. maioria das células gravadas dentro e ao redor da camada quatro tem um campo de
  609. recepção mais elaborado
  610. isso foi demonstrado por david hubel e torsten wiesel no final da década de
  611. cinquenta.
  612. enquanto pontos estacionários de luz projetados na retina irão ativar as células
  613. corticais 'weakly', um estimulo muito mais efetivo é uma barra de luz com uma
  614. orientação especifica. Essas células com orientação específica, chamadas de
  615. 'simple cells', possuem campos de recepção alongados , figura 5.5, uma
  616. barra de luz passando na região excitatória estimula muito a célula, enquanto
  617. uma barra passando na região inibitória inibe muito a célula.
  618. Se a orientação da barra mudar da posição ótima, tanto a região de excitação
  619. como a região de inibição são estimuladas, e a célula normalmente falha em gerar
  620. qualquer tipo de potencial de ação.
  621.  
  622. ** figura 5.6
  623. :PROPERTIES:
  624. :NOTER_PAGE: 144
  625. :END:
  626. mapas de campo receptivo de outras células corticais simples. Em ambos casos uma
  627. barra orientada ou a beirada é um estímulo ótimo
  628. # dar uma lida depois com mais calma
  629. a = a zona central , inibitória neste caso, esta excentricamente posicionada
  630. b = a zona excitatória esta de um lado do campo, e a inibitória no outro lado.
  631.  
  632. Quanto é possivel variar a orientação da barra? Uma mudança na orientação de
  633. aproximadamente dez graus pode ser detectada por uma célula simples, então para
  634. ir de uma orientação para a mesma orientação é necessário uma mudança de cento e
  635. oitenta graus. Isso significa que para cada pedaço de campo visual há entre
  636. 18-20 neuronios recebendo entrada que muda de acordo com a receptividade
  637. ótima da orientação
  638. também há células simples cujos campos receptivos são sidefenres dos ilustrados
  639. na figura 5.5. Nessas células o centro de excitação ou a zona de
  640. inibição está excentricamente localizada no campo receptor, ou a zona de
  641. excitação está de um lado do campo e a zona de inibição do outro, figura 5.6.
  642. Esse último tipo de célula obviamente responde melhor às bordas entre luz e
  643. escuridão da luz. Novamente, esses tipos de célula possuem vários tipos de
  644. requerimentos quanto a orientação, e orientações que difererem uma da outra mais
  645. de dez graus diminuem ou inibem completamente a resposta da célula.
  646.  
  647. ** células complexas
  648. :PROPERTIES:
  649. :NOTER_PAGE: 145
  650. :END:
  651. células simples são geralmente gravadas proximas da camada quatro, a camada de
  652. entrada. Mais distante da camada quatro, nas camadas 2, tres, 5, e seis,
  653. estão as células que não podem ser ativadas com pequenos pontos de luz
  654. projetados na retina. Para ativar estas células, denominadas células complexas,
  655. é necessário uma barra orientada de luz se movendo através do campo receptivo da
  656. célula. Ainda por cima, a barra deve estar se movendo em certos angulos em
  657. relação à barra
  658. # ver isso com mais calma depois pq n ficou mto claro esse último pedaço
  659.  
  660. Algumas destas células complexas, especialmente na camada 2 , dez vinte
  661. porcento, são direcionamente seletivas; uma barra se movendo em uma direção
  662. excita muito a célula, enquanto uma barra se movendo na direção oposta inibe a
  663. célula. Outra células complexas especializadas precisam de barras de luz de um
  664. tamanho específico passando pelo campo receptivo, essas células são chamadas
  665. 'end=stopped' células.
  666. Uma conclusão óbvia que pode ser extraida dos resultados acima, é que conforme
  667. algo se move no campo visual, o estímulo apresentado na retina deve ser cada vez
  668. mais específico para estimular ao máximo as células. Na retina e no 'LGN',
  669. pontos de luz posicionados de modo apropriado estimulam bem as células, mas
  670. neurônios ao redor da camada quatro no córtex exigem um estímulo orientado = uma
  671. barra ou uma 'edge' borda de luz = para estimular elas ao máximo
  672.  
  673. Mais afastado da camada quatro, uma barra orientada ou uma 'edge' de luz se
  674. movendo numa direção particular é necessária.
  675. E ainda mais, um estímulo em forma de barra em movimento deve estar se movendo
  676. em só uma direção em particular e/ou ser limitado no seu comprimento.
  677.  
  678. # ver essa parte que resume bem os negócios de cima
  679. Em outras palavras, conforme nos movemos atraves dos caminhos visuais corticais
  680. 'visual cortical pathways', aspectos específicos da imagem visual são
  681. codificados em células individuais = primeiro a orientação, depois orientação e
  682. movimento, depois disso movimento numa direção específica e assim por diante
  683.  
  684. ** figura 5.7
  685. :PROPERTIES:
  686. :NOTER_PAGE: 146
  687. :END:
  688. Como o campo receptivo de uma célula cortical simples pode ser explicado usando
  689. entradas excitatórias do 'LGN'. Os campos de recepção dos neurônios de entrada ,
  690. centro das células ON, se sobrepoem e se organizam em linha reta na retina .
  691. esquerda.
  692. O campo receptivo de um neurônio cortical que recebe essa entrada consistirá
  693. numa zona excitatória central cercada por uma zona inibitória, direita.
  694.  
  695. formação dos campos receptivos corticais
  696.  
  697.  
  698. apesar do circuito sináptico do córtex não ser compreendido completamente, é
  699. possivel especular como o campo receptivo dos neurônios corticais podem ser
  700. estruturados a partir da entrada dos neuronios 'LGN' ou das interações
  701. sinápticas entre os próprios neurônios corticais.
  702. Por exemplo, se um centro ON de um neurônio do 'LGN' recebe entrada de
  703. células gangionares que estão alinhadas numa direção particular na retina, e
  704. todos eles alimentam uma única célula cortical, conforme esquematizado na figura
  705. 5.7, essa célula cortial teria as propriedades de uma célula simples.
  706. O tamanho do campo de receptividade médio de células simples é muito maior que o
  707. tamanho do campo receptivo de um neurônio 'LGN', que fundamenta essa idéia.
  708.  
  709. ** figura 5.8
  710. :PROPERTIES:
  711. :NOTER_PAGE: 147
  712. :END:
  713. como um campo seletivo receptivo direcionalmente complexo poderia ser formado por
  714. células simples 'edge=selective'. Se os campos receptivos dos neurônios de
  715. entrada estão alinhados na retina como mostrado na esquerda, movimentos para
  716. baixo da barra mostrariam uma atividade vigorosa na célula complexa, enquanto
  717. movimentos para cima resultariam em resposta alguma. veja o texto
  718.  
  719. # dar uma lida melhor nisso daqui
  720.  
  721. células complexas direcionalmente seletivas poderiam ser geradas de células
  722. simples 'edge=selective' que fornecem entrada para a célula complexa. Se as
  723. células simples 'edge=selective' estão alinhadas conforme mostrado na figura
  724. 5.8, uma barra se movendo para baixo encontraria primeiro a zona
  725. excitatória dos campos receptivos das células simples, e a célula complexa
  726. receberia um estimulo vigoroso. Uma barra se movendo na direção oposta, para
  727. cima ativaria as zonas inibitórias primeiro, desse modo inibindo a zona
  728. excitatória, e nenhuma resposta ocorreria direcionalmente na célula complexa
  729. seletiva.
  730. # dar uma olhada nessa fita junto com as coisas de ilusão de ótica
  731.  
  732. os esquemas mostrados nas figuras 5.sete e 5.8 são sem dúvida muito
  733. simplificados, mas eles sugerem uma maneira de pensar sobre uma possivel
  734. organização sináptica cortical e como a hierarquia das células corticais poderia
  735. ser formada.
  736.  
  737. ** interações binoculares
  738. :PROPERTIES:
  739. :NOTER_PAGE: 148
  740. :END:
  741. a vantagem de ter dois olhos cujo campo de visão se sobrepoem é a capacidade de
  742. perceber profundidade. Isso é facilmente demonstrável tentando 'oppose' alinhar
  743. com um olho fechado e a cabeça parada; com mais frequencia do que se imagina,
  744. voce vai falhar nisso.
  745. Para conseguir fazer isso facilmente e com confiabilidade, é preciso entrada dos
  746. dois olhos para o mesmo neurônio cortical, e a maioria dos neurônio do V1
  747. recebem entrada de ambos os olhos, eles são binoculares.
  748. É no V1 que as células binoculares ao encontradas pela primeira vez. Células
  749. no 'LGN' são monoculares, recebem entrada de apenas um olho, cada uma das
  750. camadas no 'LGN' recebe entrada de apenas um olho.
  751.  
  752. já foi demonstrado, no entando, que as células corticais são estimuladas mais
  753. frequentemente por um olho do que por outro, um fenômeno denominado como
  754. 'dominancia ocular'
  755.  
  756. isso é mostrado na figura 5.nove num experimento feito por Hubel e Wiesel
  757. num gato. Ele mostra o número relativo de células encontradas quando estava
  758. gravando células do córtex do gato como uma função de se a célula responde a
  759. apenas um olho ou não [bins um e sete, igualmente em ambos olhos [bin quatro ou
  760. em níveis intermediários de entrada de um olho ou outro [ bins tres, quatro e
  761. 5 são encontradas 'distally?' nas camadas 2 e seis. Portanto, parece
  762. existir um grau de hieararquia de dominancia ocular assim como há em termos de
  763. complexidade do campo receptivo.
  764. Quando uma célula recebe entrada de ambos os olhos, eles devem ser estimulador
  765. da mesma maneira e no lugar correspondente em ambas as retinas ['tipo simetria'
  766. Se é necessário uma barra orientada de luz se movendo em uma direção
  767. para ativar uma célula que recebe entrada de um olho, exatamente o mesmo
  768. estímulo é necessário para estimular a cela correspondente no outro olho. Se
  769. ambos os olhos são estimulados ao mesmo tempo com o mesmo estímulo, a resposta
  770. das células corticais é maior que se só um olho for estimulado
  771.  
  772. ** figura 5.nove
  773. :PROPERTIES:
  774. :NOTER_PAGE: 149
  775. :END:
  776. histograma de dominancia ocular para células corticais de um gato
  777. células nos grupos um e sete são monoculares, controladas por apenas um olho,
  778. enquanto as células no grupo quatro são igualmente binoculares, controladas por
  779. ambos os olhos. Células nos grupos 2, tres, 5 e seis são binoculares, mas
  780. são controladas mais por um olho do que por outro.
  781.  
  782. como a binocularidade das células corticais se relacionam com a percepção da
  783. profundidade? Apesar das células corticais binoculares terem seus campos de
  784. recepção em áreas na retina equivalentes nos dois olhos, a maioria responde bem
  785. mesmo se estímulos nos dois olhos não estão perfeitamente alinhados.
  786. Certas células complexas, no tanto, requerem alinhamento preciso dos estímulos
  787. nos dois olhos para as células responderem. Isso é chamado de células
  788. 'disparity=tuned', foram descritas pela primeira vez por horace barlow, colin
  789. blakemore e jack pettigrew no final da década de 60, e provavelmente tem
  790. um papel fundamental na percepção da profundidade.
  791.  
  792. por causa de nossos olhos serem separados, imagens próximas ou distantes atingem
  793. partes correspondentes mas ligeiramente diferentes da retina. Para a maioria das
  794. células no V1 isso faz pouca diferença. Para as células 'disparity=tuned',
  795. essa diferença é crítica. Algumas respondem somente quando imagens estão
  796. proximas, outras só quando as imagens estão distantes. Em outras palavras as
  797. células 'disparity=tuned' exigem imagens posicionadas em lugares exatos da
  798. retina para responderem aos estímulos de maneira otimizada.
  799.  
  800. ** organização cortical a hypercolumn
  801. :PROPERTIES:
  802. :NOTER_PAGE: 150
  803. :END:
  804. há muita coisa acontecendo em cada parte do V1. Há células com diferentes
  805. propriedades no campo receptivo e que parecem hierarquizadas. Células simples
  806. veem antes das células complexas. Mas todos os campos neurais receptivos do V1
  807. descritos ate agora, exceto alguns na camada quatro, possuem requerimentos para
  808. orientação. Há células do V1 que recebem entrada somente de um olho, no
  809. entando a maioria recebe entrada de ambos os olhos mas com intensidades
  810. diferentes. E há as células do V1 que estão relacionadas essencialmente com as
  811. cores, que ainda serão discutidas.
  812.  
  813. Hubel e weisel porporam que há uma organização cortical básica na área V1 que
  814. toma conta de toda essa complexicade. Isso é, o córtex é organizado em módulos,
  815. chamados 'hypercolumn', que tem dimensões de 1 mm x 1 mm x 2 mm, o
  816. último é a grossura do córtex. A estrutura cortical básica contém toda a
  817. maquinaria neuronal necessária para analisar um pedaço do espaço visual. Essas
  818. não são unidades modulares completamente separadas, mas elas se sobrepoem.
  819.  
  820. a organização da 'hypercolumn' é mostrada na figura 5.dez. PRimeiro, a
  821. entrada vinda dos olhos entra na camada quatro do cortex separadamente, em algum
  822. lado da 'hypercolumn', formando colunas que atravessam o cortex na camada
  823. quatro, formando listras irregulares. As colunas tem ~0.5 mm de
  824. diametro, então para englobar a informação de ambos olhos é preciso um mm = uma
  825. dimensão de 'hypercolumn'. Acima e abaixo de onde a entrada da 'LGN' entra, as
  826. células são binoculares, a extensão depende da distância das células das camadas
  827. quatro. Células na camada quatro normalmente não demonstram binocularidade, elas
  828. são monoculares conforme indicado no círculo do lado esquerdo na figura
  829. 5.dez. O grau de binocularidade é indicado pelos símbolos de 'mais', e tres
  830. símbolos de 'mais' indicam que a células está recebendo aproximadamente a mesma
  831. quantidade de estimulos de ambos os olhos.
  832.  
  833. Uma organização similar é vista em células com propriedades de campos receptivos
  834. diferentes, o lado direito da figura 5.dez. Algumas células da camada quatro
  835. podem ter um campo receptivo centro=periferia ,CenterSurround CS, enquanto as
  836. células simples são encontradas acima e abaixo dessas células, células complexas
  837. ,C, são encontradas afastadas da entrada do 'LGN', e células complexas
  838. especializadas , Specialized complex SC, são encontradas ainda mais longe.
  839.  
  840. 'Running roughly at right angles to the ocular dominance columns are orientation
  841. columns'.
  842. correndo junto 'right angles' de alguns angulos com as colunas de dominancia
  843. ocular estão as colunas de orientação
  844. porque há 18-20 orientações diferentes que as células
  845. preferem, essas colunas são bem mais estreitas, com aproximadamente zero ponto
  846. zero 5 mm de largura. Para levar em conta todas as orientações possiveis é
  847. preciso aproximadamente um mm de córtex, a segunda dimensão é a 'hypercolumn'.
  848. As colunas de orientação são mais claras nas bordas das colunas de dominancia
  849. ocular.
  850. # ler isso melhor depois pq n entendi muita coisa desde o começo desse parágrafo
  851. A razão para isso é que as colunas dos centros de dominancia ocular são grupos
  852. de células que possuem preferencias de cores, e a orientação das colunas
  853. convergem nas áreas coloridas conforme mistrado na figura 5.dez. O
  854. agrupamento das células coloridas não atravessa totalmente o córtex, ao invés
  855. disso, elas são encontradas acima e abaixo da camada quatro e frequentemente são
  856. denominadas como 'pegs' ou 'blobs'. As células nos 'pegs' coloridos possuem uma
  857. organização de campo receptivo centro=periferia e podem ser ou 'single=opponent'
  858. ou 'double=opponent' ver capítulo quatro. Elas são as únicas células fora da
  859. camada quatro que não possuem preferencia de orientação.
  860.  
  861. ** figura 5.dez
  862. :PROPERTIES:
  863. :NOTER_PAGE: 152
  864. :END:
  865. uma 'hypercolumn': um bloco de córtex com um mm por um mm por 2 mm contendo
  866. todas as células necessárias para analizar um pedaço de campo visual. Numa
  867. 'hypercolumn', a entrada de ambos os olhos é presente, e as células possuem
  868. todas as possiveis preferencias em orientações e variam em graus de
  869. binocularidades. Ainda por cima, células com sensibilidade a cores são
  870. encontradas nos 'pegs' inseridos na 'hypercolumn'. O grau de binocularidade é
  871. representado pelos símbolos de mais, na camada quatro, onde a entrada 'lateral
  872. geniculate' vai ao córtex, as células são monoculares, representadas com
  873. círculos abertos, distantes da camada quatro as células são mais binoculares. Os
  874. tipos de célula também variam de acordo com a grossura do córtex. Ao redor da
  875. camada quatro, algumas células são 'centro=periferia' CS longe da camada quatro
  876. C elas são primeiro simples S e depois complexas C e finalmente especializadas
  877. complexas SC
  878. Ver o texto
  879.  
  880. ** figura 5.onze
  881. :PROPERTIES:
  882. :NOTER_PAGE: 153
  883. :END:
  884. A= efeitos de estímulos distais na resposta de um neurônio cortical. A afinação
  885. da orienração de uma célula por ser alterada por até dez graus usando a presença
  886. de um estímulo orientado fora do campo receptivo
  887. # dar uma olhada nisso daqui que é bem interessante
  888. A seletividade na orienração do neutronio , barra clara, está virada para a
  889. esquerda, barra escura, quanto as barras viradas para a direita são
  890. representadas fora do campo receptivo , B, ocorre a ilusão das listras estarem
  891. viradas, 'tilt illusion', as linhas na área do círculo parecem estarem viradas
  892. para a esquerda apesar de estarem na vertical.
  893.  
  894. o córtex consiste de uma série de módulos repetições, cada um olhando para um
  895. pedaço do campo visual. Enquando o principio de organizão do córtex é vertical,
  896. também há conexões horizontais entre os módulos que ligam as células numa camada
  897. específica
  898. Isso significa que, por exemplo, a informação que é integrada através de muitos
  899. milímetros de córtex, e por isso, uma célula em um módulo pode influenciar o
  900. estímulo que passa pra outros módulos
  901. Um exemplo revelador é mostrado na figura 5.onze, em que as linhas de
  902. orientação parecem ser alteradas pela orientação das linhas que estão ao redor
  903. Isso é conhecido como a 'tilt illusion', as linhas no centro parecem tombadas
  904. para a esquerda apesar de serem perfeitamente verticais.
  905.  
  906. ** figura 5.doze
  907. :PROPERTIES:
  908. :NOTER_PAGE: 158
  909. :END:
  910. histogramas de dominancia ocular da resposta das células gravadas no córtex de
  911. um gato que estava com um olho fechado da primeira até a décima quarta semana de
  912. vida. Num animal normal, relativamente poucas células possuem entrada de só um
  913. olho, a maior parte das células recebem entrada de ambos os olhos
  914.  
  915. ** higher-level processing and visual perception
  916. :PROPERTIES:
  917. :NOTER_PAGE: 164
  918. :END:
  919. informação visual da área V1 vai principalmente para a área V2 e dali se
  920. espalha para as muitas regiões corticais, talvez trinta ou mais. V2,
  921. adjacente ao V1, tem uma organização em forma de listras, conforme mostrado
  922. esquematicamente na figura seis.um. Isso foi observado pela primeira vez
  923. anatomicamente porque as células nas listras 'stain' mancham? com mais
  924. intensidade para um tipo particular de enzima, esse fenomeno foi descoberto por
  925. margaret livinstone e david hubel na decada de 80 que células com
  926. diferentes propriedades de campos receptivos aglutinadas em listras ou entre
  927. listras. Tres padrões podem ser distinguidas = listras grossas, finas e as
  928. regiões 'palidas' entre listras. Nas listras grossas há muitas células com
  929. 'seletividade na direção' e altamente binoculares, nas listras negras finas, há
  930. muitas complexas, células seletivas com relação a orientação que são
  931. 'end=stopped'. Finalmente nas pálidas, das áreas entre listras, mais da metade
  932. das listras codificam cores para principalmente os campos receptivos das células
  933. 'double=opponent' que não mostram seletividade na orientação.
  934.  
  935. A conclusão tirada desses resultados na V2, é que há uma segregação extra
  936. nas células que identificam forma, listras finas, movimento, listras grossas, e
  937. cor, regiões entre listras. A segregação não é absoluta = algumas células que
  938. identificam cores são encontradas nas listras finas, e algumas que são seletivas
  939. com orientação são encontradas nas linhas grossas.
  940.  
  941. Além da área V2, há ainda mais segregação da forma, movimento, e
  942. processamento das cores, ressaltando novamente que isso não é absoluto.
  943.  
  944. ** figura seis.um
  945. :PROPERTIES:
  946. :NOTER_PAGE: 165
  947. :END:
  948. áreas visuais além da V1. Marcação de enzimas mostram 'banding' 'agrupamento?'
  949. da área V2 em listras grossas, listras finas e regiões entrelistras, onde
  950. diferentes aspectos das imagem visual são processados. Além do V2, áreas
  951. separadas estão relacionadas com o processamento destes aspectos da imagem
  952. visual: V4, forma e cor, V8, cor e V5, movimento. Informação
  953. visual avança para duas camadas visuais ainda mais superiores via dois
  954. caminhos=um caminho dorsal no lobo parietal, conhecido como caminho onde e um
  955. caminho ventral, conhecido como lobo temporal ou caminho o que. A área
  956. responsável pelo reconhecimento de rostos fica localizada no lado de baixo e nas
  957. superfícies interiores do lobo temporal, area temporal inferior.
  958.  
  959. area V5 parece ser principalmente respondesavel pela profundidadde e pelo
  960. movimento, e se essa área for danificada, macacos possuem uma grande dificuldade
  961. para diferenciar as direções de movimento. Alguns pacientes descreveram que
  962. perderam a habilidade de enxergar movimento, mas enxergam forma e cor
  963. normalmente, sugerindo que eles podem ter sofrido algum dano na área V5.
  964. Perca da noção de movimento é debilitante, por exemplo, esses indivíduos não
  965. podem atravessar a rua sem ajuda, porque eles não sabem se os carros estão se
  966. movendo na direção deles ou em outra direção. Eles também tem dificuldade para
  967. despejar água numa jarra porque o cha parece sólido e eles não conseguem
  968. enxergar a água subindo no copo.
  969.  
  970. ** perda de pedaços do cérebro V4
  971. :PROPERTIES:
  972. :NOTER_PAGE: 166
  973. :END:
  974.  
  975. perda de uma área do V4 num macaco dificulta a habilidade de diferenciar
  976. padrões e formas, apesar da diferenciação da cor ser minimamente afetada. Também
  977. há alguns pacientes com lesões corticais que perderam a habilidade de enxergar
  978. cores mas cuja a forma e o movimento permanecem normais. Isso indica que há uma
  979. área específica para identificar cores, comparável a V4 e V5, mas o
  980. debate continua exatamente onde está. O palpite é a parte ventral e anterior ao
  981. V4, e alguns chama ela de V8, figura seis.um.
  982.  
  983. Um caso dramático de perda de visão de cores, uma doença, chamada
  984. 'achromatopsia', foi descrita por oliver sacks, primeiro no 'the new york review
  985. of books' e então no seu livro 'an anthropologist on mars'. Jonathan I. era um
  986. artista consagrado, com 65 anos de idade, que criava pinturas
  987. abstratas coloridas. Enquanto dirigia na cidade um dia, seu carro bateu num
  988. caminhão. O senhor I. parecia ileso apesar de uma dor de cabeça muito severa.
  989. Ele dormiu profundamente naquela noite e no outra manha não conseguia lembrar
  990. muito do acidente. Ele logo percebeu que não conseguia ler, as letras pareciam
  991. "grego" para ele, e ele tambem descobriu que não conseguia mais enxergar cores.
  992. Ele fez exames num hospital proximo, e foi diagnosticado com uma concussão. Sua
  993. inabilidade para a leitura passou no decorrer de alguns dias, mas sua
  994. incapacidade de enxergar cores foi permanente. Isso foi devastador para o sr. I.
  995. Seu estudio estava cheio de suas pinturas coloridas brilhantes, que agora
  996. pareciam todas cinzas para ele, e consequentemente perderam todo o seu
  997. significado. Ele conseguia enxergar objetos claramente, conseguia diferenciar
  998. escalas de cinza, e também conseguia perceber movimento normalmente. Ele
  999. conseguia ler e desenhar muito bem, mas não fazia mais nada relacionado a cores.
  1000. Mais interessante ainda, é que ele não conseguia nem visualizar cores na sua
  1001. mente. Ele eventualmente voltou para o mundo da arte, mas ele desenhava
  1002. estritamente em preto e branco, e converteu sua arte para a escultura.
  1003.  
  1004. ** areas V4, V5, V8
  1005. :PROPERTIES:
  1006. :NOTER_PAGE: 167
  1007. :END:
  1008.  
  1009. das áreas V4, V5 e V8, a informação visual vai para outras áreas
  1010. ao longo de dois caminhos gerais. Um caminho corre dorsalmente no córtex até o
  1011. seu topo, figura seis.um e é conhecido como caminho 'onde'. Ele fornece
  1012. informação sobre onde um objeto está no espaço e está envolvido no controle
  1013. visual de alcançar e agarrar um objeto. O via 'onde' recebe muitas entradas
  1014. da área V5 e algumas das áreas V4 e V8.
  1015.  
  1016. A outra via corre ventralmente, na direção do fundo do córtex e é conhecida como
  1017. via 'o quê' - esta envolvida no reconhecimento de objetos. Pacientes com danos
  1018. na via 'o quê' podem ter dificuldades em visualizar um objeto ou identificá-lo,
  1019. mas eles conseguem alcançá-lo ou agarrá-lo um objeto normalmente, mesmo quando
  1020. sua orientação é trocada. Isso foi desmontrado claramente numa paciente que a
  1021. via 'o quê' foi danificada por envenenamento com monóxido de carbono. Ela
  1022. conseguia andar num caminho com pedras sem tropeçar ou correr desviando de
  1023. galhos de árvore, mas ela não sabia o motivo dessas manobras evasivas. Pacientes
  1024. com lesoes na via 'onde' conseguem enxergar objetos claramente e identificá-los,
  1025. mas eles possuem muita dificuldade para localizar objetos no espaço e
  1026. agarrá-los. A via 'o quê' recebe uma entrada substancial da área V4 mas também
  1027. algumas das V5 e V8.
  1028.  
  1029. ** reconhecimento de faces e objetos
  1030. :PROPERTIES:
  1031. :NOTER_PAGE: 168
  1032. :END:
  1033.  
  1034. Quanto mais se avança na via 'o quê', mais específicas são as células em termos
  1035. do que melhor as ativa. Uma parte fascinante são as células encontradas na
  1036. região do córtex chamada 'inferior temporal area'. Há células ali que parecem
  1037. ser especializadas em reconhecer faces, isso foi descoberto pela primeira vez
  1038. por Charles Gross na década de 70. Há relatos de casos clinicos em que
  1039. indivíduos que tiveram "derrames (strokes)" que afetaram o 'inferior temporal
  1040. cortex' perderam a habilidade de reconhecer pessoas visualmente. Esses pacientes
  1041. podem ser livres de quaisquer outros déficits visuais.
  1042. # interessante, ver se tem pesquisa disso sobre ler em japonês e lesões nessa
  1043. # área do cérebro
  1044. Eles conseguem ler, escrever, e falar o nome de objetos, mas eles não conseguem
  1045. reconhecer sequer as próprias esposas quando elas entram na sala. Assim que a
  1046. esposa fala alguma coisa, o paciente imediatamente reconhecerá a voz e
  1047. identificará a pessoa, mostrando claramente que há um defeito visual. O paciente
  1048. vê que uma pessoa entrou na sala e ele consegue descrever os traços da pessoa,
  1049. mas não consegue reconhecer o seu rosto.
  1050.  
  1051. A incapacidade de reconhecer rostos é chamada "prosopagnosia", e ocasionalmente
  1052. está presente desde o nascimento. Estima-se que 2% da população dos EUA,
  1053. aproximadamente 6 milhões de pessoas, são afetadas por esta desordem. Vale notar
  1054. que Oliver Sacks, que escreveu sobre muitas desordens mentais, tinha esse tipo
  1055. de desordem e escreveu extensivamente sobre em seu livro "The Mind's Eye".
  1056. Seu irmão tammbém tem "prosopagnosia", sugerindo que há influência genética.
  1057. Pessoas com essa desordem também podem ter problemas para reconhecer lugares e
  1058. eles frequentemente se perdem. Entre outras coisas, Sacks percebeu que ele é
  1059. melhor reconhecendo cachorros do que pessoas, porque cachorros possuem tamanhos
  1060. e formas diferentes.
  1061. Também há pessoas que foram descritas como "super-recognizers" por Ken Nakayaa e
  1062. seus colegas, são indivíduos com uma capacidade superior em reconhecimento de
  1063. rostos. Alguns desses indivíduos dizem serem capazes de reconhecer o rosto de
  1064. qualquer pessoa que eles já viram. Eles podem não se lembrar do nomes, mas ele
  1065. se lembram onde encontraram aquela pessoa antes. Esta habilidade tambem vale
  1066. para outros aspectos de reconhecimento de objetos. A esposa de John, que é uma
  1067. especialista em arte asiática, tem a incrível habilidade de reconhecer obras de
  1068. arte que ela já viu antes e lembrar onde ela as viu.
  1069.  
  1070. Existe alguma coisa sobre o aspecto neurobiológico do reconhecimento facial?
  1071. Foram feitas gravações no "inferior temporal region" em macacos, e certos
  1072. neurônios responderam vigorosamente quando mostraram o rosto de um macaco para o
  1073. macaco (figura 6.2). Se eliminarmos alguns pedaços do rosto, os neurônios não
  1074. respondem tão bem. Por exemplo, se retirarmos os olhos, os neurônios não
  1075. respondem tão vigorosamente, e se o rosto é cortado e embaralhado de modo que
  1076. todo o complexo do rosto estã ali, mas arranjado de forma caótica, os neurônios
  1077. sequer respondem. E os neurônios não respondem à mãos, mas outros neurônios na
  1078. região irão responder à mãos e outros objetos complexos seletivamente.
  1079.  
  1080. O reconhecimento facial tem alguns aspectos curiosos. Por exemplo, é dificil
  1081. reconhecer um rosto quando ele esta virado para baixo. De fato, se as feições de
  1082. um rosto estão distorcidas, um rosto parece muito mais normal virado de ponta
  1083. cabeça do que no sentido normal, conforme a figura 6.3. Essas imagens de uma
  1084. figura política conhecida parecem bem similares quando vistas de cabeça pra
  1085. baixo, mas se olharmos no sentido normal, o rosto dela fica absurdamente diferente.
  1086.  
  1087. ** processamento visual e percepção
  1088. :PROPERTIES:
  1089. :NOTER_PAGE: 170
  1090. :END:
  1091.  
  1092. três temas gerais emergiram do estudo do processamento visual em todos os níveis
  1093. do sistema visual, da retina até as áreas visuais V1, V2, V4, V5, V8 e além.
  1094. Essas generalizações oferecem "insights" sobre como nós percebemos as imagens e
  1095. a natureza da percepção visual.
  1096.  
  1097. O primeiro é que células e vias no sistema visual estão relacionadas com um ou
  1098. outro aspecto da imagem visual. No nível da sinapse fotoreceptora, informações
  1099. LIGADO e DESLIGADO são separadas em duas classes nas células bipolares, e essa
  1100. segregação é mantida através do sistema visual. Ainda por ima, as camadas
  1101. externas da "plexiform" da retina está relacionada com aspectos espaciais da
  1102. imagem visual (e até um certo ponto com a cor), enquanto a camada interna da
  1103. "plexiform" está mais relacionada com aspectos dinâmicos e temporais da cena
  1104. visual (movimento, por exemplo). Classes básicas de células ganglionares
  1105. fornecem informaçoes sobre o processamento da imagem visual nas camadas externa
  1106. e interna da "plexiform" para os centros visuais mais elevados. Segregação
  1107. desses aspectos da imagem visual é mantida no "lateral geniculate nucleus" e
  1108. através do córtex. Além das áreas visuais V1 e V2, componentes específicos da
  1109. imagem visual envolvendo forma, cor, e movimento são 'dealt' separadamente e em
  1110. diferentes áreas corticais.
  1111. Então deve existir, correntes paralelas de processamento no córtex que dão
  1112. origem ao mundo visual relativamente unificado que percebemos. Um processamento
  1113. paralelo massivo ocorre no cérebro, e nossos cérebros estão realizando múltiplas
  1114. tarefas o tempo todo simultaneamente - enxergando, ouvindo, cheirando, falando,
  1115. andando, segurando um objeto e assim por diante.
  1116.  
  1117.  
  1118. ** figura 6.3
  1119. :PROPERTIES:
  1120. :NOTER_PAGE: 171
  1121. :END:
  1122. Uma figura de cabeça pra baixo da Sra. Thatcher. As duas fotos parecem quase
  1123. iguais quando vistas de cabeça para baixo, mas quando olhamos na orientação
  1124. correta elas ficam muito diferentes. Em uma das fotos, os olhos e a boca foram invertidos.
  1125.  
  1126. ** sistema visual e comparações
  1127. :PROPERTIES:
  1128. :NOTER_PAGE: 172
  1129. :END:
  1130. # interessante, tem a ver com aquela fita da lua
  1131. Um segundo tema importante é que o sistema visual não foi feito para julgamentos
  1132. absolutos, mas para fazer comparaçoes. Essa característica surge primeiro na
  1133. parte externa da retina e se reflete na organização do campo receptivo de
  1134. células bipolares e ganglionares. Isso quer dizer que os campos receptivos de
  1135. células bipolares e ganglionares consistem de regiões antagônicas
  1136. 'centro-periferia' ou "color-opponent". Conforme dito no capítulo 3, não é a
  1137. intensidade da luz que sai de um objeto que faz ele parecer claro ou escuro, mas
  1138. a intenidade da luz vinda do objeto em relação à luz vinda dos outros objetos ao
  1139. seu redor. Isso fica evidente na figura 4.3, e outro exemplo está na figura 6.4.
  1140. Dois exemplos simples que também servem para ilustrar isso: Quando a tela de uma
  1141. televisão está desligada ela aparece cinzat(pelo menos naquelas TVs de tubo).
  1142. Quando ela está ligada, a tela da TV mostra o preto assim como todos tons de
  1143. cinza e brilhos de branco. Não existe luz negativa; o cinza natural da televisão
  1144. parece preto quando ela está ligada por causa do brilho das áreas adjacentes.
  1145. Quando lemos um jornal com a luz muito "dim" ou muito forte, também é um outro
  1146. bom exemplo. Em ambos os casos a tinta parece preta, e o resto do papel branco.
  1147. A luz refletindo da tinta preta é de maior intensidade do que a luz refletida da
  1148. parte branca com a luz "dim".
  1149. Não só o brilho sentido "perceived" depende da iluminação ao redor, mas as cores
  1150. que enxergamos também. A cor de um objeto pode parecer muito diferente se
  1151. mudarmos as cores do fundo. Ninguém escolhe "upholstery" material para cortinas,
  1152. uma cadeira ou sofá sem pegar um pedaço para levar para casa e olhar se fica bom
  1153. no espaço designado. Isso fica evidente na placa 8. Os Xises em cada lado da
  1154. figura parecem diferentes em termos de cor, mas no topo da figura eles se
  1155. fundem, e fica claro que eles possuem a mesma cor em ambos lados. A redondeza é
  1156. ainda mais crítica na hora de fazermos julgamentos de tamanho. A figura 6.5
  1157. mostra fotos de duas mulheres num corredor. A mulher parece ter um tamanho
  1158. comparável na foto da esquerda, mas a mulher da foto da direita parece ter um
  1159. tamanho muito diferente da outra. No entanto, o tamanho da imagem da mulher na
  1160. direita é idêntico ao tamanho da imagem dela na esquerda. Meça você mesmo, mas
  1161. ela parece estar minúscula na foto da esquerda porque os objetos ao redor dela
  1162. não possuem tamanho relativo apropriado ao tamanho da imagem dela.
  1163.  
  1164. ** figura 6.5
  1165. :PROPERTIES:
  1166. :NOTER_PAGE: 174
  1167. :END:
  1168. O contexto afeta a perceção de tamanho: a cena foi fotografada duas vezes: uma
  1169. com ambas mulheres presente, outra com só a mulher da frente. A imagem da outra
  1170. mulher foi recortada de uma cópia da primeira foto e colada na segunda foto. Ela
  1171. parece ser muito menor do que na primeira foto, mas ela está com exatamente o
  1172. mesmo tamanho em ambas as fotografias.
  1173.  
  1174. O último exemplo nos mostra a mais importante e maior generalização sobre a
  1175. percepção visual - ela é reconstrutiva e criativa. Por exemplo, nós vivemos num
  1176. mundo tridimensional. Nós construímos as três dimensões no nosso cérebro. Nosso
  1177. sistema visual usa várias peças para construir uma imagem. Não só a informação
  1178. que chega é importante, como a nossa experiência e expectativas são
  1179. fundamentais. Se a informação que chega não é incoerente ou incompleta, o
  1180. sistema visual tenta montar uma imagem completa e coerente.
  1181.  
  1182. ** confundir
  1183. :PROPERTIES:
  1184. :NOTER_PAGE: 175
  1185. :END:
  1186. o sistema visual pode ser enganado, na verdade, illusões de ótica mostram isso
  1187. muito bem. A figura 6.6 mostra três ilusões conhecidas. Nenhuma linha nessas
  1188. ilusões demarcam um triângulo na figura de cima, ou um círculo na do meio, ou a
  1189. separação de dois conjuntos de linhas paralelas na de baixo. Ainda assim,
  1190. conseguimos "enxergar" claramente um triângulo, um círculo, e a menos que você
  1191. olhe bem perto, parece que há mesmo uma linha separando os dois conjuntos de
  1192. linhas na ilustração de baixo. Além disso, o triângulo e o círculo parecem mais
  1193. claros que as áreas do redor que são igualmente brancas.
  1194.  
  1195. O fato da percepção visual ser construtiva e criativa foi "appreciated" no
  1196. começo do século vinte pelos psicólogos "Gestalt", que alavancaram a ideia de
  1197. que o cérebro analisa uma imagem pegando informações sobre os componentes da
  1198. cena visual e faz "assumptions" sobre as formas, cores e movimentos na cena. Então o
  1199. cérebro cria uma imagem mental coerente e consistente. Se alguma coisa está
  1200. falando na cena, ela é completa conforme foi demonstrado nas iluões de ótica
  1201. da figura 6.6. Outro bom exemplo é o fato de termos um ponto cego nas nossas
  1202. retinas, onde o nervo óptico sai (figura 4.11). Mas quando nós olhamos para o
  1203. mundo nós não temos um ponto cego no nosso campo visual. O cérebro completa esse
  1204. defeito de modo que não o notamos. Ainda assim, a existência desse ponto cego
  1205. pode facilmente ser demonstrada simplesmente fechando o olho esquerdo e
  1206. focalizando o olho direito no X da figura 6.7. Se você mover o livro longe ou
  1207. mais próximo do seu rosto, a borboleta da direita desaparesce. Mas se virar o
  1208. livro ela aparece imediatamente. Ela tambem reaparece se você aproximar mais ou
  1209. afastar mais o livro do seu rosto.
  1210. # interessante
  1211. Se uma imagem que olhamos é ambígua, nós percebemos uma coisa ou outra, mas
  1212. nunca uma mistura das duas perceções. Um exemplo disso é a famosa ilusão do vaso
  1213. com os dois rostos mostrada na figura 6.8. Em um instante nós podemos ver os
  1214. dois rostos pretos na figura do vaso branco, e é fácil trocar entre as duas
  1215. percepções, mas nós só conseguimos ver uma de cada vez.
  1216.  
  1217. ** figura 6,7
  1218. :PROPERTIES:
  1219. :NOTER_PAGE: 177
  1220. :END:
  1221. O ponto cego fisiológico. Feche seu olho esquerdo e foque o direito no X. Mova o
  1222. livro vagarosamente afastando ou aproximando ele do seu rosto e a borboleta
  1223. eventualmente desaparecerá. Ela reaparece se girarmos o livro para qualquer
  1224. lado.
  1225.  
  1226. Essa última ilusão ilustra outro fator importante da percepção visual, a atenção
  1227. tem um papel critico na extração de informações visuais de uma cena. Se há
  1228. múltiplos objetos numa cena visual, e nós focamos nossa atenção em um ou poucos
  1229. objetos, a percepção de outros objetos na cena do campo visual é completamente
  1230. ignorada. Uma demonstração impressionante disso é um vídeo de uma bola de
  1231. basquete sendo jogada de uma pessoa para outra. Inicialmente as pessoas são
  1232. orientadas para se focarem na bola sendo passada e contar quantas vezes ela foi
  1233. tocada de uma pessoa para outra. Durante o vídeo, um homem com uma roupa de
  1234. gorila atravessa a cena, mas virtualmente ninguém 'enxerga' ele. Quando o vídeo
  1235. é repassado e as pessoas são orientadas para procurarem o homem com roupa de
  1236. gorila, todos o enxergam. Outro experimento fisiológico demonstrando o papel da
  1237. atenção é mostrado na figura 5.1. Quando o macaco nota algo na periferia do seu
  1238. campo visual, a atividade dos neurônios que recebem entrada naquela área mostra
  1239. um aumento significativo no número de potenciais de ação gerados.
  1240.  
  1241. ** figura 6.8
  1242. :PROPERTIES:
  1243. :NOTER_PAGE: 178
  1244. :END:
  1245. A ilusão vaso-face. É possivel perceber as duas faces pretas ou o vaso branco.
  1246. Não dá para perceber os dois simultaneamente, apesar de algumas pessoas
  1247. conseguirem trocar tão rapidamente, que elas pensam conseguir enxergar os dois
  1248. ao mesmo tempo.
  1249.  
  1250. Como as imagens são criadas no córtex ainda é um mistério. Devem ocorrer interações entre as
  1251. correntes de processamento, talvez em vários níveis. Isso é conhecido como o problema
  1252. "binding" - como o córtex monta as peças de informação de cor, forma,
  1253. profundidade e movimendo numa cena, junta isso com nossas memórias visuais e a
  1254. atenção, e ainda cria uma imagem visual reconhecível? Várias idéias foram
  1255. sugeridas, mas evidências não ambiguas ainda estão faltando. Parece não existir
  1256. apenas uma área do cérebro que coordena cor, forma, movimento, e profundidade e
  1257. então nosso cérebro deve usar outra estratégia, mas ainda desconhecemos esse
  1258. fenômeno. Nós construímos imagens coerentes no nosso cérebro, mas não
  1259. necessariamente exatamente o que está lá fora. Outros sistemas cerebrais parecem
  1260. operar de maneira similar. Memórias autobiográficas frequentemente são
  1261. reconstrutivas e criativas, refletindo a convergência de várias experiências
  1262. passadas. Nosso sistema visual não é a prova de falhas, nem nenhuma outra parte
  1263. do cérebro, mas uma generalização importante é que o nosso cérebro nos permite
  1264. ter uma visao lógica, consistente e coerente do mundo.
  1265.  
  1266. ** blindsight (visão cega)
  1267. :PROPERTIES:
  1268. :NOTER_PAGE: 179
  1269. :END:
  1270. Com uma grande lesão na área V1, pacientes perdem toda sua percepção visual e
  1271. dizem estar completamente cegos. Mas eles ainda retêm capacidades visuais
  1272. impressionante, e esse fênomeno é chamado "Blindsight". Blindsight foi estudade
  1273. extensivamente por Lawrence Weiskanz e seus colegas desde o início da década
  1274. de 70. Por exemplo, se tais pacientes são orientados para apontar na direção de
  1275. um ponto de luz numa tela preta, eles dizem que não conseguem ver nada. Quando
  1276. pedimos para eles adivinharem onde o ponto está, eles apontam diretamente a ele.
  1277. Um indivíduo assim quando vê listras grandes se movendo numa tela, consegue
  1278. seguir as listras com seus olhos. Quando perguntamos porque seus olhos se
  1279. moviam, ele não conseguia explicar o motivo. Pupilas nesses individuos respondem
  1280. a luz, e esses pacientes frequentemente conseguem agarrar objetos que dizemos
  1281. estar na sua frente.
  1282.  
  1283. Como acontece esse fênomeno? As células ganglionares projetam impulsos para
  1284. outras áreas subcorticais além do "lateral geniculate nucleus" e o V1. De fato,
  1285. parece haver pelo menos nove áreas diferentes. Essas áreas estão relacionadas
  1286. com uma variedade de fênomenos visuais como iniciar o movimento dos olhos,
  1287. regular o "circadian rhythms", contrair as pupilas, a habilidade de seguir
  1288. listras em movimento (o reflexo "optokinetic"), e assim por diante. Um palpite,
  1289. o mais coerente até agora, é que o fenômeno da visão cega é mediado por essas
  1290. áreas subcorticais. Também foi proposto que algumas dessas áreas subcorticais
  1291. projetam diretamentepara outras áreas corticais superiores como a área V5, sem
  1292. passar pelo V1, o que explicaria esse fenômeno. Se fosse esse o caso, poderíamos
  1293. esperar que os pacientes teriam alguma consciência dos estimulos visuais
  1294. apresentados a eles, mas não é isso que ocorre. Geralmente acreditamos que a
  1295. percepção/consciência visual é um fenômeno cortical, e que se áreas corticais
  1296. além do V1 forem ativadas, seria plausível que os indivíduos tivessem algum
  1297. conhecimento do que eles estão respondendo, mas eles não tem noção alguma.
  1298.  
  1299. Essa discussão levanta uma questão interessante sobre a consciência e a
  1300. percepção visual em animais que tem pouco ou nenhum córtex. Um sapo, por
  1301. exemplo, consegue seguir visualmente uma mosca muito bem e capturá-la com a sua
  1302. língua se a mosca está próxima o suficiente. Mas ele consegue "enxergar" a mosca
  1303. do mesmo jeito que nós a enxergamos? Ele está consciente da sua presença? Se um
  1304. sapo é posto numa gaiola com moscas voando, ele fica bem, captura todas
  1305. imediatamente. No entanto, se o sapo está numa gaiola com moscas mortas, que são
  1306. comestíveis, ele morrerá de fome. Ele não tem noção que elas estão ali - ele não
  1307. as enxerga. Por quê? Porque elas não estão se mexendo, e o sistema visual do
  1308. sapo funciona para detectar estímulos de movimento. Este também é o caso com
  1309. outros animais. Até que nível no mundo animal, os animais experimentam o mundo
  1310. visual do mesmo modo que nós? Ninguém sabe.
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