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Aug 3rd, 2021
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  1. Relato aberto sobre perseguição, assédio e tortura
  2. 24/07/2020 18h51
  3.  
  4. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  5. xxxxxxxxxxxxxxxxxxx@xxxxxxxx.com
  6. Bacharelado em Ciência da Computação pela Universidade de Brasília (UnB)
  7.  
  8. Venho por meio deste relato aberto descrever a minha experiência e o assédio sofrido nos últimos anos, enquanto aluno da Universidade de Brasília, e após a conclusão do curso, por entender serem de difícil prova e que autoridades interessadas agem de modo a dificultar o acesso aos meios formais de denúncia.
  9.  
  10. Vindo transferido da xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx (xxxxx), onde jamais tive qualquer tipo de problema dessa natureza, ingresso na Universidade de Brasília (UnB) em 2014 por meio de prova de transferência facultativa, apesar de ter recebido o aproveitamento de 48% dos créditos adquiridos, passei por enormes dificuldades em atravessar o fluxo do curso de Ciência da Computação. As dificuldades se resumem em defasagem do currículo do curso, superlotação das turmas, negligência no ensino fornecido, falta de segurança na universidade, desorganização da instituição, distância da universidade para minha casa e má fé dos professores.
  11.  
  12. Formado ao fim de 2019, tive ainda grandes dificuldades em conseguir apoio para completar o Trabalho de Conclusão do Curso. Em resumo, por diversas vezes, os professores indicavam enormes conteúdos e de grande complexidade para estudar, para após algum tempo me dispensar dizendo apenas ‘não poder mais me orientar’. O trabalho de conclusão foi efetivamente realizado durante apenas um mês e meio, sob ameaça de “necessidade de estender o prazo ainda mais”. Através de outros alunos pude constatar que o tratamento nesse sentido era bastante diferenciado, com alunos acumulando até duas graduações no mesmo período. Ao todo estudei por 4 anos na UENF e por 6 anos na UnB, o que pode indicar maquiagem de notas e atraso intencional de alunos.
  13.  
  14. Após o fim do curso, passei a sofrer perseguições mais intensas, claramente realizadas com a coadunação de órgãos de segurança. Esses novos assédios se expressam em invasão de privacidade digital, tortura por radiação *, tortura psicológica com vozes por ondas de rádio, tortura em mídia televisiva. O uso de radiação durante o período de quarentena na pandemia certamente visa o agravamento da infecção generalizada causada pelo vírus. É notável neste ponto a negligência ética e o desvio da função dos órgão de proteção ao cidadão, e do dever do estado.
  15.  
  16. Expressões utilizadas durante a tortura por rádio:
  17. “Não era para ele ter formado.”
  18. “Era pra você ter formado antes.”
  19. “xxxxxxxxxxxx não formou ainda.”
  20. “Quero que ele fique mais velho.”
  21. “Tá mais novo.”
  22. “Nasceu em 2009.”
  23. “xxxxxxxxxxxx, você morreu lá em 2009, tá?!”
  24. “Quero que ele disforme.” *
  25. “Você está todo disformado.” *
  26. “Se a gente fizer isso ele sai pelo ralo.” *
  27. “Então por que formou?”
  28. “A gente precisa que ele fique mais doido que isso.”
  29. “Vai morrer doido.”
  30. “Vai morrer pobre.”
  31. “Vai morrer mais doido.”
  32. “xxxxxxxxxxxx não renasce.”
  33. “Nasce mais uma vez.”
  34. “Em 2023 você renasce.”
  35. “Tu não arranja nem serviço.”
  36. “Tua monografia já ficou boa.”
  37. “Faz um novo trabalho.”
  38. “Vai virar MEI.”
  39. “Ele não pode mais ser bom.”
  40. “Tu não pode ter salário.”
  41. “Teu salário está atrasado.”
  42. “Teu horário está atrasado.”
  43. “Não pode mais fazer prova.”
  44. “Perde mais uma prova.”
  45. “Nós estamos em ano de eleição.”
  46. “Perde um ano de eleição.”
  47. “Começa mais um ano.”
  48. “Dorme no mesmo ano.”
  49. “Passa no mesmo ano.”
  50. “Começa o ano mais velho.”
  51. “Nasce de novo.”
  52. “Faz uma oração.”
  53. “Estamos aqui na eleição.”
  54. “Come a sua ração.”
  55. “Vira viado logo.”
  56. “Perde a sua ereção.”
  57. “Tu não pode ser nem homem.”
  58. “Tu não pode ser pai.”
  59. “Ele não pode cruzar.”
  60. “Tu nunca vai ter filho.”
  61. “xxxxxxxxxxxx, desce lá embaixo.”
  62. “Pula da janela.”
  63. “Pula lá embaixo.”
  64. “Desce, xxxxxxxxxxxx.”
  65. “Aceita, xxxxxxxxxxxx.”
  66. “Vai lá pra cima, xxxxxxxxxxxx.”
  67. “Vai pro céu logo.”
  68. “No céu tu já é rico.”
  69. “No céu você se forma.” *
  70. “xxxxxxxxxxxx, você é anjo e não sabe.”
  71. “xxxxxxxxxxxx, tu já é morto e nem sabe.”
  72. “Tu já é bom.”
  73. “Essa turma é ruim.”
  74. “Você tem que ficar mais ruim.”
  75. “xxxxxxxxxxxx tu já é ruim.”
  76. “No Brasil, a gente caminha e não vai.”
  77. “A gente faz e não sai.”
  78. “A gente trabalha e não recebe.”
  79. “A gente recebe e não anda.”
  80. “Tu aprende e nem se mexe.”
  81. “Ficou mais novo.”
  82. “Ficou mais velho.” *
  83. “xxxxxxxxxxxx, pega mais leve.”
  84. “xxxxxxxxxxxx tu é leve.”
  85. “xxxxxxxxxxxx tu já é lerdo.”
  86. “xxxxxxxxxxxx, tu já é rei.”
  87. “Tu já é rico.”
  88. “Tu já é pobre.”
  89. “Desce mais um pouco.”
  90. “Morre de amor.” *
  91. “Morre do coração.” *
  92. “Tá, xxxxxxxxxxxx, a gente foi doido.”
  93. “A UnB tá doida.”
  94. “O demônio ganha.”
  95. “Você nunca vai trabalhar.”
  96. “Então você nunca vai ter emprego.”
  97. “Já está muito velho.” *
  98. “A economia ganha.”
  99. “A economia é grande.”
  100. “A economia é enorme.”
  101. “A economia é ruim.”
  102. “A economia é minha.”
  103. “Tu não aprende não, né?!”
  104. “Ele vai morrer esse ano.”
  105. “Cara, tu não pode fazer nem mestrado.”
  106. “Cara, tu não pode nem ter carro.”
  107. “Primeiro entra no mestrado.”
  108. “xxxxxxxxxxxx, volta.”
  109. “A gente quer você.”
  110. “A UnB não te quer.”
  111. “A gente faz isso pra você não ter filho.”
  112. “Dorme mais.”
  113. “Deita, xxxxxxxxxxxx.”
  114. “Corre, xxxxxxxxxxxx.”
  115. “Não corre não, xxxxxxxxxxxx.”
  116. “Tua mente já é velha.” *
  117. “Anda mais uma série.”
  118. “Perde mais uma série.” *
  119. “Primeiro, que tu já é velho.” *
  120. “Tu é mais novo que eu.”
  121. “Tu nasceu no mesmo ano que eu.”
  122. “Tu nasceu na mesma terra que eu.”
  123. “Tu vai pra debaixo da terra.”
  124. “Perde uma respiração.”
  125. “Isso mesmo, fez certo. Ficou quietinho pra gente trabalhar.”
  126. “Começa no mesmo ano.”
  127. “Começa o ano de novo.”
  128. “Perde o ano.”
  129. “Cara, tu veio transferido.”
  130. “xxxxxxxxxxxx Xavier.”
  131. “xxxxxxxxxxxx tu é chato.”
  132. “Tá, xxxxxxxxxxxx, a gente exagerou.”
  133. “Esse cara é doido. Eu, hein!”
  134. “xxxxxxxxxxxx, você vai preso.”
  135. “Se você fizer isso você vai preso.”
  136. “Você pode ser preso.”
  137. “Você matou a sua recuperação.” *
  138. “Morre de novo.”
  139. “Sua recuperação já é boa.” *
  140. “Você se comportou mal.”
  141. “Tá, xxxxxxxxxxxx, a gente foi chato.”
  142. “Tua filha é viva.”
  143. “Tua fé não é viva.”
  144. “Conversa com Deus.”
  145. “Conversa comigo.”
  146. “Muda a sua programação.”
  147. “Perde sua vocação.”
  148. “A UnB não quer ele.”
  149. “A UnB não quer isso.”
  150. “Tu vai continuar louco então.”
  151. “Faz alguma alguma coisa.”
  152. “Tu vai morrer nesse prédio.”
  153. “Tu não vai poder nem ser pobre.”
  154. “Tu nunca vai ser rico.”
  155. “Você matou a sua família.”
  156. “Muda de religião.”
  157. “Muda de região.”
  158. “Fica mais doido.”
  159. “Faz a sua monografia.”
  160. “Tua monografia ficou ruim.”
  161. “Sua monografia ficou enorme.”
  162. “Sua monografia já é velha.”
  163. “Perde sua memória.”
  164. “Perde.”
  165. “Tu vai virar oximoro.”
  166. “A UnB quer que tu perca.”
  167. “A UnB quer que tu perde.”
  168. “A UnB quer que tu ganhe.”
  169. “A UnB quer que ninguém ande.”
  170. “A UnB quer isso.”
  171. “A UnB ganha.”
  172. “A gente ganha.”
  173. “Vai morrer de novo.”
  174. “Tu é novo, mas tu tá marcado.”
  175. “Tu é mais novo ou tu é mais caro?”
  176. “Vai morrer dormindo.”
  177. “Abre uma sepultura.”
  178. “Primeiro que tu tá errado.”
  179. “Já errou.”
  180. “Tu já foi pego.”
  181. “Tu sabe ser doido, hein?!”
  182. “Tu já foi humilhado.”
  183. “Tá humilhado.”
  184. “xxxxxxxxxxxx, resolve.”
  185. “A gente é doido ou não, xxxxxxxxxxxx?”
  186. “Ele não é vivo.” *
  187. “Faz mais uma matéria.”
  188. “Tua vida é pior que a minha.”
  189. “A minha vida é melhor.”
  190. “Muda de nome.”
  191. “Muda de idade.”
  192. “Somos Agulhas Negras.”
  193. “Eu sou Agulha Negra.”
  194. “Tá vacinado.”
  195. “Tu vai ficar no mesmo estado.”
  196. “Tu é pobre ou branco, xxxxxxxxxxxx?”
  197. “Estamos aqui no mesmo ano.”
  198. “Nós vimos a sua história.”
  199. “Ele não pode ter futuro.”
  200. “Vai viver sem história.”
  201. “Não vai ter nem telefone.”
  202. “Não vai ter nem travesseiro.”
  203. “Você nem existe.”
  204. “Tu acabou de formar.” *
  205. “Por que tu fez isso?”
  206. “Você vai pelo acostamento.”
  207. “A gente vai mudar sua octanagem.”
  208. “Vai carregar botijão de gás.”
  209. “Você está atrasado.”
  210. “Ele tem que ser robô.”
  211. e muitos outros da mesma natureza, em deboche e em insultos a pessoas da minha família. Muitas vezes pronunciados de forma agressiva, com gritos, pelo que percebi, para tentar provocar uma resposta agressiva.
  212.  
  213. Afirmo que não realizo o consumo de qualquer tipo de droga ou álcool. Afirmo que tais acontecimentos se tratam de registros de elementos de tortura psicológica e física e não de delírios ou outros sintomas de transtornos mentais. Creio que as pessoas que perpetraram tais atos se julgam numa posição privilegiada, por seu cargo, por contarem com a ajuda de autoridades públicas.
  214.  
  215. Declaro estar extremamente horrorizado com a perversidade dos fatos, as próprias expressões utilizadas revelam a intenção e a crueldade dessas pessoas. Eu realmente passei por essas experiências e não se tratam apenas de impressões, mas por motivos óbvios são de difícil prova, dada a sua própria natureza. Sempre acreditei que a universidade pública tinha uma missão a cumprir na produção de conhecimento, na realização de pesquisa, na qualificação profissional na prestação de serviços à sociedade e sempre estudei com dedicação a esses objetivos. Mas o que estou passando indica um comportamento sádico e cruel de servidores públicos atrasando e torturando alguém que precisa estudar para trabalhar e se manter.
  216.  
  217. Vozes reconhecidas durante o assédio por rádio:
  218. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
  219.  
  220. Imagino ainda que haja a participação de outros professores:
  221. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  222. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  223. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  224. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  225. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  226. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  227. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  228. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  229. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  230. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  231. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  232. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  233. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
  234.  
  235. Durante uma das aulas o professor xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, chegou a mencionar ser adepto do método ‘Ladeira’ de ensino, onde, segundo ele, se empurrava o aluno até o fim para que ele não lembrasse de mais nada.
  236.  
  237. Alego que fui intencionalmente atrasado durante a graduação, alego que fui vítima de perseguição e tortura e que tenho tido meus direitos violados com a intenção de atrapalhar a minha vida, me impedir de conseguir um bom emprego e me fazer abandonar a área a qual sempre me dediquei. Eu declaro, com todas as letras, que tudo isso tem me causado grande sofrimento físico e psicológico, e danos irreparáveis à minha vida profissional, pessoal e à minha família. A situação toda se trata de uma grande instituição pública perseguindo e destruindo a vida de um indivíduo sem recursos para sozinho se defender de algo inimaginável para alguém que busca o primeiro emprego.
  238.  
  239. Como muitos outros, antes dos acontecimentos dos fatos já havia ouvido falar sobre esse tipo de assédio, tendo descartado sua ideia por serem de difícil consideração. Mas realmente aconteceu comigo, peço a solidariedade com relação à honestidade desse relato. Até esse momento eu vinha resistindo aos assédios por acreditar que em algum momento iriam cessar. Até o presente momento – quinta-feira, 23 de julho de 2020 – não pararam! Quanto às pessoas citadas, enganar um jovem de 22 anos parece ser fácil, sugiro que venham conversar comigo hoje em dia. Espero que esse relato se some a tantos outros sendo compartilhados na internet e aos fatos que vem sendo noticiados na grande mídia.
  240.  
  241. No momento busco meios de fazer com que eles reconheçam o que fizeram e parem de uma vez por todas.
  242.  
  243. 20/08/2020 06h29
  244. Eles utilizaram tortura a laser no meu cérebro. Meu raciocínio está muito prejudicado.
  245.  
  246. 20/07/2021 14h00
  247. Desde o dia 14 de junho de 2021 as perseguições retornaram. Dessa vez estou sendo importunado em tempo integral. Voice-to-Skull, laser, radiação, leitura de mentes com inteligência artificial, projeção de imagens, entre outros… Me sinto exaurido.
  248.  
  249. 21/07/2021
  250. Leitura de mentes. Estão usando uns nos outros enquanto se masturbam.
  251.  
  252. 22/07/2021 14h37
  253. Eles aumentaram a tortura nos últimos dias. Trouxeram outras pessoas. Dificultam muito o meu raciocínio. Não me deixam dormir durante a noite. Eu estou me esforçando para prestar as informações da forma mais clara e autêntica possível.
  254.  
  255. 24/07/2021 13h26
  256. Morri e voltei algumas vezes a essa altura.
  257.  
  258. 27/07/2021 18h47
  259. Eles não param.
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