Advertisement
Guest User

Trabalho Certo x Errado - Igor Ferreira

a guest
May 21st, 2018
81
0
Never
Not a member of Pastebin yet? Sign Up, it unlocks many cool features!
text 5.39 KB | None | 0 0
  1. Há vários níveis de certo e errado, e as noções de certo e errado mudam dependendo do tempo e da cultura referenciados. Os gregos, por exemplo, tinham uma noção bem diferente de certo que errado em relação ao que temos atualmente. Foram criadas leis para servirem de referencial, e quem não estivesse nesses parâmetros estava “errado”, e o que as leis permitiam era “certo”.
  2. Porém a ética dos gregos não estava voltada às noções de certo e errado, do que é bom e do que é mau, mas interessava-se em outro tópico, a virtude. O que é a virtude? Como se adquiri a virtude? O que é um homem virtuoso? Atualmente essa palavra veio a ter sentido completamente diferente, sendo ainda confundida com pureza, principalmente carnal, e inocência. Mas para os gregos significava excelência, e a ética dos gregos propunha-se a descobrir como ter uma vida excelente, uma vida próspera. Um indivíduo não se separava da cidade, e tinha um senso de que deveria respeitar as leis e costumes, fazendo o que é certo, e limitava-se a isso: cumprir as leis era certo, e descumprir era errado. Já o homem virtuoso era aquele que fazia seu trabalho com excelência, independente de qual for, era aquele que se destacava entre os seus por fazer um trabalho sem igual, beirando a perfeição, e fazer um trabalho excelente levava a uma vida próspera.
  3. Voltando ao tópico leis, e pensando na época que o catolicismo estava no poder junto com a política, toda sociedade tinha e tem suas leis, e é esperado de seu povo cumpri-las. Mas tais leis refletem as vontades de quem está no poder, o que muitas vezes não significa que o que é “certo” na lei, é certo espiritualmente. E para dar-lhes mais créditos, quem fez tais leis atribuiu-as a um ser divino para que todos seguissem-nas fielmente, sem questionamentos nem desobediência. Por estas mesmas leis serem moldadas ao redor dos interesses de quem está no poder, e '‘justificadas’' sendo atribuídas a um ser divino, vários foram cruéis massacres em nome de um deus, voltando assim ao ponto de que o que é certo na lei, não necessariamente é certo espiritualmente.
  4. E se falando em certo e errado, principalmente atualmente, não tem como deixar de lado a questão do direito e da justiça como parâmetro da liberdade que todos tem. Dentro desse conceito, a liberdade é uma limitação instintiva, ao considerar que as pessoas limitam o seu nível de liberdade em detrimento da liberdade alheia. Infelizmente não é possível usufruir de uma liberdade 100% genuína, ao pé da letra do significado da palavra. Estamos atados a limitações, tanto ao ambiente, leis, família, o que for, então nossa liberdade na verdade está limitada dentro de um número de escolhas: temos liberdade de escolher entre tantas opções, em determinada situação.
  5. De acordo com Roberto B. Parentoni, advogado criminalista, direitos humanos “são princípios in­ternacionais que servem para proteger, garantir e respeitar o ser humano. Devem assegurar às pessoas o direito de levar uma vida digna. Isto é: com acesso à liberdade, ao trabalho, à terra, à saúde, à moradia, a educação, entre outras coisas.”
  6. E de acordo com Christoph Lumer, professor doutor de filosofia da Universidade de Siena, justiça “é um conceito abstrato que se refere a um estado ideal de interação social em que há um equilíbrio, que por si só, deve ser razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas em determinado grupo social.”
  7. E o que direito e justiça tem a ver com certo e errado? “Fazer justiça” significa ter uma noção dos direitos alheios, entender as fragilidades e a força dos outros, ter empatia e respeito pelo próximo e não tirar dele a liberdade que lhe é garantida (então “certo” é o que foi dito anteriormente, e “errado” é a negação e/ou infração dos mesmos). Porém nós humanos ainda somos marcados por características do reino animal, que age impulsivamente e instintivamente, deixando-nos agitados, nervosos e agindo irracionalmente, originando descontrole, onde não se sabe mais, com clareza, o que é certo e errado.
  8. Podemos chegar ás considerações finais que:
  9. ⦁ “Certo e errado” não são verdades universais, são relativas;
  10. ⦁ A perspectiva do que é certo e errado depende do povo, da época, das leis, do grupo social, e claro, da visão individual de todos nós;
  11. ⦁ As noções de certo e errado estão diretamente ligados às noções de direitos humanos e justiça;
  12. ⦁ Certo e errado é uma questão de ideologia, tanto individual quanto ao grupo social, que varia de época, povo e situação, visto que nem sempre o que é certo em uma dada situação, será igualmente certo em outra.
  13. Cabe a nós refletir o que cada situação nos pede, o que seria mias ético em cada situação, considerar o maior número de probabilidades possível e não nos deixar levar pela impulsividade. Temos liberdade para usufruir da maneira que quisermos, mas temos que ter em mente que a nossa liberdade termina onde a do nosso próximo começa, e desta maneira não negar-lhe seus direitos, mas garantir que possam ser cumpridas, assim como esperamos que aqueles que nos cercam façam o mesmo conosco; e fazer o que é justo e manter o equilíbrio, não tirar o que é de direito a um, para dar em excesso a outro.
  14.  
  15.  
  16.  
  17.  
  18. Professor: Igor Ferreira.
  19.  
  20. Alunos: Nathalia Pinheiro, Rebecca Borecki e Matheus Gomides.
Advertisement
Add Comment
Please, Sign In to add comment
Advertisement