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Júlia essa é a primeira semana

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Feb 27th, 2020
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  1. 02/03 – 07/03:
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  3. SEGUNDA (Isaías 1, Gênesis 1, Provérbios 1)
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  5. Profecia de Isaías, filho de Amós, a respeito de Judá e Jerusalém no tempo de Ozias, de Joatão, de Acaz e de Ezequias, rei de Judá. Ouvi, céus, e tu, ó terra, escuta, é o Senhor quem fala: “Eu criei filhos e os eduquei; eles, porém, se revoltaram contra mim.
  6. O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono; mas Israel não conhece nada, e meu povo não tem entendimento”. Ai da nação pecadora, do povo carregado de crimes, da raça de malfeitores, dos filhos desnaturados! Abandonaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, e lhe voltaram as costas. Onde vos ferir ainda, quando persistis na rebelião? Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, abatido. Desde a planta dos pés até o alto da cabeça, não há nele coisa sã. Tudo é uma ferida, uma contusão, uma chaga viva, que não foi nem curada, nem ligada, nem suavizada com óleo. Vossa terra está assolada, vossas cidades, incendiadas. Os inimigos, à vossa vista, devastam vosso país. É uma desolação, como a ruína de Sodoma. Sião está só, como choupana em uma vinha, como choça em pepinal, como cidade sitiada. Se o Senhor dos exércitos não nos tivesse deixado alguns da nossa linhagem, teríamos sido como Sodoma, e teríamos nos tornado como Gomorra. Ouvi a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma; escuta a lição de nosso Deus, povo de Gomorra: “De que me serve a mim a multidão das vossas vítimas?” – diz o Senhor –. “Já estou farto de holocaustos de cordeiros e da gordura de novilhos cevados. Eu não quero sangue de touros e de bodes. Quando vindes apresentar-vos diante de mim, quem vos reclamou isto: atropelar os meus átrios? De nada serve trazer oferendas; tenho horror da fumaça dos sacrifícios. As luas novas, os sábados, as reuniões de culto, não posso suportar a presença do crime na festa religiosa. Eu abomino as vossas luas novas e as vossas festas; elas me são molestas, estou cansado delas. Quando estendeis vossas mãos, eu desvio de vós os meus olhos; quando multiplicais vossas preces, não as ouço. Vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos. Tirai vossas más ações de diante de meus olhos. Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a viúva.” “Pois bem, justifiquemo-nos” – diz o Senhor –. “Se vossos pecados forem escarlates, se tornarão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã! Se fordes dóceis e obedientes, provareis os melhores frutos da terra; se recusardes e vos revoltardes, provareis a espada.” É a boca do Senhor que o declara.
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  10. No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam­ o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: “Faça-se a luz!”. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o primeiro dia. Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, e separe ele umas das ou­tras”. Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento daquelas que estavam por cima. E assim se fez. Deus chamou ao firmamento céu. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o segundo dia. Deus disse: “Que as águas que estão debaixo do céu se juntem num mesmo lugar, e apareça o elemento árido”. E assim se fez. Deus chamou ao elemento árido terra, e ao ajuntamento das águas mar. E Deus viu que isso era bom. Deus disse: “Produza a terra plan­­tas, ervas que contenham semente e á­r­vores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie e o fruto contenha a sua semente”. E assim foi feito. A terra pro­duziu plantas, ervas que contêm semente segundo a sua espécie, e árvores que produzem fruto segundo a sua espécie, contendo o fruto a sua semente. E Deus viu que isso era bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o terceiro dia.
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  14. Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, para conhecer a sabedoria e a instrução, para compreender as palavras sensatas, para adquirir as lições do bom senso, da justiça, da equidade e da retidão; para dar aos simples o discernimento, ao adolescente a ciência e a reflexão. Que o sábio escute, e aumentará seu saber, e o homem inteligente adquirirá prudência para compreender os provérbios, as alegorias, as máximas dos sábios e seus enigmas. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução. Ouve, meu filho, a instrução de teu pai: Não desprezes o ensinamento de tua mãe. Isto será, pois, um diadema de graça para tua cabeça e um colar para teu pescoço. Meu filho, se pecadores te quiserem seduzir, não consintas; se te disserem: “Vem conosco, faremos emboscadas para derramar sangue, armaremos ciladas ao inocente, sem motivo, como a região dos mortos devoremo-lo vivo, inteiro, como aquele que desce à cova. Nós acharemos toda a sorte de coisas preciosas, nós encheremos nossas casas de despojos. Tu desfrutarás tua parte conosco, uma só será a bolsa comum de todos nós!”. Oh, não andes com eles, afasta teus passos de suas sendas, porque seus passos se dirigem para o mal, e se apressam a derramar sangue. Debalde se lança a rede diante daquele que tem asas. Eles mesmos armam emboscadas contra seu próprio sangue e se enganam a si mesmos. Tal é a sorte de todo homem ávido de riqueza: arrebata a vida àquele que a detém. A Sabedoria clama nas ruas, eleva sua voz na praça.
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  17. TERÇA (Isaías 1, Gênesis 1, Provérbios 1)
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  19. “Se fordes dóceis e obedientes, provareis os melhores frutos da terra; se recusardes e vos revoltardes, provareis a espada.” É a boca do Senhor que o declara. Como se prostituiu a cidade fiel, Sião, cheia de retidão? A justiça habitava nela, e agora são os homicidas. Tua prata converteu-se em escória, teu vinho misturou-se com água. Teus príncipes são rebeldes, cúmplices de ladrões. Todos eles amam as dádivas e andam atrás do proveito próprio; não fazem justiça ao órfão, e a causa da viúva não é evocada diante deles. Por isso, eis o que diz o Senhor, Deus dos exércitos, o Poderoso de Israel: “Ah! Eu tirarei satisfação de meus adversários, e me vingarei de meus inimigos. Voltarei minha mão contra ti, e te purificarei no crisol, e eliminarei de ti todo o chumbo. Tornarei teus juízes semelhantes aos de outrora, e teus conselheiros como os de antigamente. Então te chamarão Cidade da Justiça, Cidade fiel”. Sião será remida pelo direito, e seus convertidos pela justiça. Os rebeldes e os pecadores serão destruídos juntamente, e aqueles que abandonam o Senhor perecerão. Então, tereis vergonha dos carvalhos verdes que cobiçais, e corareis de pejo dos jardins que ora vos agradam, porque sereis como um carvalho verde com folhagem seca, e como um jardim sem água. O homem forte será a estopa, e sua obra, a faísca; eles arderão sem que ninguém possa extinguir. Visão de Isaías, filho de Amós, acerca de Judá e Jerusalém. No fim dos tempos acontecerá que o monte da casa do Senhor estará colocado à frente das montanhas, e dominará as colinas. Para aí acorrerão todas as gentes, e os povos virão em multidão: “Vinde” – dirão eles –, “subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de Jacó: ele nos ensinará seus caminhos, e nós trilharemos as suas veredas”. Porque de Sião deve sair a Lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor. Ele será o juiz das nações, o governador de muitos povos. De suas espadas forjarão relhas de arados, e de suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra outra, e não se arrastarão mais para a guerra.
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  23. Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu para separar o dia da noite. Que sirvam eles de sinais e marquem o tempo, os dias e os anos, e resplande­çam no firmamento do céu para iluminar a terra”. E assim se fez. Deus fez os dois grandes luzeiros: o maior para presidir o dia e o menor para presidir a noite; e fez também as estrelas. Deus colocou-os no firmamento do céu para que iluminassem a terra, presidissem o dia e a noite, e separassem a luz das trevas. E Deus viu que isso era bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o quarto dia. Deus disse: “Pululem as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves sobre a terra, debaixo do firmamento do céu”. Deus criou os monstros mari­nhos e toda a multidão de seres vivos que enchem as águas, segundo a sua espécie, e todas as aves segundo a sua espécie. E Deus viu que isso era bom. E Deus os abençoou: “Frutificai – disse ele – e multipli­cai-vos, e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o quinto dia.
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  27. A Sabedoria clama nas ruas, eleva sua voz na praça, clama nas esquinas da encruzilhada, à entrada das portas da cidade ela faz ouvir sua voz: e até quando os que zombam se comprazerão na zombaria? “Até quando, insensatos, amareis a tolice, e os tolos odiarão a ciência? Convertei-vos às minhas admoestações, espalharei sobre vós o meu espírito, eu vos ensinarei minhas palavras. Uma vez que recusastes o meu chamado e ninguém prestou atenção quando estendi a mão, uma vez que negligenciastes todos os meus conselhos e não destes ouvidos às minhas admoestações, também eu rirei do vosso infortúnio e zombarei, quando vos sobrevier um terror, quando vier sobre vós um pânico, como furacão; quando se abater sobre vós a calamidade, como a tempestade; e quando caírem sobre vós tribulação e angústia. Então me chamarão, mas não responderei; eles me procurarão, mas não atenderei. Porque detestam a ciência sem lhe antepor o temor do Senhor, porque repelem meus conselhos com desprezo às minhas exortações; comerão do fruto dos seus erros e se saciarão com seus planos, porque a apostasia dos tolos os mata e o desleixo dos insensatos os perde. Aquele que me escuta, porém, habitará com segurança, viverá tranquilo, sem recear dano algum.”
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  30. QUARTA (Isaías 2, Gênesis 2, Provérbios 2)
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  32. Os povos virão em multidão: “Vinde” – dirão eles –, “subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de Jacó: ele nos ensinará seus caminhos, e nós trilharemos as suas veredas”. Porque de Sião deve sair a Lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor.
  33. Ele será o juiz das nações, o governador de muitos povos. De suas espadas forjarão relhas de arados, e de suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra outra, e não se arrastarão mais para a guerra. Casa de Jacó, vinde, caminhemos à luz do Senhor. Vós rejeitastes inteiramente vosso povo, a casa de Jacó, porque ela está cheia de adivinhos do Oriente, e de agoureiros como os filisteus; ela transige com os estrangeiros. A sua terra está cheia de prata e de ouro, e há tesouros sem fim. A sua terra está cheia de cavalos e há um sem-número de carros. A sua terra está cheia de ídolos; os homens se prosternam diante da obra de suas mãos, diante daquilo que seus dedos fabricaram. Os mortais serão abatidos e o homem será humilhado; vós não os perdoareis de maneira nenhuma. Refugiai-vos nos rochedos, escondei-vos debaixo da terra, sob o impulso do terror do Senhor, e do esplendor de sua majestade, quando ele se levantar para aterrorizar a terra. A soberba dos mortais será abatida, e o orgulho dos homens será humilhado. Só o Senhor será exaltado naquele tempo.
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  37. Deus disse: “Produza a terra seres vivos segundo a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo a sua espécie”. E assim se fez. Deus fez os animais selvagens segundo a sua espécie, os animais domésticos igualmente, e da mesma forma todos os animais, que se arrastam sobre a terra. E Deus viu que isso era bom. Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra”. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: “Frutificai – disse ele – e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. Deus disse: “Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda a erva verde por alimento”. E assim se fez. Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia. Assim foram concluídos o céu, a ter­ra e todo o seu exército. Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia descansou de toda a obra da Criação.
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  41. Meu filho, se acolheres minhas palavras e guardares com carinho meus preceitos, ouvindo com atenção a sabedoria e inclinando teu coração para o entendimento; se tu apelares à penetração, se invocares a inteligência, buscando-a como se procura a prata; se a pesquisares como um tesouro, então compreenderás o temor do Senhor, e descobrirás o conhecimento de Deus, porque o Senhor é quem dá a sabedoria, e de sua boca é que procedem a ciência e a prudência. Ele reserva para os retos a salvação e é um escudo para os que caminham com integridade; protege as sendas da retidão e guarda o caminho de seus fiéis. Então, compreenderás a justiça e a equidade, a retidão e todos os caminhos que conduzem ao bem. Quando a sabedoria penetrar em teu coração e o saber deleitar a tua alma, a reflexão velará sobre ti, ela te amparará a razão, para preservar-te do mau caminho, do homem de conversas tortuosas, que abandona o caminho reto para percorrer caminhos tenebrosos; que se compraz em praticar o mal e se alegra com a maldade; do homem cujos caminhos são tortuosos e os trilhos sinuosos. Ela te preservará da mulher alheia, da estranha que emprega palavras lisonjeiras, que abandona o esposo de sua juventude e se esquece da aliança de seu Deus. Sua casa declina para a morte, seu caminho leva aos lugares sombrios; não retornam os que a buscam, nem encontram as veredas da vida. Assim tu caminharás pela estrada dos bons e seguirás as pegadas dos justos, porque os homens retos habitarão a terra, e os homens íntegros nela permanecerão, enquanto os maus serão arrancados da terra e os pérfidos dela serão exterminados.
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  44. QUINTA (Isaías 2, Gênesis 2, Provérbios 3)
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  46. A soberba dos mortais será abatida, e o orgulho dos homens será humilhado. Só o Senhor será exaltado naquele tempo. Porque o Senhor dos exércitos terá um dia para exercer punição contra todo ser orgulhoso e arrogante, e contra todo aquele que se exalta, para abatê-lo, contra todos os cedros do Líbano, altos e majestosos, e contra todos os carvalhos de Basã, contra todos os altos montes, e contra todos os outeiros elevados, contra todas as torres altas, e contra todas as muralhas fortificadas, contra todas as naus de Társis, frotas mercantes e contra todos os objetos de luxo. A pretensão dos mortais será humilhada, o orgulho dos homens será abatido. Só o Senhor será exaltado naquele tempo, e todos os ídolos desaparecerão. Refugiai-vos nas cavernas dos rochedos, e nos antros da terra, sob o impulso do terror do Senhor, e do esplendor de sua majestade, quando ele se levantar para aterrorizar a terra. Naquele tempo, o homem lançará aos ratos e aos morcegos os ídolos de prata e os ídolos de ouro, que para si tinha feito a fim de adorá-los; Irá se refugiar nas cavernas dos rochedos e nas fendas da pedreira, por causa do espanto da presença do Senhor, e do esplendor de sua majestade, quando ele se levantar para aterrorizar a terra.
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  50. Tal é a história da criação do céu e da terra. No tempo em que o Senhor Deus fez a terra e o céu, não exis­tia ainda sobre a terra nenhum arbusto nos campos, e nenhuma erva havia ainda brotado nos campos, porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem que a cultivasse; mas subia da terra um vapor que regava toda a sua superfície. O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem se tornou um ser vivente. Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do oriente, e colocou nele o homem que havia criado. O Senhor Deus fez brotar da terra toda a sorte de árvores de aspecto agradável, e de frutos bons para comer; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal. Um rio saía do Éden para regar o jardim, e dividia-se em seguida em quatro braços. O no­me do primeiro é Fison, e é aquele que contorna toda a região de Hévila, onde se encontra o ouro. (O ouro dessa região é puro; encontra-se ali também o bdélio e a pedra de ônix.) O nome do segundo rio é Geon, e é aquele que contorna toda a região de Cuch. O nome do terceiro rio é Tigre, que corre ao oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates. O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden, para cultivar o solo e o guardar. Deu-lhe este preceito: “Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente”. O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar que lhe seja adequada”. Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves do céu, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome.
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  54. Meu filho, não te esqueças de meu ensinamento e guarda meus preceitos em teu coração porque, com longos dias e anos de vida, eles te assegurarão a felicidade. Oxalá a bondade e a fidelidade não se afastem de ti! Ata-as ao teu pescoço, grava-as em teu coração! Assim obterás graça e reputação aos olhos de Deus e dos homens. Que teu coração deposite toda a sua confiança no Senhor! Não te firmes em tua própria sabedoria! Sejam quais forem os teus caminhos, pensa nele, e ele aplainará tuas sendas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos, teme ao Senhor e afasta-te do mal. Isto será saúde para teu corpo e refrigério para teus ossos. Honra ao Senhor com teus haveres, e com as primícias de todas as tuas colheitas. Então, teus celeiros se abarrotarão de trigo e teus lagares transbordarão de vinho. Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, nem te espantes de que ele te repreenda, porque o Senhor castiga aquele a quem ama, e pune o filho a quem muito estima. Feliz do homem que encontrou a sabedoria, daquele que adquiriu a inteligência, porque mais vale este lucro que o da prata, e o fruto que se obtém é melhor que o fino ouro. Ela é mais preciosa que as pérolas, joia alguma a pode igualar. Na mão direita ela sustenta uma longa vida; na esquerda, riqueza e glória. Seus caminhos estão semeados de delícias. Suas veredas são pacíficas. É uma árvore de vida para aqueles que lançarem mãos dela. Quem a ela se apega é um homem feliz.
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  57. SEXTA (Isaías 3, Gênesis 3, Provérbios 3)
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  59. Eis que o Senhor, Deus dos exércitos, vai tirar de Jerusalém e de Judá todo sustentáculo, todo recurso: toda a reserva de pão e toda a reserva de água, o valente e o guerreiro, o juiz e o profeta, o adivinho e o ancião, o chefe de cinquenta, o grande e o conselheiro, aquele que possui segredos, e se dedica aos sortilégios. Por príncipes eu lhes darei meninos, e adolescentes deterão o poder sobre eles. Os povos se maltratarão uns aos outros, cada um atormentará seu próximo: o jovem insultará o velho, e o vilão, o nobre. Um homem se aproximará de outro e dirá: “Tu tens um manto na casa de teu pai; é mister que sejas nosso príncipe; toma sob teu poder esta ruína”. O outro, então, protestará: “Eu não posso curar estas chagas; e em minha casa não há nem pão nem manto; não me façais príncipe do povo”. Jerusalém, com efeito, ameaça ruína, e Judá se desmorona, porque suas palavras e suas ações se opõem ao Senhor, e desafiam os olhares de sua majestade. Sua parcialidade testemunha contra eles; ostentam seus pecados como Sodoma, em vez de escondê-los. Ai deles, porque causam dano a si mesmos. Feliz o justo, para ele o bem; ele comerá o fruto de suas obras. Ai do ímpio, para ele o mal; porque ele será tratado segundo as suas obras. O meu povo é oprimido por tiranos caprichosos, e cobradores de impostos o dominam. Povo meu, teus guias te desencaminham, destroem o caminho por onde tu passas. O Senhor se levanta para acusar, e se ergue para julgar seu povo. O Senhor entra em juízo contra os anciãos e os magistrados de seu povo. “Fostes vós que devorastes a vinha, o espólio do pobre está em vossas casas. Por que razão calcais aos pés o meu povo, e maltratais a face dos pobres?” – declara o Senhor, Deus dos exércitos.
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  63. O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves do céu e a todos os animais do campo; mas não se achava para ele uma auxiliar que lhe fosse adequada. Então, o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. “Eis agora aqui – disse o homem – o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.” Por isso, o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne. O homem e a mulher estavam nus, e não se envergonhavam. A serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que o Senhor Deus tinha formado. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos proibiu comer do fruto de toda árvore do jardim?”. A mulher respondeu-lhe: ‘‘Podemos comer do fruto das árvores do jardim. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais’.” “Oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis! Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.” A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente. Então os seus olhos abriram-se; e, vendo que estavam nus, tomaram fo­lhas de figueira, ligaram-nas e fizeram tangas para si. E eis que ouviram o barulho (dos passos) do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da brisa da tarde. O homem e sua mulher esconde­ram-se da face do Senhor Deus, no meio das árvores do jardim. Mas o Senhor Deus chamou o homem e perguntou-lhe: “Onde estás?”. E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me”. O Senhor Deus disse: “Quem te revelou que estavas nu? Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de comer?”. O homem respondeu: “A mu­lher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi”. O Senhor Deus disse à mulher: ‘‘Por que fizeste isso?”. “A serpente enganou-me – res­pondeu ela – e eu comi.” Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e feras do campo; andarás de rastos sobre o teu ventre e comerás o pó todos os dias de tua vida. Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Disse também à mulher: ‘‘Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos te impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio”. E disse em seguida ao homem: “Porque ouviste a voz de tua mulher e comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido comer, maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos penosos o teu sustento todos os dias de tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar”. Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes.
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  67. Foi pela sabedoria que o Senhor criou a terra, foi com inteligência que ele formou os céus. Foi pela ciência que se fenderam os abismos, por ela as nuvens destilam o orvalho. Meu filho, guarda a sabedoria e a reflexão, não as percas de vista. Elas serão a vida de tua alma e um adorno para teu pescoço. Então caminharás com segurança, sem que o teu pé tropece. Se te deitares, não terás medo. Uma vez deitado, teu sono será doce. Não terás a recear nem terrores repentinos, nem a tempestade que cai sobre os ímpios, porque o Senhor é tua segurança e preservará teu pé de toda cilada. Não negues um benefício a quem o solicita, quando está em teu poder conceder-lho. Não digas ao teu próximo: “Vai, volta depois! Eu te darei amanhã”, quando dispões de meios. Não maquines o mal contra teu vizinho, quando ele habita com toda a confiança perto de ti. Não litigues com alguém sem ter motivo, se esse alguém não te fez mal algum. Não invejes o homem violento, nem adotes o seu procedimento, porque o Senhor detesta o que procede mal, mas reserva sua intimidade para os homens retos. Sobre a casa do ímpio pesa a maldição divina, a bênção do Senhor repousa sobre a habitação do justo. Se ele escarnece dos zombadores, concede a graça aos humildes.
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  70. SÁBADO DE SÃO TEODORO
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  72. Teodoro provinha de uma família cristã na eminente cidade de Amásia no Ponto (atual norte da Turquia). Em sua juventude durante a Grande Perseguição, foi recrutado à legião de sua cidade, leal ao exército do Imperador Diocleciano (284–305), e lá mantinha sua Fé em segredo; não por falta de coragem, mas por não ter ainda recebido um sinal divino para oferecer-se em testemunho a Jesus Cristo. Certa vez, ainda na Amásia, o édito de Diocleciano tomou vigor, e todos os seus habitantes foram obrigados pelas autoridades a oferecer sacrifícios aos ídolos pagãos. Teodoro protestou, e foi levado ao oficial Brincas, o qual indagou-o a respeito de não respeitar as ordens para oferecer sacrifícios. Teodoro, então, cheio do Espírito de Deus, disse: “Sou cristão, e não aceitarei a ordem de oferecer sacrifício às imagens malignas; pois tenho como Rei Cristo no Céu.” Brincas desconsiderou sua confissão e disse: “Pega as tuas armas, Teodoro, e aceta o serviço militar. Sacrifica aos deuses imortais e obedece aos vitoriosos imperadores. Quase todos nessa cidade são cristãos e mesmo assim obedecem.” Teodoro respondeu: “Cada um sabe como deve servir. Mas eu sirvo ao meu Senhor e Rei dos Céus e ao Seu Filho unigênito, Jesus Cristo, meu único imperador.” Possidônio, outro oficial, indagou-o se seu Deus possuía um Filho e se eles poderiam conhecê-lo. “Seu Filho é a Verdade pela qual todas as coisas foram feitas. Queria eu que Ele vos desse tal compreensão que O reconhecessem.” Possidônio tornou a perguntar: “Se O conhecermos, poderemos nós deixar o imperador terreno e segui-Lo?” E Teodoro: “Não há nada que vos impeça de abandonar as trevas e a confiança posta no rei terreno para seguir o Senhor, o Rei vivo, celestial e eterno.” Brincas decidiu “dar um tempo” a Teodoro para que ele pensasse e se convertesse ao que era melhor. O confessor, entretanto, decidiu passar todo esse tempo — dias — em oração. Enquanto isso, Brincas ordenava que o resto da legião adentrasse a cidade e capturasse os cristãos para levá-los à prisão. Quando soube, São Teodoro dirigiu-se à prisão, ensinando-os a perseverança e o caminho da salvação: “Não temais estas torturas que vos infligirão de modo a que neguem Jesus Cristo, nosso Senhor e Rei celestial.” Chegada a noite, São Teodoro pegou lenha, esperou um momento oportuno e adentrou o templo de Reia, a “mãe dos deuses”, incendiando-o. O ídolo de Reia voltou ao pó junto com o templo. Crônides, um contabilista pagão, viu o que São Teodoro havia feito, capturou-o e levou-o no raiar do sol ao eparca Públio, dizendo: “Esta praga de recruta entrou em nossa cidade, pôs fogo ao templo que nossos ancestrais fizeram à mãe dos deuses e os profanou! Assim, agarrei e trouxe-o a Vossa Alteza para receber sua pena pelos seus ousados feitos, de acordo com as ordens de nossos vitoriosos imperadores.”
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  74. Públio convocou Brincas e interrogou-o se havia dado a liberdade de incendiar os templos pagãos a Teodoro. Ele respondeu: “Exortei-o muitas vezes, e dei-lhe a anistia para que pensasse consigo mesmo e decidisse oferecer o sacrifício aos deuses. Se ele foi culpado disso, ó jurista, condene-o de acordo com a sua autoridade como alguém que enganou os deuses e desprezou as ordens de nossos imperadores triunfantes.” O eparca, então, ordenou que São Teodoro fosse trazido perante ele e perguntou-lhe por que havia ateado fogo à deusa em vez de sacrificar-lhe com incenso e libações (derramamento de sangue). O santo confirmou: “Não nego o que fiz. Queimei-a com fogo. Tal é vossa deusa e seu poder que até o fogo da lenha pode tocá-la e queimá-la.” Embebido de fúria, Públio ordenou que fosse espancado, dizendo: “Não me responda com teus discursos. As mais amargas torturas esperam por ti para te obrigar a obedecer aos imperadores.” Após ser espancado, São Teodoro permaneceu firme em sua confissão: “Não me rendo a ti, nem temo teus punimentos, por mais que sejam extremamente temerosos. Então, faze o que quiseres, pois a esperança na justiça clama que eu seja confiante na coroa que meu Senhor Jesus Cristo preparou para mim.” O jurista ainda clamou que sacrificasse aos deuses para ser salvo das torturas que haviam sido preparadas para ele, e o santo respondeu-lhe: “As torturas que me trazes não me assustam. Meu Senhor e Rei Jesus Cristo está diante de mim; Aquele que me resgatará dos vossos castigos, Aquele que não vedes pois sois cegos de coração.” Irado como um leão, o jurista ordenou que o santo fosse levado à masmorra escura da prisão para morrer de fome. Na primeira noite, o Senhor apareceu diante dele e disse: “Tem coragem, Meu servo Teodoro, porque estás comigo. Não aceites a comida ou a bebida daqueles homens, pois o alimento inesgotável espera por ti nos Céus.” E ascendeu. São Teodoro começou a cantar salmos de alegria ao Senhor, e quase toda a prisão ouvia diversas vozes cantando com ele. Quando os guardas olharam pela janela, viram uma multidão vestida de mantos brancos cantando junto com o santo. A porta, entretanto, continuava selada. Os guardas apavoraram-se e correram ao jurista, informando-o sobre o ocorrido. Ele queria ver isso com seus próprios olhos, e correu até a cela, onde realmente ouviu as vozes. Pensando que tratava-se de outros cristãos que haviam invadido a masmorra, ordenou que os soldados cercassem a prisão enquanto ele abrisse a porta. O jurista entrou, e não viu ninguém senão São Teodoro caído ao chão. Imediatamente, um grande temor apoderou-se do jurista e dos soldados, e começaram a perder seus sentidos. Então, trancaram a porta e afugentaram-se da prisão. Após o ocorrido, decidiram que um pão e um copo de água fossem dados ao confessor diariamente. São Teodoro, entretanto, foi fiel em Cristo e não aceitou seus alimentos, dizendo a si mesmo: “Cristo, meu Senhor e Rei, me alimenta.” Numa manhã, o eparca ordenou que São Teodoro fosse novamente levado em julgamento, e disse: “Salva-te das torturas e oferece o sacrifícios aos deuses, ó Teodoro, para que eu possa escrever aos imperadores, os verdadeiros senhores deste mundo, que tu te tornaste um sacerdote e nosso companheiro, por quem daremos grandes honras.” Olhando para o céu e fazendo o sinal da Cruz, Teodoro respondeu-o: “Mesmo que queimes minha carne com fogo, inflijas uma multidão de torturas e me entregues à espada, não negarei meu Senhor.”
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  76. Públio e Brincas chegaram em um acordo, e ordenaram a tortura de São Teodoro. Ele foi amarrado a uma tora de madeira, e teve seus lados dilacerados por garras de ferro até que seus ossos das costelas ficassem visíveis. Durante a tortura, o mártir cantava o Salmo 34: “Bendirei continuamente o Senhor, Seu louvor não deixará meus lábios.” Admirado com sua resistência, Públio dizia: “Não tens vergonha, ó mais miserável dos homens, de ter esperança em um Cristo que padeceu de forma tão terrível, a ponto de tu render-te sem razão a tais torturas?” São Teodoro retrucou-o, dizendo que sua loucura era a de todos os que invocam o Nome de Jesus Cristo. Sem mais esperanças, o eparca interrogou: “Estás disposto a oferecer o sacrifício ou queres ser torturado ainda mais por mim?” Teodoro deu sua última resposta: “Ó mais perverso dentre os homens, portador de todo o mal, filho de satã e digno da obra do demônio, não temes o Senhor que lhe deu este poder, pelo qual reis governam e tiranos obtêm terras, mas me obrigas a abandonar o Deus vivo e adorar pedras inanimadas?” O jurista ainda disse: “Que queres? Estar conosco ou com teu Cristo?” E São Teodoro, com uma enorme alegria, disse: “Estive, estou e estarei com meu Cristo.” Vendo que o santo mártir não seria vencido com torturas, Públio finalmente decretou: “Ordeno que Teodoro, por não obedecer ao comando dos vitoriosos imperadores e ao poder dos deuses, por acreditar em Jesus Cristo, crucificado sob Pôncio Pilatos — como os judeus dizem —, seja rendido às chamas.” Imediatamente, os torturadores começaram a buscar lenha, e uma multidão correu até São Teodoro para tocar em seu corpo antes de sua paixão. Aos soldados que queriam furar-lhe o corpo para matá-lo de uma forma menos dolorida, disse: “Aquele que me deu resistência nas minhas torturas também me concederá que eu suporte a força das chamas.” Então, apenas o amarraram. Incapaz de fazer o sinal da Cruz com suas mãos atadas, São Teodoro recitava a fórmula trinitária e como um cordeiro aceitou ser o holocausto a Deus, olhando para os céus e dizendo:
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  78. “Senhor Deus Todo-Poderoso, Pai de Teu bendito Filho Jesus Cristo, por Quem recebemos a sabedoria de Ti, Deus de virtudes, de todas as criaturas e de todas as nações de homens justos que vivem em Tua presença, bendigo a Ti que fizeste-me digno neste dia e hora de ser contado dentre os santos mártires ante Cristo Salvador na Ressurreição e pela vida eterna do corpo e da alma pelo dom do Espírito Santo. Hoje hei de ser levado dentre os mártires à Tua vista como um valioso e legítimo sacrifício, pelo qual de antemão provastes e descobristes sem defeito. Pois Tu és o verdadeiro Deus, e louvo a Ti em conformidade, rogando e suplicando através de Nosso Senhor Jesus Cristo, Teu Filho amado. Concede também, ó Senhor, que aqueles que foram detidos em minha companhia também alcancem o Teu ramo.”
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  80. Olhando para a multidão, viu Cleônico, que havia sido recrutado ao exército junto com ele, chorando. E gritou: “Cleônico, estou à tua espera, corre e ajunta-te a mim! Nós jamais nos abandonamos nesta vida terrena, então por que nos separarmos na vida celestial?” Então, proferiu suas últimas palavras: “Ó Senhor Jesus Cristo, mediador entre Deus e os homens, agradeço e louvo-Te por teres me dignificado a vencer essa competição, e glorifico o Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.” Terminada sua oração, os torturadores acenderam o fogo e jogaram o santo mártir entre as madeiras. Em seguida, uma chama tomou a forma de um arco, como a vela de um barco enchida pelo vento, e cercou-o. Não se via seu corpo sendo queimando, mas sim como um pão sendo cozido, até que o Espírito Santo de Deus chegou, e São Teodoro, ileso no meio das chamas, louvou e glorificou a Deus. Então, em 17 de fevereiro de 306, entregou seu espírito. As nuvens se abriram, e uma agradável fragrância desceu sobre o ar, até que ouviu-se uma voz do alto: “Vem, Meu amado Teodoro, entra na alegria de teu Senhor, pois fielmente completaste o curso de tua vida.”
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  82. II Timóteo 2:1-10:
  83. Tu, portanto, meu filho, procura progredir na graça de Jesus Cristo. O que de mim ouviste em presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis que, por sua vez, sejam capazes de instruir a ou­tros. Suporta comigo os trabalhos, como bom soldado de Jesus Cristo. Nenhum soldado pode implicar-se em negócios da vida civil, se quer agradar ao que o alistou. Nenhum atleta será coroado, se não tiver lutado segundo as regras. É preciso que o lavrador trabalhe antes com afinco, se quer boa colheita. Entende bem o que eu quero dizer. O Senhor há de dar-te inteligência em tudo. Lembra-te de Jesus Cristo, saído da estirpe de Davi e ressuscitado dos mortos, segundo o meu Evangelho, pelo qual estou sofrendo até as cadeias como um malfeitor. Mas a Palavra de Deus, esta não se deixa acorrentar. Pelo que tudo suporto por amor dos escolhidos, para que também eles consigam a salvação em Jesus Cristo, com a glória eterna.
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  85. João 15:17-16:2:
  86. https://drive.google.com/file/d/1c-Szm0y0A6xY8zwTrk0KyInxzDglRLJs
  87.  
  88. Hebreus 1:1-12:
  89. Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas. Esplendor da glória (de Deus) e imagem do seu ser, sustenta o universo com o poder da sua palavra. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus, tão superior aos anjos quanto excede o deles o nome que herdou. Pois a quem dentre os anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei? Ou, então: Eu serei para ele um pai e ele será para mim um Filho? E novamente, ao introduzir o seu Primogênito na terra, diz: Todos os anjos de Deus o adorem. Por outro lado, a respeito dos anjos, diz: Ele faz dos seus anjos sopros de vento e dos seus ministros chamas de fogo, ao passo que do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste para a eternidade. O cetro do teu Reino é cetro de justiça. Amaste a justiça e odiaste a iniqui­dade. Por isso, ó Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de alegria, mais que aos teus companheiros; e ainda: Tu, Senhor, no princípio dos tempos fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos. Eles passarão, mas tu permaneces. Todos envelhecerão como uma veste; tu os envolvas como uma capa, e serão mudados. Tu, ao contrário, és sempre o mesmo e os teus anos não acabarão.
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  91. Marcos 2:23-3:5:
  92. Num dia de sábado, o Senhor caminhava pelos campos e seus discípulos, andando, começaram a colher espigas. Os fariseus observaram-lhe: “Vede! Por que fazem eles no sábado o que não é permitido?”. Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando se achou em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? Ele entrou na casa de Deus, sendo Abiatar príncipe dos sacerdotes, e comeu os pães da proposição, dos quais só aos sacerdotes era permitido comer, e os deu aos seus compa­nheiros”. E dizia-lhes: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado; e, para dizer tudo, o Filho do Homem é senhor também do sábado”. Noutra vez, entrou ele na sinagoga e achava-se ali um homem que tinha a mão seca. Ora, estavam-no observando se o curaria no dia de sábado, para o acusarem. Ele diz ao homem da mão seca: “Vem para o meio”. Então, lhes pergunta: “É permitido fazer o bem ou o mal no sábado? Salvar uma vida ou matar?”. Mas eles se calavam. Então, lan­çando um olhar indignado sobre eles, e contristado com a dureza de seus corações, diz ao homem: “Estende tua mão!”. Ele estendeu-a e a mão foi curada.
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