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- Relacionado ao assunto, quero expandir em outro paralelo entre a ciência e a religião.
- Vejo que uma das grandes dificuldades da divulgação científica, e do próprio fazer ciência, é a característica humana do ego. Os seres humanos possuem uma necessidade de ter heróis, e isto faz com que a história queira ser contada de forma heróica, onde grandes indivíduos heroicamente revolucionaram a ciência.
- Estes indivíduos, se tornam verdadeiros Deuses, respeitados e idolatrados por cientistas e indivíduos, que leêm suas publicações como escrituras sagradas.
- Logo, cientistas "renomados", com extensos "currículos e saberes" passam a serem figuras de autoridades para a população. Mesmo que em seus meios, outros cientistas sofreram grande resistência ao expor idéias que contradiziam a crença da comunidade científica no momento.
- Esta forma de divulgar a ciência, cria-se este mito, de que a ciência sempre descobre coisas novas e que seus cientistas são incapazes de erro. O povo lê no jornal, no facebook, sobre o novo resultado da nova pesquisa da instituição moderna dos E.U.A com uma estatística como, 1 em cada 4 ovos tem salmonela, e pronto. Está feito o estrago, como palavras de profetas, as pessoas aceitam o resultado como verdade e incapazes de pesquisarem ou criticar, passam a viver sobre estes novos "mandamentos".
- Junta-se a rápida velocidade dos meios de divulgação de informação, a necessidade egoista das pessoas de seus heróis estarem certos, o mito de uma ciência deusa infalível e a firmeza com que nossos cérebros se recusa a mudar uma crenla formada e temos a bomba moderna.
- O mais famoso caso desta bomba foi o mito de que vacinas causam autismo, em 1998, em uma publicação de uma pesquisa fraudulenta, com diversos conflitos de interesse, Andrew Wakefield, ligou a vacinação a causa
- de autismo em crianças, pronto.
- Como uma nova religião, os anti-vax explodiram, tamanho foi o número de pessoas que levam esta pesquisa como verdade absoluta, que doenças como Polio, antes erradicadas, voltaram a aparecer em cidades nos EUA.
- Ainda hoje, décadas após a publicação, o movimento persiste, negando todas as pesquisas seguintes que disprovam o autor como heresias, conspirações, etc.
- Talvez se a ciência, fosse retratada e divulgada como um processo, cru e não heróico como é, as pessoas entenderiam, que não é com uma publicação ou com um autor que se faz ciência, e sim com inúmeras publicões que reproduzem um resultado e com séculos de tentativas para comprovar ou disprovar uma teoria. Toda ciência deve ser criticada por todos, não se deve permitir o apelo a autoridade nas argumentações, isto cabe as religões com seus dogmas, não a ciência.
- Deixo um interessante artigo sobre o movimento anti-vacinas. http://emais.estadao.com.br/noticias/bem-estar,conheca-a-origem-do-movimento-antivacina,10000074329
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