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Oct 18th, 2019
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  1. Ora bem, assim para começar, fica aqui um spoil em relação a este post: vai ser longo!
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  3. Depois de ler algumas dissertações e textos relacionados com a produção audiovisual num contexto mais ligado a empresas ou instituições, foi-me possível perceber que o objetivo primordial desse conteúdo é provocar uma ação ("call-for-action"). Ainda que não seja imediata, o vídeo publicitário pode deixar uma "semente" na mente do consumidor que, no futuro, o irá influenciar a agir em função do querer da marca/empresa/instituição publicitada.
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  5. Uma abordagem bastante perspicaz e utilizada é o recurso ao lado emocional. É criada uma história com uma mensagem forte, que vai focar a vertente mais sentimental que o ser humano possui. O facto de se reconhecer nessa história contada, ou nos valores que ela transmite, faz com que este se identifique com a instituição que criou esse contexto, mesmo que inconscientemente.
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  7. Exemplificando o que pretendo dizer, vou falar de dois vídeos que, dentro dos que já tive oportunidade de analisar (para esta análise, criei uma tabela onde procurei estabelecer alguns pontos que considerei serem relevantes para a minha investigação, como por exemplo, tipos de planos, movimentos de câmera, narração, entre outros, e, no final, foi-me possível perceber quais os pontos comuns/mais frequentes. Tive como base, para a criação desta tabela, o anexo 6 da dissertação "USER GENERATED CONTENT AUDIOVISUAL PARA INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR", criada pela Teresa Costa Milheiro de Oliveira), me parecem ser dois casos em que a emoção que é transmitida toca o consumidor.
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  9. Como não poderia deixar de ser, a Nike marca posição neste campo, com um vídeo publicitário denominado "Dream Crazier". Trata-se de uma sequência de pequenos excertos que fazem referência a vários desportos, excertos esses que ilustram a mensagem da voz off, acerca da temática do desporto na vertente feminina e de como este é visto.
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  12. O segundo vídeo publicitário que considero merecer referência é um vídeo criado pela Chevrolet, de seu nome "Maddie" onde é feito um paralelismo entre um cão e o carro, procurando mostrar que ambos são um "amigo para a vida".
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  15. Em ambos os casos, a componente emocional é bastante grande. No vídeo da Nike, todas as mulheres (sejam elas desportistas, ou não) vão sentir uma ligação com as atletas que aparecem no ecrã durante aqueles segundos, uma vez que são relatadas vivências tão reais como o querer fazer mais, o querer ser a melhor ou a luta pela igualdade. No conteúdo criado pela Chevrolet, é relatado o carinho e a ligação que as pessoas criam com os animais, sentimento que dura uma vida. Com este vídeo, a marca pretende que o consumidor encare o seu produto (automóvel) como um fiel amigo para toda a vida, como é um animal de estimação.
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  17. A mensagem atinge o consumidor, porque relata situações reais. Este é um dos "segredos" deste tipo de criação de conteúdo. O público-alvo tem de se identificar com o que está a observar, de modo a que fique na sua mente uma lembrança que, acreditam alguns autores, os vai influenciar em proveito da marca, no futuro (se não for no imediato).
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  19. A dissertação Digital storytelling em contexto de formação profissional corporativa: O lado emocional da narrativa digital, de Rita Fidalgo de Morais Lobão Moniz, mostra como é crucial que o conteúdo criado seja persuasivo o suficiente para conseguir seduzir o consumidor. Tendo esta questão em consideração, Donald Norman refere que devemos tornar a informação apelativa, acrescentando riqueza e prazer.
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  21. Para complementar esta ideia, na dissertação Uma nova perspetiva do conto: o storytelling na estratégia da comunicação empresarial, de Dina Maria da Silva Baptista, a autora enuncia que, e passo a citar:
  22. “As marcas com as histórias mais poderosas são aquelas que o consumidor tem orgulho em comprar e exibir e que sobretudo recomenda, partilhando.”.
  23. Também é referido que a vertente do storytelling ligada ao lado organizacional se caracteriza por ser uma “estratégia de comunicação empresarial, que garante a identificação e a memorização dos valores, da experiência e por conseguinte dos serviços/produtos da empresa/marca.”.
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  25. Podemos concluir que o conteúdo criado deve ser impactante e suficientemente persuasivo, de modo a provocar o resultado procurado pela entidade que cria e, para atingir esse fim, há várias práticas que se mostram eficazes, algumas delas referidas acima.
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