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DiluRevolution

REHVO! #9650

Sep 17th, 2019
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  1. Sou o Lennon. vim de outra cidade na qual tive más e boas recordações. Eu sempre fui muito reservado, cursava primeiro período em mecânica automotiva na faculdade, era sempre da casa para faculdade, faculdade para casa. tinha um ótimo relacionamento com a minha família ao longo dos meus dezoito anos. não havia muitos amigos então muita das vezes o destino era sempre esse. fazia um bico na oficina do meu tio em serviços mais simples, que é até onde meu conhecimento não me deixava na mão. um belo dia cheguei mais cedo à classe e notei um novo aluno na turma, no qual após olhar mais atenciosamente me toquei se tratava de um amigo de infância que havia se mudado por necessidade familiar, apesar da rápida passagem na minha vida, sempre foi muito querido, me apresentei a ele e de prontidão ele se recordou. Após uma longa conversa durante uma aula vaga ele começou a me contar sobre a vida que ele estava levando, também contou que aos sábados ele sempre ia até uma estrada logo ao sul do centro que era pouco movimentada e que lá havia corridas ilegais valendo apostas altíssimas desde dinheiro a carros. depois de duas semanas sendo pressionado por Guga (como eu me referia a ele). cedi e aceitei o convite dele de ir ao tal racha, era um sábado com muitas estrelas, o céu tava lindo, me lembro como se fosse ontem. Guga tinha um Mitsubishi Eclipse 98' vermelho-lava que era lindo sob o reflexo do sol, ele havia dito que havia ganhado de seu pai no seu décimo-nono aniversário. ele me contou que quando estava em casa tava sempre fuçando o motor para obter o melhor desempenho possível, inclusive disse que havia acabado de instalar kit de óxido nitroso improvisado, reaproveitado de peças usadas. chegando lá vi algumas caras conhecidas da faculdade, o que era inevitável já que não era muito distante. Guga foi me apresentando aos seus amigos que lá estavam e mostrando alguns carros que estavam por lá, acabei tendo a infelicidade de encontrar o único cara que me atormentava na turma pelo meu jeito pacato de ser, Leonardo era o nome dele. Assim que ele me viu já soltou: ''Tá perdido, Lennon?'' logo os amigos deles caíram na risada. Leonardo tinha um Camaro amarelo novinho. daqueles bem clichê que meio mundo tem. logo após isso fomos em direção a pista para ver os rachas. após umas 10 corridas e depois de alguns carros já terem ido embora, perto das 1 da madrugada. Leonardo vem na minha direção me desafiando para uma corrida, mas como eu não tinha carro recusei. Guga que estava ao meu lado prontamente aceitou esbravejando que eu ia correr, logo olhei para Guga e repliquei ''- Tá maluco, eu nem carro tenho'' e ele ''-Vai com o meu e ganha desse otário''. mesmo não havendo experiência resolvi aceitar, só por ter uma chance de uma vez por todas tirar aquele cara do meu pé. ACEITEI. e logo já fui em direção ao carro de Guga, assim fez também Leonardo ao seu carro. dali fomos à linha de largada. logo na largada enquanto esperávamos a bela moça dar a largada eu havia tido um mal presságio. mas mesmo assim dei seguimento à corrida. o Camaro de Leonardo largou na frente dando confirmação ao favoritismo ao carro dele. a cerca de 500 metros antes da linha de chegada, inconformado ao ver a chance de calar Leonardo se esvair pelos dedos, resolvi apertar o botão que havia no volante. o Nitro que Guga havia acabado de instalar. me assustei com a pressão de primeiro momento e consegui ultrapassar Leonardo, porém não consegui reassumir o controle do carro, ao passar por um cruzamento acabei batendo em uma ambulância que havia acabado de efeituar uma ocorrência a duas quadras da estrada que estávamos. e logo em seguida capotei duas vezes. após o acontecimento chegou o resgate e juntamente a policia e então apaguei. acordei no hospital depois de ficar desacordado por dois dias, uma enfermeira me contou sobre tudo. Disse que havia batido em uma ambulância mas que ninguém além de mim tinha se ferido e que havia um policial esperando para conversar comigo do lado de fora do quarto. topei conversar com ele antes de qualquer coisa. Policial já chegou ''dando as cartas'' dizendo que estava sendo processado pelo estado e que o carro em que eu estava não havia procedência, o chassi estava raspado. na mesma hora disse para ele que era o carro de um amigo meu mas recusou o meu álibi dizendo que eu era a única pessoa no local do acidente, fora o plantel da ambulância. apesar de eu contar tudo o que sabia sobre o carro acabei sendo sentenciado a 1 ano de serviço comunitário por receptação e crimes contra ao estado por ser réu primário, o juiz disse que não havia provas concretas que o carro seria de terceiros em minha defesa. fui deserdado/abandonado pela minha família, morei de favores com o meu tio que tinha a oficina que foi a única pessoa que meu deu algum tipo de apoio depois disso. nunca mais vi o Guga ou o pessoal da faculdade, tive que abandonar pois não havia como pagar e também pelo constragimento. agora que estou com 25 decidi que é hora de mudar a minha história e aqui estou, cheguei e decidi que quero seguir o meu sonho que é trabalhar com carros, pra ser mais exato trabalhar na concessionária local da cidade, que é um ótimo local e de suma importância para os cidadãos mais que precisa da devida atenção. tenho tempo livre para ''botar ela nos trilhos'' e a vontade de agregar ainda mais na vida de todos. Além de conhecer de cabo a rabo a maioria dos carros que a cidade fornece, desde mecânica a estética, sinto que pode ser um grande diferencial a opinião de quem entende para o comprador na hora da compra, o comprador quando chega na maioria das vezes a concessionária não tem ideia do que quer comprar, e uma pessoa especializada no assunto pode simplificar e ajudar muito a vida de quem quer investir em um veiculo, são pequenas coisas que fazem a diferença na vida de uma pessoa, nem todos tem condições de gastar muito com veiculos e por muita das vezes aquele veiculo que ela comprar alí tem que servir para fazer qualquer coisa pra ela (independente do que ela faça com o carro) e eu posso ajudar. a concessionária é um dos locais que mais carece de atenção. Desejo assumir a concessionária. peguei todas as minhas economias que juntei ao longo desses 7 anos e vim para cá só com a vestimenta, na esperança de seguir a minha vida aqui e me dedicar a trabalhar com o que eu gosto, me tornar cada vez mais digno e me esquecer do meu passado renegado.
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