Tradução

As vantagens de fazer um intercâmbio

Acordar as 8 da manhã e o sol ainda estar saindo, andar pela rua e os restaurantes estarem servindo o almoço as 15 horas, ver 16º graus na previsão do tempo e ficar feliz por essa ser a maior temperatura da semana, ou o simples fato de no percurso do seu dia a dia haver uma igreja construída a vários séculos. Essas são apenas algumas das experiências diárias de um intercambista.
As vantagens vão muito além disso. O fato de estar longe da zona de conforto habitual, e ter que se virar sozinho em período integral pela primeira vez na vida, te farão responsável, independente e até mais pontual, característica imprescindível em muitos países, como a Inglaterra, por exemplo.
Também não é novidade que um segundo idioma é cada vez mais imprescindível em uma carreira de sucesso. Com destaque especial para o inglês, ter a capacidade de se comunicar com clientes de outras nacionalidades pode te levar a participar de reuniões ou videoconferências importantes, te tornar o “tradutor” pessoal do chefe, e até evitar que você seja demitido em um corte de pessoal.
Ao falar sobre o assunto, costumo ouvir coisas como “não pretendo sair da cidade pequena onde nasci”, ou “isso só é necessário para trabalhar em grandes empresas”, mas não é verdade. E isso digo por experiência própria.
Nunca trabalhei em uma grande metrópole, nem tive experiência profissional em qualquer multinacional. Mas na primeira entrevista de emprego que fiz depois de terminar a escola, o intercâmbio foi o diferencial principal.
Seria porque minhas atribuições incluiriam falar espanhol, ou vender viagens para fora do país? De forma alguma. Era um escritório de contabilidade, e a chance de falar com alguém de outra nacionalidade que não soubesse nada do português era quase nula.
O motivo para isso acontecer foi porque em geral as empresas não olham apenas o idioma, muito menos se você estudou na Turquia, Japão ou na Rússia. É a experiência.
Quem viaja a outro país jamais será o mesmo. Na convivência você começa a questionar seus costumes “normais”, sua rotina, a gramática de seu próprio idioma e até suas comidas favoritas. E há muito tempo sabemos que questionar a si próprio é o começo de qualquer desenvolvimento pessoal.
Estar em contato com outra cultura também torna o indivíduo mais tolerante e aberto a novas ideias, proativo, sem medo do desconhecido e de mudanças, características essenciais para um bom profissional.
Se ainda acha que é pouco, não vai acreditar em quanto de si mesmo você ainda não conhece e no quão forte você descobrirá que pode ser. Para mim, essa viagem de autoconhecimento faz qualquer investimento valer a pena.