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- "A leitura ativa é a qual o leitor é capaz de elevar a própria mente utilizando-se somente dela mesma, operando os símbolos contidos no livro". Página 29
- Sofomaníaco: aquele que muito sabe, mas nada entende; um ignorante alfabetizado; lê muito, mas lê mal.
- "Alguns livros devem ser degustados, outros devem ser engolidos, enquanto alguns poucos devem ser mastigados e digeridos." - Francis Bacon.
- *** Pesquisar sobre as sete artes liberais (educação liberal); Miriam Joseph ***
- Leitura Inspecional I: Pré-leitura ou Sondagem Sistemática
- 1. Examinar a folha de rosto e o prefácio; subtítulos; sinais do escopo, ponto de vista, objetivo do autor. Fazer a pergunta: "Em qual estante guardarei este livro?".
- 2. Examinar o sumário em busca da estrutura do livro.
- 3. Procurar no índice remissivo por tópicos, tipos de livros e autores citados; expressões e termos cruciais; ler trechos citados (buscar raciocínio central).
- 4. Ler a contracapa e sobrecapa.
- 5. Inspecionar os capítulos aparentemente importantes (centrais) ao argumento do autor; sinopses das páginas iniciais e finais.
- 6. Folheie o livro; leia algumas páginas em sequência; ler as três páginas finais ou o epílogo, além das páginas importantes.
- Leitura Inspecional II: Leitura Superficial
- Ao encarar um livro difícil pela primeira vez, leia-o sem parar, leia-o sem se deter aos trechos mais difíceis, sem refletir nos pontos ainda incompreensíveis para você.
- Velocidade de leitura: você pode, com a sua própria mão aumentar a sua velocidade de leitura. Junte dois dedos e faça uma varredura com esse ponteiro ao longo de uma linha, um poucos mais rapidamente do que seus olhos estão acostumados a ler. Force-se a acompanhar a sua mão. Continue praticando, e rapidamente você duplicará ou triplicará sua velocidade de leitura.
- A essência da leitura ativa: As quatro perguntas básicas
- Pergunte-se sobre o livro e tente responder ao longo da leitura. As quatro perguntas centrais são:
- 1. O livro fala sobre o quê? Tema central; maneira na qual o autor desenvolve o tema, por meio da organização e subdivisão dos temas e tópicos essenciais.
- 2. O quê exatamente está sendo dito, e como? descobrir ideias, afirmações e argumentos principais do autor.
- 3. O livro é verdadeiro em todo, ou em parte? Respondendo às duas perguntas anteriores, você está apto para responder esta. Você, ao entender um livro, deve formar um juízo sobre ele.
- 4. E daí? Pense na importância do que foi dito no livro. Pense no porquê do autor achar sua mensagem importante. Ela é importante para você? Se necessário, busque mais para saber as implicações que se seguem.
- Essas quatro perguntas podem ser adaptadas para livros de ficção (e poesia). Conferir cáp. 14 e 15.
- A arte de tomar posse de um livro
- Leia sempre com lápis/caneta em mãos; não tenha dó de escrever nos livros.
- Técnicas de anotação:
- 1. Sublinhar trechos principais/importantes/contundentes.
- 2. Traça linhas verticais nas margens para enfatizar trechos já sublinhados ou trechos longo demais para sublinhar.
- 3. Fazer asteriscos ou outras marcas nas margens para marcar dez ou doze parágrafos/trechos mais importantes do livro. Faça um orelha ou ponha um pedaço de papel para localizá-los.
- 4. Inserir números nas margens para indicar os passos de um raciocínio ou argumento.
- 5. Inserir números de outras páginas nas margens para apontar outros trechos do livro com o mesmo raciocínio ou argumento, ou mesmo contraponto e contradições; amarração do livro; cf. (confira).
- 6. Circular palavras chaves ou frases (o mesmo que sublinhar)
- 7. Escrever nas margens da página para registrar perguntas e repostas ao trecho em questão; reduzir uma questão complicada a uma frase; registrar a sequência de pontos centrais; índice pessoal nas páginas finais com argumentos do autor por ordem de aparição; registre seu próprio raciocínio nas páginas iniciais (delinear o livro).
- As três perguntas respondidas na leitura inspecional
- 1. Que tipo de livro é este?
- 2. O quê ele diz, de modo geral?
- 3. Qual a ordem estrutural pela qual o autor desenvolve seus conceitos e entendimentos do assunto?
- Deve-se anotar essas perguntas e respostas no sumário ou folha de rosto.
- Anotações estruturais: relativas à estrutura do livro.
- Anotações conceituais: conceitos do autor/leitor.
- Anotações dialéticas: referenciam e relacionam outros livros. Fazer essas anotações em um papel à parte.
- Leitura analítica
- *** Regra 1: Você deve saber qual tipo de livro está lendo o mais cedo possível, de preferência antes de começar a lê-lo.
- 1. Ficção: romance, peça, épico, lírico.
- 2. Expositivo: história filosofia, ciência. São os livros que transmitem conhecimento.
- 2.1 Práticos: artes a serem aprendidas, manuais, problemas econômicos, ou políticos. Termos que costumam aparecer: como fazer, a arte de, deve, tem de, bom, mau, fins, meios, (dentro do cotidiano).
- 2.2 Teóricos: Termos que costumam aparecer: o quê, é, (fora do cotidiano).
- Para tornar o conhecimento algo prático, temos de convertê-lo em regras de operação. Temos de passar do qual a causa para o que fazer com isso se quisermos chegar a algum lugar. Podemos resumir este raciocínio na distinção entre conhecer o quê e conhecer como. Livros teóricos nos ensinam o que é assim ou assado. Livros práticos ensinam como fazer.
- *** Regra 2: Expresse a unidade do livro em uma única frase, ou no máximo em algumas poucas frases (um parágrafo curto).
- - O livro como um todo é sobre o quê?
- *** Regra 3: Exponha as principais partes do livro e mostre como elas estão ordenadas em relação ao todo, ordenando-as umas às outras e à unidade do todo.
- Podemos cumprir a terceira regra assim:
- (1) O autor cumpre esse plano em cinco partes; a primeira parte é sobre isto, a segunda sobre aquilo, a terceira sobre aquilo outro, a quarta sobre outra coisa e a quinta sobre ainda outra coisa diferente; (2) A primeira dessas partes é dividida em três seções; a primeira considera X, a segunda Y e a terceira Z; (3) Na primeira seção da primeira parte, o autor expressa quatro pontos; o primeiro é A, o segundo é B, o terceiro é C e o quarto é D. E assim por diante.
- Além de expressar a unidade e as partes do livro, você deve ser capaz de dizer COMO e POR QUE fez isso.
- O leitor tentará REVELAR o esqueleto que o livro oculta. O autor começa com o esqueleto e tentará OCULTÁ-LO.
- Todo texto deve ter unidade, clareza e coerência.
- Se o texto tem unidade, devemos encontrá-la. Se o texto tem clareza e coerência, temos de contemplá-la detectando a distinção e a ordem de suas partes. A clareza se percebe pelas divisões do esboço. A coerência se percebe pela disposição coesa e ordenada das partes.
- Com essas duas regras você é capaz de separar os bons livros dos maus livros.
- Se você estiver bem treinado e, mesmo assim, depois de muito esforço, a unidade do livro não estiver clara e as partes não estiverem suficientemente coesas e ordenadas entre si, então é muito provável que o livro seja realmente ruim.
- *** Regra 4: Descubra quais foram os problemas do autor.
- Você deverá ser capaz de formular perguntas sobre a obra e a responder as perguntas subordinadas a ela, caso a pergunta principal seja muito complexa e contenha muitas partes. Você não apenas terá de ser capaz de apreender as perguntas, mas terá também de expressá-las de maneira inteligível. Quais são as principais? Quais são as secundárias? Quais perguntas devem ser respondidas em primeiro lugar, se as demais para depois?
- Por que o livro tem a unidade que tem? Para que fim serve o livro?
- Perguntas teóricas
- Existe algo? Que tipo de coisa é? O que causou sua existência, ou sob quais condições ela pode existir, ou por que ela existe? A quais propósitos serve? Quais as consequências de sua existência? Quais são suas propriedades características, seus traços típicos? Quais suas relações com outras coisas semelhantes, ou diferentes? Como se comporta?
- Perguntas práticas
- Quais fins busca? Quais meios devem ser escolhidos para determinado fim? Que passos devem ser tomados para atingir-se determinado objetivo, e em que ordem? Sob tais condições, qual a coisa certa a fazer, ou qual a coisa melhor a fazer?
- Essas perguntas podem e devem ser adaptadas à literatura imaginativa
- O primeiro estágio da leitura analítica, ou as regras para descobrir sobre o que é o livro
- 1. Classifique o livro de acordo com título e assunto
- 2. Expresse a unidade do livro da maneira mais breve possível.
- 3. Enumere suas partes principais em ordem e relação, e esboce essas partes assim como esboçou a unidade.
- 4. Defina o problema ou os problemas que o autor busca resolver.
- Obras mencionadas na leitura
- - Complexo de Portnoy (Philip Roth)
- romance/psicanálise (Portnoy's Complaint)
- - Almoço Nu (William Burroughs)
- ficção/tratado contra uso de drogas (Naked Lunch)
- - E o Vento Levou (Margaret Mitchell)
- romance/história (Gone with the Wind)
- guerra de secessão nos EUA
- - Rua Principal (Sinclair Lewis)
- literatura/sociologia (Main Street)
- - As Vinhas da Ira (John Steinback)
- literatura/sociologia (The Grapes of Wrath)
- - Middletown (Robert Lynd, Helen Lynd)
- sociologia
- - O Enigma de Andrômeda (Michael Crichton)
- (The Andromeda Strain)
- - O Universo e Dr. Einstein (Linconl Barnett)
- - A Origem das Espécies (Charles Darwin)
- Trata-se de um relato sobre a mutação dos seres vivos no decurso de inúmeras gerações e sobre a maneira pela qual tal mutação resulta em novos grupos de plantas e animais, o relato versa sobre a mutação de animais domésticos e sobre a mutação sob condições naturais, mostrando como fatores como a luta pela existência e a seleção natural operam para engendrar e sustentar tais grupos, o relato também defende a ideia de que as espécies não são grupos fixos e imutáveis, mas meras variedades em transição de um status menos marcante e permanente para um status mais marcante e permanente, fazendo uso de evidências de animais extintos encontrados na crosta terrestre, bem como da embriologia e da anatomia comparadas.
- - A Descendência do Homem (Charles Darwin)
- - Declínio e Queda do Império Romano (Gibbon)
- (The Decline and Fall of the Roman Empire)
- - A Evolução da Física (Einstein, Infeld)
- (The Evolution of Physics)
- - Os Elementos (Euclides)
- - Princípios de Psicologia (William James)
- - Política (Aristóteles)
- - Riqueza das Nações (Adam Smith)
- - Geometria (Descartes)
- - Fundamentos da Geometria (Hilbert)
- - A Cidade de Deus (Santo Agostinho)
- - Leviatã (Thomas Hobbes)
- - Contrato Social (Rousseau)
- - A Crítica da Razão Pura (Immanuel Kant)
- - A Crítica da Razão Prática (Immanuel Kant)
- - O Ensaio sobre o Entendimento Humano (John Locke)
- - Tratado sobre a Origem, Duração e Fim do Governo Civil (John Locke)
- - Ética (Espinoza)
- - Física (Aristóteles)
- - Óptica (Isaac Newton)
- - Princípios Matemáticos da Filosofia Natural (Isaac Newton)
- - As Duas Novas Ciências (Galileu Galilei)
- - Odisseia (Homero)
- Um homem solitário vagueia, durantes anos, em terras estrangeiras; ele é vigiado pelo ciumento Possêidon, que o impede de voltar, e fica desolado. Em casa, os pretendentes de sua esposas lhe devoram os bens e ameaçam a vida de seu filho. Quando, finalmente, consegue regressar, ele revela a alguns sua identidade, ataca e destrói os inimigos com as próprias mãos e salva-se.
- - Poética (Aristóteles)
- - Tom Jones (Fielding)
- Romance
- - Crime e Castigo (Dostoiévski)
- Romance
- - Ulisses (Joyce)
- Romance
- - Breve Panorama da Imoralidade e do Palavreado do Teatro Inglês, com a Opinião da Antiguidade sobre esse argumento (Jeremy Collier)
- - Ética (Aristóteles)
- Trata-se de uma investigação sobre a natureza da felicidade humana e uma análise das condições sob as quais a felicidade pode ser adquirida ou perdida, deixando claro o que os homens devem fazer e pensar para se tornarem felizes ou evitarem a infelicidade. A ênfase principal está no cultivo das virtudes, tanto morais quanto intelectuais, embora outros bens também sejam reconhecidos como necessários à felicidade, tais como riqueza, saúde, amizade e uma sociedade justa onde viver.
- - A Riqueza das Nações (Adam Smith)
- Esta é uma investigação sobre a fonte da riqueza nacional em qualquer economia que seja erigida sobre as bases da divisão do trabalho, levando-se em conta as relações entre os salários pagos, os lucros adquiridos a partir do capital e a renda obtida pelo proprietário como fatores primários na composição dos preços das mercadorias. A obra também discute as várias maneiras nas quais o capital pode ser empregado com vistas a ganhar de maneira mais ou menos eficiente, e estabelece uma relação entre, por um lado, a origem e o uso da moeda, e, por outro lado, a acumulação e o emprego do capital. Examinando o desenvolvimento da opulência em diversas nações e sob diferentes condições, a obra compara vários sistemas economia política e defende a benevolência intrínseca do livre comércio.
- - O Capital (Karl Marx)
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