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Olá, bebês! 💖
Eu sou a Kitty, tenho 16 anos, meus pronomes são ela/dela e eu geralmente sou mais ativa durante o período da noite. Meu trigger é qualquer tipo de violência.

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Alguns disseram ter visto Park Chaeyoung (Rosé) pelos nossos corredores, mas era apenas Ji Eunji, aluna de Administração de Negócios do 5° período. Nascida em 10 de julho de 1997, em Busan, Coreia do Sul, ela mora em Rose Garden Pillar, apartamento 103, faz parte do clube de religião e é flyer dos cheerleaders.

O QUE ESCONDE?

Pouquíssimas, ou até mesmo nenhuma pessoa algum dia se questionou sobre heterossexualidade de Eunji. É verdade que, mesmo sendo uma jovem adulta, havia apenas namorado com um garoto - todos pensam que o seu namoro com o jogador de futebol não deu certo pela evidente traição que a humilhou para toda a universidade, mas na verdade, ficou aliviada com aquele acontecimento por ter uma desculpa (e uma desculpa boa, ainda por cima) para sair daquele relacionamento; a grande verdade era que Eunji não gostava e nunca gostou de garotos, o que vai contra tudo o que a sua família, sua religião e até ela mesma acredita.

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Não havia sequer uma pessoa que conhecia a garota e não se apaixonava pelo seu grande, doce e cativante sorriso, que parecia estar lá intacto até nos piores momentos: sua família a considerava absolutamente abençoada, e todos os amigos de seus pais os invejavam por querer ter uma filha tão perfeita quanto ela. A verdade era que realmente Eunji era uma menina exemplar; esforçada, inteligente, bonita e cristã, assim como quase todos os Ji.

Mesmo que tivesse mais outros irmãos, incluindo uma irmã gêmea, seus pais não tiveram dúvida sobre quem escolher para ser a herdeira de todo o sucesso da franquia de supermercados da família; Eunji. Nunca quis cursar administração, mas desde que teve idade o suficiente para entender sobre responsabilidades e obrigações, sabia que não teria o direito de escolha e nunca lutou por ele. Afinal, era uma filha de Deus sortuda e privilegiada: deveria apenas orgulhar seus pais e obedecê-los, acima até de suas próprias vontades.

Sua irmã gêmea, Hayun, se tornou uma grande ameaça ao digno nome dos Ji e uma desonra para a família. Parecia possuir tudo o que seus pais mais desaprovavam, e mesmo que particularmente também odiasse as atitudes da irmã, não saiu de seu lado. Isso até o dia em que descobriu que Hayun se passava por si na escola, com objetivos nada nobres. Nunca havia ficado tão brava e tão descontrolada quanto ficou naquele dia, e isso resultou em uma briga enorme que fez com que as irmãs ficassem separadas por muitos anos. Apenas um ano atrás perdoou e voltou a ter contato com Hayun agora que a irmã mora fora do país, e esconde isso de toda a família.

Sua homossexualidade representava um grande, grande problema, algo que ameaçava destruir toda a imagem perfeita que os Ji e a própria Eunji havia criado para si mesma desde seu nascimento. Durante um tempo, se orgulhou por não ficar tão louca por garotos como muitas garotas ficavam naquela idade, e se julgava diferente e especial. Bom, realmente era diferente, mas aos olhos de sua religião mil vezes pior; lidar com isso nunca foi fácil, e fez com que Eunji se odiasse cada vez mais ao longo dos anos. Ainda reza com frequência, pedindo para que Deus a cure de seus desejos pecaminosos e implorando perdão por ser uma filha tão ruim.

Não admitiria para ninguém o fato de que, por trás de seu sorriso doce e personalidade positiva que brilhava mais que o sol, vivia uma pessoa infeliz; não sabia exatamente quando a tristeza à havia atingido, mas a verdade era que atualmente sentia como se tudo a sua volta fosse falso. Presa em um curso que não queria fazer, com um futuro todo estruturado que ela não queria ter, sendo algo que sua religião abominava. Uma das únicas coisas que era capaz de lhe trazer felicidade eram as cheerleaders, e saber que confiavam nela e em sua responsabilidade como integrante do time a deixava melhor. Apesar disso, continuava sendo apenas uma ratinha em um ninho cheio de cobras, e sabia muito bem qual seria o preço da felicidade que nunca poderia ter.