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Nov 11th, 2019
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  1. Você chegou neste casarão recentemente, mas tem algo que você precisa saber. Existe um lugar, muito longe daqui, com fantasmas a repousar. Você já os viu? Eu já. São mortos, mas estão vivos. Todos nós morremos um pouco todos os dias, não é? Morremos... Morremos sim... Morremos de medo de fantasmas de nosso passado, morremos de saudade de alguém, morremos de vontade de escrever uma história, morremos exaustivamente de tentar nos expressar em poucas e perversas palavras da linguagem. Os fantasmas dessa mansão também morreram? Sim, mas como mencionei... Os fantasmas continuam vivos.
  2. Certa noite, eu estive nos aposentos da ala leste da mansão. Se eu dormi? Bem não sei. Mas tentei. Barulhos de corrente rastejando pelo chão, o ensurdecedor arranhar de unhas pontiagudas cortando as paredes, o “booo” do vento... Não sei se era apenas fruto de minha utópica fantasia e imaginação ou se foi fruto da aparição de fantasmas dos já falecidos criadores do local. Em uma tentativa de lograr o relaxamento, desci as escadas, fui em direção ao salão principal e... Antes que conseguisse prosseguir, vi a televisão ligar-se sozinha. Sozinha? Você tem razão... Sozinha não foi... Foram os fantasmas dali. Como eu fiquei sabendo, você pergunta? Porque eu me aproximei do aparelho televisivo. Tentei zapear os canais, mas parece que... Parece que... Todos os canais se resumiam apenas em sangue, violência e temor descolorido. Olhei para gente, para cima, para baixo, para a esquerda, para a direita, para os cantos, para as diagonais... Fiquei olhando até aonde não deveria ver.
  3. Continuei a observar tudo, e prossegui em direção à cozinha. Logo ao adentrar, eu... Aaaa! Tomei um baita susto com os quadros dos antigos moradores caídos no chão, ao pé daquela pia que tinha uma torneira que gotejava incansavelmente. Não... Não me assustei com os quadros, apesar da aparência grotesca e pueril deles. Também não me assustei com a torneira em si e com o ambiente em si que, apesar de envelhecido, tinha detalhes em ouro e rubi. O que de fato me fez remoer de medo fora o sangue gotejando a partir daquela torneira. De início, pensei que fosse algum animal morto na encanação, mas vi o sangue sair vermelho da torneira e se esverdear de modo repugnante ao tocar a pia. E, quando me dirigi em busca de tocar aquilo... Eu... BOOO! BAAAUM! ZUZAP! BOOO! Chega aquela precipitação pluviométrica com muitos relâmpagos, raios e trovões.
  4. Seguindo aquele barulho estrondoso, prossegui rumo ao jardim e... Aaaargh! Vi três criaturas inomináveis saindo da cova. Aparentemente, um homem, uma mulher uma criança, mas não sei... Não! Não eram apenas lençóis nem animais! Eles a-t-r-a-v-e-s-s-a-v-a-m a terra. Eles flutuavam por ali... Depois, se reuniram e formaram um único ser de olhos flamejantes, corpo viscoso e garras tão compridas e afiadas quanto o mais feroz dos felinos. Eu tentei sair correndo, mas minhas estiveram paralisadas... Fechei os olhos, e esperei meu fim... Mas, quando se aproximaram, eles questionaram que fim eu teria ali... Fechei os olhos três vezes, rastejei e... Aqui estou, te contando essa história para compartilhar o fim contigo. Sei que consegui fomentar tua vontade de morar lá, né?
  5.  
  6. Arkubis | Habbok
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