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É possível notar a presença de um pensamento de que determinada religião é superior a outra desde a descoberta do Brasil. Quando os portugueses impuseram o catolicismo às populações indígenas aqui presentes, eles estavam, ao mesmo tempo, demonstrando tal pensamento, de que, no caso, o catolicismo seria superior às crenças indígenas.

Mais de 500 anos depois, ainda podemos notar a presença dessa deplorável ideia em nossa sociedade. São inúmeros os casos de pessoas que, julgando-se superiores, agridem outras devido à religião. Em 2015, houve um episódio notável, que obteve grande repercussão na mídia: uma jovem, chamada Kailane Campos, de apenas 11 anos, foi apedrejada na cabeça após sair de um culto. O motivo? Ela era candomblecista.

Tal concepção não é exclusiva do Brasil, ela existe em todos os lugares do globo. Há, a título de exemplo, um pensamento generalizado de que todo muçulmano é terrorista. Este pensamento tem intensificado-se ainda mais com os refugiados vindos do Oriente Médio e de algumas partes da África, já que alguns terroristas podem, infelizmente, se infiltrar no meio dos emigrantes e chegar à Europa. Com isso, cria-se um pânico geral, levando ao preconceito, à intolerância e, em casos mais graves, à agressão contra muçulmanos inocentes, que nada têm a ver com casos de terrorismo, que eles próprios até mesmo repudiam.