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Guest User

Religiosa Vegan

a guest
May 23rd, 2012
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  1. Acho válida a tentativa de desconstruir um argumento que vc julga falacioso. Sou contra o veganista que vai catequisar, procurar pessoas na rua – me oponho. Cada um que decida por si. Mas vc se engana ao dizer que vegano não pensa, não se informa. Pois se foi justamente assim que esse movimento começou (!), pensando na origem dos alimentos dispostos para o consumo…
  2. Dizer que vegano “surtou” e comparar veganismo com religião também é equivocado. Vc é que parece fanático ou surtado, obstinado em expor seus argumentos com tanta fúria (até xinga!). Ou, no mínimo, revoltado porque deve conhecer alguém que é vegano e que sente-se bem com essa escolha, enquanto vc… nesse texto, vc não parece estar lá muito feliz.
  3. Se os veganos estão “sendo enganados”, como vc diz, e pressupondo que vc tem a melhor das intenções ao “abrir-lhes os olhos”, vc deveria começar por ser mais respeitoso com seus leitores, já que os insulta de tempos em tempos. Foi difícil chegar ao fim de seu texto, tamanha a revolta em suas palavras, mas, enfim, porque acho que merece uma réplica, eu te respeito pelo que escreve, vc gastou cérebro e tempo nisso.
  4. Não julgue ignorante quem não tem o mesmo tipo de formação que vc. Vc pode entender de bioquímica e, com autoridade, contrariar argumentos dessa natureza, mas certamente é ignorante em muitas outras áreas. Se os veganos precisam de aperfeiçoamento nas áreas biológicas e na matemática, vc precisa de aperfeiçoamento na área das humanidades, por exemplo, para saber lidar melhor com as pessoas e entendê-las. O conhecimento científico, teórico, não é o único é quase nunca é o suficiente.
  5. Vc frequentemente registra como era o ser humano em sua origem, que se alimentava de animais, mas não cita que ele caçava, sofria nisso, não comia todos os dias e que comia carne bem menos do que hoje em dia se come. Além do mais, a população humana era mínima, comparada aos números atuais. Concorda que, atualmente, o ser humano é uma praga sob a face da terra, destruindo-a além da sua capacidade de regeneração? Citou a superpopulação, legal, concordo contigo que há massa de manobra nas campanhas eleitorais e que a diminuição da pobreza não é algo desejado pelos poderosos. Assim sendo, no que é que matar mais bichos vai resolver a situação? Não fala nada do modo como a indústria da carne – necessária para suprir a demanda de consumidores que ainda não entendeu que deixar de comer carne é um ato político também, contra o absurdo capitalista que está aí e que não quer dar ao sujeito opção de escolha, nem em relação ao que come – age, como é que cria os animais como máquinas, desrespeitando sua natureza, o que é bem diferente do tempo dos homens das cavernas. A realidade mudou e também deveríamos mudar.
  6. Vc acha que o ser humano, biologicamente, não tem escolha e que uma dieta que precisa de suplementos não é uma dieta viável. Não era, mas hoje é. E suplementos já participam de nossa vida, ativamente, até mesmo para quem come carne, pois, como vc mesmo disse, existem dietas balanceadas, vegetarianas ou não. Vc não parece ser um cara espiritualizado, mas, se fosse, saberia que há uma idéia que diz que o ser humano é capaz de, pelo pensamento, alterar, inclusive suas células. A maioria das pessoas que fazem a opção por não comer carne são mais evoluídas espiritualmente e não estou falando aqui de religião, que é uma palavra gasta e insuficiente. Tem a ver com escolha pessoal e não com manipulação por uma instituição ou coisa assim. Talvez vc não entenda (acho que não vai) e não aceite esse argumento, mas tudo bem.
  7. As pessoas vegetarianas e veganas são firmes em seu propósito não porque são fanáticas religiosas, como vc quis dizer, mas porque são pessoas que tem um propósito, só isso. Um propósito de não-violência (sim, o humano é violento, mas escolhemos lidar com isso e não simplesmente deixar isso aflorar), um propósito de respeito a todos os seres vivos, na medida do possível (sim, erramos, e quem é perfeito?). O mundo tem tentado as vias da guerra e no que isso deu? Vc está contente com o resultado? Se não está, deveria propor algo alternativo ao que aí está ou colaborar com quem já está tentando. Aliás, tenho de agradecer ao seu texto que, embora cheio de raiva (acho que vc precisava desabafar, pois os insultos estão só no começo do texto; à medida que se avança no texto, se percebe que a razão vai predominando sobre a emoção e em seu último parágrafo está completamente razoável, até gostei e concordei com o que disse no final, pertinente), tem um ponto de vista e mostra coisas que os veganos precisam melhorar. Precisam melhorar os argumentos de natureza científica, precisam parar de encher o saco das pessoas nas ruas, precisamos estudar mais e sempre mais algo que ainda é novo para a maioria das pessoas. A maioria das pessoas que comem carne, nem sabem porque a comem, não investigam nada a respeito da própria comida e isso, o fato de sermos mais conscientes, pelo menos em relação à comida e ao que consumimos, faz alguma diferença no mundo, tão necessitado de gente que saiba o que está fazendo, conscientemente, e que não aja como máquina programada, vc não acha?
  8. O ser humano é onívoro, o que quer dizer que ele pode escolher o que vai comer, ele tem mais opções que outros bichos, unicamente herbívoros ou carnívoros. Isso não faz do ser humano um coitado que não tem opção, ele tem, ele escolhe. Obviamente, numa situação de escassez de vegetais, ele come carne e vice-versa, assim sobrevive. Mas estamos em um momento que, como vc disse, há desperdício, as pessoas têm comida e ou deveriam ter (um problema político, não biológico), podendo, assim, fazer sua escolha.
  9. E sim, os vegetarianos e veganos estão bem, saudáveis (os de dieta balanceada, é claro), têm filhos, vencem competições, etc. Além do que, estão mudando os hábitos de consumo, o que é um verdadeiro poder que temos. E estão tentando acabar com uma indústria que é absurdamente cruel com os animais. E, sim, desnecessária (a não ser para os que lucram com isso, é claro).
  10. O mundo poderia ser totalmente vegetariano? Não sei. Mas que dá para reduzir o consumo de tudo o que não é ético, dá, é só se informar. E isso, claramente, melhorará muito as coisas para todos. E creio que a pergunta, em breve, não será se dá para ser, mas como fazer para que seja. O planeta já pede socorro há tempos e a produção de carne gasta mais recursos do que as produções vegetarianas. Vc não citou nada sobre o consumo de água que cada produção gasta.
  11. O povo japonês come carne, mas isso não é predominante em sua dieta. Eles comem outros e variados alimentos, talvez daí sua longevidade. Bem diferente do excesso da situação de consumo brasileira, diga-se de passagem, que tem que enfiar carne em cada prato… obviamente, ao fazê-lo está enriquecendo o produtor bovino, que não tem outra preocupação a não ser econômica. (Ajude-os, coitados, precisam de consumidores para continuarem enriquecendo!)
  12. Não há razão para comer mandioca crua. Não é muito melhor, na sua opinião, comer carne cozida? É mais fácil e mais saudável. Então, o mesmo vale para o feijão! Considerar que os veganos e vegetarianos deveriam comer um alimento cru ou que deveriam comer grama como os ruminantes fazem é desconsiderar a natureza do ser humano, sua genialidade que aprendeu, com a experiência, a processar os alimentos para melhor digerí-los. Não que todos os alimentos precisem, claramente.
  13. Já que vc citou que os vegetais se defendem e deu belos exemplos (a natureza, realmente, é geniosa), dou o exemplo de uma árvore que dá frutos o suficiente para seus propósitos de reprodução e também para o alimento de inúmeras espécies. Aliás, há, de fato o projeto de que estes sejam consumidos, afinal, é um modo de as sementes serem espalhadas, já que a árvore não se move, né.
  14. A diferença entre comer um vegetal ou um animal é que os animais sentem dor, e isso podemos claramente afirmar (nada se sabe sobre os vegetais); os animais nos olham e a dor está lá no seu olhar. Eles suplicam, eles choram. E os seres humanos com um mínimo de empatia não podem deixar de notar a semelhança com a nossa própria espécie. Por que não matar? Por que não fazer o outro sofrer? Porque nós sabemos o que é sofrer e sabemos que podemos morrer. Dor e morte são fatos da vida, mas não aceitamo-las desnecessariamente. Ou, pior, não as aceitamos por mero prazer. Existem outras opções.
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