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Jul 6th, 2015
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  1. Dois Mundos
  2. Após a entrada do último esquadrão das terras salinas na cúpula de defesa, toda atmosfera fica preta e branca. Cores não importam mais. Perante os 7, não existem tons, afinal, seus poderes são tão absolutos que são os extremos, a vida oua a morte.
  3. Todos ficam catatônicos. “Como conseguiram entrar? Os arquitetos não conseguiram segura-los? Nem a infinidade da imaginação chega aos pés deles?” e a confusão, o caos e a bagunça tomam conta do ambiente. E enquanto o ar treme e só se é ouvido um rosnado em baixa frequência eles começam a agir. Melchior começa a matança e logo explode a mandíbula do primeiro que vê com um soco, apenas para inicio de aquecimento. Os outros 6 não perdem tempo e logo crescem sua coleção de assassinatos. É um show de horrores. O sangue negro lava a sujeira barrenta da avenida principal da cidade. Corumbá esta em estado de catástrofe iminente. Nunca antes foram vistas tantas explosões, tiros de energia, socos, chutes e ondas de choque num único lugar. Horror, horror!
  4. Melchior, Agnos e Ômega...os outros quatro não se importam tanto em matar, estão na verdade preocupados em cumprir com o plano.
  5. Melchior: um genocida impulsivo, incandescente, ofuscante, defesa quase impenetrável, ataque alucinante. Sua força motriz é apenas fúria. Seu arsenal conta com Pantera: catana capaz de distorcer o campo energético de sua cidade natal, e uma poderosa manipulação de energia.
  6. Agnos: uma triste alma tempestuosa, o que o torna mais perigoso e sombrio é sua ausência de forma, ele é tudo. Pode corromper a energia interna com uma facilidade indescritível. A tristeza e solidão o movem em frente.
  7. Ômega: um velocista, calculista, observador e acima de tudo, um gênio. Sua velocidade cortante e seu intelecto avançadíssimo o tornam praticamente intangível. É um mestre na arte da retórica e sua coragem e sagacidade o fazem o incrível homem que é.
  8. Enquanto os quatro correm para sobrecarregar o núcleo, os exterminadores atraem atenção para sí. Agnos possui dezenas de inimigos ao mesmo tempo, os deixa em torpor, atacando entre sí. Ômega dilacera varias gargantas por vez e tudo que se vê são tripas e cabeças rolando. Melchior apenas gargalha e transforma seus adversários e pilhas de carvão com sua poderosa energia. Todavia, nem tudo são flores. De longe os três percebem um ruído agudo e se perguntam o que pode ser, mas logo a resposta vem: dois inimigos de altíssima patente, um deles possui o corpo todo coberto por um pó metálico, grandes dentes e faixas vermelhas no flancos. O outro é um minotauro vestido em uma armadura viking, carregando um escudo vermelho gigante e maciço com uma cabeça de leão na frente. Ambos em cima de um prédio próximo.
  9. Sem hesitar os 5 começam a criar caos. Ômega se apressa e tenta cortar os tendões do homem de ferro enquanto Melchior avisa Agnos para se preparar para diversão. Surpresos, os dois inimigos se entreolham e como um reflexo conjunto, um acerta um chute frontal e o outro completa a ação dando uma violenta escudada em Ômega que é arremessado à quadras de distancia. Melchior enche seu corpo de ar e urra —VERBRAUCHEN— e seu corpo esquenta tanto devido ao aumento da fissão em seu núcleo que sua armadura vitríca assume um leve tom de vermelho. Agnos usa uma habilidade que leva o resto do exercito na linha de fronte ao suicídio, o que abre o campo para a obra prima que será a batalha dos 5.
  10. Ômega se recompõe e volta como um flash patinando pelos terraços, Agnos trava uma batalha de estudo contra o homem metálico e o besta, e Melchior pula forte o bastante para arrebentar o chão e rápido o suficiente para acertar um soco certeiro na face do homem de ferro, mas acaba encontrando o ar e sendo arremessado contra o chão com um golpe ágil de aikido. De forma rápida, Melchior se afasta do oponente e permanece em posição de guarda.
  11. PAREM. — grita o homem — Sou Cid, e esse é Ephesto. Somos capitães do Exército Evolucionário. Vocês estão invadindo local proibido, peço para que partam imediatamente ou enfrentem as consequências. — Disse, bufando.
  12. Melchior reclama em forma de um grito ensurdecedor que não fez mais que coibir Cid à piscar, a reação de Ephesto não foi diferente, então este diz abanando instintivamente as pequenas orelhas:
  13. Saiam imediatamente, o plano de vocês, vândalos, não irá funcionar, a guarda no núcleo é a maior da capitânia.—Fala a besta preparando seu escudo massivo para o pior.
  14. Melchior não se segura mais, seus pés já estão quase um dedo afundados no asfalto que derrete ante ao calor excruciante de seu corpo. Ômega saca sua adaga. Agnos some. Melchior parte como um trem descarrilhado e arremessa um soco certeiro do meio no escudo de Ephesto, o que o força a andar alguns passos para trás. Quando Cid se prepara para atacar o guerreiro de armadura de vidro, não percebe que foi lento o suficiente para permitir que os tendões de seus ombros fossem dilacerados por Ômega. O escudo de Ephesto reage quase instantaneamente ao ataque, vibra sutilmente e por um milésimo de segundo transmite uma onda de luz branca de suas laterais até a boca do leão.
  15. “SINTA ISSO, BESTA.” Pensa Ephesto.
  16. E assim, um feixe de luz amarela sai do centro do escudo e carimba Melchior na parede do prédio em frente.
  17. Cid e Ômega entram e combate corpo-a-corpo. A adaga versus a mão afiada do homem de lata. Enquanto centenas de golpes são trocados, repelidos e sentidos um pelo outro, vários filetes e esguichos de sangue aparecem no terraço do edifício. Ephesto avança como um verdadeiro soldado romano na linha de frente de uma formação tartaruga, mas logo sente um tontura aguda, que o faz tropeçar e cair: é Agnos.
  18. O sol termina seu expediente.
  19. Melchior se desvencilha dos destroços e se impulsiona em direção a Ephesto que se encontra em 3 apoios. A reação dele é tão instantanea que parece uma armadilha —Ephesto usa novamente seu escudo— desta vez para se proteger de uma joelhada alucinante, mas Melchior é bem treinado, seus olhos são ageis, se esquiva da pancada de luz e segura o chifre do minotauro e o gira em uma parabola nada discreta em direção ao chão. Pequenas rachaduras precedem uma vissura no teto do apartamento abaixo. Ambos caem. Ora, sua demônio! Pensa o touro-homem sujo, que usa seu cotovelo livre do escudo para arrebentar o chão e partir para o andar debaixo, onde pode ter um segundo para pensar em uma estratégia. Ephesto se arrepende de ter o feito, ele gosta dos prédios da cidade, por fora parecem blocos sem vida, por dentro são universos de aconchego.
  20. Mas o apartamento é estranho, Ephesto sente que desceu o prédio inteiro de costas, mas acha improvavel, só seu peso não seria capaz de destruir os demais pavimentos, alem disso, não sentiu o impacto em seu dorso, então tem um lapso de cognição —Uma ilusão! Patifes.— e sente sua visão esticar em vontade do rombo que leva ao céu. Agnos desce como uma fumaça espessa e para ao lado de Melchior. Ambos observam Ephesto de olhos arregalados, olhar vazio e escudo à postos. Melchior coloca o pé em sua cabeça e sente seus dedos cortando e fritando a carne e osso da besta, até o cerébro e o chão. O que sobrou da cabeça de Ephesto agora são migalhas de carne, uma poça de sangue cor de vinho, ameaçando se revoltar em burbulha, e a jóia de Otto. Ambos saem dalí.
  21. Omega se distrai. Um soco entra em cheio no seu figado. A mão de Cid não é grande, tampouco pesada, parece uma lança que ganha na espessura, no caso, a vitória é contra a armadura leve e as cotelas de Omega. Sentindo seu fígado sendo aos poucos esmigalhado enquanto é empurrado contra o pulmão, Omega aproveita a abertura que Cid dá ao perceber o golpe bem sucedido e dilacera seu pescoço, que cai pra trás segurado apenas por um punhado de pele e metade do começo de sua coluna. O corpo cai desfalecido, Omega pula com toda sua força pro terraço mais próximo , saca um pequeno frasco, tira sua tampa com a boca e toma todo o liquido leve e vermelho. Em poucos segundos Omega se sente melhor, a hemorragia parou e os órgão já se regeneram em ritmo acelerado.
  22. Enquanto isso, o corpo de Cid reage em pouco tempo. Ligações cartilagenosas, musculares e nervosas se ligam às suas extremidades dilaceradas e se encurtam. Cid sente um pequeno desconforto em sua nuca.
  23. Tarde demais.
  24. Sua cabeça é esmagada pelas mãos massivas de Melchior em um soco extraordinário. O homem de ferro atravessa lances e mais lances de parede do prédio vizinho até chegar na rua de tijolinhos vermelhos ao lado da quadra. Ele não entende o que ouve até olhar por cima de sua testa e ver uma padaria de ponta cabeça —Malditos!— pensa. Cid tira os destroços de cima de si e protege seus olhos contra a chuva de pedrinhas.
  25. Melchior corre e pula, tenta pisar com força no abdomem de Cid mas é interrompido por um frontal do mesmo. Estouro. Uma enorme onda de choque quebra as janelas dos prédios da rua. Melchior reage, se afasta e arma sua base, Cid, idem. Melchior usa uma carta na manga, aproveita o tempo de estudo mutuo entre os lutadores e carrega energia na extremidade de seus cabelos. As faixas na lateral de Cid começam a emetir um brilho fraco, até que bolhas brancas opacas e bidimencionais começam a subir seus flancos como gás de refrigerante, assim, diz:
  26. —É agora, vamos acabar com isso de uma vez por todas, seu demônio negro.
  27. Melchior se recusa a responder.
  28. — Sabe, poucas coisas nesse mundo me irritam. Na verdade, consigo contar nos dedos. Odeio que desrespeitem meus mestres. Odeio que desrespeitem meu treinamento. Odeio quando arvores são misteriosamente cortadas e levam consigo a sombra da calçada. Odeio, também, que deixem portas entre-abertas. Mas nada me deixa mais pirado nesse mundo que merdinhas como você não me responderem quando falo alguma coisa.
  29. Silêncio anormal. Só se ouve o barulho das reações no corpo do guerreiros. Nem um pássaro. Nem uma pancadaria alheia.
  30. —ME RESPONDA, SOLDADO DE VIDR...
  31. Antes de terminar sua frase, Cid sente rasgos em seu corpo. Em uma fração de segundos entende o que houve. Melchior usufruiu do tempo parado, evitou gastar sua energia e descarregou de uma só vez: explodiu em uma corrida desvairada, forte o bastante pra destuir toda o flanco de um edificio, deu um salto mortal perto de Cid e soltou toda a energia em seus tentaculos como 6 espadas cortando o oponente.
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