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Jul 28th, 2013
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  1. Essa foi a única opção que tive, de dizer tudo o que eu senti nessa estadia do Paramore em Belo Horizonte. Cheguei no hotel no dia 26/07 por volta das 14:00. Eu e uma amiga não íamos no show, por falta de dinheiro, então decidimos passar o máximo de tempo no hotel, com a esperança de ao menos vê-los. O dia passou, e um dos seguranças que fizemos amizade nos disse que vocês chegaram em BH e tinham ido direto ao local do show. Continuamos na porta com a esperança crescendo dentro de nós. O show começou e ficamos acompanhando tudo pelo twitter. Enquanto isso, o frio começava a aparecer. E as humilhações dos seguranças do hotel também. Isso porque estava apenas eu, e a Bê. Até que disseram que o show havia acabado. Ficamos bem confiantes por ter apenas 2 pessoas na porta, o que não seria incômodo para a banda e muito menos para o hotel. Até que 20 minutos depois do show acabar, a van entrou pela porta dos fundos e saiu pela frente.
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  3. Ficamos desapontadas, mas insistimos continuar por lá. As horas foram passando, um segurança ficava nos provocando de todas as formas possíveis, sem que tivéssemos incomodando, até porque, tenho 19 anos, tenho educação, e sei o que acontece nesse meio. Nesse meio tempo, chegaram mais 5 amigas da Bê, todas maior de idade e conscientes de seus atos. Até que as vans da produção chegaram pela entrada da frente. Todos viram que só tinham nós 7 ali, todas tranquilas, e passando muito frio. Um tempo depois, um homem americano, acho que o nome dele é Math, veio conversar conosco. Disse que a banda pediu que ele viesse nos dizer que sabiam que estava muito frio lá fora, que eles nos amavam muito, mas que infelizmente eles não tinham escolha. O hotel não permitia que eles descessem, e que se eles fizessem isso, provavelmente muitos hóspedes se irritariam, e reclamariam na recepção, sendo assim proibidos de se hospedarem no hotel novamente. Continuou dizendo que eles não estavam mandando nós irmos embora, apenas que soubéssemos que a chance de poder vê-los, seria de uma em um milhão.
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  5. Essa conversa não fez sentido, até porque éramos poucas pessoas, conscientes, ou seja, nada que 10 minutos do tempo deles para ir dizer um “oi, a gente não pode vir aqui fora” ou coisa do tipo, seria um grande problema. Ele disse, que eles até iriam jantar no restaurante do hotel para comemorar o aniversário de um cara da produção, mas que tinha um garoto hospedado, que havia acompanhado o show no RJ e aqui em BH, indo também no M&G, que estava os incomodando por estar perseguindo eles sem nenhum tipo de respeito, sendo avisado que se acalmasse e os respeitassem, mas o garoto não os respeitou, e insistiu dizendo que iria ficar ali, e continuou agindo de forma desrespeitosa. O que acabou irritando o pessoal, principalmente a Hayley, e acabando com o jantar. Todos pediram comida nos quartos, e assim ficariam por toda noite. Disse ainda que esse mesmo garoto seria proibido de qualquer tipo de contato com a banda novamente até o final da turnê, sendo em hotéis, shows, e qualquer outro lugar. Ou seja, por conta de UMA PESSOA, que tinha tido a oportunidade de vê-los, e não soube respeitar, arruinou a nossa chance.
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  7. O mesmo homem perguntou se nós tínhamos ido ao show, eu e a Bê dissemos que não tínhamos dinheiro e infelizmente não pudemos ir. Ele ficou sinceramente chateado, e pelo o que eu entendi, disse que haviam 2 cartões autografados pela banda com a empresária deles, e que ele iria pedir para ela. Ele voltou ao hotel, e minutos depois, disse que ela estava dormindo. Disse que então, as 11:00 eles iam embora, e que era pra estarmos as 10:30 lá, que ele iria nos procurar e nos entregar. Já se passava das 2:00AM, o frio estava insuportável, pensei em desistir e ir embora diversas vezes, mas a esperança do “uma chance em um milhão” continuava ecoando na minha cabeça.
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  9. Quatro meninas não aguentaram o frio, e foram embora. Ficamos em três, quando decidimos que estávamos no nosso limite já eram 3:00/4:00AM, decidimos então ficar para tomar café da manhã no hotel. As 5:00AM entramos para o hotel. A princípio fomos pessimamente mal atendidas, sentimos desconfortáveis com aquela situação, mesmo sendo “clientes” como todos os outros que ali estavam tomando café da manhã, estavam nos tratando com indiferença mesmo pagando pelos serviços, e tudo o que a gente queria, era vê-los como pessoas normais, tomando o seu café da manhã. Essa seria a nossa última chance de ter um momento como pessoas normais, e não como celebridades que acham que o mundo gira ao seu redor. Ficamos lá até o momento do café da manhã acabar, saímos do hotel, e ficamos esperando pelo Math, que havia nos prometido o cartão.. Nisso, haviam menos de 10 pessoas lá fora aguardando a saída. Duas vans que levavam o pessoal da produção sairam pela porta da frente.
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  11. E os seguranças do hotel ficaram mais uma vez fazendo da situação uma apresentação de circo, e nos fazendo de palhaços, dizendo que iriam descer nas portas dos fundos, quando chegávamos lá, diziam que era na porta da frente, e assim ficou por um bom tempo. O Math apareceu na portaria do hotel as 13 horas, e entregou como prometido o cartão autografado e então a Bê tentou outra vez falar com ele, afinal de contas, ele sabia que tínhamos passado a noite toda na frente do hotel, mas ele apenas disse que não poderia conversar pois estava muito atrasado. Quando estávamos na porta da frente de repente a van levando a banda saiu de vidros fechados, com cortinas fechadas, só com uma pequena fresta onde o Jeremy estava sentado, e Hayley do lado dele. Na hora da saída, a van teve que parar por conta do trânsito, o que deu para nós chegarmos na janela deles. Jeremy deu um sorrisinho, e virou o rosto. Hayley ria e passava a mão no vidro, e só. Foram embora e nos deixaram apenas com um aceno de mão. Depois, um homem que estava prestando serviços para eles, disse que era uma pena, mas que a banda realmente era muito mal educada, que eles foram agressivos com o pessoal do hotel. E assim, durante 24 horas de esperança, se resultaram em uma grande decepção.
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  13. A imagem que a banda passou nesses dias que estiveram no Brasil, é a que enquanto estão pagando para que eles façam o “trabalho” deles, eles são as pessoas mais fofas, carinhosas e respeitosas com os fãs. Já em um ambiente comum, toda a imagem muda, e se tornam as pessoas que nunca imaginei que fossem. Pessoas que agem com desprezo e desrespeito com as pessoas que realmente se importam e tratam-nos como pessoais normais, e fazem de tudo para agradá-los, e fazerem da sua carreira crescer cada vez mais. Não vi/não senti nenhum ato deles, por pequenos que fossem, vindos de coração, e sim, como uma obrigação. A única pessoa que mesmo tentando nos fazer acreditar em uma história contraditória e confusa, mas que teve um gesto carinhoso conosco, foi o Math, que prometeu e cumpriu.
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  15. Infelizmente a banda Paramore me surpreendeu negativamente por DUAS vezes, me fazendo perder então, toda a admiração que eu tinha pela pessoa que eles pareciam ser. Continuo admirando, e continuarei admirando a música que eles fazem, mas não apoiarei mais as pessoas que eles são. O que é uma grande pena pois a música que eles fazem, tem todo potencial de crescer cada vez mais. Mas quem faz com que eles cresçam, somos nós, fãs. E infelizmente, parece que eles esperam “conquistar” os fãs apenas no meet&greet. O que prova que toda a boa imagem deles, tem limite. E se continuarem agindo de forma arrogante, eles irão perder cada vez mais pessoas para os apoiarem. Deveriam ser bem mais simples e humildes, que assim, com certeza, o céu seria o limite para o sucesso deles.
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  18. Meus sinceros sentimentos,
  19. Bia Liberato.
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