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VMS35

Untitled

May 25th, 2016
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  1. Episódio 14: O Taradão, a Peladona e o Guarda Roupa
  2. >século: dia seguinte.
  3. >acordo com um sorriso de orelha a orelha
  4. >coloque esta música para tocar: https://www.youtube.com/watch?v=hziG9Nr6KHU
  5. >ou, apenas ouçam na mente “Raindrops Keep Falling on my Head.mp3”
  6. >ouço os pássaros cantando
  7. >tudo é perfeito
  8. >hoje era sábado
  9. >acordei às 10h
  10. >como eu amo a vida
  11. >NÃO SOU MAIS VIRGEM, PORRA!
  12. >UmNovoHomem(1994)_Dublado_DVDRip.Avi
  13. >desfilo pela casa transbordando alegria
  14. >meu pai, ao me ver, me da dois tapinhas nas costas e comenta:
  15. >”Ae filhão, virou homem”
  16. >WTF?
  17. >como ele sabia? Estava tão evidente assim?
  18. >- Do que o senhor está falando? – indago, fingindo não saber do que ele estava falando.
  19. >meu pai apenas me encarou com um sorriso de quem “manja dos paranauês da vida”
  20. >- com essa cara ai de quem comeu melado pela primeira vez, acha que engana quem? – comentou.
  21. >que vergonha cara
  22. >aquele era meu pai, me zoando
  23. >não sabia aonde me esconder
  24. >- Fica tranquilo! A próxima vai ser melhor. – Comentou. – Toma, pega esse dinheiro para comemorar – completou ele me entregando 50 Reais.
  25. >Oloco, o dia poderia ficar melhor?
  26. >vou até o banheiro e escovo meus dentes.
  27. >ao ir até a cozinha para tomar café, descubro que sim, o dia poderia melhorar
  28. >minha mãe havia feito fuckings bolinhos de chuva.
  29. >caralho, mal podia acreditar.
  30. >Eu havia perdido a virgindade com a garota mais espetacular do mundo
  31. >meu pai havia me dado dinheiro por isso
  32. >minha mãe havia feito bolinhos de chuva
  33. >eu mal podia esperar para contar tudo para o Aldair
  34. >ok, pode fechar a música agora.
  35. >Pois é, o Aldair.
  36. >Toda essa afobação de ex-virgem me fez esquecer completamente do meu desentendimento com o ele.
  37. >que merda
  38. >acho que eu devo ter exagerado com o meu amigo
  39. >devo me desculpar?
  40. >pego o celular e abro o whatsapp
  41. >nenhuma mensagem do Aldair
  42. >FUCK.gif
  43. >4 mensagens da Bárbara
  44. >WTF?
  45. >abro e leio
  46. >”er... oi, tudo bem?”
  47. >”queria te dizer umas coisas, mas não sei se devo”
  48. >”desculpa, apenas ignore, ok?”
  49. >”você deve estar achando que eu sou uma louca, né?”
  50. >eu hein.
  51. >”Que nada, talvez só um pouquinho” – respondo.
  52. >fecho a conversa e vou olhar a janela da Laura
  53. >tinha umas mensagens de bom dia
  54. >dizendo que adorou a noite de ontem (sei...)
  55. >e que mal podia esperar para me ver novamente
  56. >respondo carinhosamente minha pitanguinha
  57. >e volto a comer meus bolinhos.
  58. >poucos minutos e alguns bolinhos de chuva depois
  59. >Bárbara responde
  60. >”palhaço, rs”
  61. >alguns segundos depois ela envia outra mensagem:
  62. >”sou completamente normal”
  63. >era evidente que ela apenas queria puxar papo
  64. >e eu estava morrendo de curiosidade para saber o que ela queria me dizer
  65. >mas algo me dizia para eu não perguntar
  66. >ou melhor, algo gritava em minha cabeça: “NÃO PERGUNTE SEU ANIMAL!”
  67. >mas, eu ignorei.
  68. >por mais que eu estivesse super feliz com a minha pitanguinha
  69. >por mais que eu a amasse
  70. >não posso mentir que, a Bárbara ainda mexia comigo
  71. >e pensar que talvez, mesmo que por algum mísero segundo, ela tenha sentido minha falta, me fazia me sentir bem, de uma forma que eu não sei explicar
  72. >aumentar o ego? Talvez.
  73. >por isso, eu precisava saber o que ela queria me dizer
  74. >e rezava para que ela não falasse que ainda me amava
  75. >mas no fundo, eu desejava que ela dissesse isso sim.
  76. >”o que você queria me contar?” – pergunto, ignorando 99% da parte lógica do meu cérebro.
  77. >”ahh, não era nada não. Deixa pra lá, esquece isso.” – respondeu.
  78. >eu sabia que aquela havia sido apenas uma resposta fajuta e que ela esperava que eu insistisse
  79. >mas eu era um cara de princípios
  80. >agora eu era um Alpha.
  81. >não vou correr atrás de ninguém não
  82. >...
  83. >a quem eu quero enganar?
  84. >to me mordendo de curiosidade aqui
  85. >digito: “eu sei que você queria me dizer alguma coisa e agora eu fiquei curioso”
  86. >mas, padim ciço as vezes me surpreende
  87. >e antes que eu cometesse o erro de enviar a mansagem
  88. >meu celular mudou a tela e apareceu “ligação de Laura Amor”
  89. >Minha pitanguinha me ligou para dizer que já estava indo para a casa da tia
  90. >FUCK.txt
  91. >eu havia me esquecido completamente
  92. >A Laura tinha me avisado que ia passar o Sábado na casa da Tia e que só voltaria no domingo à tarde.
  93. >Ela disse que iria morrer de saudades
  94. >e eu respondo que também iria
  95. >papo vai
  96. >papo vem
  97. >e ficamos uns 15 minutinhos de puro chamego e melação no celular.
  98. >assim que encerro a ligação
  99. >volto para a tela do whats, na conversa com a Bárbara
  100. >por sorte, ela havia pensando que eu não estivesse me interessado em saber
  101. >e simplesmente desistiu
  102. >como eu estava conversando com a Laura
  103. >Bárbara pensou que eu a tivesse ignorado.
  104. >então, dez minutos de vácuo depois
  105. >tinha apenas uma mensagem dela se despedindo
  106. >dizendo que ia sair para resolver umas coisas
  107. >apago o que eu tinha escrito anteriormente e bloqueio o celular
  108. >vou para o meu quarto e fico pensando o que iriei fazer sem a Laura e sem o Aldair
  109. >ligo meu PS4 e fico jogando por um tempo
  110. >no menu de escolha dos jogos
  111. >ao passar pelo Fifa e pelo Mortal Kombat, lembro que o Aldair não estaria aqui para jogar comigo.
  112. >bateu a bad
  113. >-Posso jogar com você? – ouço alguém dizer.
  114. >ao olhar para a porta, mal pude conter o sorriso ao ver o Aldair
  115. >ele estava segurando um pacote de Doritos e algumas embalagens de balas de gelatinas Fini.
  116. >esse viado sabe que não resisto a essas guloseimas
  117. >porém, mesmo que meu coração explodisse de alegria
  118. >mesmo que eu quisesse correr para abraçar meu amigo
  119. >agora eu era um ALPHA
  120. >eu tinha que demonstrar que ele não iria me fazer esquecer tudo assim tão fácil.
  121. >apenas balancei a cabeça em positivo e o mandei pegar o controle
  122. >e como eu era um Alpha
  123. >nem perguntei qual jogo ele iria querer jogar
  124. >escolhi logo o Mortal Kombat X e já fui imaginando os fatalities que eu iria dar naquele viado.
  125. >durante a nossa jogatina alucinada
  126. >Aldair começou a dizer que havia passado a noite refletindo tudo o que eu disse
  127. >e que realmente percebeu que tinha exagerado
  128. >e que agora ele iria ser mais responsável e sempre me deixar ciente dos seus planos
  129. >eu disse que isso era uma ótima ideia
  130. >começamos a comer doritos
  131. >peguei uma coca na geladeira
  132. >e passamos a tarde jogando PS4
  133. >tinha como o dia melhorar?
  134. >Acordei não sendo mais virgem
  135. >ganhei 50 reais do meu pai
  136. >minha mãe fez bolinho de chuva
  137. >e eu tinha meu melhor amigo de volta
  138. >acordo do delírio
  139. >meu celular tava apitando
  140. >nova mensagem do whats
  141. >encaro a tela da tv que já estava escurecida devido ao tempo de inatividade
  142. >meu quarto estava vazio
  143. >eu estava sozinho
  144. >Aldair não estava comigo.
  145. >bateu a bad²
  146. >HelloDarknessMyOldFriend.mp3 (The Sound of Silence)
  147. >pego o celular e vejo o whatsapp
  148. >era mensagem da Bárbara
  149. >Bárbara disse que precisava conversar comigo
  150. >disse que tentou deixar pra lá, mas não conseguiu
  151. >disse que estava mal e estava passando por um momento difícil
  152. >e que não tinha ninguém para conversar
  153. >disse que a faculdade tava matando ela e os pais não a apoiavam
  154. >e disse que queria que eu fosse na casa dela para conversar
  155. >ou ela iria acabar ficando louca
  156. >nesse momento eu percebi que a coisa era mais séria do que eu imaginava
  157. >me senti um idiota egoísta ao pensar que o que ela tinha a dizer era sobre mim
  158. >me senti mal por isso
  159. >pergunto se ela não queria falar o que estava acontecendo ou me ligar
  160. >ela diz que prefere que seja pessoalmente, pois estava quase sem voz de tanto chorar e não queria falar assim ao telefone.
  161. >”de tanto chorar?” percebo o quão grave poderia ser.
  162. >fico preocupado
  163. >mesmo tendo terminado o nosso namoro
  164. >eu ainda tinha um grande sentimento por ela
  165. >eu não sabia o certo se era um sentimento de amizade ou o que quer que seja
  166. >mas, eu certamente tinha um grande carinho por ela.
  167. >e imaginar que ela estivesse passando por um momento tão difícil, me deixou bastante preocupado.
  168. >pergunto que horas ela queria que eu fosse lá
  169. >ela diz que às 16h estaria bom.
  170. >digo que irei lá falar com ela
  171. >Afinal, a Laura estava na casa da tia, ela nunca iria saber, que mal teria?
  172. >nos despedimos e eu vou jogar meu fifa
  173. >AloneInTheDark.exe
  174. >um tempo depois minha mãe me chama para almoçar
  175. >bife de fígado
  176. >eca!
  177. >nem tudo é perfeito
  178. >ela pergunta o que aconteceu
  179. >e que estava me achando muito estranho
  180. >disse que ontem a noite eu estava triste
  181. >e que hoje eu acordei mais feliz que pinto no lixo
  182. >e agora eu estava meio esquisito de novo
  183. >apenas digo que não era nada
  184. >que apenas estava bolado porque perdi no jogo
  185. >ela fingiu acreditar
  186. >enfim, comi meu delicioso bife de fígado (Sqn)
  187. >fui pro meu quarto e dei aquela cochilada
  188. >acordei já era quase 15h
  189. >levantei no pulo
  190. >tinha mensagem da Bárbara no whats
  191. >disse que estava me esperando
  192. >e quando eu chegasse no portão, era pra ligar para ela.
  193. >beleza.
  194. >tomei um banho
  195. >me arrumei
  196. >fiquei cheirosinho
  197. >saí de casa e fui para a casa da Bárbara
  198. >chegando lá, ligo para ela
  199. >ela desce e abre o portão
  200. >na sala, estava o pai, assistindo televisão e a mãe lendo uma revista.
  201. >cumprimento os dois
  202. >o pai dela diz que eu tava sumido
  203. >a mãe dela o repreende por estar se metendo a onde não deveria
  204. >Bárbara apenas pede para ignorarmos eles
  205. >subimos as escadas e fomos para o quarto dela que ficava no segundo andar
  206. >logo ao entrar, Bárbara já parecia estar se segurando para conter as lágrimas
  207. >ao vê-la naquele estado, meu coração se quebrou em mil pedaços
  208. >vou até ela e peço para se acalmar
  209. >ela me abraça e começa a soluçar
  210. >acordo do delírio.
  211. >estou na frente do portão da casa da Bárbara
  212. >quando eu ia ligar para ela, vejo que no whats ela deixou uma mensagem
  213. >”vou deixar o portão encostado, pode entrar direto”
  214. >abro o portão, entro e vou até a porta da sala
  215. >estava meio aberta
  216. >- Olá? Bárbara? – digo ao entrar.
  217. >estava vazia
  218. >os pais dela, aparentemente não estavam em casa.
  219. >olho para o quintal e percebo que o carro não estava na garagem
  220. >lembro que os pais dela costumavam ir para o sítio em alguns finais de semana.
  221. >Bárbara estava sozinha em casa?
  222. >meu sinal interno de “vai dar merda” começou a apitar
  223. >penso em voltar e ir embora dali
  224. >mas, antes que eu pudesse agir eu ouço a voz da Bárbara
  225. >- Pode ir subindo e me esperar lá encima, vou só terminar de tomar banho. – gritou ela do banheiro.
  226. >nesse momento começo a imaginar ela no banho
  227. >e isso me desespera
  228. >penso em fugir dali
  229. >OFugitivo(1993)_DualAudio_DVDRip.mp4
  230. >mas, logo me veio a imagem da Bárbara chorando
  231. >e novamente me sinto um egoísta
  232. >ela pode estar precisando de ajuda
  233. >não posso negar isso a ela
  234. >afinal, quando eu mais precisei, ela estava lá na rua na hora certa para me dar a carona.
  235. >preciso retribuir esse favor
  236. >preciso ser o seu ombro amigo.
  237. >foda-se
  238. >subo as escadas e entro no quarto dela
  239. >estava tão diferente do que eu me lembrava
  240. >os pôsteres de bandas que havia na parede, agora já não existiam mais.
  241. >anos atrás
  242. >quando eu visitei o quarto dela, ele estava passando por um período de transição.
  243. >pois, logo depois do colegial, Bárbara mudou radicalmente
  244. >deixou de ser aquela menina roqueira que só usava preto e passou a aderir mais cor ao seu visual
  245. >deixou o cabelo crescer e já não usava tantos piercings, somente o do nariz e o da orelha havia resistido às mudanças.
  246. >logo, não demorou muito para o seu quarto passar pelo mesmo processo.
  247. >aos poucos os pôsteres foram sendo removidos.
  248. >o ambiente foi se tornando mais alegre e mais iluminado
  249. >hoje, está com cores mais calmas e claras
  250. >não havia ursos de pelúcia, mas dava para notar que era um quarto feminino.
  251. >confesso que está bem melhor assim.
  252. >sento na cama e fico encarando o teto.
  253. >imaginando quais tipos de problemas Bárbara poderia estar enfrentando
  254. >será que é alguma coisa com os pais dela?
  255. >será que é algum caso amoroso?
  256. >notas baixas na faculdade?
  257. >enfim, em meio a todas aqueles pensamentos
  258. >mal pude notar quando Bárbara finalmente entra no quarto
  259. >e...
  260. >ela estava apenas de toalha.
  261. >pequena pausa<
  262. >posso adiantar a vocês que, não é delírio.
  263. >fim de pausa<
  264. >meu coração dispara
  265. >Juquinha se anima
  266. >- Er... er... vou deixar você se vestir – digo, me levantando, me preparando para sair.
  267. >mas antes que eu desse mais um passo
  268. >Bárbara se põe na frente da porta e passando as mãos por trás das costas
  269. >ela fecha a porta sem desviar o olhar
  270. >-não será preciso! – disse determinada.
  271. >- O que você está fazendo? – pergunto. Embora eu saiba exatamente o que ela estava fazendo.
  272. >- Não consigo parar de pensar em você – disse Bárbara.
  273. >- Tá, mas... – tentei dizer algo, mas não consegui me expressar.
  274. >- eu sei que não deveria, mas... não consegui. É mais forte do que eu – dizia enquanto caminhava em minha direção.
  275. >DEUS AMADO
  276. >eu definitivamente não estava preparado para isso
  277. >eu queria fugir dali
  278. >mas ao mesmo tempo eu queria ficar ali
  279. >eu queria sumir
  280. >mas ao mesmo tempo eu queria agarrar aquela menina
  281. >SOU UM CANALHA
  282. >vou me afastando devagar
  283. >- Calma Bárbara, vamos conversar – tentei dialogar.
  284. >sem sucesso.
  285. >Bárbara continuou se aproximando e botou as mãos em meus joelhos, se apoiando em mim.
  286. >naquela posição, deu pra ver seus seios escondido por debaixo da toalha
  287. >MEU PADIM CIÇO!
  288. >pulei para trás, subindo sobre a cama.
  289. >- Menina, não faça isso! Eu, eu, eu... – tentei dizer alguma coisa sobre a Laura, mas as palavras fugiram.
  290. >parte de mim estava adorando toda aquela situação
  291. >o Juquinha então, nem se fala.
  292. >parte de mim queria era agarrá-la e arrancar aquela toalha
  293. >mas eu estava conseguindo me manter forte
  294. >e sabia que aquilo era errado
  295. >eu amava a Laura.
  296. >Bárbara começou a rodear a cama e ir em minha direção
  297. >eu olhei para a janela, tramando um plano de fuga.
  298. >além de ser do segundo andar da casa, havia grades na janela
  299. >FUCK.jpeg
  300. >olho para a porta que estava atrás dela
  301. >se eu der a volta na cama, talvez de pra correr até lá e fugir dali
  302. >PlanoDeFuga(2012)_BluRay_1080p_Dublado.mkv
  303. >- eu sei que você também não me esqueceu. Eu vi sua reação naquele dia no carro. Pensa que não sei que você ficou excitado por minha causa? – dizia Bárbara enquanto se aproximava.
  304. >-Er... er... Aquilo foi um engano! – grito, correndo até a porta.
  305. >estava trancada
  306. >FUCK.ppt
  307. >- ram, ram – pigarreou ela.
  308. >ao me virar, vejo que ela estava segurando a chave.
  309. >fudeu.doc
  310. >- Eu sei que você me quer, tanto quanto eu te quero – disse.
  311. >logo depois, retirou completamente a toalha
  312. >AVE MARIA!
  313. >quase cai para trás
  314. >NÃO POSSO CEDER, NÃO POSSO CEDER, NÃO POSSO CEDER!
  315. >tento buscar imagens da Laura na memória
  316. >não consigo pensar em nada
  317. >”QUEM É LAURA?” minha cabeça parecia gritar para mim.
  318. >a cabeça de baixo, logicamente.
  319. >Bárbara vem até mim, completamente nua.
  320. >eu estava encurralado na porta
  321. >não tinha para aonde ir
  322. >ela se aproxima, pega minha mão e passa sobre os seus seios
  323. >- você não quer tocá-los? – perguntou.
  324. >”SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!” gritei em minha mente.
  325. >-er, er... não! – retiro minhas mãos do corpo dela.
  326. >Bárbara pega minhas duas mãos e coloca sobre seus seios outra vez
  327. >-tem certeza? – perguntou novamente, enquanto os apertava suavemente.
  328. >MEU PADIM CIÇO, QUE COISA MACIA!
  329. >reconheço que não tive forças suficiente para retirar minhas mãos dali
  330. >aqueles seios eram perfeitos
  331. >aquela visão era perfeita
  332. >eu queria simplesmente esquecer de tudo e ceder àquele desejo
  333. >mas, eu sabia que era errado, sabia que eu não devia...
  334. >antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa
  335. >fui surpreendido por um beijo
  336. >Bárbara me beijou intensamente e eu não consegui resistir
  337. >oh Deus, aquilo estava tão bom
  338. >aquele beijo... me fez lembrar daquele dia em frente ao portão
  339. >o dia em que eu dei meu primeiro beijo na vida
  340. >e havia sido justamente com ela
  341. >não consegui resistir àquele beijo
  342. >não consegui resistir àquele toque
  343. >e eu me odiava por isso
  344. >neste momento minhas mãos não respeitavam mais meus comandos racionais
  345. >nada mais respeitava.
  346. >meu corpo agia por impulso
  347. >eu estava desligado, estava completamente entregue ao desejo.
  348. >havia apenas uma pequena voz, bem lá no fundo que gritava para que eu não fizesse aquilo
  349. >para que eu resistisse
  350. >mas essa voz foi se calando
  351. >e logo foi abafada pelo desejo
  352. >agora, estava eu beijando Bárbara e aproveitando cada centímetro daquele corpo nu.
  353. >mas, meio que por um milésimo de segundo
  354. >a imagem da Laura surgiu na minha cabeça
  355. >vi seu sorriso, e o imaginei sumindo ao saber o que eu estava fazendo ali
  356. >percebi que eu não poderia fazer aquilo
  357. >Laura não merecia.
  358. >e num pequeno lapso de lucidez
  359. >afasto Bárbara e digo que não posso
  360. >peço para que ela abra a porta, pois eu precisava ir.
  361. >o olhar da Bárbara logo se fechou
  362. >sua expressão de desejo, rapidamente se transformou em vergonha
  363. >tapando os seios e pegando a toalha
  364. >Bárbara se desculpou mil vezes
  365. >disse que tinha perdido a cabeça e que estava envergonhada
  366. >pede que eu a perdoe
  367. >e pega as chaves para abrir a porta
  368. >porém, logo que Bárbara a abriu
  369. >ouvimos a porta da sala se abrir
  370. >e o pai dela dizendo
  371. >- Bárbara? Bárbara? Está em casa?
  372. >- Meu Deus! – sussurrou Bárbara – É o meu pai, se ele pegar você aqui no quarto, comigo sozinha em casa, não sei o que ele é capaz de fazer – completou.
  373. >eu acho que eu fazia uma ideia
  374. >eu lembro bem do pai dela e como ele era em relação à filha.
  375. >- Se esconde! – disse ela, me empurrando para dentro do quarto e fechando a porta - Aqui encima pai! Acabei de sair do banho – gritou.
  376. >- De quem é esse chinelo na porta? Tem alguém ai encima com você? – gritou o pai dela, num tom furioso.
  377. >olho para os meus pés descalços e penso “PUTA MERDA”
  378. >- chinelos? – Bárbara tentou disfarçar – que chinelos?
  379. >ouço passos na escada, percebo que o pai dela estava subindo
  380. >FUDEOOOOO DE VEZZZZ
  381. >olho ao redor
  382. >analiso os possíveis esconderijos
  383. >de baixo da cama... óbvio demais.
  384. >atrás das cortinas... não!
  385. >vejo o guarda roupas, até que era grande
  386. >corro até ele e abro a porta
  387. >tinha espaço, espero que eu consiga me esconder ali dentro
  388. >entro no guarda roupas e fecho a porta
  389. >rezo a padim ciço para que me ajude.
  390. >ouço as vozes ficando cada vez mais próximas
  391. >- Como você não sabe de quem são esses chinelos? – perguntou o pai dela furioso
  392. >- Não sabendo, pai! – respondeu Bárbara – Alguém deve ter esquecido aqui!
  393. >-Tenho certeza de que quando eu sai, não estavam aqui.
  394. >de repente, ouço a porta do quarto se abrir com força
  395. >- Quem está aqui? – gritou o homem, bufando.
  396. >FUDEU! FUDEU! FUDEU!
  397. >- Pai! – pude ouviu Bárbara gritar – O senhor não confia na filha que criou? Sabia que está me ofendendo ao não acreditar em mim? – gritou Bárbara. Havia um tom de raiva em sua voz.
  398. >silêncio...
  399. >- Você tem razão. – disse o pai dela enfim. – Me perdoe filha, é que... as vezes eu perco a cabeça.
  400. >- SAIA DAQUI! – gritou Bárbara.
  401. >- Desculpa filha, desculpa. – pude ouvir a voz se distanciando.
  402. >UFA!
  403. >talvez ainda não tenha chegado o dia da minha morte.
  404. >alguns segundos depois, ouço Bárbara cochichar
  405. >-aonde você está?
  406. >apenas dou três batidinhas no guarda roupas
  407. >- Certo, espera ai só um pouco que vou ver o que ele veio fazer em casa. Era para ele estar no sítio a essa hora. – comentou. E dessa vez, a voz estava mais próxima. – vou apenas vestir uma roupa rapidinho.
  408. >ouço Bárbara abrir uma das portas do guarda roupa, que não era a parte que eu estava escondido. Certamente para pegar alguma peça de roupa.
  409. >ouço pequenos sons, que indicavam que provavelmente ela estava se vestindo.
  410. >lutei contra ao desejo de dar uma espiadinha
  411. >- Não vá espiar hein – brincou ela.
  412. >ouço a porta do quarto fechar
  413. >o jeito é esperar.
  414. >fico ali, pensando na vida, num calor desgraçado.
  415. >até que a Bárbara volta
  416. >- Olha, eu não sei o que aconteceu, mas ele está na sala vendo televisão. Então, acho que ele não sairá tão cedo.
  417. >FUCK FUCK FUCK FUCK!
  418. >- Mas, vou tentar dar um jeito, pensar em alguma coisa, ai venho aqui e te chamo.
  419. >e Bárbara voltou para a sala.
  420. >fico pensando em formas de fugir dali
  421. >a porra da janela tinha grades
  422. >e pensando bem só tinha como sair da casa pela porta da frente, que ficava na sala.
  423. >ou pela portas dos fundos, que ficava na cozinha, mas, para acessar a cozinha eu deveria passar pela sala.
  424. >FUCK.flv
  425. >eu estava fodido
  426. >tudo culpa da Bárbara
  427. >pelo menos eu vi tetas
  428. >e que belo par de tetas
  429. >mas... isso não mudava o fato de eu estar fudido.
  430. >e engraçado que não tinha o dedo do Aldair na história.
  431. >ALDAIR!
  432. >é isso.
  433. >Aldair era amigo do Pai da Bárbara
  434. >se eu falasse com o Aldair, certamente ele pensaria em alguma forma de tirar o velho de casa.
  435. >e assim, eu conseguiria fugir.
  436. >pego o celular e ligo para ele.
  437. >Aldair não atende.
  438. >novidade...
  439. >mando mensagem no whatsapp “Ta ae?”
  440. >a mensagem não vai
  441. >estava sem sinal de internet
  442. >FUCK.ninguémseimportacomaextansãoqueeuescolher
  443. >abro a porta do guarda roupas, bem devagar
  444. >a barra estava limpa.
  445. >corro para debaixo da cama e me escondo lá
  446. >apareceu sinal e a mensagem foi enviada
  447. >espero que ele não demore para visualizar
  448. >alguns minutos depois, quando eu já estava perdendo as esperanças
  449. >Aldair responde “to, fala”
  450. >conto toda a história para o Aldair
  451. >digo que estou escondido no quarto da Bárbara
  452. >digo que preciso da ajuda dele para me livrar do pai dela
  453. >Aldair responde “só um minuto”
  454. >putz, Aldair era foda mesmo.
  455. >certamente ele faria alguma ligação e resolveria tudo
  456. >Aldair era foda
  457. >Aldair era parceiro
  458. >e mesmo que tivesse ficado bolado com ele
  459. >era sempre ele quem me tirava das roubadas
  460. >Aldair sim era amigo de verdade.
  461. >Aldair responde com uma foto
  462. >era uma Selfie na praia, tomando água de coco
  463. >Aldair envia a seguinte mensagem: “você disse que não precisava da minha ajuda. Se fode ae”
  464. >PORRA ALDAIR! RANCOROSO FILHO DA PUTA!
  465. >vou ter que me virar sem ele.
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