Carta de desligamento da Comissão Eleitoral
Aos Prezados Membros da Comissão Eleitoral do DCE 2014-2015
Com todo o respeito à disponibilidade de tempo e trabalho dos senhores, solicito o meu desligamentos das atividades deste processo eleitoral.
Sofro com as mazelas da instituição todos os dias por todo dia. Como aluna, componho a dois anos o Diretório Acadêmico Afonso Arinos (DAAFAR) e participo do Coletivo de Mulheres da Unirio. Como servidora, participo de algumas comissões e estou recém-eleita para a gestão da ASUNIRIO.
Sempre entendi que devemos procurar melhorar os espaços a nossa volta e assumir responsabilidade sobre as injustiças que tocamos e presenciamos. A omissão é um dos crimes mais graves. Por isso, diante dos desentendimentos e da falta de respeito que presenciei no último Conselho de Entidades de Base, me disponibilizei para Comissão Eleitoral. Mesmo com as dificuldades práticas pessoais que enfrenta qualquer um que atua independentemente de partidos ou, em partidos limpos e independentes. Ficou claro para mim em uma comissão indicada pela atual gestão e com apenas um membro que se identificasse com a força política opositora não seria equilibrada. Pelo mesmo motivo, me abstive de participar como representante de diretório acadêmico da votação que elegeu a Comissão Eleitoral. Por óbvio, não iria me colocar contra ou a favor de uma força política já na escolha de quem deveria regular o processo.
Não acredito em formas levianas e autoritárias de tratamento. Busquei ser compreensiva com todo o estresse que traz Comissão Eleitoral, especialmente com um calendário curto e atropelado. Mas não admito, em hipótese alguma, que meu nome seja usado sem consentimento. Muito menos que atribuam a mim parcela de culpa por erros que não me cabem. Reservo a minha opinião ao que entendo correto, e não me furto a responder as perguntas que entenderem necessárias. Tenho plena consciência do que falo, quando e com quem falo. Não acusaria um grupo de alunos de fraudes sem provas, não importando minha opinião. Respeito, acima de tudo, o contraditório e ampla defesa, pois quando são desrespeitados, a liberdade e a dignidade são duramente atingidas.
Não tenho ilusões de imparcialidades, mas esperava o mínimo de coerência. Não é plausível que seja dada uma orientação ao membro suplente da comissão no sentido de não se manifestar publicamente em favor de uma ou outra chapa, e, três dias depois, entrar em embates desnecessários e publicações em perfis de rede social para defender um ou outro posicionamento. Falar em “não acabou o amor, mas acabou a paciência” se direcionando as críticas recebidas por um grupo de alunos, não parece a atitude mais madura. Espero que os membros da Comissão revejam suas posturas e possam atuar de acordo com o que se exige.
Apesar disso, desejo os melhores votos de trabalho. Aguardo, como aluna, o sucesso das eleições.