A falácia da política desarmamentista.

     No dia 23 de outubro de 2005 a população brasileira viveu uma grande etapa política que refletiria decisivamente na legalização das armas de fogo no território brasileiro, que visando combater problemas relacionados à violência, foi convocado um referendo para que fosse apurado a opinião popular. Neste referendo, cerca de 63% dos eleitores votaram contra a política desarmamentista, porém a democracia foi posta de lado e o Estatuto do Desarmamento havia sido aprovado.
    Dez anos após a lei desarmamentista ter entrado em vigor, podemos ver claramente seus efeitos: não houve sequer nenhuma relação entre a posse/porte de armas à violência relacionada ao uso de armas de fogo. Mesmo com a lei em vigor, a taxa de homicídios no Brasil é atualmente um dos maiores do mundo, com 29 homicídios a cada 100 mil habitantes. Fazendo uma breve comparação com os Estados Unidos - país com a maior relação de armas de fogo por habitantes - podemos ver claramente que a violência não é motivada pelo uso de arma de fogo, pois com cerca de 89 armas para cada 100 habitantes, a taxa de homicídios nos EUA estão em 12/100 mil hab. Enquanto no Brasil esta taxa está em 29/100mil habitantes, sendo que em alguns estados este índice pode superar até mesmo o patamar dos 60.
   Diariamente no Brasil cerca de 154 pessoas são mortas, valor que supera até mesmo os índices de países que estão em conflitos como Síria e Afeganistão. Para se ter uma ideia, de acordo com os estudos realizados pelo Mapa da Violência, em 2012 houve no Brasil um recorde na quantidade de homicídios. Foram cerca de 56.337 mortos. Outro dado importante é que durante o vigor da lei, o comércio legal de armas de fogo decresceu cerca de noventa porcento, enquanto as mortes por armas de fogo cresceu 346% ao longo dos últimos trinta anos.
   Levando em consideração os fatos apresentados, podemos dizer que a relação da violência com a arma de fogo é um assunto irrisório, pois mesmo com uma queda altíssima do comércio de armas legais a violência ascendeu assustadoramente nos últimos trinta anos, superando países que atualmente estão em conflitos como Síria e Afeganistão.