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- – Olá, amiguinhos! – A estática chiava na tela, cobrindo toda e qualquer imagem e abafando a maior parte dos sons. – Bem-vindos ao...
- – Fre, eu acho que eles não conseguem te ouvir direito... – disse uma voz estranha, interrompendo a outra pessoa. – Espere um pouco.
- Depois de alguns segundos, a estática diminuiu. Não fazia mais som, mas ainda aparecia na tela. Eu nem sabia por que estava assistindo aquilo...
- – Pronto, assim está melhor.
- – Ótimo. Então, como eu ia dizendo... – O urso amarelo continuou – Bem-vindos de volta ao nosso programa, amiguinhos. Tivemos que fazer algumas mudanças, sabe... Mas isso não importa. O importante é que estamos de volta, e com novos amigos para brincar!
- Ele se afastou para o lado. A estática ainda pairava na tela, mas não o suficiente para bloquear a visão horrível de um corpo, preso à uma mesa de metal.
- Ele gritava e se debatia, mas sua boca estava tapada por uma fita e seus membros por grossas tiras de aço.
- – Então, o que nós podemos fazer hoje, Mr. Peacock?
- – Espera mais um pouco, Fre. Ainda preciso ajustar umas coisas... pronto.
- A estática sumiu completamente, para minha infelicidade.
- O urso (que só agora eu percebi que se chamava Fre) pegou a câmera. Uma garota andou até a mesa e pegou uma faca. Ela tinha cauda de pavão, orelhas de gato e um longo cabelo cinza, quase branco.
- Com um sorriso estampado em seu rosto, ela arrancou a fita da boca do garoto e começou a cortar a barriga dele, cantarolando uma pequena canção. Ele gritava de dor, mas ela não parava de tentar cortá-lo ao meio...
- Quando finalmente terminou, a garota deixou a faca de lado e pegou uma pequena agulha e linha, como se fosse costurá-lo de volta.
- – Por favor, não faça isso... Por favor... dói muito...
- – Acha que eu não passei por isso? – foi a resposta dela. – Não se preocupe com a dor, no final você vai se sentir muito melhor, melhor até do que antes...
- – Quais são os seus planos para ele, Peacock? Patas de leão? Orelhas de rato? Vamos, conte-me!
- – É uma surpresa, logo logo você vai descobrir.
- Essa foi a única razão para eu ter assistido o "show" até o final... Eu estava realmente curioso para saber o que Mr. Peacock iria fazer com aquele cara, tão curioso que nem via o tempo passar.
- Em pouco tempo, toda a pele das mãos do garoto havia sido trocada por uma com textura escamosa e cor esverdeada. Longas garras negras se estendiam de onde antes ficavam suas unhas, e sangue escorria por todos os lados.
- – Quando isso vai terminar?
- – Daqui a pouco, querido. Só preciso fazer mais alguns ajustes...
- E então ela passou pra a cabeça dele. Eu sentia uma vontade imensa de arrancar os meus olhos e vomitar enquanto via aquilo. Era tão estranho, tão nojento, tão... Ugh. Eu não consigo descrever o quão horrível foi aquela experiência, mas tenho que tentar.
- Mr. Peacock era bonita, mas coisas que ela fazia, não. Ela cortou a orelha esquerda do garoto, abrindo um buraco em sua cabeça. Depois de "operar" por vários minutos, ela finalmente conseguiu dividir o canal auditivo dele em dois, e começou a fazer isso na outra orelha também. Quando terminou, arrastou uma pequena bandeja para perto de si, com várias partes de corpos ali: orelhas, garras, caudas e até um coração. A garota pegou um par de orelhas pontudas e as costurou nele, junto com um par de orelhas de rena.
- "Não é tão horrível", você deve estar pensando. Mas não foi essa a parte que quase me fez vomitar.
- Logo após ter costurado as orelhas nele, Peacock voltou ao lugar onde ela tinha começado, e começou a... "brincar" com os órgãos do garoto. Ela estava sem luvas, apenas sua pele e unhas raspando dentro dele numa confusão sangrenta. Depois de algum tempo, ela deu uma risadinha fofa e tirou as mãos de dentro dele para pegar o coração que estava na bandeja.
- – Sabe o que é isso, querido?
- Ela segurou o coração na frente do desconhecido para que ele pudesse vê-lo.
- – Você tirou o meu coração?... – disse ele, meio tonto.
- – Não, bobinho. Esse é o coração que eu vou dar para você, cuide bem dele.
- Era incrível o jeito como ela falava tão carinhosamente com ele depois de ter feito aquelas coisas.
- Quando Peacock estava se preparando para fazer algo, Fre a interrompeu.
- – Hã... você pode ir um pouco mais rápido? Nosso tempo está acabando, e você sabe o que eu quero fazer no final...
- – Sim, sim, é a última coisa que eu vou fazer com ele.
- Ela cortou algumas coisas aqui e ali por algum tempo antes de colocar o coração novo dentro dele e costurar tudo. Parecia normal, exceto pelo fato de que ela não tinha tirado o outro coração dele. Depois de todo aquele tempo, Peacock finalmente tinha terminado seu trabalho. Ela soltou o desconhecido e trocou de lugar com Fre, pegando a câmera.
- Assim que deixou de filmar, Fre se aproximou do garoto.
- – Então, meu amigo, diga-me seu nome.
- – Kn...
- Ele não teve nem tempo de terminar a palavra. Mais rápida que um raio, Frainbreeze o atacou desferindo três socos no estômago dele. Quando o moleque se curvou para vomitar, ela chutou a cara dele com tanta força que ele cuspiu sangue. E não parou por aí: Fre continuou chutando ele.
- Mas nessa hora, eu tive que ir ao banheiro para vomitar. Não aguentava mais ver aquilo. Foi demais para mim, tanto que nunca mais assisti TV...
- Na hora que eu voltei, Fre estava se filmando, e disse a coisa que eu nunca mais esqueci:
- – Por hoje isso é só, amiguinhos. Hoje foi ele, e se tiver sorte, amanhã pode ser você! – E os olhos dela reluziram uma última vez antes de a estática voltar completamente.
- Até hoje eu agradeço por não ter sido eu.
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