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Guest User

TERMENEIH!

a guest
Jul 5th, 2015
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  1. – Olá, amiguinhos! – A estática chiava na tela, cobrindo toda e qualquer imagem e abafando a maior parte dos sons. – Bem-vindos ao...
  2. – Fre, eu acho que eles não conseguem te ouvir direito... – disse uma voz estranha, interrompendo a outra pessoa. – Espere um pouco.
  3. Depois de alguns segundos, a estática diminuiu. Não fazia mais som, mas ainda aparecia na tela. Eu nem sabia por que estava assistindo aquilo...
  4. – Pronto, assim está melhor.
  5. – Ótimo. Então, como eu ia dizendo... – O urso amarelo continuou – Bem-vindos de volta ao nosso programa, amiguinhos. Tivemos que fazer algumas mudanças, sabe... Mas isso não importa. O importante é que estamos de volta, e com novos amigos para brincar!
  6. Ele se afastou para o lado. A estática ainda pairava na tela, mas não o suficiente para bloquear a visão horrível de um corpo, preso à uma mesa de metal.
  7. Ele gritava e se debatia, mas sua boca estava tapada por uma fita e seus membros por grossas tiras de aço.
  8.  
  9. – Então, o que nós podemos fazer hoje, Mr. Peacock?
  10. – Espera mais um pouco, Fre. Ainda preciso ajustar umas coisas... pronto.
  11. A estática sumiu completamente, para minha infelicidade.
  12. O urso (que só agora eu percebi que se chamava Fre) pegou a câmera. Uma garota andou até a mesa e pegou uma faca. Ela tinha cauda de pavão, orelhas de gato e um longo cabelo cinza, quase branco.
  13.  
  14. Com um sorriso estampado em seu rosto, ela arrancou a fita da boca do garoto e começou a cortar a barriga dele, cantarolando uma pequena canção. Ele gritava de dor, mas ela não parava de tentar cortá-lo ao meio...
  15. Quando finalmente terminou, a garota deixou a faca de lado e pegou uma pequena agulha e linha, como se fosse costurá-lo de volta.
  16. – Por favor, não faça isso... Por favor... dói muito...
  17. – Acha que eu não passei por isso? – foi a resposta dela. – Não se preocupe com a dor, no final você vai se sentir muito melhor, melhor até do que antes...
  18. – Quais são os seus planos para ele, Peacock? Patas de leão? Orelhas de rato? Vamos, conte-me!
  19. – É uma surpresa, logo logo você vai descobrir.
  20.  
  21. Essa foi a única razão para eu ter assistido o "show" até o final... Eu estava realmente curioso para saber o que Mr. Peacock iria fazer com aquele cara, tão curioso que nem via o tempo passar.
  22.  
  23. Em pouco tempo, toda a pele das mãos do garoto havia sido trocada por uma com textura escamosa e cor esverdeada. Longas garras negras se estendiam de onde antes ficavam suas unhas, e sangue escorria por todos os lados.
  24. – Quando isso vai terminar?
  25. – Daqui a pouco, querido. Só preciso fazer mais alguns ajustes...
  26. E então ela passou pra a cabeça dele. Eu sentia uma vontade imensa de arrancar os meus olhos e vomitar enquanto via aquilo. Era tão estranho, tão nojento, tão... Ugh. Eu não consigo descrever o quão horrível foi aquela experiência, mas tenho que tentar.
  27.  
  28. Mr. Peacock era bonita, mas coisas que ela fazia, não. Ela cortou a orelha esquerda do garoto, abrindo um buraco em sua cabeça. Depois de "operar" por vários minutos, ela finalmente conseguiu dividir o canal auditivo dele em dois, e começou a fazer isso na outra orelha também. Quando terminou, arrastou uma pequena bandeja para perto de si, com várias partes de corpos ali: orelhas, garras, caudas e até um coração. A garota pegou um par de orelhas pontudas e as costurou nele, junto com um par de orelhas de rena.
  29.  
  30. "Não é tão horrível", você deve estar pensando. Mas não foi essa a parte que quase me fez vomitar.
  31.  
  32. Logo após ter costurado as orelhas nele, Peacock voltou ao lugar onde ela tinha começado, e começou a... "brincar" com os órgãos do garoto. Ela estava sem luvas, apenas sua pele e unhas raspando dentro dele numa confusão sangrenta. Depois de algum tempo, ela deu uma risadinha fofa e tirou as mãos de dentro dele para pegar o coração que estava na bandeja.
  33. – Sabe o que é isso, querido?
  34. Ela segurou o coração na frente do desconhecido para que ele pudesse vê-lo.
  35. – Você tirou o meu coração?... – disse ele, meio tonto.
  36. – Não, bobinho. Esse é o coração que eu vou dar para você, cuide bem dele.
  37. Era incrível o jeito como ela falava tão carinhosamente com ele depois de ter feito aquelas coisas.
  38. Quando Peacock estava se preparando para fazer algo, Fre a interrompeu.
  39. – Hã... você pode ir um pouco mais rápido? Nosso tempo está acabando, e você sabe o que eu quero fazer no final...
  40. – Sim, sim, é a última coisa que eu vou fazer com ele.
  41. Ela cortou algumas coisas aqui e ali por algum tempo antes de colocar o coração novo dentro dele e costurar tudo. Parecia normal, exceto pelo fato de que ela não tinha tirado o outro coração dele. Depois de todo aquele tempo, Peacock finalmente tinha terminado seu trabalho. Ela soltou o desconhecido e trocou de lugar com Fre, pegando a câmera.
  42.  
  43. Assim que deixou de filmar, Fre se aproximou do garoto.
  44. – Então, meu amigo, diga-me seu nome.
  45. – Kn...
  46. Ele não teve nem tempo de terminar a palavra. Mais rápida que um raio, Frainbreeze o atacou desferindo três socos no estômago dele. Quando o moleque se curvou para vomitar, ela chutou a cara dele com tanta força que ele cuspiu sangue. E não parou por aí: Fre continuou chutando ele.
  47. Mas nessa hora, eu tive que ir ao banheiro para vomitar. Não aguentava mais ver aquilo. Foi demais para mim, tanto que nunca mais assisti TV...
  48.  
  49. Na hora que eu voltei, Fre estava se filmando, e disse a coisa que eu nunca mais esqueci:
  50.  
  51. – Por hoje isso é só, amiguinhos. Hoje foi ele, e se tiver sorte, amanhã pode ser você! – E os olhos dela reluziram uma última vez antes de a estática voltar completamente.
  52.  
  53. Até hoje eu agradeço por não ter sido eu.
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