Nas encruzilhadas mal iluminadas onde o orgulho se esconde atrás de máscaras frágeis, ele se manifesta com um olhar de superioridade que tenta, sem sucesso, ocultar a própria insegurança. Não chega com grandeza — chega com ruído. Um ruído oco, como madeira podre tentando imitar um som que jamais será genuíno, denunciando cada tentativa frustrada de parecer mais do que realmente é. Sua presença não causa respeito; causa incômodo. Um incômodo fino, persistente, que se instala atrás dos olhos como uma dor que não se admite em voz alta, mas pulsa no ambiente com uma vibração desconfortável. No fim, tudo se resume a um sentimento de pena — um sentimento que, para ele, seria um insulto devastador, mas para todos os demais é uma verdade absoluta, tão clara quanto o silêncio que acompanha quem tenta sustentar um personagem que nunca lhe pertenceu. E ainda assim, ele segue, acreditando estar acima, sem perceber que cada passo apenas reforça o contraste entre o que deseja ser e o que realmente é.