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BuseHatman

Entrevista ESPN

Oct 11th, 2018
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  1. Olá! Meu nome é Lucas, apesar de ser mais conhecido como Chapéu, nascido em São Paulo, morador de Santos desde os 10 anos e do mundo virtual desde os 3, quando ganhei da minha vó a maravilha que é o Super Nintendo e minha vida ficou marcada pra sempre. Na minha adolescência, passava facilmente tanto tempo online quanto offline, e acredito que muito do meu desenvolvimento pessoal veio dessa dualidade: Na internet, passei muito do meu tempo entre escritores amadores, grupos de RPG de fórum e lendo e escrevendo ficção em geral, onde inclusive conheci meus melhores amigos com quem tenho contato até hoje. Enquanto isso, no mundo real, eu me dediquei aos estudos, completando um curso técnico de informática durante o ensino médio, que acabou por me inspirar a seguir carreira em Ciências da Computação. Meu sonho desde a infância era trabalhar com jogos de videogame, e logo que entrei na USP São Carlos, me inscrevi no FoG, ou Fellowship of the Game, o grupo de desenvolvimento de jogos de lá.
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  3. 2013, na verdade, foi um ano crucial pra moldar quem eu sou hoje. Eu era antes um rapaz tímido e introvertido, com dificuldade de falar com pessoas e fazer amigos, retraído no meu próprio universo. Mas quando cheguei em uma nova cidade, em que não conhecia nada nem ninguém, e ao mesmo tempo, ninguém me conhecia, e todos os outros presentes estavam na mesma situação, senti que uma chave virou na minha cabeça, e me descobri como o personagem extrovertido e amigável que antes só existia nas minhas histórias. Foi aí que, graças à minha grande coleção, ganhei o nome de Chapéu, que carrego com orgulho até hoje. Realmente, São Carlos foi uma experiência excepcional em diversos aspectos, com exceção de um: O curso em si.
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  5. Quanto mais eu aprendia sobre programação, mais tinha certeza de que não era aquilo que queria pra mim. Logo que descobri o que era a programação de jogos, me declarei artista do FoG, abandonando os códigos em favor da pixel art que já me era bastante familiar. Sempre fui uma pessoa tranquila, e confesso que tive dificuldade para pensar em um problema de difícil resolução para esse vídeo, porque só consigo ver um desafio como complexo até ele ser solucionado, e mesmo assim mantenho a calma enquanto busco a solução ideal. Mas ainda assim, me via cada dia mais infeliz com a carreira que tinha escolhido, e não havia um ponto de vista ou forma de enfrentar a situação que resolvesse o problema e me permitisse continuar. Foi no final do meu primeiro ano da faculdade, então, que tomei a decisão mais difícil da minha vida: Começar de novo.
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  7. Saí da faculdade e voltei a morar com a minha mãe em Santos. Entrei em um cursinho, arrumei um emprego temporário de auxiliar de escritório para ajudar com as contas de casa e comecei a treinar kung fu, esporte que mantive por dois anos. Precisava me encontrar, e levei o tempo necessário para descobrir meu caminho. A luz da publicidade, em verdade, me veio enquanto estudava história.
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  9. Há inúmeros relatos de gênios de suas respectivas áreas, sejam eles artistas ou cientistas, que morreram pobres e desconhecidos, seja por pouca habilidade em vender seu próprio peixe ou simples falta de vontade de fazer isso. Ainda hoje me pergunto o que poderia ter acontecido se eles tivessem alguém que os estendesse a mão, dizendo "se preocupe só com produzir aquilo que você sabe fazer, e eu me encarregarei de te tornar um sucesso". E foi a motivação de me tornar essa pessoa que me levou a escolher a publicidade, e posso dizer que hoje, no quarto semestre do curso, treinando atletismo e planejando começar boxe, eu nunca estive tão bem comigo mesmo.
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