Not a member of Pastebin yet?
Sign Up,
it unlocks many cool features!
- Continuação das postagens de 24 de março de 2020
- fb.com/cacounicamp
- #alertadegatilho {O conteúdo abaixo embasa, em grande medida, o posicionamento do CACo Unicamp sobre a pandemia de COVID-19 e a continuidade das aulas por EaD. Precisamos avisar, contudo, que não é uma leitura confortável - especialmente se você não está lidando bem com a pandemia neste momento}
- Anteontem, 22 de março, o Ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Henrique Mandetta, se pronunciou sobre a pandemia de covid-19 dizendo que “o ritmo vai diminuir" com cerca de 50% da população infectada, e que "se vai ser 50, 60 ou 70% da população é secundário". São mais de 100 milhões de pessoas que podem ser infectadas até agosto. Isso é muito grave, pois significa que o governo jogou a toalha em uma série de medidas de contenção e já assumiu que o vírus vai se propagar tanto quanto puder.
- O modelo de contenção por população imune, iniciado (e abandonado) na Inglaterra, não colabora em nada com o #flattenthecurva ou #achateacurva, e pode aumentar a taxa de mortalidade drasticamente. Nenhum país que está combatendo o coronavirus com sucesso - Coreia do Sul, China, Alemanha com baixa taxa de mortalidade - seguiu isso. Contudo, é o que menos demanda investimentos financeiros – que deveriam estar em 4% do PIB diretamente para o SUS, a esta altura. O governo aposta em seguir aplicando a Emenda Constitucional 95, do que congela saúde e educação por mais 19 anos, à custa da vida de milhões de brasileiros, enquanto continua destinando quase metade do orçamento ao pagamento de juros da dívida pública. Até o liberal e banqueiro Macron, presidente da França e alvo de recentes protestos dos coletes amarelos, adotou uma postura diferente para manter alguma condição de sobrevida em seus país.
- Com essa porcentagem, a probabilidade do covid-19 infectar uma parcela significante de estudantes, docentes e familiares da comunidade acadêmica é *altíssima*. Outros fatores de complicação são a subnotificação de casos e a pouca restrição à circulação de pessoas, permitindo que o contágio se alastre por muitas e muitas semanas.
- Resumindo, se a taxa de mortalidade ficar entre 1 e 6% da população infectados, como é esperado, a continuidade das aulas pode ser a última das prioridades num contexto tão dramático.
Add Comment
Please, Sign In to add comment