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- GT da Dona Rita
- >2013
- >ano mágico
- >subi para o ensino médio
- >tava esperando acontecer todas as coisas que geral fala que acontece no mesmo
- >no primeiro mês de aula procurei me enturmar com todo mundo
- >logo me identifiquei mais com o Alexandre e o Gabriel
- >eles estavam sempre sentados lá no fundo zoando
- >moravam perto da minha casa
- >isso facilitou
- >íamos e voltavamos juntos todos os dias
- >como não conhecia eles muito bem
- >queria mostrar que eu era o mais zoeiro do trio
- >que eu era o mais foda
- >menino serelepe
- >voltando pra casa um dia tive uma brilhante ideia
- >virei e disse
- >"bora fazer uma zoeira na casa da dona Rita?"
- >dona Rita era uma velha que morava no caminho da escola
- >era surda de um ouvido e só ouvia 50& do outro
- >tinha um pé de acerola na casa
- >até aí uma senhora normal
- >o problema é que ela sempre ligava a mangueira e jogava água por cima do muro em quem pisasse na sua calçada
- >podia ser eu
- >você
- >o ryu do Street Fighter
- >o seu Celso
- >a rainha Elizabeth
- >o relampogo marguins
- >até ela mesma
- >não tinha chance
- >quem pisasse lá
- >vinha ela com a magueira e jogava água
- >perdi as contas de quantas vezes eu passei e tinha gente toda molhada xingando a veia
- >ela não dava a foda
- >ela não escutava mesmo
- >organizei um plano de nós zoarmos de noite
- >passar em todas as casas até chegar na dela pegando os lixos
- >chegar lá e jogar tudo no quintal
- >eles concordaram comigo
- >passei o plano todo em escrito
- >como iríamos fazer
- >horário
- >trajeto
- >tudo
- >fiz um grupo no oqueaplicativo e mandei tudo lá
- >tudo esquematizado
- >tava melhor que o plano de invasão a casa branca
- >não tinha como falhar
- >chegou a hora
- >22:30 na frente do mercadinho são João
- >cheguei primeiro
- >depois chegou Alexandre
- >e o biel logo em seguida
- >lá fomos nós
- >peguei um carrinho de mão que tinha lá em casa pra por os lixos
- >e lá fomos nós
- >tava pegando todo tipo de lixo que tinha
- >jogava barro em cima
- >pedra
- >tudo que encontravamos a gente jogava
- >Alexandre disse
- >"vamo passar no sacolão, sempre tem fruta podre lá"
- sacolão é hort frut
- >"caralho moleque, tu é um gênio seu macaco"
- >chegamos e tinha só uma caixa com manga podre
- >não era muito mas já dava um estrago
- >jogamos no carrinho e fomos
- >chegamos perto da casa da dona Rita
- >eu não estava satisfeito
- >subi em cima do carrinho e mijei
- >os moleques ficaram com nojo
- >"ah seu filho da puta, não vou por a mão nessa nojeira aí não"
- >peguei algumas sacolas que não foram afetadas pela urina
- >joguei o lixo por cima
- >revirei
- >"tó, põe essa porra na mão"
- >eles colocaram
- >ficamos atentos para ver se não tinha ninguém
- >começou a chuva de lixo
- >pior que barragem de mariana se rompendo
- >faltava uma sacola
- >nós ouvimos a porta se abrir
- >Gabriel virou o carrinho pra correr
- >eu não iria deixar aquila última sacola passar
- >num movimento ninja eu peguei a sacola e joguei
- >mas quando eu joguei ela arrebentou a alça
- >não foi na altura certa
- >não foi por cima do muro
- >foi nesse momento que a dona Rita abriu o portão
- >aquele lixo voou todo nela
- >ela olhou no fundo do meu olho
- >mai minino
- >eu corri
- >corri muito
- >muito memo
- >eu ouvi ela gritando
- >"VOCÊS VÃO ME PAGAR"
- >no dia seguinte eu nem fui pra escola com medo de que ela possa estar lá me esperando
- >como não dava pra continuar faltando pq se não minha mãe me batia
- >eu comecei a ir pra escola dando a volta em 2 quarteirões longe da casa dela
- >comecei a sair de casa 10min mais cedo
- >e chegava 10min atrasado
- >minha mãe estranhou e me perguntou o pq disso
- >disse que eu passava na casa dos mlks e ela ficou de boas
- >se passou um mês do ocorrido
- >voltei a passar pela rua dela
- >ela não jogava mais água em ninguém
- >Alexandre comentou
- >"ensinamos pra veia quem manda nessa porra, ta até em choque de jogar água dnv"
- >a rua voltou a ter paz
- >paz rs
- >dia random
- >a gente tava voltando pra casa depois da aula
- >sempre cortamos caminho por um campinho de terra
- >esse dia não foi diferente
- >lá vamos nós
- >tinha uns mlks jogando futebol lá
- >a bola rebateu e veio pra perto de mim
- >corri pra chuta-la
- >dei um baita de um passe digassi de passagi
- >olhei pro lado e vi umas vela
- >"ih mano, olha aqui uma macumba, cola aqui"
- >"nunca gostei e nunca vou gostar dessas porra, to suave, vou sair fora, flw"
- >Alexandre foi embora
- >Gabriel ficou mas disse que não chegaria perto
- >nunca acreditei em macumba
- >espírito
- >e essas porra toda
- >fui lá pra zoar o bagulho
- >cheguei
- >dei uma averiguada na situation
- >tinha umas vela
- >uns sangue
- >deve ser de galinha
- >"podia ter uns 50 conto aqui, pegava facin"
- >tomei distância
- >corri
- >chutei
- >chute mais forte que do Roberto Carlos
- >"CHUTA QUE É MACUMBAAAA"
- >voou à uns 15 metros
- >caiu tudo espalhado
- >"TOOOOUCHDOWNNNN"
- >Gabriel riu mas falou
- >"vamo mano, para de brincar com isso"
- >larguei a zoeira e tava pronto pra ir
- >olhei pro chão e tomei um susto
- >tinha uma cruz invertida cravada no chão
- >"mano, olha essa porra aqui"
- >quase cagou de medo
- >ele me disse
- >"mas, macumba não é anti Cristo"
- >eu parei
- >olhei pra frente tinha outra
- >na minha esquerda tinha outra
- >na direita tbm
- >à uns 3 metros pra traz tbm
- >eram 5 cruzes cravadas no chão
- >todas de cabeça pra baixo
- >Gabriel cagou de medo e correu
- >eu me liguei que essas 5 cruzes viradas formavam uma outra cruz no chão
- >e eu estava bem no meio dela
- >nesse momento eu travei
- >mesmo não acreditando eu fiquei com medo
- >e o filho da puta me abandonou
- >senti que tinha alguém de olho em mim
- >olhei pra traz e quem estava parada na esquina?
- >ela mesma
- >dona Rita
- >maluco do céu
- >coração desceu no cu
- >depois bateu no céu da boca
- >corri como se minha vida dependesse daquilo
- >mas antes de eu correr
- >vi que ela cochichou uma palavra em alguma língua estanha
- >"rache"
- não leia em português
- não é rache de rachar
- >foi tão baixo
- >não sei como eu consegui ouvir
- >cheguei em casa pálido
- >minha mãe até me perguntou se eu tava bem
- >no dia seguinte na escola contei pra todo mundo o que aconteceu
- >eles ficaram botando medo em mim
- >dizendo que o capeta ia puxar meu pé de noite
- >fiz uma de durão pra não ser zoado
- >mas por dentro eu tava cagado de medo
- >acabou a aula e eu fui pra casa
- >se passou uma semana e nada aconteceu
- >o medo que eu tinha foi embora
- >na sala de aula tava me sentindo o foda
- >"aqui é sangue ruim rapaz, demônio não peita não"
- >quando eu senti uma vontade imensa de tacar a borracha na professora
- >ouvi uma voz na mesma língua estranha que a dona Rita cochichou falando dnv
- >"gehorchen"
- >olhei pra traz pra ver se tinha alguém zoando
- >mas eu tava na última cadeira mano
- >e a voz continuava flodando na minha mente
- >só falava "gehorchen"
- >me mandava atirar a borracha
- >não diretamente
- >mas eu entendi que era ela mandando quando sentia as vontades
- >a voz mais sombria e macabra que ouvi na minha vida
- >a voz só ia aumentando na minha cabeça
- >e a vontade aumentando junto
- >me deu uma forte dor na cabeça
- >então eu peguei a borracha e atirei com toda força
- >a professora tava de costa escrevendo na Lousa
- >a borracha acertou em cheio a cabeça dela
- >a voz
- >a vontade
- >a dor
- >tudo parou assim que joguei a borracha
- >a sala caiu de rir
- >ficaram 15 minutos rindo
- >ninguém tinha caguetado
- >até a bianca falar
- >era a nerd da sala
- >fui pra diretoria e peguei 3 dias de suspensão
- >minha mãe ficou boladona
- >me espancou
- >eu disse que fui jogar a borracha pro meu amigo e acertou nela sem querer
- >faltava 1 dia pra acabar a suspensão
- >tava no mercado
- >vi a bianca
- >ia chegar xingando ela
- >mas a voz veio dnv na minha cabeça
- >aquela mesma voz sombria
- >aquela mesma vontade
- >aquela mesma dor
- >e tava ficando cada vez mais forte
- >e eu sabia que pra parar teria que obedecer a vontade que a voz mandava
- >e dessa vez ela mandava eu jogar o carrinho de compra em cima dela
- >"gehorchen"
- >avistei um carrinho parado
- >tava cheio de coisas
- >pesado
- >tomei distância
- >corri e joguei
- >ela tava de costa
- >ela é magrinha
- >o carrinho acertou na costa dela
- >nessa hora eu já tava na rua fazia tempo
- >correndo igual um louco
- >no dia seguinte na escola
- >a professora disse pra classe que bianca havia se machucado no mercado
- >ela caiu e quebrou o braço
- >bateu a cabeça
- >ficou com traumatismo craniano
- >alguém sabe pq a bianca usa aquele capacete?
- >tava em estado grave na UTI
- >eu gelei
- >eu não queria que acontecesse isso
- >era só pra eu sentir a vingança
- >mas uma vingança suave
- >não era pra ela se machucar de verdade
- >"sábado nós da escola iremos lá visitar ela, quem quiser ir coloca o nome e o telefone nessa folha que eu vou estar passando"
- >eu tinha que ir
- >afinal
- >eu causei isso
- >mesmo não gostando dela tinha que ir lá dar uma força
- >chegou sábado
- >comprei uma caixinha de bombom
- >fui lá
- >chegando lá eu vi que ela estava pior do que falaram
- >a cabeça dela estava mega inchada
- >ela estava respirando por aparelhos
- >me senti culpado e comecei a chorar
- >me debrucei sobre o corpo dela
- >todos saíram da sala
- >queriam me deixar sozinho com ela pq achavam que eu era afim dela
- >quando eu estava ali sozinho com ela
- >a voz sombria voltou
- >a dor 4x mais forte tbm
- >e dessa vez era pra eu cortar o fio do aparelho
- >"gehorchen"
- >cada segundo a dor se intensificava
- >peguei um bisturi que estava na mesa
- >e cortei o fio em um ponto cego
- >comecei a gritar loucamente que ela estava morrendo
- >entraram os médicos
- >entraram todo mundo
- >tentaram tirar da tomada e colocar dnv mas nada
- >fizeram de tudo
- >vieram os seguranças e tiraram todos da sala
- >na última olhada que dei eu vi um dos médicos acenando pro outro
- >e fazendo sinal negativo com a cabeça
- >bianca estava morta
- >fomos todos embora muito abalados
- >cheguei em casa e eu não conseguia chorar
- >não estava tão triste com o ocorrido
- >as aulas foram suspensas por 1 semana
- >na quinta feira a polícia veio em casa
- >disseram que eu teria de prestar depoimento
- >descobriram o fio cortado
- >e viram que eu fiquei sozinho lá
- >fizeram milhões de perguntas
- >entraram na minha mente
- >confessei que fui eu
- >disseram que eu teria que fazer tratamento psicológico numa clínica
- >o investigador disse
- >"mande esse muleque lá pro xui, essa porra é louco, tem que mofar lá"
- >tava ali naquela sala
- >sentado, chorando e de cabeça baixa
- >a voz veio mais uma vez
- >eu não exitei tanto em fazer
- >já tava me acostumando
- >"gehorchen" saiu da minha boca
- >com uma voz grossa
- >eu peguei o cadeado que estava em cima da mesa e atirei direto na cara do investigador
- >explodiu o nariz dele
- >deve ter quebrado
- >ele veio pra me bater mas os outros policiais o seguraram
- >"você é um capeta muleque, vou te matar quando sair de lá"
- >fui mandado pra clínica
- >ficava em quarto separado dos outros e sempre trancado
- >dia random
- >tava no quarto
- >desmaiei
- >acordei em uma sala escura
- >deitado numa mesa
- >só tinha uma mesa e uma TV
- >a TV estava ligada
- >pan pan pan pan pan panpanpan pan, pan pan pan pan pan panpanpan pan panpan... pan
- >plantão da globo
- >leia dnv cantando
- >"na tarde de domingo um jovem que estava internado em um clínica de psiquiátrica fugiu. Antes de escapar ele deixou o caos na clínica, deixando duas pessoas feridas e uma morta. se você souber qualquer informação sobre o paradeiro do mesmo, deve informar as autoridades locais"
- >mostraram minha foto
- >no que eu me tornei?
- >do nothing eu ouvi novamente a voz
- >dessa vez não era da minha cabeça
- >estava na sala cmg
- >olhei pra traz
- >ele estava ali
- >no escuro
- >queria saber quem era
- >dei um passo pra frente
- >e a coisa deu um grito ensurdecedor
- >"NIIIIIIICHHHTTTT"
- >parei na hora
- >ele disse mais algumas palavras que eu não entendi nada
- >mas de alguma forma eu sabia o que significava
- >"mafistófeles... gehorchen...rache...toten..."
- >aquela voz
- >cochichando
- >arrepiou até o cabelo do meu cu
- >a luz se apagou e eu desmaiei novamente
- >acordei debaixo de uma cama
- >era de noite
- >ouvi um ronco
- >me levantei e olhei pra cama
- >era o investigador
- >a voz veio na mente
- >com a mesma fala de sempre
- >"gehorchen"
- >eu não tinha mais dor
- >mas também não precisava mais dela
- >eu fazia sem exitar
- >parecia que já conhecia a casa
- >na segunda gaveta do guarda roupa embaixo das camisas tinha uma pistola
- >9mm
- >dei um tiro na cabeça da mulher dele que morreu instantaneamente
- >ele acordou assustado e me viu ali
- >eu cochichei com a voz grossa
- >"rache"
- >ele de joelhos pedindo perdão
- >dei um tiro na testa dele
- >morreu na hora
- >fui sair da casa
- >a voz me mandou ligar todas as bocas do fogão pro gás sair
- >não entendi mas liguei e sai
- >desmaiei e acordei novamente na sala com mais uma matéria passando na televisão
- >"hoje pela madrugada uma família foi morta a tiros. na casa ainda tinham duas crianças que morreram devido ao gás que ficou ligado e espalhou-se pela casa"
- >fiquei puto
- >não queria matar as crianças
- >fui pra cima daquela coisa e quando fui dar um murro
- >cai e desmaiei novamente
- >acordei na minha cama
- >levantei assustado
- >"ainda bem, foi só um sonho"
- >levantei e fui beber água
- >cheguei na escada
- >no final dela a coisa tava lá
- >aquela sombra preta imensa parada >acendi a luz e ela sumiu
- >e apareceu direto na minha mente
- >mais forte como nunca
- >dessa vez gritando
- >"GEHORCHEN"
- >a voz estava me mandando matar minha mãe
- >sabia que era ela mandando
- >essas vontades era ela que me fazia ter
- >eu não ia fazer isso não importasse a dor
- >resisti o máximo possível
- >desmaiei novamente
- >acordei deitado no chão ao lado da cama da minha mãe
- >ela estava morta com umas 382726 facadas
- >eu matei minha mãe
- >cai e comecei a chorar
- >não aguentava mais isso
- >não queria mais matar ninguém
- >queria minha vida de volta
- >me levantei
- >decidido a me matar
- >quando ia enfiar a faca no meu peito
- >eu ouvi a voz
- >ela estava ali
- >quando virei
- >dona Rita estava parada
- >me olhando
- >cochichou
- >"Roche... freilos"
- >ela tirou uma faca do tamanho da minha perna e passou direto pelo meu pescoço
- >antes de morrer eu vi várias coisas
- >vi que eu era só mais um no ciclo
- >ela fazia isso com todos que ousassem fazer algo com ela
- >vi também que ela tinha voltado a jogar água em quem passasse na calçada
- >e a última "visão"
- >foi algumas crianças passando pela calçada dela
- >ela jogou água
- >acertou em todas
- >e uma das crianças disse
- >"vamo zoa essa veia?"
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