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Oct 16th, 2018
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  1. Oi gente, tô mantendo contato com o grupo da psicologia da pucrs contra o fascismo (que eu prefiro resumir em "mantendo contato com outra célula de resistência") pra aproximar as forças e estratégias. Vou colar exatamente como eles postaram:
  2.  
  3.  
  4. Bom dia pessoal. Fiz um Guia de Comunicação Não-Violenta Para Conversar Sobre Voto. É uma cartilha baseada na comunicação não-violenta e entrevista motivacional para tentar conversar com os eleitores do Bolsonaro. Acho que pode ser bem útil. Vou colocar no grupo do facebook também.
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  7. Como Conversar Sobre Voto
  8. Um Guia de Comunicação Não-violenta em 10 Passos.
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  10.  
  11. 1. Antes de tudo, é preciso evitar uma posição de superioridade.
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  13. Somos todos cidadãos com histórias de vida e realidades diferentes. Mas todos queremos um país melhor. Acreitar que a pessoa com quem você está falando é como você é o primeiro passo para chegarem a um acordo.
  14.  
  15. 2. Evite os apelidos depreciativos.
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  17. Assim como você não gosta de ser chamado de “Petralha”, chamar algém de Bolsomínion ou de Coxinha só vai levantar Defesas. A pessoa se sentirá ofendida e tentará defender seu ponto de vista ainda mais, apenas para revidar.
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  19. 3. Não acuse o eleitor de fascista, racista e homofóbico.
  20.  
  21. Embora esses discursos permeiem as propostas DO CANDIDATO, não é isso que atrai diretamente OS ELEITORES.
  22. Os eleitores de direita são atraídos pela identificação com a indignação do candidato com a corrupção. A raiva que o candidato demonstra nos discursos espelha a raiva do eleitor com a situação do país. Seu tio ou tia do whatsapp não é fascista, é um indignado.
  23. Seu tio quer uma mudança.
  24.  
  25. 4. Comece a conversa empatizando com o eleitor e mostrando que vocês tem mais coisas em comum do que diferentes.
  26.  
  27. “Eu entendo que você esteja decepcionado com a política. Eu também fiquei. Dá muita raiva mesmo.”
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  29. 5. Encadeie argumentos que mostrem que vocês tem o mesmo objetivo.
  30.  
  31. “Eu acho que nenhum de nós quer ser roubado. Ninguém escolheria de propósito alguém que achasse que fosse nos roubar. Acho que todos queremos saúde, segurança e educação.”
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  33. 6. Assuma as falhas que já aconteceram. Mostre sempre que você também refletiu muito e não escolhe um candidato cegamente.
  34.  
  35. “Eu também tenho pensado muito que quero uma mudança. Realmente o PT já teve muitos envolvidos em corrupção. A verdade é que todos os partidos tiveram, sempre tem alguém se aproveitando. Outras instituições como Igreja, times de futebol, essas organizações feitas de pessoas sempre terão falhas. A política tem falhas também.
  36. Eu também quero mudança, e depois de pensar muito vi que o Haddad é uma tentativa de alguém novo, que nunca se envolveu com corrupção, que teve experiência administrando a maior cidade do Brasil e tem um projeto pra fazer diferente do que já tem sido feito”.
  37.  
  38. 7. Pergunte o que ELE acha. Isso é uma conversa, lembra? Não um discurso unidirecional.
  39.  
  40. Após ouvir, empatize. “Entendo. Eu também concordo com vários pontos teus. Por isso, pra não ficar pensando na pessoa certa ou partido certo que vai fazer essa mudança, eu resolvi pensar nas propostas. Por isso analisando as propostas do Haddad pra saúde, segurança e educação, escolhi votar nele. (AQUI É IMPORTANTE QUE VOCÊ CONHEÇA AS PROPOSTAS)
  41.  
  42. 8. Se a pessoa se exaltar e apenas xingar o PT e o candidato, faça um reflexo. Cuidado para não cair na ironia. Na entrevista motivacional, isso costuma gerar ambivalência que pode resultar em mudança depois.
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  44. “Ah, entendi. Pra ti as propostas não são tãoooo importantes.”
  45.  
  46. Normalmente, a pessoa vai demonstrar ambivalência, dizendo algo como “ Não, quer dizer, são sim, só não quero do PT…”
  47.  
  48. 9. Mostre que vocês estão juntos e o debate não é um confronto.
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  50. “Bom, de qualquer jeito achei legal a gente conversar. Deu pra perceber que a gente quer muitas coisas parecidas. Eu acredito que esse projeto não vai ser bom só pra mim, mas pra ti também e pra todo o Brasil. Mas respeito tua opinião.”
  51.  
  52.  
  53. 10. Se a pessoa não mudar de ideia ao final da conversa, não jogue seu esforço fora dizendo “Eu desisto” ou xingando ela. Lembre dos tópicos 1 e 2.
  54.  
  55. A conversa pode não gerar resultado na hora. Mas pode deixar uma semente para reflexão. O objetivo é criar ambivalência. Uma mudança de paradigma não acontece na hora.
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