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the warmth of the moon, sonam

a guest
Feb 26th, 2020
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  1. « informações básicas »
  2.  
  3. .nome.
  4. moon sonam / zhou nuanli
  5. Moon Sonam é o seu nome de batismo, tendo adotado Zhou Nuanli como seu nome “segundo nome” enquanto estava morando na China.
  6.  
  7. .face claim.
  8. lee hyeri do girl’s day
  9.  
  10. .nascimento e idade.
  11. 13 de fevereiro de 1994 – 26 anos
  12.  
  13. .twitter.
  14. @dgp_sonam
  15.  
  16. .senha da reserva.
  17. so what
  18.  
  19.  
  20. « ficha estudantil »
  21.  
  22. .curso e período.
  23. administração de negócios, 3º semestre
  24.  
  25. .eletiva.
  26. e-sports
  27.  
  28. .residência.
  29. morando com o irmão, zhou yifan, em pyeongchang
  30.  
  31.  
  32. « desenvolvimento »
  33.  
  34. .personalidade.
  35. A primeira coisa que nos vem à mente quando falamos de Moon Sonam, com certeza, é o seu sorriso determinado, como se estivesse prestes a conquistar o mundo ou algo ainda maior do que isso, até porquê, determinação é quase que o sobrenome da garota, já que, quando coloca algo em mente, irá mover mundos e fundos para conseguir alcançar o que deseja e se esforçará ao máximo para tal. O único problema é que apesar de ser tão determinada, Sonam tem a autoestima baixa, ou seja, não é das mais confiantes em si mesma e, por isso, tem a tendência de querer desistir das coisas quando percebe que não estão dando tão certo quanto gostaria – claro que no fim, acaba reiniciando seus projetos se julgar realmente necessário ou apenas os enxergando por outro ângulo – ou então, sente receio em mostrar o que quer que tenha planejado ao mundo (sejam coisas simples ou as mais elaboradas e isso pra qualquer coisa existente), pois pensa não estar bom o suficiente e tem medo da rejeição.
  36. Por ter sido criada em famílias as quais encaram a honestidade como uma questão de honra e dignidade, tal traço acabou embarcando na personalidade de Sonam e ela vive essa filosofia até hoje, já que não suportará e muito menos aprovará atitudes que tentam trapacear, roubar, mentir, e assim por diante, para conseguir algo que deseja. Junto com sua honestidade, outro traço que a coreana acabou por desenvolver foi uma pequena dose de sinceridade, sempre que julgar necessário, a depender da situação em que estiver envolvida, irá falar o que pensa, doa a quem doer, a diferença é que por possuir empatia, irá escolher bem o seu jogo de palavras com o objetivo de não machucar a outra pessoa (a menos que perca paciência, aí a atitude será outra, já que não possui sangue de barata).
  37. Orgulhosa, uma vez que sua lealdade tenha sido testada e quebrada, a sul coreana não medirá esforços para se afastar de quem quer que seja, não vendo sentido em continuar ao lado de alguém que a feriu de alguma forma, ela até pode conversar com a pessoa e/ou ajudá-la se caso precisar. Para lidar com isso, irá utilizar-se da política da boa vizinhança e manterá sua gentileza, educação e respeito, que, por sinal, tem de sobra, mas não conseguirá agir de uma maneira mais confortável ou confiar na pessoa novamente, seu orgulho simplesmente não irá permitir que ela se torne íntima de quem cometeu o ato contra si. Além disso, Nuanli raramente vai reconhecer seus erros em voz alta, ela até pode saber que errou, perceber que errou, mas vai sentir dificuldades em pedir desculpas, de duas uma: ou ela vai esperar que o outro fale primeiro, para que ela fale também ou ela vai ficar cercando a pessoa, agradando-a de alguma forma, até que consiga por pra fora o que está em sua mente e coração.
  38. Ainda na questão de orgulho, devemos lembrar que ciúmes não será um sentimento bem aceito pelo seu lado emocional e muito menos pelo racional, simplesmente porque não sabe lidar com sentimentos de maneira geral, por causa disso, raramente irá ter surtos ciumentos ou demonstrar o sentimento, preferindo guardar tudo para si, ainda que isso possa lhe corroer por dentro.
  39. E por falar em gentileza, educação e respeito, que são pontos altos na personalidade da morena, também podemos citar que, mesmo sendo e agindo dessa forma, isso não a impede de vez ou outra tomar atitudes arrogantes ou agir com rudez, principalmente se em algum momento passar pela sua cabeça que a pessoa está merecendo conhecer esse seu lado, tais atitudes serão comuns se forem em casos que julgar injustos, pois sua consciência não os tolerará ou por simplesmente perder a paciência com as pessoas ao seu redor (como deu para perceber, paciência não é bem o seu forte).
  40. Por sinal, como um bônus, é bem capaz de soltar algumas piadinhas de cunho sarcástico e/ou irônico, primeiro porque considera a ironia e o sarcasmo como suas melhores armas e segundo porque nasceu para provocar e implicar com qualquer um que resolver embarcar em uma briga consigo – não importando quem seja seu inimigo no momento, muito menos se ele for “mais” forte que ela –, claro que é difícil que ela deposite tempo ou atenção o suficientes para se envolver em uma briga, prefere evitá-las, mas isso não significa que não aconteça. Aliás, também irá usar as duas condições para responder perguntas idiotas que fizerem para si, isso se dá por conta de seus pequenos, e pouco recorrentes, lapsos de impulsividade e a inconformidade com o limite do pensamento humano.
  41. Em outras palavras: a Moon é introvertida e quase não possui confiança em si mesma, mas isso não significa que ela se sentirá na obrigação de aguentar ou tolerar atitudes que a tirem do sério por muito tempo, a coreana guarda a maioria das coisas pra si, mas uma hora ela irá explodir e mostrar o seu pior lado. Introvertida, porém, seu saco se enche facilmente.
  42. De certo, outras características que podemos citar são sua autonomia e independência, por não querer atrapalhar ou ser um fardo para outras pessoas, aprendeu a se virar e a conquistar as coisas das quais precisa sozinha, por isso, dificilmente Sonam irá esperar por alguém para poder decidir as coisas por ela ou ajuda-la em algo; com ou sem a presença de outro ser humano, ela tentará fazer o que for necessário e tomar as decisões que tiver que tomar por si só. Por vezes, isso pode ser considerado como um ponto positivo em sua personalidade, mas em outras, nem tanto, já que é bem comum ela negar ajuda para poupar o outro e no fim, acabar se sufocando ou não conseguindo fazer as coisas dentro do tempo viável para tal.
  43. Como citado anteriormente, a garota se encaixa dentro dos parâmetros de uma pessoa introvertida, por isso, por onde passar vai tentar ser o mais invisível possível, procurando não chamar a atenção das pessoas ao seu redor, ela literalmente será aquele ditado do “entrou calada, saiu muda”, só conversando com desconhecidos e pessoas de fora do seu círculo de amizades quando julgar realmente necessário fazer isso – e em linhas gerais, irá sempre se limitar em apenas concordar ou discordar brevemente; tal coisa ajuda e muito com o fato de ter dificuldades em fazer novas amizades, por simplesmente não saber como agir diante de uma pessoa nova e, muitas vezes, se sentir desconfortável e achar que está incomodando. Outro fator que contribui para a sua dificuldade é a desconfiança, Nuanli realmente demora para confiar em alguém, afinal, esconde alguns segredos e tem medo deles serem expostos por ter confiado na pessoa errada
  44. Em contrapartida, uma vez que as dificuldades iniciais são superadas, a natural de Gwangju mostra-se como uma amiga leal, que se dispõe a ajudar, ouvir e, claro, dar bons conselhos quando for necessário – e ela é uma ótima conselheira quando quer. Além disso, sentindo-se confortável o suficiente com a pessoa, irá se tornar extremamente atenciosa e comunicativa, a troca de ideias com alguém que a faz bem é algo que a encanta, por essa mesma razão, é que tentará ao máximo manter assuntos quando estiver com quem ela aprecie a presença. Em um bônus, podemos ver uma notável diferença entre seu comportamento com adolescentes, jovens e adultos versus quando ela está com idosos ou crianças: com os dois primeiros grupos, ela age da maneira introvertida citada anteriormente, enquanto que com os outros dois grupos, não importa se forem desconhecidos, ela vai amar interagir de todas as formas possíveis, brincando, jogando xadrez, conversando ou simplesmente ouvindo as histórias que eles tem pra contar.
  45. Ademais, um dos traços mais bonitos de ver na Moon é a sua generosidade, seguida do seu altruísmo, jamais conseguirá passar por alguém que esteja em algum momento de necessidade, sem se prontificar em auxiliar o outro, bem como, também participa de movimentos sociais e até faz trabalhos voluntários, como forma de propagar o bem que tanto preza e deseja ver o mundo cercado com. Curiosa e observadora, a garota sempre está atenta às coisas ao seu redor, procurando saber tudo em seus mínimos detalhes e não querendo deixar nada passar. Talvez isso seja consequência de sua inteligência ou seu alto nível de Q.I, como queira chamar, talvez seja apenas ela, querendo descobrir um pouco mais do mundo.
  46. Por último, mas não menos importante, podemos notar o quanto a garota é criativa, não apenas ao desenvolver trabalhos ou ao tentar inventar e criar coisas novas, mas também, em seu comportamento em um geral, visto que, sempre que quer algo, irá tentar persuadir a outra pessoa, e para isso, criará histórias carregadas no drama, apenas para ouvir um sim ou a resposta que deseja – e vai por mim, o ser humano adorável consegue ser bem dramático quando quer, inclusive, até as famosas lágrimas de crocodilo saem dos olhos castanhos da sul coreana; e, enfim, evite deixar qualquer coisa importante ou, no mínimo, quebrável, perto de Nuanli, por ser um tanto desastrada, é bem capaz que ela cause um caos sem querer, além de ser bem comum vê-la tropeçando nos próprios pés enquanto anda, a garota também apresenta uma compulsão fora do comum em ficar ajeitando os óculos para descanso no rosto de tempos em tempos, principalmente quando se sente nervosa, sem contar o quão fora da realidade ela pode estar de vez em quando e isso vai ser bem perceptível, já que colocará como pauta de suas conversas assuntos que não são pertinentes ou simplesmente, não fazem sentido nenhum – mas o importante é que ela tem bom coração, ainda bem.
  47.  
  48.  
  49. .background.
  50. Kwak Yejin foi a única mulher entre seus irmãos e a adorável filha de Kwak Sungjo, dono de um dos maiores impérios comerciais sul coreanos, que até então, estava em sua fase de desenvolvimento, a anteriormente Kwak Company Inc. e, atualmente, Kwak Family Group. Na época do nascimento e crescimento de seus filhos, a empresa de Sungjo possuía apenas um ramo, que é controlado até hoje diretamente por ele: a área têxtil, especializada na produção de tecidos, peças para vestuário e artigos têxteis no geral.
  51. As coisas pareciam ir bem para os Kwak, a empresa crescia cada vez mais, ganhando notoriedade em todo o país e, principalmente, espaço no lugar em que viviam, Gwangju, onde, até hoje, são extremamente influentes. Yejin, como toda garota pertencente a uma família de patriarcado forte, cresceu sendo ensinada a ser uma boa esposa, a não se impor ou ir contra a vontade dos mais velhos, a nunca ter sua voz ouvida e mais: sabendo que teria que se casar com algum filho de um dos sócios de seu pai, mesmo que fosse contra a sua vontade. De fato, tornou-se uma adolescente frustrada e uma adulta inconformada.
  52. Com muito custo conseguiu, ao menos, entrar em uma universidade e terminar com êxito o seu curso de Administração, apenas para que Sungjo pudesse dizer que todos os seus filhos eram grandes orgulhos seus e pessoas capazes, mas na realidade, a mulher sempre era lembrada de que jamais exerceria a profissão, pelo menos não dentro da empresa de seu pai, que no momento, já estava alcançando outros patamares, expandindo para outras áreas comerciais e industriais, sendo estas a de transportes e shoppings centers, com cada um de seus irmãos responsáveis pelos ramos.
  53. Vendo tal situação e sentindo-se completamente injustiçada, que a mais nova dos Kwak iniciou seu próprio projeto administrativo, focado na área de tecnologia, afim de provar para seu pai que não era apenas a filha “capaz” que ele tanto gostava de encher a boca para falar sobre, mas que ela tinha real capacidade para assumir uma parte administrativa da empresa e ajudá-la a conquistar cada vez mais espaço. Infelizmente, seus sonhos foram por água baixo quando, dois anos após o término de sua faculdade, a mulher recebeu a notícia de que seu pai havia lhe arranjado em casamento com Moon Hyunbin, filho de um dos sócios majoritários, pensando em estreitar as relações entre ambos, o rapaz ficaria responsável pelo novo ramo das empresas Kwak, o de hotelaria e turismo.
  54. Na época, Yejin cogitou uma fuga e realmente a fez, por mais que soubesse que aquele era seu destino desde muito nova, não queria se submeter a ele só porque seu pai mandava, sua alma clamava por liberdade, clamava por coisas diferentes e era a essa voz que ela queria obedecer. No entanto, no fim, acabou casando-se com o Moon, atendendo ao pedido desesperado de sua mãe, que afirmava que sua família precisava daquele casamento, que a empresa, mais do que tudo, precisava dela, para que os negócios não afundassem. Indiretamente, ela faria o que sempre quis: ajudar a Kwak Company Inc. a crescer. E foi assim, entre trancos e barrancos, que Kwak Yejin, tornou-se Moon Yejin.
  55. A princípio, a coreana pensava que casar-se com Hyunbin era uma das piores coisas que poderia acontecer em sua vida e jurava que, ao assinar seu nome na folha de casório, estaria fadada a encarar o inferno para sempre. Não queria se tornar aquela imagem de mulher de homem rico que apenas esbanja o dinheiro do marido por aí, afim de se livrar das tristezas e frustrações diárias, passou a vida inteira enxergando sua mãe daquela forma e tinha noção do quão horrível era, mas naquele momento, compreendia sua progenitora perfeitamente: aquela era a forma que encontrava para esquecer os problemas. Surpresa foi quando descobriu que o rapaz não era nem metade do monstro que ela havia pintado dele, na realidade, o Moon era totalmente ao contrário do que imaginava e quando colocado em comparação com seus irmãos e pai? Parecia até que ele era de outro mundo.
  56. Não demorou muito para que iniciassem uma amizade duradoura, os dois estavam presos no mesmo negócio: casamento arranjado por dinheiro, se quisessem ao menos viver em paz, pelo menos, deveriam manter uma relação de amizade e respeito e assim foi. O mais interessante da relação deles era como Hyunbin sempre dava ouvidos às sugestões de Yejin para a Kwak Hotels & Tourism e as colocava em prática sempre que possível, deixando bem claro quem era a dona das ideias para seus investidores, sócios e fornecedores, na sua mente, era uma troca justa, mesmo que seu sogro ficasse com raiva deles depois, mas o que poderia fazer? Aquela parte da empresa estava em sua responsabilidade e ninguém conseguia negar que individualmente eram bons administradores, mas juntos eram quase imbatíveis.
  57. Com o passar do tempo, a convivência entre o casal apenas foi se fortalecendo e o amor entre ambos florescendo, para que anos mais tarde, esse amor se concretizasse em forma de uma criança saudável e tão adorável quanto sua mãe fora, Moon Sonam finalmente dizia olá ao mundo envolta de lágrimas, tanto de sua parte, quanto da parte de seus pais, que mal conseguiam acreditar que ela era real e estava ali, em seus braços.
  58. Antes do nascimento de sua filha, o que deveria ter sido o elo que iria unir as famílias, acabou por se tornar um dos maiores pesadelos empresariais para Sungjo, os dois Moon a cada dia que passava estavam mais fortes e apoiados um no outro, enquanto que por outro lado, rixas começaram a surgir entre eles e os Kwak que estavam unidos com o pai de Hyunbin, e mesmo após o nascimento da garota, tais rixas continuaram e apenas se fortaleceram, fazendo com que ambas as partes apenas traçassem relações estritamente empresariais. Sendo assim, a herdeira dos Moon acabou por crescer longe da família paterna e materna.
  59. Apesar disso, a pequena coreana foi cercada por muito amor vindo de seus pais, sendo a luz que eles precisavam para encarar o mundo hostil dos negócios e sendo ensinada desde sempre bons valores morais, para que pudesse se tornar uma pessoa da qual eles sentissem orgulho no futuro, conquistando seus sonhos da melhor maneira possível. Além disso, mesmo sendo de berço de ouro, seus pais nunca permitiam que a menina esbanjasse dinheiro ou tivesse um grande ego, sentindo-se superior aos outros, ao contrário, apesar de tudo, buscavam levar uma vida simples e longe dos holofotes.
  60. Conforme os anos de crescimento e desenvolvimento de Sonam foram passando, tornou-se perceptível o quão esperta e inteligente a menina era, apresentando uma facilidade fora do comum para aprender as mais diversas coisas, principalmente quando tratava-se da área de exatas, seus pais ficavam admirados com a sua destreza em resolver cálculos e problemas de lógica, mesmo com pouca idade, por causa disso, foi apelidada como garota prodígio, ainda que em outras áreas acabasse apresentando certas dificuldades ou simplesmente detestasse, como por exemplo, artes ou literatura – na sua cabeça, até hoje, tais coisas não fazem sentido nenhum e tudo o que não possui uma estrutura padrão ou lógica, ela tem tendência a rejeitar.
  61. Foi durante o início de seu Ensino Fundamental II que a garota passou a frequentar o clube de Baduk escolar, destacando-se entre os jogadores mesmo sendo tão jovem, e, logo mais, passando a participar da liga da cidade de Gwangju, conquistando prêmios em nome da região nos torneios em que participou, passando a ser não apenas o orgulho de seus pais, mas também de toda a sua vizinhança, dos professores e dos poucos amigos que tinha.
  62. Em contrapartida, foi nessa época que começou a dar problemas na escola, não por causa de seu comportamento, mas devido à falta de atenção nas matérias que não lhe conquistavam, bem como não sentir interesse nas que entendia com facilidade, justamente por isso, por serem fáceis demais. Realmente, seus progenitores sofreram com ela, tentando convencê-la de que todo conhecimento era válido, chegando ao ponto de chantageá-la para que estudasse direito e teria sido cômico, se ela não estivesse numa linha tênue entre ser o orgulho e o pesadelo de seus pais, e se as chantagens não tivessem durado mais tempo do previram – e Sonam só realmente melhorou, quando teve uma conversinha para lá de interessante com seu avô, Sungjo, não que naquele momento tivesse um bom contato com ele, longe disso, na realidade, seus pais praticamente imploraram para o homem, para que isso acontecesse (não os leve a mal, já não aguentavam ter que ir na escola escutar a mesma coisa praticamente toda semana) e ninguém sabe até hoje o conteúdo da conversa, só que uma garotinha de tranças e um tanto irritada saiu bufando, vermelha e batendo os pés de dentro do escritório do mandachuva dos Kwak, depois de horas e horas, enquanto este estava gargalhando na frente do tabuleiro de Baduk.
  63. E não seria surpresa nenhuma dizer que após tal evento, o nível de convivência entre ela e o tão temido Kwak mais velho estivesse aumentando gradativamente, por vezes, escondida e sem nada contar aos pais, visitava o escritório do homem e passava a tarde inteira reclamando, pedindo ajuda com o dever de casa, jogando Baduk ou o que estivesse popular na época, inclusive o seu preferido: Pokémon, às vezes chegava a cochilar em um dos sofás que tinha na sala, enquanto observava o mais velho trabalhar. Uma relação que sua mãe não teve a oportunidade de vivenciar e infelizmente, por mais linda que fosse, a amizade que nascia entre os dois não foi o suficiente para aliviar a tensão entre suas famílias.
  64. Entretanto, aos seus 13 anos, as visitas da jovem Moon passaram a diminuir e a comunicação e convivência que tinha com seu avô também, até chegar ao ponto de nunca mais se verem, o motivo? Seus pais estavam deixando (ou melhor, abandonando) os negócios da Kwak Hotels e Tourism para trás, com o objetivo de criarem o próprio, também focado em hotelaria, mudando-se para Seul no processo. Tal atitude deixara Sungjo em seu maior estado de fúria, já que ocorreu sem nenhum aviso prévio da parte do casal e a imagem que teve de sua (até então) neta preferida saindo de seu escritório com raiva, foi mudada para uma da mesma garota, agora adolescente, saindo daquele local em meio a lágrimas de tristeza e rejeição. Ah, se ele soubesse que aquela seria a última vez que se veriam...
  65. Já em Seul, a vida para os Moon continuava de vento em poupa, os mais novos negócios da família pareciam estar se concretizando como um sonho, os investidores chegavam cada vez mais e a cada dia que passava, ainda que tivessem que se esforçar duplamente, a satisfação batia em suas portas. Distante dessa vida, Sonam continuou com seus estudos normalmente, ainda participando dos mesmos clubes que outrora participara em Gwangju, a única diferença é que tinha abandonado a liga de Baduk, por já não sentir mais interesse na competição – mesmo que seus pais tivessem a motivado para continuar –, a mudança em si, não havia sido tão ruim para ela, visto que não possuía muitos amigos e a adaptação ao novo mundo foi mais tranquila do que imaginara.
  66. Por mais incrível que poderia parecer, durante essa nova etapa em sua vida, a menina começou a se empenhar mais em seus estudos, recebendo os mais diversos elogios e provando o seu potencial intelectual para todo o corpo docente, ao passo que não demorou muito para que as piadinhas contra ela começassem a surgir, principalmente as que envolviam a sua dedicação aos estudos ou inteligência, ganhar determinados apelidos foi uma das consequências pelo empenho e foi um dos maiores fatores a influenciar sua falta de confiança (tanto em si mesma, quanto nos outros), sem contar as histórias e rumores que percorriam pelos corredores da nova escola utilizando-se do seu nome. Coisas como “ela deve pagar para ter boas notas” pelos mais incrédulos, que suspeitavam da capacidade intelectual de Sonam ou “ouvi dizer que irão pular Moon Sonam para uma série mais avançada” pelos mais exagerados, tais comentários eram os mais comuns entre os alunos, a realidade era que nenhum deles era verdade e mesmo assim, existiam vezes em que a Moon deixava-se abalar, por mais que estivesse com a consciência tranquila. Em verdade, ela poderia até ser um prodígio e ter um Q.I elevado, mas não chegava ao ponto de ser um gênio para ter que pular os anos escolares e mesmo que quisesse subornar seus professores, não iria, pois não era isso que seus pais a ensinaram – e eles jamais deixariam que isso acontecesse. Em verdade, adolescentes podem ser bem cruéis quando querem.
  67. Aos 15 anos, a sul coreana cruzou com uma das coisas mais interessantes que já havia visto em toda sua vida: o projeto de uma empresa baseada em tecnologia desenvolvido por sua mãe. O tal projeto já estava na zona de esquecimento de Yejin e esta já não fazia questão de colocá-lo em prática, pois o que tinha naquele momento era mais do que suficiente, mas não iria negar que adorou explicá-lo para sua filha e ver o brilho dos olhos dela enquanto lhe dizia “omma, espera até eu terminar minha faculdade, nós faremos isso dar certo, não desista, juseyo!!!” foi o suficiente para fazer seu coração bater orgulhosamente.
  68. No entanto, como nem tudo são flores e a vida não é um mar de rosas, exatamente um ano após aquela conversa, a maior perda da vida de Sonam e seu maior trauma aconteceu: estavam na China, ela e seus pais, era uma viagem de negócios, encontro marcado com a mais nova família influente no mercado comercial chinês, os Zhou, ambas as duas famílias tinham o objetivo de ampliar os horizontes e uma parceria parecia mais do que conveniente e certa. A herdeira dos Moon já conhecia e muito bem o rosto do casal, não era a primeira vez que se encontravam, ao contrário, mas dessa vez estava ansiosa, porque conforme o que prometeram no último encontro, aquele seria um especial para a adolescente, finalmente conheceria os filhos deles, não sabia porquê, mas estava animada, para tanto, que tinha até treinado um pouco de chinês, umas frases prontas que achou que poderiam servir de algo. E tudo seria perfeito, se não fosse pelo inverno rigoroso e se a pista pela qual estavam passando de carro, não estivesse congelada.
  69. A sul coreana nunca entendeu exatamente o que aconteceu e a sequência dos fatos, só se lembra que em um segundo estava cantando algumas músicas aleatórias no carro com seus pais, em plena felicidade, no seguinte, tudo ficou embaçado, turvo e ela só conseguia sentir o carro dando algumas voltas, antes de parar bruscamente com um baque. Acordou minutos depois sentindo um cheiro forte, vendo luzes coloridas piscando sem parar e uma dor fora do comum em um dos seus braços, sua cabeça não parava de palpitar e ela não conseguia processar a situação muito bem, mas mesmo sem entender, as lágrimas não paravam de escorrer de seus olhos.
  70. O funeral de seus pais foi como um marco em sua vida, um divisor de águas, era como se existisse uma Moon Sonam até ali e depois disso, uma outra pessoa tivesse assumido o seu lugar, já que ela não se sentia como ela mesma. Durante a cerimônia, realizada em Gwangju, a terra natal dos três, apenas algumas pessoas que realmente gostavam de seus pais compareceram, inclusive os Zhou. Sua família não deu o ar da graça, nem para pelo menos prestar as condolências naquele momento tão difícil e crucial na vida da adolescente, era como se estivesse realmente sozinha. Nem mesmo seu avô, teve a coragem de ao menos fingir que se importava consigo. Nada.
  71. No entanto, após a tempestade sempre vem o sol e a garota se viu sendo adotada pelo casal de chineses que ela nunca imaginou que poderiam fazer isso por ela, os Zhou realmente eram uma caixinha de surpresas. Claro que todo o processo fora um tanto burocrático, mas não sofreram com muitas dificuldades, já que ninguém de sua família possuía um real interesse em ficar com Sonam (sim, as rixas familiares perpetuaram-se na garota), para tanto que seus últimos meses na Coréia do Sul, antes de se mudar para China, foi com a advogada da família Moon tendo sua guarda provisória.
  72. Mudar-se para sua nova residência em outro país talvez tenha sido o melhor remédio para o coração da garota, claro que, durante um tempo, era como se ela não existisse no lugar, levantava e cumpria com sua rotina, porque sentia que devia isso a eles e aos seus pais, mas era praticamente invisível e passava mais tempo em seu quarto sozinha, por vezes chorando, do que qualquer outra coisa. As coisas só melhoraram realmente, quando a colocaram para fazer sessões de terapia e ela deu uma chance para se tornar uma amiga leal da sua mais nova família, tal atitude foi o que amenizou a sua dor, fazendo com que ela fosse mais fácil de se lidar.
  73. Durante o tempo em que esteve na China, foi quase impossível não adotar um nome chinês, principalmente porque sua mais nova família não parava de tentar lhe convencer sobre o assunto, o sobrenome dos Zhou já era praticamente seu também, a ideia de ter Nuanli como nome enquanto estivesse vivendo por ali, foi algo que lhe agradou, facilitaria sua convivência social, além que deixaria seu passado e dores como Moon Sonam um pouco de lado, antes de se sentir pronta para assumi-lo novamente.
  74. Provando que ainda era a garota prodígio da qual seus pais sempre sentiram orgulho, aos 18 anos, Nuanli iniciava seu primeiro curso de graduação, sendo este o de Ciências da Computação na Shanghai Jiao Tong University, o concluindo com êxito e prestígio quatro anos depois, como parte do seu plano de retornar os projetos da mãe, como um dia tinha prometido para a própria, em sua cabeça aquilo era uma das melhores maneiras de manter a imagem e alma de seus pais ainda vivas no mundo. Ao mesmo tempo, a coreana sempre se ocupava com empregos de meio período enquanto ainda estava estudando, a fim de pagar as despesas provenientes de seus estudos, conforme terminou a faculdade, chegou a trabalhar em período integral para uma empresa pequena, tanto para ganhar experiência e ajudar com seu currículo, tanto para ocupar a mente. Pouco tempo depois de todo o seu desenvolvimento profissional, a garota recebeu uma proposta um tanto intrigante de seus pais adotivos: a de acompanhá-los, junto de Yifan, até a Coréia do Sul, para resolver questões dos negócios da família, a princípio, ela até pensou em negar, por não se sentir preparada o suficiente, mas acabou por aceitar a ideia, não podia deixar o seu “irmão gêmeo” sozinho – afinal, ele até pode ser a parte bonita entre os dois, mas com certeza, ela é a parte inteligente.
  75. De volta ao seu país natal, Nuanli agora está morando com seu “irmão gêmeo” em Pyeongchang, lar da Universidade Dongpo, a qual ambos fazem parte – ainda que a garota esteja alguns períodos atrasada em relação ao irmão, por ter passado por um processo de grandes dúvidas do que fazer, antes de embarcar no curso que está atualmente –, e, como era de se esperar, voltou a usar seu nome de batismo, rezando sempre para que as pessoas não a reconheçam ou continuem não se lembrando de quem ela é, já que não quer ser tratada de maneira diferente por quem estiver a sua volta, e é por isso que gosta tanto de ser invisível e passar despercebida pelas pessoas, além de ter feito um acordo com seu irmão, para que eles não se falem enquanto estiverem nos arredores da universidade, por saber que sua invisibilidade pode acabar indo por água abaixo por causa do outro.
  76. De todas as coisas de seu passado, a única que ainda a persegue é o trauma em relação ao acidente de carro, a garota até pode entrar em um, mas sempre vai se sentir desconfortável, chegando, por vezes, a passar mal ou suar frio e tremer ou o combo dessas coisas, principalmente se a velocidade estiver alta (o mesmo não vale para ônibus, por incrível que pareça, ela sente tranquilidade no veículo), sua personalidade, no entanto, com exceção dos primeiros anos após a tragédia, não mudou drasticamente entre o que ela era, ao que ela se tornou, no fim, ela aprendeu a lidar com todo o sofrimento e hoje, procura trazer felicidade para a própria vida. Afinal, era o que seus pais queriam.
  77. Vale ressaltar que, apesar de ser filha adotiva dos Zhou, Nuanli não gosta de usar o dinheiro da família de forma imprudente ou para coisas que julga como luxo, na realidade, prefere trabalhar para conquistar o que é seu, não mexendo nem mesmo na sua herança, deixando-a guardada para seus projetos futuros, e só pede ajuda aos pais adotivos quando pensa ser realmente necessário, isso acontece tanto pela criação que teve, quanto pelo fato de não querer ser um fardo financeiro para os Zhou. Ela sabe que eles não gostam dessa atitude e sabe também que eles fariam de tudo por ela, mas no fim, a Moon só não quer sentir que está incomodando de alguma forma. No mais, ela é extremamente grata pela família que ganhou como um presente dos céus.
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