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Guest User

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a guest
Mar 23rd, 2018
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  1. A grande diferença entre a China, mencionada no texto, e os sistemas implementados no Brasil é que lá a implementação é bastante liberada à iniciativa privada (ou pelo menos foi, durante o período de maior crescimento). Aqui é feita uma parceria com as prefeituras, ou algo similar. Creio que não seja possível simplesmente criar uma empresa e posicionar estações da mesma forma que o tembici faz.
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  3. Por conta disso, existe na China um cenário extremamente competitivo entre as empresas de bikesharing. Shenzen, por exemplo, tem várias empresas de bikesharing, totalizando por volta de 900 000 bicicletas!! [1]. Comparando com Porto Alegre, que possui 10% da população de Shenzen e cerca de 450 bikes, isso dá DUZENTAS vezes mais bicicletas por habitante!! (shenzen tem uma bicicleta para cada 14 hab). Sem falar que o serviço é mais barato, uma hora de pedalada sai por cerca de 25 centavos de real. Quem não utilizaria o serviço com tal abrangência e custo?!
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  5. O que acho mais interessante no serviço de lá é que eles já superaram o uso de estações para as bicicletas. Cada bicicleta está equipada com trava e rastreamento, podendo ser deixada em qualquer lugar adequado. É uma solução extremamente elegante, pois as estações trazem apenas problemas aos usuários, limitanto os locais de início e fim de pedalada e jogando a responsabilidade de devolução para cima do usuário, mesmo com estações lotadas.
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  7. Uma empresa aqui de poa (eu acho) chamada Loop anda tentando uma alternativa, fazendo parcerias para disponibilizar bicicletas em estabelecimentos comerciais, ao invés de estações. No momento eles tem apenas umas 15 bikes e poucos locais disponíveis. A idéia é interessante, mas a questão das bikes estarem localizadas apenas em certos estabelecimentos é bastante limitador. Fora o preço exorbitante devido à falta de competição. Mas é bom que tenha gente ao menos tentando melhorar a situação.
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  9. Seria mais interessante ver um serviço no estilo chinês por aqui, e acho que no futuro veremos alguns se formando, visto que a tendência das "startups" brasileiras é essencialmente copiar o que anda dando certo lá fora.
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  11. E, caso não seja permitido, seria bonito ver uma desobediência civil no estilo uber, até a população perceber as vantagens e passar a pressionar o governo (como aconteceu com o uber e similares) não só para liberar este tipo de serviço mas para melhorar a infraestrutura para ciclistas. Porto Alegre, por exemplo, ainda não percebeu que carros e bicicletas não devem compartilhar o mesmo espaço e insiste em continuar pintando perigosas ciclofaixas nas ruas. Quem sofre com isso é, naturalmente, a adoção da bike como meio de transporte.
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  13. [1] http://www.chinadaily.com.cn/business/tech/2017-08/25/content_31084676.htm
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