app castro III

002. ficha básica
todos os moradores de castro estão interessados em saber mais sobre felipe pereira lima! o que descobri até agora é que ele tem vinte e quatro anos, é atendente do subway e stripper, e veio de goiânia, bra. se identifica como não binário e é pansexual. ele mora no new castle, então deve ser classe média. além disso, ele é a versão melhorada do tom holland.

003. desenvolvimento inicial
Nascido de Goiânia, Felipe lembra-se bem de toda a sua infância vivida na cidade, o futebol de rua, as corridas de carrinho de corrimão, os campeonatos do bairro, festa junina, coisas que toda criança adora. Apesar de não serem tão ricos quanto poderia parecia, sua família sempre fez questão do garoto ter a infância alegre e sociável que tiveram, então o rapaz sempre se deu muito bem com todo mundo. Mesmo depois que seus pais tivessem se separado, agora poderia ter duas famílias, sua mãe se casou de novo e seu pai se mudou pros estados unidos com a nova esposa, mas a relação era boa ainda, era como se grandes amigos tivessem decidido ter um filho e mesmo depois de seguir o caminho deles, continuaram mantendo a boa relação pelo bem da criança.
E foi com esse pensamento que o casal decidiu leva-lo para os Estados Unidos, viver ali com os seus meio-irmãos, estudar, crescer e amadurecer com outro nível de educação, de convívio. Mas nem tudo pode ser tão fácil assim, Felipe estudou em uma boa escola e teve um bom investimento para que seu futuro fosse construído, mas o garoto que se deu bem com todo mundo e era bastante divertido, acabou se envolvendo com todo o ambiente tóxico de uma adolescência cheia de problemas.
Começando com o resultado de uma curiosidade genuína que sua mãe nunca corrigiu, foi assim que ele descobriu a coleção pornográfica de seu pai, assistindo cada dvd e explorando aquele universo de uma maneira diferente, era estranho, mas foi assim que ele passou a ter uma vida sexual ativa. Era novo, mentia a idade, como a maioria de seus colegas e enquanto os jogadores de futebol contavam quantas mulheres tinham levado pra cama, Felipe escondia o número de pessoas diferentes com quem teve alguma experiência sexual, mulheres, homens, ou o que não podia ser definido nem como um, nem como outro, era curioso ver um corpo feminino carregando um sexo masculino, foi dessa forma que começou a se olhar no espelho e pensar no que realmente era, um questionamento que levanta ainda mais com o passar dos dias.
Ainda não sabia o que era ser um não binário até o dia que decidiu que trabalharia por contra própria pra a sua faculdade, que era algo que não sabia ainda o que faria, seu pai sendo um bom brasileiro que era, deixou que ele tomasse o tempo que quisesse para escolher e por isso não foi contra a ideia dele ir morar sozinho. Foi com a ajuda da mãe dele que conseguiram um apartamento para ele, onde o garoto conseguiria viver bem com as finanças, ainda mais se decidisse morar com alguém. E foi assim que passou a viver, com colegas de apartamento que mudavam constantemente, poucos amigos, um emprego que não podiam lhe proporcionar os luxos que tinha quando vivia com o pai, e toda vez que ficava sozinho, as dificuldades ficavam ainda maiores, sendo assim, foi com uma de suas transas que chegou a casa noturna onde passou a dançar e fazer strip, o corpo atlético do jovem que gostava de ter músculos definidos e manter a boa forma agora fazia parte do entretenimento de homens e mulheres que estavam dispostas a gastar o que não tinha e agrada-lo. Mas por mais errado que pudesse parecer e a necessidade de esconder isso de sua própria família não impediu de ver o lado bom, o que fazia com que ele continuasse ali, pois era naquele submundo que descobria tudo o que precisava descobrir, quem ele era e que não tinha importância ser ou não ser de um gênero específico, que nem mesmo ele se importava com isso e que suas aventuras sexuais eram muito mais do que isso, era onde podia ver o que mais lhe agradava nas relações, e por mais vazias que pudessem ser, seu núcleo de amizade parecia mais sincera e até maior com aquilo. Mesmo que tivesse uma família bem estruturada e um futuro diferente daqueles com quem ele convivia, Felipe só se sentia bem ali, porque era admirado e respeitado, coisa que a sociedade parecia não proporcionar a ele, ainda mais fora da segurança que era Castro.